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A diversidade na Igreja
"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.
A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.
A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.
Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?
A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.
A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.
Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?
Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja
Porquê este blogue?
Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!
Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.
Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.
Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
Documentos em destaque no blogue
- Eles são católicos, homossexuais e praticam: testemunhos na Pública
- Viver como cristãos a condição homossexual
- Carta sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais
- O Caminho das pedras: artigo do Expresso sobre hom...
- Deus bem-me-quer
- "Eu posso crer no amanhã" Discurso em Ética da Reciprocidade: Líderes Religiosos LGBTI em diálogo na ONU | "We can face tomorrow" Speech on Ethics of Reciprocity: UN Dialogue of LGBTI Religious Leaders
- Carta ao Sínodo da Organização Mundial das Associações Homossexuais Católicas
- Rumos da discussão eclesial sobre a questão gay, p...
- Considerações sobre os projectos de Reconhecimento Legal das Uniões entre pessoas homossexuais: um documento de 2003 (Congregação para a Doutrina da Fé, Vaticano)
- Entrevista Exclusiva do Papa Francisco às revistas dos Jesuítas por P. Antonio Spadaro S.J.
- Um estudo da realidade da Homossexualidade em Portugal
- Glossário LGBTI de A a Z
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domingo, 18 de março de 2018
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Em carne viva
De que carne se fez Deus?
O que se comemora no Natal não é algo outro que não a humana e terrena consubstanciação do amor de Deus pelo mundo e pelos seres humanos na forma da carne. Repetimos, na forma da carne. O bebé Jesus não é um espírito com carne, um fantasma que se reveste de matéria, o bebé Cristo é carne. E por tal, rigorosamente por tal, é vida, a Vida.
O literal advento de Deus na forma da humana carne é o momento culminante do ser: não há ser mais perfeito do que este. Os anjos nunca tiveram um Deus que fizesse o equivalente a “incarnar” em forma de anjo. E os anjos, segundo o forte mito cristão, bem disso necessitam, pois é da sua estirpe o tentador. Mas não há incarnação do bebé Jesus para as criaturas-anjo em carne-de-anjo, pois esta última não existe.
Melhor, há uma incarnação, mas é no modo da colateralidade da assunção da plena forma humana: este ato, em humana carne, é dado ao todo do criado, mas é dado na forma precisa da carne. Não numa outra qualquer. Significativo. Porque não há uma outra qualquer. Só o ser humano possui carne.
Desta carne não se encontra no talho, salvo no talho da humana perversidade histórica, quando a carne humana sacrifica a carne humana. Como se fez ao menino Cristo em tempo pascal.
Mas a carne humana do menino já homem assim sacrificado, incarnando a morte, revisitou o mundo em que nascera, amara, fora morta.
Só há Páscoa como Segundo Natal. O Natal só termina, isto é, só começa na madrugada do retorno da carne ao mundo que a vira nascer, crescer – em sabedoria e graça – e morrer. Os Natais, Primeiro e Segundo, significam o nascimento, crescimento, morte e ressurreição da carne. Mas significam, sobretudo, que a carne, se morre, não é aniquilada: é Cristo-amor que desce aos infernos, não é um fantasma ou uma ideia de Cristo que o faz. Não há, nesta descida, um «que», há um «quem» e não há «quem» sem carne, não um «quem» humano, e Cristo é sempre plenamente humano ou não é Cristo.
É a carne de Cristo, que é o seu amor em forma humana – a carne de Cristo é a forma humana do seu amor –, que desce aos infernos; é ela que, é ele que, nela, ressuscita, trazendo as marcas da perversidade da morte, morte que a carne assume, transfigura, anula como ato retransfigurado, como marca incarnada da vitória da vida. A vida do ressuscitado assume e transporta consigo a morte, parte fundamental da vida. Só os mortos ressuscitam: é preciso morrer para que se possa ressuscitar.
Natal é a sagração, a eucaristização da carne. O espírito de Deus desprofaniza definitivamente a matéria. Uma vez incarnada por Deus, a matéria torna-se, toda ela, sagrada.
Não é, pois, na matéria que reside o mal do mundo. É na relação carnal do ser humano com ela.
Qual é a minha relação com a matéria?
Sigo o paradigma divino do menino-Deus, assim a santificando ato após ato? Ou sigo o paradigma da besta, assim a pervertendo, ato após ato?
Que mundo é o meu, o da sagrada carne de Jesus ou o do profano cadáver, não do que me transcende, mas de mim mesmo?
Neste Natal, escolha-se, sabendo que, desde há cerca de dois mil anos, não há já desculpa.
Bem-vinda Santa Carne!"
Américo Pereira, Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Ciências Humanas
SNPC
Mas a carne humana do menino já homem assim sacrificado, incarnando a morte, revisitou o mundo em que nascera, amara, fora morta.
Só há Páscoa como Segundo Natal. O Natal só termina, isto é, só começa na madrugada do retorno da carne ao mundo que a vira nascer, crescer – em sabedoria e graça – e morrer. Os Natais, Primeiro e Segundo, significam o nascimento, crescimento, morte e ressurreição da carne. Mas significam, sobretudo, que a carne, se morre, não é aniquilada: é Cristo-amor que desce aos infernos, não é um fantasma ou uma ideia de Cristo que o faz. Não há, nesta descida, um «que», há um «quem» e não há «quem» sem carne, não um «quem» humano, e Cristo é sempre plenamente humano ou não é Cristo.
É a carne de Cristo, que é o seu amor em forma humana – a carne de Cristo é a forma humana do seu amor –, que desce aos infernos; é ela que, é ele que, nela, ressuscita, trazendo as marcas da perversidade da morte, morte que a carne assume, transfigura, anula como ato retransfigurado, como marca incarnada da vitória da vida. A vida do ressuscitado assume e transporta consigo a morte, parte fundamental da vida. Só os mortos ressuscitam: é preciso morrer para que se possa ressuscitar.
Natal é a sagração, a eucaristização da carne. O espírito de Deus desprofaniza definitivamente a matéria. Uma vez incarnada por Deus, a matéria torna-se, toda ela, sagrada.
Não é, pois, na matéria que reside o mal do mundo. É na relação carnal do ser humano com ela.
Qual é a minha relação com a matéria?
Sigo o paradigma divino do menino-Deus, assim a santificando ato após ato? Ou sigo o paradigma da besta, assim a pervertendo, ato após ato?
Que mundo é o meu, o da sagrada carne de Jesus ou o do profano cadáver, não do que me transcende, mas de mim mesmo?
Neste Natal, escolha-se, sabendo que, desde há cerca de dois mil anos, não há já desculpa.
Bem-vinda Santa Carne!"
Américo Pereira, Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Ciências Humanas
SNPC
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Desporto e espiritualidade
As olimpíadas e o cristianismo
"As festas de Olímpia no Peloponeso eram as mais antigas e celebradas da Grécia clássica, ao ponto de se tornarem, na sua cadência quadrienal a medida de rferência da própria cronologia. As várias competições desportivam tinham como base uma visão geral da pessoa, da sociedade e da própria cultura. A "paideia", isto é, a formação grega da pessoa, associava-se à "euritmia", ou seja, a harmonia física (pense-se nas imagens das pinturas vasculares ou no "Discóbolo" do escultor "Míron). As mesmas Olimpíadas ligavam-se à poesia, como atestam as "Olímpicas", célebres odes de Píndaro (séc. V a.C.) e as dos poetas Simónides e Baquilides.
Por ocasião do acontecimento olímpico do Rio de Janeiro, tentaremos um esboço sobre a relação entre desporto e espiritualidade no cristianismo. O judaísmo, a esse respeito, foi mais reticente, por causa do risco de contaminação idolátrica, como aconteceu em alguns judeus "traidores" durante a grande epopeia dos macabeus. Eles, com efeito, entravam nus nos "ginásios", as sedes educativas e desportivas helenistas, e chegavam ao ponto de se submeter a uma intervenção cirúrgica, dita em grego "epispasmós", para eliminar o sinal da circuncisão.
A reserva anti-idolátrica estava presente também em alguns Padres da Igreja - reserva que se alargava aos espetáculos teatrais -, que se opuseram aos Jogos Olímpicos, como Ambrósio, que impede o imperador romano Teodósio de os repropor em 393. Na raiz, além do risco de contaminação com a idolatria e o paganismo, havia a crítica ao exibicionismo dos atletas que, através do exercício físico, pareciam contradizer ou deformar a obra do Criador em relação ao corpo humano.
Todavia, diferente foi a atitude nas origens cristãs primordiais. O próprio Jesus, efetivamente, tinha partido do jogo das crianças para definir a geração que o estava a ouvir, incapaz de uma opção como aqueles jovens que, «estando sentados na praça gritam aos companheiros: tocámos a flauta e não dançastes, entoámos lamentações e não batestes no peito» (Mateus 11, 16-17). Dito por outras palavras, àquelas crianças tinham sido propostos os jogos mais díspares, como imitar uma festa de casamento ou um funeral, mas elas tinham sempre oposto uma recusa pouco amigável.
É, contudo, sobretudo S. Paulo que, por diversas vezes, recorre a metáforas desportivas para delinear o compromisso apostólico e do cristão. Em particular, ele faz referência à corrida no estádio e ao pugilismo, dois desportos muito praticados na sociedade greco-romana.
Interessante é um parágrafo da Primeira Carta aos Coríntios onde é usado o léxico técnico desportivo: «Não sabeis que nas corridas no estádio todos correm, mas só um conquista o prémio? Correi também vós de modo a conquistá-lo. Mas cada atleta ("agonizómenos", "que compete lutando") submete-se em tudo à disciplina. Fazem-no para onter uma coroa corruptível, nós, ao contrário, incorruptível. Eu, portanto, corro mas não como quem está sem meta. Faço pugilato ("pyktéuô", "faço com murros"), mas não como alguém que bate no ar. Na realidade, atinjo duramente ("hypopiàzô", literalmente "atinjo sob os olhos", isto é, no ponto mais fraco do adversário) o meu corpo e reduzo-o à escravidão, para que não suceda que, depois de ter pregado aos outros, eu próprio seja desqualificado» (9, 24-27).
Também naquela espécie de testamento que ele endereça ao seu fiel colaborador Timóteo, o apóstolo, depois de ter usado imagens rituais (o ser «entregue em libação»), náuticas ou nómadas («desfazer as velas» ou «as tendas») e militares («combati a boa batalha»), recorre à cena desportiva da corrida no estádio para exprimir o seu compromisso total em conservar alta a chama da fé. A frase em grego é até ritmada, "ton drómon tetélexa, ten pístin tetéreka", «levei ao termo a corrida, conservei a fé» (2 Tomóteo 4, 7). E continua, referindo-se sempre à simbologia desportiva: «Resta-me a coroa de justiça que o Senhor, justo juiz, me entregará nesse dia, não só a mim mas a todos aqueles que esperaram com amor a sua epifania» (4, 8).
Chegados aqui não podemos, contudo, ignorar um capítulo que é dramaticamente verdadeiro também para o desporto. Em termos religiosos é o exercício da liberdade no pecado que atinge também este âmbito. Assim, o jogo-desporto torna-se lucro económico, e já não é mais livre exercício; o espetáculo transforma-se em doença violenta (a palavra italiana "tifosi", "adeptos", baseia-se no grego "typhos", "febre"); a beleza e a força física são devastadas pelo "doping", falsificando o exercício desportivo que nas Olimpíadas gregas era dito "àskesis", isto é, "ascese". Ela amplia ao máximo a potencialidade do organismo, tornando o ato físico natural e espontâneo, como acontece à dançarina clássica ou ao atleta autêntico. Além disso, o jogo, de instrumento até de cura ("ludoterapia"), degenera em formas maníacas ("ludopatia"). As sublevações mais ameaçadoras e obscuras do ser humano revelam-se através da brutalidade, a vulgaridade e o racismo nos estádios.
Uma nota particular de partilha e de apoio merecem, ao contrário, os atletas dos Jogos Paralímpicos que não se deixam vencer pela sua deficiência, empenhando-se em superá-lo num desafio contínuo a ir mais longe, em direção a uma meta mais prestigiosa. Assim, além de representarem um verdadeiro e próprio exemplo no desafiar os limites das possibilidades físicas - alma de toda a competição desportiva -, são chamados a superar também a fasquia da sua deficiência. São, por isso, pessoas que podemos legitimamente considerar "duplamente atletas".
As Paralimpíadas nasceram oficialmente nos anos 60 do século passado, contribuindo para contar e representar inúmeras histórias de feitos atléticos, acompanhadas de emoções, sentimentos, lágrimas e sorrisos, alegrias e sofrimentos. Permitiram descrever autênticos feitos heróicos, ajudando-nos a superar preconceitos ancestrais, lugares-comuns destituídos de qualquer fundamento. Comovemo-nos com estas mulheres e estes homens, vendo demolidos os muros da indiferença e do ceticismo, da suficiência coberta de comiseração, admirando-os pela coragem e pela orgulhosa dignidade dos seus gestos atléticos, convictos de que as medalhas por eles conquistadas não valem menos do que as olímpicas.
Concluímos regressando à relação entre jogo e religião, fazendo-o, em espírito ecuménico, com uma bela representação que Lutero delineia da meta paradisíaca precisamente na base da analogia do jogo: «Então o homem com o Céu e com a Terra, jogará com o Sol e com todas as criaturas. E todas as criaturas experimentarão um prazer imenso e uma felicidade lírica e rirão contigo, Senhor». Também o monge Notker, da abadia de S. Galo, falecido em 912, poeta, músico e bibliotecário, descreveu assim a Igreja que joga em paz sob a videira fecunda, símbolo de Cristo, no jardim celeste: «Eis, ó Cristo, a tua Igreja que joga serena e em paz á sombra de uma videira luxuriante»."
Card. Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício da Cultura In "Italpress"
Tradução de Rui Jorge Martins publicada pelo SNPC em 31 de julho de 2016
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
A estética do sagrado
O estético, o ético e o sacro: breve "excursus" sobre a encíclica "Luz da fé"
Os estados interiores, as imagens que povoam a nossa mente, resultantes de representações, pensamentos e ideias, provêm do sentimento das emoções que influenciam de algo modo o nível de confiança que o ser humano atribui a si mesmo e aos outros. A interioridade – que aqui podemos estabelecer paralelamente com a mente – ganha qualidade espiritual na medida em que é capaz de aliar a si a sensibilidade cristalizada no sentimento e na imaginação. A qualidade espiritual, o sentimento e a imaginação não são apenas componentes constitutivos da consciência mas a sua condição cognoscitivo-prática. A consciência cristalizada na emoção, no sentimento, no desejo, no afeto funda a dimensão estética que é o âmbito da sensibilidade da consciência.
A perceção do sentir, ou perceção da emoção, dá-se na consciência estética enquanto categoria que explicita o affectus fidei, o afecto da fé, ou a reapropriação teórica e prática dos diversos modos em que se percepciona o manifestar-se de Deus. A estética teológica assim entendida estabelece a «relação entre o teológico e o modo da percepção. Porque não basta olhar, há modos e modos de olhar; não basta tocar, há modos e modos de tocar» (P. Sequeri). Isto supõe que à experiência estética, à experiência da beleza evocativa da justiça originária que conduz ao cumprimento da promessa de sentido último, seja subjacente à inteligência e à vontade humana. É neste contexto que emerge a percepção do sacro que institui uma relação diferenciadora com a realidade. Esta percepção do sacro insere-se na justiça da afeição de Deus «porque sem nenhuma referência a uma origem divina não posso ser perfeitamente justo, porque sem este referimento, sem uma não apropriação do género, colocar-me-ei no lugar de juiz supremo, de mestre da justiça e isto é início de toda a espoliação» (F. Hadjadj).
A consciência estética supõe portanto a consciência crente e a consciência ética. Sem estas instâncias não é possível colher a experiência estética no seu núcleo metafísico e universal. O perigo subjacente é a degeneração do belo em sedução, do medo em pânico, da alegria em histerismo, e assim por diante. Portanto, a experiência de beleza que o sujeito faz está profundamente ligada ao sentido da justiça e da verdade, isto é ao saber originário da consciência, a uma metafísica dos afectos, que subtrai o humano ao útil, ao funcional e ao poder sedutor incontrolável da imediateza. É verdade quando Pierre Levy afirma que «se o mundo humano subsistiu até hoje é porque sempre houve justos suficientes. Porque as práticas de acolhimento, de ajuda, de abertura, de atenção, de reconhecimento, de construção, acabam por ser mais numerosas ou mais fortes do que as práticas de exclusão, de indiferença, de negligência, de ressentimento, de destruição».
Na verdade, a autêntica experiência estética situa-se ao nível da qualidade espiritual do humano e não no sentido primário do usufruto, do gozo sentimental. A beleza sem a bondade e a inteligência é um estéril sentimento, momento sedutor que afasta a verdade das coisas, colocando-a ao nível de um simples jogo de sedução. A consciência estética está profundamente ligada à experiência religiosa e não tanto ao gozo imediato de uma obra de arte. Se a beleza não invoca a justiça e a verdade originária inscrita no coração humano converte-se em banal encantamento, sedução sentimental, aparência de bem, auto-referencial. À estética teológica caberá fazer apelo à interioridade humana, mantendo em relação a dimensão corpórea (cognitiva) e a dimensão espiritual (afectiva) do sentir. Por exemplo, a música enquanto «ciência da anima» tem a missão de explicitar, invocar e discernir a qualidade sensível e espiritual da experiência humana e religiosa. A música surge como a evidência simbólica da consciência crente. A música como síntese do sensível leva o humano a sentir uma experiência originária vital, libertando o seu imaginário frequentemente preso às palavras e gestos, a ritos e representações.
Há portanto, aqui uma ressonância afectiva e cognitiva que liberta a interioridade humana e a predispõe para o acolhimento da Revelação. A «fé é, substancialmente, escuta emocionada da palavra de Deus» (Ricotta), ou melhor: «reconhecimento que se nutre de agradecimento» (Sequeri). A razão teológica apresenta uma evidência simbólica (ético, símbolo e rito) que faz apelo ao reconhecimento a partir da interioridade do sujeito mas ao mesmo tempo o dispõe para uma abertura re-memorativa à Tradição, a um existir que o precede e funda. Em parte, poder-se-ia ver neste reconhecer-se (sentir-se) reconhecido uma certa receptividade passiva do sujeito. Mas a evidência simbólica da razão teológica é mais do que uma ideia ou uma representação de um ideal. Ela assume, na verdade, uma figuração ontológico-hermenêutica do princípio verdade/justiça da ordem afectiva instaura pelo ágape livremente oferecido de Deus.
O «dar-se da Vida como autoafeição pática cruza-se com o próprio poder da incarnação» (Viola), visibilidade do invisível, o Logos crístico que revela, na sua configuração histórico-hermenêutica. A consciência estética (beleza) desenvolve uma evidência simbólica (rito, símbolo, ethos) capaz de ordenar os afectos, de manifestar a vida invisível, inconsciente, ao si humano consciente, restituindo-o a sua afectividade originária. Na verdade, uma «semelhante fenomenologia do espírito-vida, no corpo-mundo, poderá chegar a tocar a realidade da vida espiritual, porém, somente aonde o espírito seja compreendido, na sua acepção mais originária, como vida gerada no logos da afeição e libertada pela justiça do sentido» (Sequeri). Sem racionalidade, sem afecto e sem o justo sentido da existência a mente humana permanece à deriva de si e dos outros. Fica a interrogação apelativa: «aquilo que se comunica na Igreja, o que se transmite na sua Tradição viva é a luz nova que nasce do encontro com o Deus vivo, uma luz que toca a pessoa no seu íntimo, no coração, envolvendo a sua mente, vontade e afectividade, abrindo-a a relações vivas na comunhão com Deus e com os outros»? (Carta Encíclica Lumen Fidei, 40).
João Paulo Costa
in SNPC a 29.07.13
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Imagens do nu masculino na arte: Konrad Helbig
O fotógrafo Konrad Helbig (1917-1986), depois da II Guerra Mundial (onde foi feito prisioneiro na antiga URSS) começa a estudar em particular a história da arte e a arqueologia, sendo contratado por vários semanários alemães. Ele percorre a bacia do Mediterrâneo, com especial predileção pela Sicília. O seu trabalho de jovens sicilianos, muitas vezes nus, é somente conhecido depois da sua morte. Este é um dos artistas representados na exposição Masculin em Paris.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Imagens na arte: os retratos de Kehinde Wiley
Outro artista que está representado na Exposição de nus masculinos em Paris é Wiley. As suas telas de grandes dimensões são características pela profusão de padrões - kitsch, tal como as fotografias de David Lachapelle - e retratam maioritariamente homens. As figuras são muitas vezes tratadas como se fossem iconografia cristã de santos, ou personagens de uma cena de guerra ou heróica. São muitas as comparações que se podem estabelecer entre Wiley e Lachapelle, apesar das diferenças reais de medium e formais.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Imagens do nu masculino na arte: David Lachapelle
David Lachapelle é um artista que utiliza voluntariamente o kitsch na encenação das suas fotografias. O kitsch torna-se assim na sua linguagem estética, que bebe da exuberância das referências piedosas das representações católicas de meados do século XX, das excessivas manifestações hindus ou simplesmente dos temas e estereótipos da história da arte. O tratamento dos nus masculinos tornaram-nos em ícones do homoerotismo e da cultura gay.
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Porque estou aqui
Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.
Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.
Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.
Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.
Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.
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Os textos e as imagens
Os textos das mensagens deste blogue têm várias fontes. Alguns são resultados de pesquisas em sites, blogues ou páginas de informação na Internet. Outros são artigos de opinião do autor do blogue ou de algum dos seus colaboradores. Há ainda textos que são publicados por terem sido indicados por amigos ou por leitores do blogue. Muitos dos textos que servem de base às mensagens foram traduzidos, tendo por vezes sofrido cortes. Outros textos são adaptados, e a indicação dessa adaptação fará parte do corpo da mensagem. A maioria dos textos não está escrita segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, pelo facto do autor do blogue não o conhecer de forma aprofundada.
As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.
As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.
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