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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
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domingo, 12 de junho de 2011

Horto Sereníssimo

uma das mais belas páginas de música dedicada à Virgem.

O vos omnes

In Paradisum

mais uma obra do Eurico Carrapatoso, do "Requiem à memória de Passos Manuel"

alleuia do Salmo CL

Entrevista a Eurico Carrapatoso

foto de Pascal Renoux

Eurico Carrapatoso e o insondável
Como reagiu quando lhe foi anunciado que a Igreja Católica em Portugal, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, o distinguiu com o prémio "Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes"?
Senti-me emocionado. O P. José Tolentino de Mendonça, poeta e pensador que tanto admiro, usou o telefone do meu querido amigo e mestre compositor João Madureira para me comunicar a distinção. Quando atendi a chamada, reconhecendo o número do João no visor do meu telemóvel, e depois de o saudar no ímpeto da nossa amizade secular, longe estava eu de que o motivo daquela chamada era, afinal, outro. Disse-me o João: tenho aqui ao pé de mim uma pessoa que te quer transmitir uma boa nova. Foi então que passou o telefone ao P. José. Nunca tínhamos falado pessoalmente. E a primeira conversa que teve comigo foi para me dizer que o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, em conjunto com outras distintas personalidades, me tinham considerado digno de receber o prémio "Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes". Apanhou-me desprevenido. Primeiro, corei de espanto. Depois, a emoção sincera.

Que importância atribui a esta distinção?
É uma distinção que prezo especialmente, pois consagra, de qualquer forma, a dimensão do insondável que eu sempre desejei, certamente, e seguramente, tentei, inocular naquilo que penso, que invento, que faço e que escrevo. O simples facto de sentir que aqueles que atravessam o século comigo têm recebido e descodificado esta mensagem, tantas vezes plasmada na minha obra de forma subliminar, é, só por si, uma manifestação de ressonância e de cumplicidade. É um doce ciclo de experiência humana que se consuma. Mas também tem o peso das coisas terríveis, no que esta palavra conserva etimologicamente: é grande e pesada a minha missão, responsabilizada agora e mais do que nunca pela volumetria dos mestres que receberam o prémio em anteriores edições: Adriano Moreira, Manoel de Oliveira, Maria Helena da Rocha Pereira, P. Luís Archer, Fernando Echevarria. Todos eles emitem o som cavo e inaudível que só as personalidades que navegam as águas profundas da subtileza parecem emitir. Sim: esse som cavo e appena sentito, que sempre adivinhei como um som semelhante ao do plasma eléctrico da espada do Darth Vader.
Bem sei que tenho barba branca e o cabelo, pouco que é, vai para mais que nevado. Mas tenho apenas 49 anos. Penso em Manoel de Oliveira. E coro de novo, perguntando-me que faço nesta galeria, e se não terá havido, por parte de quem me achou digno de receber o prémio, alguma precipitação.
Uma palavra para o P. Manuel Antunes, insigne pensador e pedagogo com tamanho legado, meu patrono espontâneo, a par de P. Luís Archer, ambos grandes jesuítas. Faço com eles uma viagem elíptica na minha vida, regressando ao Minho, ao Instituto Nun’Alvres, Caldinhas para os amigos, onde aprendi muito e bem. Respiro bem por aqui, por entre estes altos pinheiros do norte. Estou em óptima companhia, que é a Companhia de Jesus.

Que obras da sua autoria mais reflectem e manifestam o património cristão a nível cultural, artístico, bíblico e devocional?
Para não ser exaustivo, referiria três obras importantes na minha carreira. Aquele que considero ser o meu opus 1:Ciclo de Natal, de 1991. Este é um tema, aliás, que recorre na minha escrita, seja através de composições originais, como no caso referido, onde faço o tratamento dos célebres textos natalícios em latim, à guisa de motete, na depurada forma a-cappellaO magnum mysterium, Puer natus estVerbum carum factus est e Quem vidistis pastores?. Já vinha compondo desde 1987. Já escrevera, até, música mais façanhuda. Mas aqui, olhando para o presépio, ter-me-ei encontrado como compositor, no registo enxuto da sinceridade. O mestre, a inspiração, é o Mozart do Ave verum, onde o enigma que separa a simplicidade do meio da transcendência do fim é tamanha, que a coisa mais parece ser do foro de um saber alquímico. Mozart opera ali magia. Comove-nos, sejamos crentes ou ateus. Lembro-me com emoção, a este propósito, do êxtase de Fernando Lopes-Graça a escutar o meu Coral de Letras da Universidade do Porto num concerto realizado na igreja do Foco, na Cidade Invicta. Fazíamos, nesse concerto, reportório essencialmente seu. Mas quando começámos a cantar aquele licor mozartiano, Lopes-Graça elevou a cabeça para o alto e, enquanto as suas sobrancelhas oblíquas pareciam desenhar uma ogiva, os óculos embaciavam-se-lhe de emoção.
Em 1994 compus a minha primeira obra maior, com meios sinfónicos: In paradisum, para coro, quarteto vocal masculino e cordas, dedicada à doce memória de minha tia, Irmã Maria de Lourdes, que falecera em total ataraxia na Consoada de 1993. Data providencial, com algo de cíclico: morreu para renascer. A obra, para minha grande alegria, foi na altura, e tem vindo a ser desde então, interpretada em conjunto e na sequência do impalpávelRequiem de Fauré. Um pouco na linha desta obra, e citando o mestre francês, esta peça est d'un caractère doux comme moi-même. Fauré, outra das minhas grandes referências, tem uma visão mais introspectiva do que teatral. A minha leitura é também assim: íntima e serena.
Como já referi noutra ocasião, quando era criança, na fase de aprender as cores, minha mãe confrontou-me com a cor-de-rosa, cuja designação desconhecia. Depois de hesitar um pouco, disparei: isso é vermelho devagar. Seguindo este mote, este In paradisum é azul devagar. Tal como In paradisum, o Requiem à memória de Passos Manuel, composto dez anos depois, em 2004, que é uma extensão natural daquela obra, tendo com ela grandes afinidades, tem um tempo harmónico tendencialmente lento, que paira e produz uma sensação de textura lisa e fluente. Com excepção do Sanctus, que tem a energia dinâmica de um foguetão, com as tompas de capelo alçado, em registo éclatant, prevalece a sonoridade vaporosa da orquestração, criando um ambiente asséptico, andrógino e levemente enigmático. No último andamento, oIn paradisum propriamente dito, a música faz lembrar a inquietante imagem de São João Baptista no quadro A Virgem dos Rochedos, de Leonardo, assim indefinida, cheia de mistério, encoberta como está no sfumato dos harmónicos das cordas e no chiaroscuro das trompas mais a harpa. Esta atmosfera vaporosa como que paira na estratosfera. Cheira a ozono.
Poder-se-ia dizer que a música parte de ideias simples, de processos técnicos claros. A gramática é transparente. A concepção não pretende ser alta como o Everest. Nem sequer como a Serra da Estrela. Chega-lhe bem ter a altitude da minha amada Serra de Bornes: mais pequena, mas minha. Mais do que no tempo-curto das paixões humanas, tentei lançar estas minhas obras no tempo-longo, naquele tempo que emana do abismo dantesco sobre o Douro no Penedo Durão, perto de Freixo de Espada à Cinta, ou que ressalta dos magalitos do Cromeleque dos Almendres, ali ao pé de Évora, que estão no mesmo sítio há quatro milénios e lá permanecerão outros tantos, após todos nós – eu, que escrevo, e vós, que ledes - sermos varridos da face da terra, na voragem da morte.

Qual a composição da sua autoria que lhe é mais querida? Porquê?
Antes de individualizar uma obra, gostaria de referir que tenho três campos de acção composicional principais: a música para ou com crianças (a ópera A Floresta, sobre a história de Sophia de Mello Breyner Andresen, a cantata cénica O lobo Diogo e o mosquito Valentim, sobre a fábula de António Pires Cabral, O meu poemário infantil sobre texto de Violeta Figueiredo, e A arca do tesouro, sobre texto de Alice Vieira, minha última obra). Outro campo de acção importante é a harmonização da melodia popular portuguesa. Por questões matriciais de identidade, prezo especialmente este conjunto de peças que se constitui como uma espécie de projecto de vida. São já várias séries de harmonizações para coro a-cappella, que designo com o título genérico O que me diz o vento de… (até agora de Miranda, de Serpa, de Arganil, de Óbidos, daCalma que vai caindo, dos Trópicos e de Timor). É um projecto a que regresso sempre que estou desassossegado. Faz-me bem, aguçando-me o estilo, calibrando-me o lápis, oxigenando-me a alma. Vivemos numa época de agressiva globalização cultural segundo o execrável modelo pop anglo-saxónico. Portugal tem uma imensa e antiquíssima tradição poética, desde tempos trovadorescos, numa altura em que outras línguas se libertavam paulatinamente da guturalidade. Hoje a nossa identidade está em risco. Vivemos uma época de massificação. Ainda recentemente assistimos a um facto que comprova à saciedade esta subserviência cultural massificada e grotesca, com a RTP, o canal público televisivo, pago pelo dinheiro de todos nós, a dar um tempo de antena obsceno a uma cerimónia matrimonial anglicana que não nos diz minimamente respeito. A BBC e a casa real agradecem o pagamento dos direitos chorudos da transmissão televisiva, com certeza. E ainda levamos com esta merde* na abertura de todos os telejornais (*passando a gosseria, apenas estou citando Napoleão Bonaparte, que dizia que os ingleses, comerciantes indómitos, eram um povo com um jeito nato para o negócio, até da merde fazendo fortunas). Não há critério, tão pouco juízo crítico. Triunfou a pré-filosofia. A harmonização é um antídoto identitário. Nestas harmonizações de música popular de várias origens e de vários mundos, da Estrela ao Ramelau, do Douro ao Zambeze, cada som é essencial e também testemunha dessa portugalidade filtrada pela minha própria linfa transmontana. Eis, na minha existência, dos poucos valores matriciais que não discuto.
Por fim (os últimos são os primeiros), sublinho o campo sacro, seja através do tratamento de textos canónicos (muitas vezes a par com textos profanos, tais como textos populares, oriundos da antiquíssima tradição devocional portuguesa, por exemplo), seja através de uma inspiração: um quadro, uma escultura. Stigmata, para violeta e arcos, é uma obra concebida literalmente après une lecture de El Greco: inspirada no seu maravilhoso quadro O êxtase de S. Francisco (1580).
Respondendo directamente à sua pergunta, de entre todas as minhas obras, escolho como obra dilecta o Tríptico Mariano, a minha grande obra sacra, escrito em momentos diversos da minha vida. O primeiro quadro,Horto sereníssimo, composto em 2000, trata a Anunciação, inspirado nas serenas representações quatrocentistas de Fra’Angelico.
O segundo quadro deste tríptico, Magnificat em talha dourada, escrito anteriormente (em 1998), trata de Exultação da Virgem, inspirado na Madonna do pescoço comprido, obra-prima quinhentista de Parmigianino, um colo de inquietante desproporção que só Lhe eleva a santidade.
O terceiro quadro, Stabat Mater, composto em 2008, tratando da Dor da Mãe, é fortemente inspirado em duas obras: La Pietà Rondanini, a escultura pungente de Michelangelo Buonarroti (ca. 1564), e o dramático escorço de Andrea Mantegna, Cristo morto (ca. 1500).
Relativamente ao primeiro dos três quadros, o Horto sereníssimo, foi estreado na igreja de Nossa Senhora do Pópulo, nas Caldas da Rainha. Conheci o espaço num dia quentíssimo de Junho de 2000. Tive por aquela igreja uma espécie de paixão à primeira vista. Sendo sóbria, pequena e de uma ornamentação contida, ela tinha contudo aquela inefável harmonia de proporções que dão às formas um carácter universal no espaço e eterno no tempo. Visitei-a ao meio dia, no pino do calor. Havia no ar o odor iniciático das águas sulfurosas. Logo que entrei na igreja, a temperatura desceu subitamente, tornando-se balsâmica naquela frescura. Havia um ambiente de silêncio absoluto, aquele ambiente seráfico das Anunciações de Fra’Angelico, suscitando-me instintivamente o título da peça: Horto sereníssimo. A música seria de uma calma imperturbável como calmo era aquele sítio. Veio depois a grande provação da escrita da obra. Mais do que nunca, precisei eu que um anjo me fizesse uma visita e que me guiasse numa serena harmonia.
Quanto ao Magnificat em talha dourada, a obra foi concebida e escrita na minha aldeia em Trás-os-Montes, durante o mês de Julho de 1998, na companhia da canícula e da maré vaza do tempo. Foi estreada no espaço inefável da Igreja de São Roque, em Lisboa, no dia 24 de Outubro de 1998, por ocasião da celebração dos 500 anos da Santa Casa da Misericórdia. O Magnificat é uma obra tonal em Sol Maior, que é a tonalidade que sinto nas talhas douradas e nos espaços reverberantes de Deus. É uma homenagem ao Barroco, o estilo onde triunfa o movimento, as espirais inebriantes, o puro concerto dos sentidos. Como é natural, o espírito de Bach ecoa, pairando sobre a obra tal como, no princípio, o espírito pairava sobre as águas. Foi acrescentado ao texto canónico em latim, um conjunto de trechos em português que lhe é estranho, uma prática detropização e de contrafacta que foram muito comuns em tempos medievais. Esses trechos ou tropos profanos, acrescentados ao texto sacro, têm uma temática afim, provindos do culto mariano popular sob a forma de cantos de romaria e de cantos populares natalícios. Devido a este cruzamento de referências e a esta miscigenação de gestos, a obra está cheia de folia estilística, qual tapeçaria de Arraiolos de múltiplas cores e padrões. Para dar um pouco de unidade a tudo isto, o Magnificat em talha dourada sustenta a sua arquitectura em três grandes pilares firmados no princípio, no meio e no fim da obra, onde se pode escutar a citação da inefável melodia popular alentejana de Natal, Ó meu Menino, que confere à música não apenas um grande arco discursivo, assim como uma calma de todo o Alentejo deste mundo. Este aspecto trinitário, altamente simbólico e onde se cruzam o sacro e o profano, colheu-me desde o princípio.
Sobre o Stabat Mater, devo referir que, a propósito do tratamento que fiz do texto, e tomando como exemplos comparativos o tratamento que Luigi Nono faz do texto na sua obra Il canto sospeso (1956), com tendência a fragmentá-lo num gesto pontilhista, ou, para não ir tão longe, o tratamento que Emmanuel Nunes faz do poemaVislumbre (1986), de Mário de Sá Carneiro, decompondo-o serialmente nas suas várias dimensões, da gramatical à fonética, devo dizer que, tendo destas abordagens suficiente curiosidade e até bastante interesse, na qualidade de professor de análise, não me interessam minimamente, contudo, na qualidade de compositor. As várias obras de minha autoria que tratam textos, principalmente as que contêm textos sagrados, ancoram-se em dois grandes esteios: primado do texto e primado da melodia. Por isso, o meu tratamento do texto Stabat Materé fundamentalmente silábico e homofónico, para que não se perca uma única gota que seja da sua essência, e para que a sua mensagem não sofra qualquer distúrbio no seu percurso entre o intérprete e o ouvinte.
Referiria, para terminar, um momento no Stabat Mater com um significado especial: o tratamento do soneto de Camões, Deus benino. Mais uma vez um tropo, qual corpo extrínseco à sequência Stabat Mater. É um poema natalício de uma beleza solar, que faz faísca no eixo nevrálgico da obra. Ei-lo:
– Dece do Ceo imenso Deus benino
Para encarnar na Virgem soberana.
– Por que dece Divino em cousa humana?
– Para subir o humano a ser divino.
– Poos como vem tão pobre e tão minino,
Rendendo-se ao poder de mão tirana?
– Porque vem receber morte inumana,
Para pagar de Adão o desatino.
– Pois como? Adão e Eva o fruto comem,
Que por seu próprio Deus lhe foi vedado?
– Si, porque o próprio ser de Deoses tomem.
– E por essa razão foi humanado?
– Si, porque foi com causa decretado:
Se o homem quis ser Deus, que Deus seja homem.
Descida do divino em coisa humana e a ascensão do humano a divino! Esta coisa imaterial que é a ascensão, depois da dor, é a transcendência das transcendências. Se acreditamos, ressoamos na primeira pessoa. Se não acreditamos, ressoamos na terceira pessoa. Mas ressoamos.

Entrevista concedida por escrito em 30.4.2011.
Eurico Carrapatoso escreve de acordo com a antiga ortografia.

Eurico Carrapatoso
in SNPC

Eurico Carrapatoso distinguido pela Pastoral da Cultura

foto de João Tuna

Igreja Católica distingue compositor Eurico Carrapatoso com prémio "Árvore da Vida"

A Igreja Católica distinguiu o compositor Eurico Carrapatoso com a sétima edição do prémio “Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes”, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, em parceria com a Renascença.

A justificação do júri sublinha que a «pessoalíssima gramática sonora» do autor «mergulha profundamente na tradição musical portuguesa», tendo por diversas vezes «origem ou motivação religiosa».

O júri, presidido pelo bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Manuel Clemente, assinala igualmente o «diálogo» que o compositor mantém com autores do «cânone literário» português.

As referências à «paisagem, tanto a geográfica como aquela mental» do território nacional, fazem da obra de Eurico Carrapatoso «uma preciosa e inspirada meditação sobre Portugal» e o «destino comum» dos portugueses, acrescenta o júri.

«É uma distinção que prezo especialmente, pois consagra, de qualquer forma, a dimensão do insondável que eu sempre desejei, certamente, e seguramente, tentei, inocular naquilo que penso, que invento, que faço e que escrevo», realça Eurico Carrapatoso em entrevista publicada no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Entre as obras da sua autoria, o compositor elege como preferida o “Tríptico Mariano”, composto por “Horto sereníssimo” (2000), “Magnificat em talha dourada” (1998) e “Stabat Mater” (2008).
Além de D. Manuel Clemente, o júri teve a seguinte constituição: cónego João Aguiar, presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, patrocinadora do prémio; António Vaz Pinto, diretor da Revista “Brotéria”; Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura; Maria Teresa Dias Furtado, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Nas edições anteriores, o prémio “Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes” distinguiu o poeta Fernando Echevarria, o cientista Luís Archer, o cineasta Manoel de Oliveira, a professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira e o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura realizado pela diocese de Beja.

Entre as personalidades premiadas até esta edição, Eurico Carrapatoso é a mais nova, com 49 anos.

por Rui Martins in SNPC

O prémio será entregue na próxima sexta feira, em Fátima, por ocasião das Jornadas da Pastoral da Cultura


Justificação do Júri
O Júri do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes deliberou, por unanimidade, atribui-lo, nesta que é a sua sétima edição, ao compositor Eurico Carrapatoso.

Eurico Carrapatoso nasceu no distrito de Bragança, em 1962. Iniciou os seus estudos musicais na década de oitenta, tendo sido aluno de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima, Constança Capdeville e, finalmente, de Jorge Peixinho, com quem concluiu, em 1993, o Curso Superior de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem, desde então, desenvolvido ampla atividade no ensino e construído uma extraordinária obra no âmbito da criação musical, com trabalhos que vão da música orquestral, à música de câmara e coral, e que têm suscitado um justo reconhecimento, dentro e fora do país.

A sua pessoalíssima gramática sonora mergulha profundamente na tradição musical portuguesa, que tem, não raras vezes, uma origem ou motivação religiosa. Mas não apenas a tradição musical é revisitada por esta obra singular: o diálogo que tem sabido manter com autores do nosso cânone literário (de Bernardo Soares a Sophia de Mello Breyner Andresen, de Manuel Teixeira Gomes a Matilde Rosa Araújo, Alice Vieira, A.M. Pires Cabral, entre outros) e, curiosamente, com a própria paisagem, tanto a geográfica como aquela mental, do nosso território, fazem dela uma preciosa e inspirada meditação sobre Portugal e o nosso destino comum. 
O Júri do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes teve a seguinte constituição: D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais; Cónego João Aguiar, Presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, patrocinadora deste Prémio; António Vaz Pinto S.J., Diretor da Revista “Brotéria”; Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Centro Nacional de Cultura; Maria Teresa Dias Furtado, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; José Tolentino Mendonça, Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Esta é a sétima atribuição do «Prémio de Cultura Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes», instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura em parceria com a Rádio Renascença, e que, nas edições anteriores, distinguiu já o poeta Fernando Echevarria, o cientista Luís Archer s.j., o cineasta Manoel de Oliveira, a professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira e o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura levado a cabo pela Diocese de Beja.

in SNPC

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Músicos falam da Bíblia

Bíblia inspira música contemporânea
A influência dos textos bíblicos na composição musical e a procura da transcendência através da veneração a artistas foram algumas das questões refletidas esta quinta-feira (31 de março), em Lisboa, na abertura do ciclo de conversas "A Bíblia, coisa curiosa". A iniciativa, organizada pela Casa Fernando Pessoa, que acolheu o encontro, e pelo diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça, foi inaugurada com o tema ‘Bíblia & Música’.

O cantautor Tiago Cavaco recordou alguns dos trechos bíblicos pontuados pela música, como «os Salmos», o «Cântico dos Cânticos», as «lamentações proféticas do Antigo Testamento», a «subida de Jesus a Jerusalém» e as «erupções teológicas de São Paulo» intervaladas por cânticos litúrgicos.

Para Eurico Carrapatoso, o momento em que um anjo comunica a Maria que vai ser mãe de Jesus – a “Anunciação” – constitui um «momento fulminante e absolutamente marcante» da escritura.
O compositor transmontano destaca entre os seus trabalhos de inspiração bíblica a peça “Horto Sereníssimo”, que integra um «tríptico mariano» no qual se inclui o “Magnificat em Talha Dourada”, uma das suas obras mais conhecidas.

«Toda a minha música tem a ver com o facto histórico mais importante da história do mundo, que é a ressurreição de Cristo», afirmou por seu lado o padre ortodoxo Ivan Moody, de origem inglesa.
Depois de aludir aos livros do Génesis e do Apocalipse – primeiro e último da Bíblia – como inspiradores das suas composições, o presbítero do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla referiu que as suas obras são marcadas por «uma grande transparência, que não é só técnica mas também espiritual».
Perante as 80 pessoas que assistiram ao encontro, Ivan Moody expressou a sua perplexidade pelo facto de autores que não acreditam em Deus se inspirarem em textos considerados sagrados: «Não percebo como um ateu pode musicar textos litúrgicos».

Assumindo-se como um «compositor crente», João Madureira falou sobre o «momento de festa e linguagens diferentes» da “Missa de Pentecostes”, que a comunidade da Capela do Rato, em Lisboa, lhe encomendou em 2010. «A Bíblia, como é muitas vezes revisitada musicalmente, convida-nos a ultrapassar esse enorme obstáculo que é a linguagem. Acho que há algo de pré e pós linguagem que podemos sentir como fundamental», assinalou. 
Um dos «fascínios» sentidos por João Madureira ao abordar a música religiosa é a possibilidade de romper os cânones da «vanguarda» e da «tradição»: «Muitas vezes o que se sente no campo cultural é a criação de bastião intocáveis que se rejeitam mutuamente. E eu não quero fazer parte disso».

Além de servir para alimentar a fé e transmitir uma mensagem, a música tem conotações com o transcendente que nem sempre implicam a pertença a uma Igreja ou a adesão a uma religião.
«Um fã de algum artista ou estilo musical tende a viver de maneira religiosa», associando-se a eles como uma «devoção», explicou Tiago Cavaco, que também passou por esse processo durante a adolescência relativamente ao “panque-roque”.
«Querer justificar que alguém deve ser ouvido pelas circunstâncias biográficas pode no imediato ser atraente mas facilmente descamba numa contemplação mórbida», salientou o missionário protestante conhecido no meio artístico por Tiago Guillul.

Por Rui Martins
In Agência Ecclesia, publicado em SNPC

Ler o programa de A Bíblia, coisa curiosa

sábado, 27 de novembro de 2010

A morte de Luís II da Baviera: uma ópera no Filme do Desassossego

de O filme do desassossego
Um concerto a não peder na belíssima sala de madeira que tem por nome Sala da Sociedade de Geografia (ao lado do Coliseu de Lisboa). Será na próxima 2ª feira dia 29 de Novembro, pelas 21h30.
A obra é do compositor Eurico Carrapatoso e chama-se "A morte de Luís II da Baviera"

Drama musical em uma cena e um acto
Sobre texto de Bernardo Soares (Livro do desassossego)
Libreto de João Botelho
Obra encomendada pela ARDEFILMES, incluída em O filme do desassossego de João Botelho

MORTE - Angélica Neto, soprano
PROVIDÊNCIA - Elsa Cortez, soprano
Coro Ricercare (dir. Pedro Teixeira)
Sinfonietta de Lisboa
dir. Vasco Azevedo

"Enquanto João Botelho me explicava o filme e o projecto da ópera fumava cigarros pensativos.
A sua exaltação era contagiosa. Eu dizia-lhe "calma, mais devagar, espere" e ele falava-me de Morte, de Providência, de coros de pajens, de atimbales, de metais e arcos; e eu dizia-lhe "calma, calma, mais devagar", mas ele falava-me de filmagens ao ar livre, de planos, de jogos de luz e sombra caravaggianos, de travellings sobre a orquestra e sobre a cena da morte; e eu dizia-lhe "calma, mais devagar! mas ao ar livre? tem a certeza?", e ele falava-me de uma encenação em pleno bosque de Sintra; e eu dizia-lhe "calma, mais devagar, mas ao ar livre? o quê? em Sintra? tem a certeza? e os elementos: o frio? a chuva? o nevoeiro?", e ele dizia-me "sim, sim... conhece outro local mais apropriado para a cena da morte de Luís II, conhece?".

E então leu-me Bernardo Soares:

Senhor Rei, Pastor das vigílias,
cavaleiro andante das Angústias,
sem glória e sem dama
ao luar das estradas,
senhor nas florestas,
nas escarpas,
perfil mudo de viseira caída

Contempla da janela do meu castelo
Não o luar e o mar
Que são coisas belas e por isso imperfeitas;
Mas a noite vasta e materna,
O esplendor indiviso do abismo profundo.

Foi assim que conspirámos o projecto, envoltos em tabaco e nevoeiro.
Aos poucos o texto de Bernardo Soares foi-se insinuando como as púrpuras e os oiros bizantinos de Klimt.

Passados uns dias começou-me a doer. Assim nasceu a obra.
E em Março lá estávamos nós a filmar, em pleno bosque de Sintra, na mítica Peninha, inundada de um sol picardo e refulgente que furava as folhagens em mil matizes."

Eurico Carrapatoso, Novembro de 2010

Serão também interpretadas neste concerto obras de:
JOÃO FRANCISCO NASCIMENTO
JOLY BRAGA SANTOS
LUÍS DE FREITAS BRANCO
VIANNA DA MOTTA

Ler no blogue
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/11/o-filme-do-desassossego-continua-sem.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/desassossego.html

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.

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