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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
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sábado, 13 de maio de 2017

Temos Mãe

Papa Francisco na missa de canonização dos pastorinhos, em Fátima

Da missa, hoje de manhã, ficam as palavras repetidas duas vezes pelo Papa Francisco: "temos uma Mãe". O papa referiu também que em Fátima todos têm lugar debaixo deste "manto de luz" de Maria, e que com ela estamos em boas mãos. O tom inclusivo que caracteriza este nosso Papa voltou a marcar o seu discurso.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Holofotes em Fátima

Fátima, 100 anos depois

Não querendo deixar passar a data em branco, e por não ser um especialista de Fátima, moradasdedeus partilha com os seus leitores o Macroscópio de ontem, publicado no Observador, de José Manuel Fernandes

"Amanhã chegará a Portugal o Papa Francisco que presidirá à peregrinação que marca o centenário da primeira das aparições, a 13 de Maio de 1917. Uma boa ocasião para regressar a uma reflexão sobre o sentido de Fátima e sobre o seu significado para os portugueses. (...) Vamos apenas procurar guiá-lo através de alguns textos que podem ajudar a compreender melhor Fátima e as controvérsias quase tão antigas como a primeira das aparições.
A abrir gostaria de chamar a atenção para um dos textos que ajudaram a divulgar as aparições e mais terão contribuído para a credibilização do milagre de Fátima: a reportagem do enviado do jornal “O Século”, Avelino de Almeida, que a 13 de Outubro de 1917, foi uma das testemunhas do chamado “milagre do Sol”. A reportagem – Coisas espantosas! Como o sol bailou ao meio dia em Fátima – está reproduzida em vários sites (como este) e seria depois complementada com um testemunho porventura mais pessoal publicado duas semanas depois na Ilustração Portuguesa em conjunto com a reportagem fotográfica de Judah Ruah (de quem são a maioria das fotografias conhecidas desse da multidão que nesse dia se reuniu na Cova de Iria, nomeadamente a que abre esta newsletter). É desse segundo texto aquela que é, porventura, a passagem mais conhecida do seu testemunho: “E, quando já não imaginava que via alguma coisa mais impressionante do que essa rumorosa mas pacífica multidão animada pela mesma obsessiva ideia e movida pelo mesmo poderoso anseio, que vi eu ainda de verdadeiramente estranho na charneca de Fátima? A chuva, à hora prenunciada, deixar de cair; a densa massa de nuvens romper-se e o astro-rei – disco de prata fosca – em pleno zénite, aparecer e começar dançando n’um bailado violento e convulso, que grande número de pessoas imaginava ser uma dança serpentina, tão belas e rutilantes cores revestiu sucessivamente a superfície solar… / Milagre, como gritava o povo; fenómeno natural, como dizem sábios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de te afirmar o que vi… o resto é com a Ciência e com a Igreja…

(Quanto aos testemunhos do que se passou nesse dia de Outubro o Observador recolheu alguns deles, assim como reuniu as imagens mais significativas, numa fotogaleria especial, em grande formato: 13 testemunhos sobre o "milagre do Sol".)

Feita esta rápida incursão ao passado, vejamos o que dizem hoje os historiadores, sendo que estes discutem sobretudo como Fátima se transformou no fenómeno que hoje é, mais do que debatem a autenticidade do que se passou. Ora uma dessas interpretações clássicas é a de Vasco Pulido Valente, que no seu livro A República Velha, dedica um subcapítulo a Fátima. No Observador reproduzimo-lo com o título Fátima, a política e a República. Pequena passagem, relativa à atitude que a Igreja portuguesa foi tendo ao longo dos anos: “Ao começo, a hierarquia manteve uma distância prudente, como se costuma dizer. O que significa que, ajudando e permitindo, só se comprometeu quando a reputação de Fátima estava estabelecida e o seu valor como símbolo político confirmado.

Mas neste ano de 2017 tem sido abundante a publicação de livros, tendo a Rita Cipriano selecionado alguns em O que ler durante a visita do Papa Francisco. Estão lá onze referências sobre Fátima mais três relativas ao Papa Francisco, todas apresentadas de forma muito breve.

Uma análise mais longa da bibliografia recente, comparando-a com as obras clássicas e com a monumental Documentação crítica de Fátima (cinco volumes organizados pela Igreja Católica, mais um volume com uma selecção dos principais documentos relativos ao período 1917-1930 e que está disponível em PDF) é a do longo ensaio de António Araújo no Público, Fátima, cem anos depois, publicado no passado mês de Fevereiro. Na sua síntese, depois de grandes controvérsias, hoje “prevalece uma abordagem mais serena e desapaixonada, da História à Teologia”.

Prova de que há sempre descobertas a fazer foi a revelação, ainda em Março, de que um anúncio no Diário de Notícias previa Fátima dois meses antes. É uma história curiosa, contada por João Céu e Silva, sobre uma pequena inserção publicitária, a 10 de Março de 1917, onde se escrevia: “135917. Não esqueças o dia feliz em que findará o nosso martírio. A guerra que nos fazem terminará." Estranho, mas interessante e sem aparente explicação.

Mas passemos agora à conversa – julgo ser este o termo mais adequado – que se tem desenvolvido entre vários padres e teólogos sobre o sentido e o significado de Fátima e a interpretação a dar ao que foi relatado pelos pastorinhos. Duas entrevistas de D. Carlos Azevedo – uma ao Expresso, outra ao Público – chamaram a atenção pelos seus títulos. “Nossa Senhora não aprendeu português para falar com Lúcia”, no Expresso. “Maria não vem do céu por aí abaixo”, no Público. Eis uma passagem com o essencial da sua posição, retirada desta última referência: “Chegou o momento para falarmos com linguagem exacta. Joseph Ratzinger no ano 2000, quando fez o comentário teológico à última parte do segredo de Fátima, usou sempre a palavra visões e esse é o rigor teológico. O grande teólogo Karl Rahner também escreveu um livro sobre visões e profecias, usando a palavra visões. Esse é o termo exacto.”

Esta leitura remate precisamente para um texto de Joseph Ratzinger escrito antes de ser eleito papa e tomar o nome Bento XVI, um texto teológico de grande densidade que foi escrito pelo então responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé a propósito da revelação, por João Paulo II, do famoso “terceiro segredo”. Esse texto, intitulado simplesmente A Mensagem de Fátima, está disponível em português no site do Vaticano.

(Sobre as circunstâncias da revelação desse “terceiro segredo” vale a pena ler a entrevista que Aura Miguel, da Rádio Renascença, fez ao Cardeal Angelo Sodano, o homem que, no ano 2000, por decisão do Papa, levantou o véu do “terceiro segredo” de no final da missa de 13 de Maio, em Fátima, quando se soube que a visão era sobre as lutas contra os cristãos e contra o “homem vestido de branco”. A sua interpretação é que dar a decisão de João Paulo II o fazer foi por querer "relançar uma mensagem de esperança”).

A interpretação desse texto e a discussão sobre se estamos perante “visões” ou “aparições” já suscitou dois textos com interpretações diferentes no Observador: o padre Gonçalo Portocarrero de Almada interrogou-se sobre o tema em Fátima (1): Aparições ou visões?, tendo defendido que “Na Cova da Iria os pastorinhos tiveram visões e não aparições, mas o valor não é menor porque, como notou Bento XVI, visões têm uma força de presença tal que equivalem à manifestação externa sensível”; já o cónego José Manuel dos Santos Ferreira, num texto com um título quase igual, Fátima: visões ou aparições?, seguiu uma linha porventura mais tradicionalista: “Também os fenómenos físicos que acompanharam os acontecimentos de Fátima e foram observados por numerosas testemunhas, não podem ser frutos de uma visão imaginativa. O seu número é impressionante. Esses fenómenos exteriores manifestam sem qualquer dúvida possível a presença efetiva de uma pessoa celeste.

Ao mesmo tempo também há os que, dentro da Igreja Católica, contestem Fátima e o seu significado, nalguns casos de forma muito desabrida, noutras de forma mais moderada. Tânia Pereirinha do Observador falou com alguns deles em “Aquilo para mim não é Nossa Senhora, é um pedaço de barro!”. Dois padres – Anselmo Borges e Mário de Oliveira –, um frade – Frei Bento Domingues – e um bispo – D. Januário Torgal Ferreira – expuseram os seus argumentos. E se a contestação de Mário de Oliveira tem muitas décadas, a reflexão de Anselmo Borges, bem mais moderada, ficou também exposta em dois artigos no Diário de Notícias: O que eu penso sobre Fátima (1) e O que eu penso sobre Fátima (2). Nesses textos, para além de regressar ao tema das visões ou aparições, este padre considera que o núcleo da mensagem de Fátima é, “Em primeiro lugar, a oração. É uma grande mensagem? É. Para crentes e não crentes. Quem não precisa de rezar?” Já à outra mensagem, "Fazei sacrifício e penitência", considera que deve ser dado um enquadramento mais cuidadoso: “O sacrifício pelo sacrifício não vale nada, mas, por outro lado, sem sacrifício, nada de grande, de verdadeiramente valioso, se realiza”.

Ainda no domínio da teologia, uma referência para o texto de Paulo Mendes Pinto, especialista em Ciência das Religiões, na Visão: De “aparição” a “visão”: Ratzinger e a redefinição de Fátima como objecto de teologia. Eis o seu ponto de vista: “Ao definir Fátima como uma “visão”, subalterniza teologicamente o que possa ter acontecido, tornando-o “particular”, mas abre ao infinito todas as possibilidades de interpretação, dando guarida às formas mais pessoais de viver a fé. Isto é, ao libertar Fátima do peso excessivo de toda e qualquer narrativa, colocando sempre acima a Revelação bíblica, o futuro Papa dava a Fátima a possibilidade de fugir ao tempo, ao contexto e de continuadamente se poder recriar na maleabilidade e na subjectividade de cada crente no seu momento e no seu contexto específico.

Mas de todos os textos que tenho vindo a referir, talvez o mais notável, na minha perspectiva, seja o que resultou da conversa muito franca e aberta de João Francisco Gomes, do Observador, com o bispo de Leiria/Fátima, D. António Marto: “Representava melhor o diabo do que o anjo, ironia do destino”. Nela o teólogo que confessa ter sido céptico de Fátima explica como foi evoluindo na sua posição. Primeiro: “Quando acabei o curso, era um racionalista, éramos muito racionalistas. Tudo tinha de passar pelo filtro da razão, portanto tudo o que fosse de um ponto de vista mais do aspeto emocional, sentimental, era desvalorizado. Às vezes olhávamos até com desdém, com desprezo, para as expressões de piedade popular.” E depois: “Punha em causa algumas expressões da fé (risos). Sobretudo a piedade popular, mas isso era típico de uma espécie de cultura de elites, que olha com desprezo para o que é do povo, para o que é popular. A partir daí, mudou a minha maneira de ver e de avaliar esse aspeto da piedade popular. Claro que a piedade popular também precisa de ser purificada com os critérios do Evangelho, mas tem valores profundos, que não podemos desprezar sem mais.

Ao mesmo tempo, a estreia do mais recente do mais recente filme de João Canijo, Fátima –, um filme que acompanha um grupo de mulheres que peregrina desde Vinhais, que Eurico de Barros, no Observador, considerou que irá “ocupar um lugar especial, pelo método de elaboração e pelo ponto de vista, pela ponta inédita em que pega e pela qualidade dramática, pelo peso de verismo e pela isenção de “parti pris” e de julgamento, na filmografia nacional dedicada ao fenómeno fatimista” – suscitou também algum debate – este entre não crentes. O tiro de partida foi dado por Daniel Oliveira, no Expresso, numa coluna a que chamou Fátima, reflectiu sobre como “é difícil compreender este nosso povo sem compreender o culto mariano, a função libertadora do sacrifício e a experiência coletiva da fé.” Viu mais, pois em Fátima sinais de um “espírito comunitário” que aprecia. Fernanda Câncio veio contrariá-lo no Diário de Notícias, em Do ut des, ou Fátima, altar do egoísmo, onde defende a tese completamente oposta, a de ali só existe um “individualismo egomaníaco”.

Partindo deste filme, da entrevista de D. António Marto e também do que se diz nestes textos, eu próprio escrevi no Observador um texto assumidamente pessoal: Fátima, ou a confissão de humildade de um não-crente. Eis a forma como termino: “Não posso, nem devo, deixar de me emocionar quando olho para os peregrinos que se dirigem a Fátima animados por algo que é muito mais do que pedir uma graça, cumprir uma promessa ou simplesmente ajoelhar-se, acender uma vela e rezar. Tal como não posso deixar de pensar naquilo que não alcançamos, recordando de novo Bento XVI nessa mesma aula: “o perigo do mundo ocidental é que o homem, obcecado pela grandeza do seu saber e do seu poder, esqueça o problema da verdade”. Humanamente e simplesmente.

A fechar, até porque este Macroscópio já vai longo, mais uma inevitável referência ao último Conversas à Quinta, Fátima, da I República à tradição do culto mariano. Como saberão eu seu o primeiro fã deste programa, não por ser o moderador, mas pela imensa qualidade dos dois "conversadores", Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto. Desta vez arrisco dizer que a conversa foi ainda foi melhor do que o habitual. Superlativa, quer pela forma como Jaime Gama enquadrou Fátima na religiosidade popular e na tradição portuguesa, quer pelo que Jaime Nogueira Pinto recordou do Portugal (e do Mundo) de 1917. Não percam (também em podcast)."

terça-feira, 18 de abril de 2017

Fátima não é um dogma, a Igreja em Portugal, o Papa, sexualidade dos padres, ordenação de mulheres e de homens casados e muito mais


Padre Anselmo Borges: “É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima”

Anselmo Borges, padre da Sociedade Missionária Portuguesa, falou ao Expresso a propósito do lançamento do seu novo livro, “Francisco: Desafios à Igreja e ao Mundo”

por Cristiana Martins, no Expresso

"Decidiu ser padre aos 19 anos porque a morte o inquietava. Ainda pensa na finitude, mas diz que “a única porta de salvação para uma vida eterna” foi Jesus quem lha abriu. Entrou há 50 anos, ao ser ordenado pelo cardeal Cerejeira. Nunca deixou a Igreja mas arrepiou caminho e escolheu a via da crítica ativa. Professor universitário em Coimbra, lança um novo livro — “Francisco: Desafios à Igreja e ao Mundo” —, prefaciado por Artur Santos Silva e, a partir da próxima semana, vai andar pelo país a apresentá-lo, na presença de pessoas tão diferentes como Ramalho Eanes, Frederico Lourenço, Pedro Mexia, Pedro Rangel, Maria de Belém, Carlos Fiolhais ou Isabel Allegro de Magalhães.

No seu livro levanta questões mais comuns ao discurso de não católicos. Ainda se revê na Igreja?
Pertenço por convicção à Igreja Católica e procurei ser leal, mas há duas questões fundamentais. A primeira é que Deus é amor. A outra tentativa de definir Deus surge no Evangelho segundo São João: no princípio era o logos, a razão, e Deus é razão. Para mim, se Deus é razão, devemos estar na Igreja com dimensão crítica. E se a fé não deriva da razão, à maneira das ciências matemáticas, para ser humana, não a pode contradizer.

O livro é um alerta para situações com as quais não concorda?
Exatamente. Há uma crítica para dentro da Igreja, seguindo alertas que vêm do Papa Francisco. Porque este Papa é cristão no sentido mais radical, não é apenas batizado, ele segue Jesus. E quando olhamos para a Igreja, nem sempre vemos um verdadeiro discipulado de Jesus. Assistimos a uma hierarquia que frequentemente vive na ostentação, que não se bate pelos direitos humanos, que têm de ser praticados dentro da Igreja. Depois do Concílio Vaticano II, a primavera da Igreja, veio o inverno, que teve uma expressão dramática na condenação de teólogos.

Francisco trouxe uma nova primavera?
As pessoas gostam dele, ele faz o que Jesus fazia, é amor.

Mas basta? Jesus provocou ruturas. E o Papa Francisco?
Jesus opôs-se à religião estabelecida, foi crucificado por ter sido condenado, em primeiro lugar, pela religião oficial. Foi condenado como blasfemo e subversivo. E o Papa Francisco, se não tivesse operado ruturas, não tinha tanta oposição de alguns cardeais.

A oposição existe em Portugal?
O que mais noto aqui é que o Papa Francisco não está vivo e operante, em primeiro lugar, na hierarquia católica. Diria até que há mais simpatia para com ele fora da Igreja.

No livro diz que a Igreja portuguesa parece paralisada. O que Francisco pode provocar em Fátima?
Fátima é um caso muito especial de religiosidade. A Igreja oficial tenta enquadrar Fátima, mas as pessoas vão lá com uma devoção particular.

A mãe de Jesus surgiu em Fátima?
Posso ser um bom católico e não acreditar em Fátima porque não é um dogma. Não me repugna, contudo, que as crianças, os chamados três pastorinhos, tenham tido uma experiência religiosa, mas à maneira das crianças e dentro dos esquemas religiosos da altura. É preciso também distinguir aparições de visões. É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima. Uma aparição é algo objetivo. Uma experiência religiosa interior é outra realidade, é uma visão, o que não significa necessariamente um delírio, mas é subjetivo. É preciso fazer esta distinção. E por isso digo que é necessário evangelizar Fátima, ou seja, trazer uma notícia boa. Porque mesmo para aquelas crianças, aquela não foi uma notícia boa: que mãe mostraria o inferno a uma criança?

Que boa notícia seria essa?
Já não se veem pessoas a arrastarem-se e a sangrarem.

Não foram os portugueses que se modernizaram?
Sim, felizmente.

Porque é que o Papa vem a Fátima?
Em primeiro lugar, porque é profundamente devoto de Maria. Sabe porque há tanta devoção a Maria na Igreja? Porque a presença feminina é muito reduzida. As mulheres têm de gostar de Jesus — mesmo que se deem mal com a Igreja oficial e têm razões para isso — porque ele teve mulheres como discípulas e foi uma figura central da emancipação feminina, embora a Igreja seja completamente masculina — Pai, Filho e Espírito Santo — e uma menina faça a socialização religiosa sempre no masculino.

O que dirá o Papa em Fátima?
Estou convicto de que fará um discurso de dimensão mundial, um grande apelo à paz. Deverá apelar ao diálogo inter-religioso e a que católicos pratiquem o Evangelho.

Ficará triste com o comércio?
Qualquer pessoa fica. São, outra vez, os vendilhões do templo, o pior da religião.

Voltando às mulheres e às ruturas: até onde o Papa poderá ir?
O Papa criou um grupo para estudar a possibilidade de as mulheres serem diaconisas, o que causou um grande abalo. Ele herdou uma Igreja profundamente hierarquizada e tem de pisar o terreno com cuidado, o que tem feito com coragem. É jesuíta e sabe o que significa o poder e a eficácia. Não pode causar um cisma.

O que será mais fácil: ordenar mulheres ou homens casados?
Homens casados porque a Igreja é misógina! É a última instituição, verdadeiramente global, que é machista. É também a última monarquia absoluta. Acredito que ainda veremos o Papa Francisco ordenar homens casados, mas também terá de resolver o problema da participação dos leigos e o problema das mulheres. O celibato é uma questão de bom senso, temos de ser pragmáticos. Não há padres suficientes e há leigos, casados, que, ordenados, exerceriam um excelente papel como coordenadores das comunidades cristãs. No primeiro milénio da Igreja não havia celibato. Aquilo que hoje constitui escândalo não o é, se olharmos a origem.

Qual é a sexualidade dos padres? Podem ser homossexuais?
A Igreja não pode impor como lei aquilo que Jesus entregou à liberdade e, por isso, sou partidário do fim ao celibato obrigatório. À frente das comunidades é possível ter leigos, que podem ficar durante um período limitado. Não se percebe porque um bispo, mesmo que incompetente, fique para sempre. Alguns vão sempre optar pelo celibato, serão os coordenadores dos coordenadores. Mas serão muito poucos. É preciso acabar com as vidas duplas.

E a sexualidade dos padres?
Está estudado, se há na população cerca de 8% de homossexuais, na Igreja deverá ser um pouco mais porque muitos entraram no contexto de repressão da sexualidade, para tentarem resolver um problema, mas não vejo razão para serem excluídos. E se assumiram o compromisso da castidade, devem segui-lo como os outros.

O Papa Francisco trouxe mais transparência?
Já não é possível esconder a realidade e o Papa chama as coisas pelos nomes. O Evangelho diz que a verdade libertar-nos-á.

Já foi chamado à atenção pela hierarquia por defender estas posições?
Já tive problemas, hoje não.

Desistiram de si?
Não gostavam do que eu dizia, mas eu também não gosto do que dizem.

Poderia ter tido uma carreira diferente? Não foi bispo.
Nunca quis, aliás, se quisesse, não podia ser livre, e esse é o problema a que o Papa tanto se opõe, o carreirismo. O único pecado que tenho é o de não ser suficientemente cristão, talvez não dê suficiente atenção às pessoas. O resto, pensar de maneira diferente? Ainda bem. Na Igreja tem de haver liberdade de pensar e interpretar.

O que sentiria se uma mulher lhe desse a eucaristia?
Comunguei das mãos de uma pastora anglicana em Londres. Não me causou inquietação.

Já deu a eucaristia a divorciados?
Mais do que isso. Um homem, uma figura pública que eu não conhecia, convidou-me para jantar e disse que iria casar-se no dia seguinte e queria que eu lhe abençoasse as alianças, porque não podia casar pela Igreja. Fui ao casamento, estive lá com eles.

Qual foi a primeira vez em que foi ao Vaticano?Em 1967, havia ainda a ebulição do Vaticano II. Sou filho desta primavera.

O que sentiu?Era muito jovem e senti um grande esplendor, mas também achei excessivo. Mas o que na Igreja sempre me preocupou mais foi a falta de liberdade para pensar."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Arte sacra em Fátima: a infância de Jesus

Museu de Arte Sacra e Etnologia expõe o "maior conjunto" de representações de Cristo na infância
O Museu de Arte Sacra e Etnologia, em Fátima, abre gratuitamente ao público até 24 de Dezembro a Sala da Natividade.

Os presépios e Meninos Jesus expostos constituem, segundo o museu dos Missionários da Consolata, «o maior conjunto patrimonial que nas coleções museológicas portuguesas representa o tema de Jesus Cristo na infância».

Alguns agrupamentos das peças reunidas pelo padre António Rosado Belo testemunham as grandes linhas da história devocional e cultual ao Menino Jesus em Portugal.

Os textos que contextualizam as colecções são assinados pelo cónego António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja.

As crianças que visitarem a Sala da Natividade têm a oportunidade de executar uma pintura num pequeno atelier preparado para a ocasião.

A visita pode ser efetuada diariamente, excepto à 2.ª feira, das 10h00 às 17h00. No dia 24 de dezembro o museu encerrará às 13h00.

por © SNPC a 13 de Dezembro de 2010

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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