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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Contador de visitas

5 meses após a criação do blogue foi inaugurado um contador de visitas no fundo da página.

Ministra defende que gays podem ser doadores de sangue

Ana Jorge veio defender que os inquéritos feitos antes da doação não devem incluir nenhuma referência à orientação sexual.

Depois de no ano passado ter sido gerada alguma confusão sobre se os homens que tivessem sexo com homens podiam ou não doar sangue e o Ministério da Saúde ter vindo defender a teoria que não havia nenhuma discriminação eis que nas últimas semanas a situação tornou-se ainda mais confusa.


A Assembleia da República aprovou em Abril uma recomendação no sentido de permitir a doação por parte de homens homossexuais. No entanto o Jornal de Notícias de 26 de Julho anunciava que o Ministério da Saúde não iria tomar nenhuma medida neste sentido. Esta é aliás a posição defendia pelo presidente do Instituto Português do Sangue, Gabriel Olim, que se mostra frontalmente contra a eliminação nos questionários feitos aos potenciais dadores sobre se sendo homens tiveram sexo no passado com outros homens. Pelo contrário o Coordenador Nacional da Comissão para o VIH/SIDA Prof. Doutor Henrique Barros já veio a público defender que o que é preciso questionar é sobre os comportamentos específicos e que o sexo de quem se teve sexo com não deveria ser factor de exclusão.

Mas eis que agora, Ana Jorge, Ministra da Saúde veio a público indicar que os serviços do Ministério da Saúde vão reforçar as recomendação aos locais de colheita de sangue para que expurguem os inquéritos a preencher pelos dadores de quaisquer questões relativas à orientação sexual. Esta foi a reacção da ministra da Saúde quando confrontada com um formulário utilizado recentemente no Hospital de Santo António, no Porto, em que aparece a questão: “Se é homem, alguma vez teve relações sexuais com outro homem?”.


"Do inquérito constam apenas perguntas relacionadas com o comportamento das pessoas, independentemente de serem homo, hetero ou bissexuais", insistiu a governante em declarações aos media referindo-se a um modelo de inquérito preparado pelo Ministério mas que não estará em utilização em todos os locais neste momento.


Resta saber quanto tempo irá demorar até que as recomendações "reforçadas" sejam postas em prática e se não irão ser utilizados outros métodos para excluir homens homossexuais da doação de sangue.
http://www.portugalgay.com/news/290710A/portugal:_ministra_defende_que_gays_podem_ser_doadores_de_sangue

Homossexuais honrados no sul de Espanha

A Junta de Andalucía prevê “dignificar” os homossexuais que foram encarcerados e sofreram a repressão do regime franquista como consequência da Ley de vagos y maleantes, que foi instaurada durante a Segunda República e revogada e substituida em 1970 pela Ley sobre peligrosidad y rehabilitación social, que incluía penas de prisão ou ingresso num manicómio para que este colectivo se "reabilitasse".

mais informações em castelhano
http://www.cristianosgays.com/
Ley de vagos y maleantes
http://es.wikipedia.org/wiki/Ley_de_vagos_y_maleantes
Ley sobre peligrosidad y rehabilitación social
http://es.wikipedia.org/wiki/Ley_sobre_peligrosidad_y_rehabilitaci%C3%B3n_social

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O direito fundamental do descanso

Já todos ouviram dizer - mesmo que não o experienciem - que a situação laboral é cada vez mais precária, que já não há empregos para a vida.

Olho à minha volta e para a minha vida dos últimos tempos: trabalho há sete anos e há sete anos passo recibos verdes. Não sei o que é um subsídio de férias, um 13º mês ou até um subsídio de desemprego...

Há tanta gente nesta situação. Caminhamos para uma circunstância completamente absurda, descabida e que sempre considerámos bizarra; lembro-me de ouvir relatos deste género: "os chineses nem sequer têm férias! Que horror! É mesmo uma escravatura!"

Lembrei-me de partilhar esta reflexão para que, quem vai de férias, não deixe de viver a realidade e não feche a sua consciência e coração ao que o nosso próximo vive. O descanso deveria ser um direito fundamental do ser humano. Deus, que nos criou à sua imagem e semelhança, também descansou.

A quem pode ir de férias: não se esqueçam de as gozar bem. Tirem delas o que de melhor têm, sem esquecer uma atitude responsável para com a natureza e construtiva nos laços humanos. Descansem e mantenham os sentidos bem abertos... e cometam alguns excessos, claro!

Tempo de pausa

Um músico sabe: os tempos de pausa são tão importantes como os de emissão de som.

Durante duas semanas não haverá novas mensagens no blogue, mas podem sempre fazer comentários, participar nas sondagens e ler as mensagens passadas.
Na segunda metade de Agosto o blogue continuará com a actividade do costume (e só aí serão editados os comentários pendentes).
Há pelo menos cinco anos que não tinha férias. Decidi parar e poder olhar para as coisas simples que nos são oferecidas.
Vou "sem mais nem menos" e "sem destino nenhum", entrando pelo calor pelo nosso país fora, começando por atravessar a ponte 25 de Abril - para quê usar outras palavras se estas dos Trovante me servem perfeitamente? Aqui fica um link para recordar...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Podem gays ser padres?

dois excertos do texto de Timothy Radcliffe, anterior superior dos Dominicanos, traduzidos por rioazur:
Can gays be priests?

(...) a vocação é um chamamento de Deus. É verdade que, como diz o documento, "é recebida através da Igreja, na Igreja e para o serviço da Igreja", mas é Deus quem chama. Tendo trabalhado por todo o mundo com bispos e padres, diocesanos e religiosos, não tenho dúvidas que Deus chama homossexuais para serem padres, e eles contam-se entre os mais dedicados e impressionantes padres que encontrei. (...) E podemos deduzir que Deus vai continuar a chamar tanto homossexuais como heterossexuais ao sacerdócio porque a Igreja precisa dos dons de ambos.
...


A nossa sociedade é obcecada por sexo e a Igreja devia propor um modelo de uma aceitação da sexualidade saudável mas não compulsiva. O Catecismo do concílio de Trento ensina que os padres devem falar acerca de sexo "com moderação e não abundantemente". Devíamos estar mais atentos a quem os nossos seminaristas possam ter tendência a odiar do que a quem eles amam. Racismo, misoginia e homofobia todos serão sinais que alguém não pode ser um bom modelo de Cristo.

na íntegra em inglês

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O calendário gay católico oficial

Há sempre maneiras de santificar o desejo... É curioso que a Santa Sé encontrou uma. Este calendário foi oficializado pelo Vaticano e pode mesmo ser encomendado pela internet em http://www.calendarioromano.org/.

Chama-se calendário romano e cada mês é ilustrado por um padre jovem, lindo, enfim, um autêntico sex-symbol, um ícone gay. Os fiéis e os padres já podem trazer um souvenir no mínimo original da cidade eterna, sem ficarem mal vistos.

Não me venham dizer que é devoção... é o chamado gato escondido com o rabo de fora!

...


Padres gays: qual é a surpresa?

A sério? Qual é a admiração? Será que só a hierarquia desconhece os factos? Até no nosso pequeno país católico abundam os casos de padres que se envolvem exporádica ou regularmente com outros homens: no mundo gay isso é sabido. E não são apenas padres mais alternativos e open-mind. Muitos são os mais rigorosos juízes da moral dos leigos, muitos andam-se a pavonear - durante o dia, é certo - com o seu colarinho romano e adoram a tradição e tudo o que esta tem de faustoso, de brilho e de rendas.


O problema não é o facto em si, que causa espanto e escândalo. O problema está na base da forma como os seminários lidam com a sexualidade e a psicologia. Enquanto o celibato for obrigatório para o clero é urgente que haja um sério discernimento e amadurecimento das vocações. Enquanto um seminarista homossexual não puder assumir a sua condição e decidir livremente se quer viver o celibato ou não, e no caso de querer ser celibatário ser aceite e assumir as consequências desta escolha para o seu ministério, haverá muitos casos de homossexualidade "activa" no seio do clero da Igreja.


A hierarquia da Igreja permite estas vidas duplas, ouso dizer, pois é um terreno bastante discreto para se viver a sexualidade activamente e o tabú em que a homossexualidade se esconde - pois não se fala dela - perpetua gerações de padres moralmente arrogantes que têm medo dos seus próprios sentimentos e do seu corpo.
A pressão na panela pode ser mantida por um tempo, mas a tampa acaba por se destapar.


Anexo a notícia em relação a este tema que correu a imprensa dos últimos dias.



Vidas duplas. As noites romanas dos padres gay
por Mariana de Araújo Barbosa, Publicado em 24 de Julho de 2010 no jornal I


Revista italiana publica reportagem sobre vidas duplas que envolve padres da Igreja Católica com relacionamentos homossexuais


Vinte dias, uma câmara oculta e filmagens dos locais de maior concentração de homossexuais na capital italiana. Roma serviu de cenário à reportagem "As noites loucas dos padres gay", publicada na revista "Panorama", que está a causar polémica por envolver a Igreja Católica em novo escândalo sexual.


O jornalista Carmelo Abbate - acompanhado por um cúmplice gay que o aconselhava a cada passo - percorreu locais habitualmente frequentados por homossexuais na capital italiana, infiltrando-se em ambientes e registando com uma câmara oculta tudo o que viu. O resultado foi a exposição de sacerdotes com uma vida dupla: de dia padres, de noite homens perfeitamente integrados no ambiente homossexual da capital italiana.


"Não pretendemos escandalizar, mas queremos demonstrar que não se trata de um caso isolado: existe uma comunidade de sacerdotes que se sujeita a determinados comportamentos", explicou o director da revista "Panorama", Giorgio Mulé. Além da reportagem, o responsável da revista escreveu o editorial com o título "A dupla vida dos padres gay: temos nomes, apelidos e moradas".


Ao pormenor
A reportagem inclui as histórias de três padres. Paul, 35 anos, francês, é o que mais dá nas vistas: no momento do encontro com Carmelo Abbate estava a dançar seminu num bar gay no bairro de Testaccio. As fotografias da festa são publicadas na revista e o encontro com o jornalista contado ao pormenor. À saída do bar, o padre Paul convida o jornalista da "Panorama" para o acompanhar até casa; Abbate aceita.


Apesar da polémica, o Vaticano ainda não comentou o conteúdo da reportagem, mas as regras da Igreja Católica proíbem que os homossexuais activos entrem nos seminários e aí estudem.


Sem surpresa
A capa da revista é clara: "Por quase um mês documentou vícios e perversões de sacerdotes insuspeitos numa vida dupla.


"Mas a revelação não apanhou desprevenidas as associações que representam as comunidades homossexuais. A realidade, segundo referem, já era conhecida por todos. "Que muitos padres sejam homossexuais à procura de sexo, incluindo sexo pago, com outros homens, não é nenhuma novidade", reagiu Aurelio Mancuso, da associação Arcigay, acrescentando que ele próprio já teve experiências. "Eu mesmo, há uns 15 anos, tive uma história com um bispo."

http://www.ionline.pt/conteudo/70538-vidas-duplas-as-noites-romanas-dos-padres-gay
http://www.guardian.co.uk/world/2010/jul/24/catholic-church-gay-priests-exposed

A nova Irlanda

Irlanda: reconhecidas legalmente uniões homossexuais
por Agência Lusa, Publicado em 19 de Julho de 2010

A presidente da Irlanda, Mary McAleese, ratificou hoje a nova lei das Relações Civis que reconhece legalmente as uniões de facto homossexuais no país.

Dado que a Irlanda ainda não permite o casamento entre homossexuais, a nova legislação reconhece alguns direitos a casais «gays» e lésbicos.

Os casais terão apoio legal em questões de propriedade imobiliária, direitos de sucessão, pensões e impostos.

O ministro da Justiça e do Interior, Dermot Ahern, garantiu que a nova lei é um dos textos mais importantes «sobre direitos civis desde a independência» do país (1921).

«Esta legislação reforça os direitos e proteção de muitos milhares de mulheres e homens irlandeses. Tem uma importância social enorme para os casais, que se podem agora registar como sócios legais, para os seus amigos e famílias», disse Ahern.

O documento entrará em vigor no próximo mês de janeiro.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Uma carta aberta de Hans Küng

Uma voz incómoda, uma pedra no charco. Partilho esta carta aberta de um teólogo:


Perda histórica de confiança

Igrejas vazias – e agora ainda por cima um escândalo: Cinco anos após Bento XVI ter sido eleito Papa, a Igreja Católica vê-se a braços com a maior crise de confiança desde a Reforma.

Venerados bispos,
Joseph Ratzinger, agora Bento XVI, e eu éramos em 1962-1965 os teólogos mais jovens do Concílio. Agora somos os mais velhos e os únicos ainda em actividade. Entendi sempre o meu trabalho teológico como sendo também um serviço para a igreja. Assim, no quinto aniversário do pontificado do papa Bento XVI, escrevo-vos uma carta aberta, pois estou preocupado com a nossa igreja, que se debate com a crise de confiança mais profunda desde a Reforma. Não tenho outra maneira de chegar a vós.
Prezei muito o facto de Bento XVI me ter convidado para uma conversa de quatro horas, pouco depois da sua eleição, apesar de eu ser um crítico seu. A conversa foi amigável e deu-me esperança de que o meu antigo colega da Universidade de Tubinga encontrasse o caminho para o prosseguimento da renovação da igreja e do entendimento ecuménico, no espírito do Concílio Vaticano II.

Oportunidades perdidas
Infelizmente, as minhas esperanças, assim como as de tantos católicos e católicas empenhados, foram vãs e eu comuniquei isso ao papa Bento XVI em diversas cartas. Ele cumpriu sem dúvida conscienciosamente os seus deveres papais e até já nos deu três proveitosas encíclicas sobre a fé, a esperança e o amor.
Mas no que respeita aos grandes desafios do nosso tempo, o seu pontificado é cada vez mais caracterizado pelas oportunidades perdidas e não pelas ocasiões aproveitadas:
— Perdeu-se a oportunidade de aproximação com as igrejas evangélicas: não são entendidas como igrejas em toda a acepção da palavra, pelo que não é possível reconhecer os seus ministros e realizar celebrações conjuntas da eucaristia.
— Perdeu-se a oportunidade de diálogo com os judeus: o papa reintroduziu uma oração pré-conciliar pela iluminação dos judeus e abre as portas da igreja a bispos cismáticos notoriamente anti-semitas, beatificou Pio XII e entende o judaísmo somente como raiz histórica do cristianismo, e não como comunidade de fé existente com um caminho próprio de salvação. Irritação dos judeus em todo o mundo por causa da homília de Sexta-Feira Santa do pregador da Casa Pontifícia, que comparou as críticas ao papa com ódio anti-semita.
— Perdeu-se a oportunidade de diálogo confiante com os muçulmanos: sintomático foi o discurso de Bento em Regensburgo, no qual, mal aconselhado, falou do Islão como uma religião da violência e da desumanidade, tendo provocado uma desconfiança duradoura entre os muçulmanos.
— Perdeu-se a oportunidade de reconciliação com os povos nativos colonizados da América Latina: o papa tem afirmado seriamente que eles “ansiavam” pela religião dos seus conquistadores.

Luta contra a SIDA
— Perdeu-se a oportunidade de ajudar os povos africanos: na luta contra a sobrepopulação através da aprovação de medidas de contracepção e na luta contra a SIDA através da autorização do uso do preservativo.
— Perdeu-se a oportunidade de selar a paz com a ciência moderna: através de um reconhecimento sem reservas da teoria da evolução e da aprovação diferenciada de novos campos da investigação, como a investigação sobre células estaminais.
— Perdeu-se a oportunidade de transformar finalmente o espírito do Concílio Vaticano II na bússola da Igreja Católica dentro do próprio Vaticano e de levar por diante as reformas nele preconizadas.
O último ponto, venerados bispos, é especialmente importante. Este papa tem vindo sempre a relativizar os textos do Concílio e a interpretá-los contra o espírito dos pais do Concílio, recuando em vez de avançar. Toma até uma posição expressa contra o Concílio Ecuménico que, segundo o direito canónico católico, constitui a autoridade máxima da Igreja Católica:
— Admitiu incondicionalmente na igreja bispos da tradicionalista Fraternidade Pio X, ilegalmente ordenados, à margem da Igreja Católica, que rejeitam o Concílio nos seus pontos centrais.
— Promove com todos os meios a missa medieval segundo o rito tridentino e celebra ocasionalmente a eucaristia em latim de costas voltadas para o povo.
— Não cumpre o acordo delineado em documentos ecuménicos oficiais com a Igreja Anglicana (ARCIC), mas tenta atrair para a Igreja Católica Apostólica Romana religiosos anglicanos casados, libertando-os da obrigação do celibato.
— Fortaleceu globalmente as forças anticonciliares no interior da Igreja, através da nomeação para cargos de chefia (secretários de estado, congregação da liturgia, etc.) de pessoas com posições anticonciliares e bispos reaccionários.

Política de restauração falhada
O papa Bento XVI parece distanciar-se cada vez mais da grande maioria do povo católico, que se preocupa cada vez menos com Roma e, na melhor das hipóteses, se identifica apenas com a comunidade e o bispo local. Sei que muitos de vós também sofrem com isso: a política anticonciliar d o papa é inteiramente apoiada pela cúria romana. Esta procura sufocar as críticas no episcopado e na igreja, e desacreditar os críticos por todos os meios.
Através de uma renovada sumptuosidade barroca e de manifestações com impacto nos meios de comunicação social, Roma procura apresentar uma Igreja forte, com um “Vigário de Cristo” absolutista, que reúne nas suas mãos todo o poder legislativo, executivo e judicial.
No entanto, a política de restauração de Bento XVI fracassou. Todas as suas aparições, viagens e documentos não conseguiram alterar, no sentido da doutrina romana, as opiniões da maioria dos católicos acerca de questões controversas, principalmente em termos de moral sexual. E mesmo os encontros de juventude, frequentados sobretudo por agrupamentos carismáticos conservadores, não conseguiram travar o abandono da Igreja por parte de fiéis, nem despertar mais vocações para o sacerdócio.

Abandonados
Serão justamente os bispos quem mais profundamente lamentará este facto: desde o Concílio, dezenas de milhares de sacerdotes abandonaram o sacerdócio, sobretudo devido à lei do celibato obrigatório. A renovação não só de sacerdotes, mas também de congregações religiosas, freiras e irmãos laicos decaiu, tanto em quantidade como em qualidade. A resignação e a frustração alastram no seio do clero e entre os membros mais activos da igreja.
Muitos sentem-se abandonados nas suas necessidades e sofrem na Igreja. Em muitas das vossas dioceses deve acontecer isto: cada vez mais igrejas vazias, seminários vazios, residências paroquiais vazias. Nalguns países as comunidades católicas são fundidas, por falta de padres e frequentemente contra a sua vontade, em “unidades de assistência espiritual” gigantescas, nas quais os poucos padres disponíveis estão completamente sobrecarregados e que apenas servem para simular uma reforma da Igreja.
E eis que aos muitos factores de crise vêm ainda juntar-se escândalos que bradam aos céus: acima de tudo, o abuso de milhares de crianças e jovens por clérigos, nos Estados Unidos, na Irlanda, na Alemanha e noutros países — tudo isto ligado a uma crise de liderança e confiança sem precedentes.

Não ao silêncio
Não se pode calar o facto de que o sistema de encobrimento global de delitos sexuais de clérigos foi dirigido pela Congregação para a Doutrina da Fé do Cardeal Ratzinger (1981-2005), na qual, ainda no pontificado de João Paulo II, os casos foram compilados sob o mais estrito sigilo.
Ainda em Maio de 2001, Ratzinger enviou uma carta solene acerca dos delitos graves (“Epistula de delictis gravioribus”) a todos os bispos. Nesse documento os casos de abuso eram colocados “sob Secretum Pontificium”, cuja violação pode implicar severas penas canónicas. É, pois, com justiça que muitos exigem do então prefeito e agora papa um ”Mea culpa” pessoal. Contudo, infelizmente este deixou passar a oportunidade de o fazer na Semana Santa. Em vez disso, fez atestar “urbi et orbi” a sua inocência através do cardeal decano, no Domingo de Páscoa.
As consequências de todos estes escândalos para o prestígio da Igreja Católica são devastadoras. Isto é confirmado também por titulares de altos cargos da Igreja. Inúmeros pastores e educadores irrepreensíveis e altamente empenhados são agora vítimas de uma suspeita generalizada.
É a vós, venerados bispos, que cabe perguntar como deve ser o futuro na nossa Igreja e nas vossas dioceses. Contudo, gostaria de vos esboçar um programa de reformas; é algo que fiz por várias vezes, antes e depois do Concílio.

Dêem uma perspectiva à nossa Igreja
Gostaria de fazer apenas seis sugestões, que é minha convicção serem comuns a milhões de católicos que não têm voz:
1. Não calar: O silêncio torna-vos cúmplices de tantos males graves. Muito pelo contrário, nos casos onde considerem determinadas leis, disposições e medidas como contraproducentes, devem dizê-lo publicamente. Não enviem declarações de submissão a Roma, mas sim reivindicações de reforma!
2. Ajudar as reformas: São muitos os que se queixam de Roma, na Igreja e no Episcopado, mas nada fazem. No entanto, quando, numa diocese ou paróquia, os serviços religiosos não são frequentados, a assistência espiritual é pobre, a abertura às necessidades do mundo é limitada, a colaboração ecuménica é mínima, então a culpa não pode ser assacada simplesmente a roma. Bispo, sacerdote ou leigo – cada um faça algo pela renovação da Igreja no âmbito maior ou menor da sua vida. Muitas coisas extraordinárias, tanto a nível paroquial como na totalidade da Igreja, começaram por iniciativas solitárias ou de pequenos grupos. Na vossa qualidade de bispos, há que apoiar e estimular essas iniciativas, e ir ao encontro das queixas fundamentadas dos fiéis, sobretudo agora.
3. Agir em colegialidade: O Concílio decretou, após um debate intenso e contra a oposição persistente da cúria, a colegialidade do papa e dos bispos, no sentido da história dos apóstolos, na qual Pedro não agia sem o colégio dos apóstolos. Mas, no período pós-conciliar, os papas e a cúria têm vindo a ignorar esta decisão conciliar central. Desde que o papa Paulo VI, apenas dois anos depois do Concílio, publicou uma encíclica em defesa da controversa lei do celibato, sem ter consultado o episcopado, o magistério e a política papais regressaram ao velho estilo não colegial. Até na liturgia o papa se apresenta como autocrata, perante o qual os bispos, de que ele gosta de se rodear, surgem como meros comparsas, sem direitos nem voz. Por isso, venerados bispos, há que agir não apenas individualmente, mas em comunidade com os outros bispos, os sacerdotes e o povo da Igreja, homens e mulheres.

A obediência é devida apenas a Deus
4. A obediência incondicional é devida apenas a Deus: Na sagração solene como bispos, todos fizeram um voto de obediência incondicional ao papa. Mas também todos sabem que a obediência incondicional nunca é devida a uma autoridade humana, mas apenas a Deus. Assim, o vosso voto não deve impedir-vos de dizer a verdade acerca da actual crise da Igreja, da vossa diocese ou do vosso país. Em absoluta conformidade com o exemplo do apóstolo Paulo, que resistiu [a Pedro] frente a frente, porque merecia censura“ (Gal 2, 11)! Pressionar as autoridades romanas no espírito da fraternidade cristã pode ser legítimo, quando estas não correspondem ao espírito do Evagelho e à sua missão. A utilização das línguas nacionais na liturgia, a alteração das disposições relativas aos casamentos mistos, a aceitação da tolerância, da democracia, dos direitos humanos, do entendimento ecuménico e tantas outras coisas, apenas foram conseguidas graças a uma perseverante pressão vinda de baixo.
5. Procurar soluções regionais: O Vaticano mostra-se frequentemente surdo às reivindicações do episcopado, dos sacerdotes e dos leigos. Tanto mais necessária é, pois, a procura inteligente de soluções regionais. Um problema particularmente delicado, bem o sabeis, é a lei do celibato, oriunda da Idade Média, que está a ser justificadamente posta em causa no contexto dos escândalos de abusos sexuais. Uma alteração contra a vontade de roma parece quase impossível. No entanto, isso não significa que se esteja condenado à passividade: um sacerdote, que após madura reflexão pensa em casar, não teria de renunciar automaticamente ao seu cargo, se o bispo e a comunidade o apoiassem. As várias conferências episcopais poderiam avançar com soluções regionais. Mas o melhor seria procurar uma solução para toda a Igreja. Portanto:
6. Exigir um Concílio: Tal como foi necessário um Concílio Ecuménico para alcançar a reforma litúrgica, a liberdade religiosa, o diálogo ecuménico e interreligioso, o mesmo acontece para a resolução dos problemas que agora eclodem de modo tão dramático. O Concílio de Constança, no século anterior à Reforma, determinou a convocação de um Concílio a cada cinco anos, mas essa decisão tem sido ignorada pela cúria romana. Sem dúvida que esta também agora fará tudo para evitar um Concílio do qual tem a recear uma limitação do seu poder. É responsabilidade de todos vós levar a cabo a realização de um Concílio ou, pelo menos, de uma assembleia representativa do episcopado.

Enfrentar os problemas com sinceridade
É este, venerados bispos, o apelo que vos faço perante uma igreja em crise, pôr na balança o peso da vossa autoridade episcopal, revalorizada pelo Concílio. Nesta difícil situação, os olhos do mundo estão postos em vós. Inúmeras pessoas perderam a confiança na Igreja Católica. Só uma abordagem aberta e séria dos problemas e a adopção das reformas indispensáveis pode ajudar a recuperar essa confiança. Peço-vos com todo o respeito, que cumpram a vossa parte, sempre que possível em colaboração com os outros bispos, mas em caso de necessidade também sozinhos, com “desassombro” apostólico (Act 4, 29.31). Dêem sinais de esperança e coragem aos vossos fiéis e uma perspectiva à nossa Igreja.

Saúdo-vos na comunhão da fé cristã
Vosso
Hans Küng

uma entrevista à Euronews
sobre Hans Küng (biografia)

A Igreja e os Homossexuais

Conferência A Igreja e os Homossexuais organizada pelo Rumos Novos - Grupo homossexual católico.
Conta como orador com o padre jesuíta Luís Corrêa Lima, doutorado em História e professor catedrático da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Quando? dia 29 de Julho de 2010; recepção às 21h, conferência às 21h30 e debate às 22h30
Onde? Hotel Ibis Lisboa - Saldanha, sala Almirante Reis (Av. Casal Ribeiro, 23)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Na fronteira de Deus e do Mundo

Tal como nos vêm habituando, as Monjas Dominicanas do Mosteiro de Santa Maria (Lumiar - Lisboa) organizam o ciclo de conferências Encontros do Lumiar 2010-2011.

O tema do próximo ano lectivo é Na fronteira de Deus e do Mundo. O mês de Janeiro será dedicado a Viver como cristãos - a condição homossexual. De resto, há temas que me parecem muito fecundos, passando pela estética, poesia, dor, fronteira...

ver mais

A sondagem aberta deste blogue

Como já devem ter reparado, no fundo desta página (abaixo das mensagens) está uma sondagem em aberto sobre a opinião dos leitores das Moradas de Deus. A data limite da sondagem é o 15 de Agosto. Pareceu-me oportuno sondar a opinião para sentir o eco dos nossos leitores. Revelo um apanhado da opinião até agora recolhida:

77% dos votantes consideram que o blogue tem bom conteúdo
66% acham que é importante
55% pensam ser um blogue abrangente, interessante e informativo
44% vêem-no como recomendável

Vota tu também: quantas mais opiniões, melhor conseguirei conduzir o blogue.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aproveitar o céu aberto

Eu sei que já começou há algumas semanas... mas aqui vai a dica para ainda apanhar alguns filmes e música sob a abóbada celeste:

Quinta das Conchas - Cineconchas 2010
http://www.viverlisboa.org/?page_id=7383
(entrada gratuita)

Inatel - Festa do Cinema 2010
http://www.inatel.pt/topimagecontent.aspx?menuid=39
(entrada paga - mas mais barato que o cinema convencional)

Jardins e parques em Lisboa - OutJazz
http://ncs.pt/outjazz.php
(entrada gratuita)

Gulbenkian - Jazz em Agosto
(entrada paga)
Aproveitem o Verão!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Contra a Homofobia

Em França, para o ano 2010, o Ministério da Saúde e dos Desportos encarou como uma prioridade a luta contra a homofobia. Há uma série de 5 curtas que são mostradas nas escolas. Para quem percebe francês aqui vai uma delas e, em baixo, o link deste projecto Jeune et Homo sous le regard des autres com material que pode servir a quem se interessa por esta questão (o site está muito bem feito). Este filme chama-se Basket et Maths.

http://www.le-regard-des-autres.fr/

e ainda o link de outra das curtas

http://www.youtube.com/watch?v=nFgYczhF4cU&feature=related

domingo, 11 de julho de 2010

Viver por amor

Hoje quero partilhar convosco uma das mais belas páginas de música escritas no século XX. O autor é o compositor francês Francis Poulenc. A obra chama-se Les Dialogues des Carmelites e trata-se da cena final da ópera. Poulenc inspirou-se no texto homónimo de Georges Bernanos que se inspira no facto real do martírio de todas as freiras de um convento francês na altura da Revolução Francesa. Poulenc é conhecido pela sua conversão tardia e por muitas obras de música sacra, de uma intensidade espiritual pouco vulgar no século passado. A cena final é uma Salve Regina para coro feminino, em que, uma a uma, as vozes vão desaparecendo à medida que as guilhotinas (simuladas pelos instrumentos da orquestra) vão caindo e matando as religiosas. Por fim, a noviça que tinha fugido antes da prisão das suas irmãs, regressa para junto delas.

Para mim, esta é a ópera mais espiritual de todos os tempos e é muito difícil ficar indiferente a esta entrega da vida por amor.

Alternativo: Turismo com Voluntariado

Em tempo de férias, porque não pensar num turismo diferente? Divulgo uma iniciativa:

TU-Voluntário, Turismo Comunitário e Voluntariado em Moçambique, de 28 de Agosto a 11 de Setembro

O Turismo impõe-se, cada vez mais, como um pilar do Desenvolvimento. A associação entre Turismo e Desenvolvimento deve ser feita numa lógica de sustentabilidade, privilegiando a participação e a capacitação das comunidades de acolhimento, o respeito pelo ambiente e a valorização da diversidade cultural, colocando a tónica na economia solidária.

A partir dessa Visão Integrada, a AIDGLOBAL promove a 1ª edição do projecto TU-Voluntário, um projecto de Volunturismo que associa o Turismo Comunitário e Responsável ao Voluntariado.

ver mais sobre Volunturismo

ver mais sobre AIDGLOBAL e o projecto TU-Voluntário

Ensino à distância

Curso de Síntese Catequética Avançada
http://www.ucp.pt/site/custom/template/ucptplfac.asp?SSPAGEID=2765&lang=1&artigoID=4345

www.ft.lisboa.ucp.pt (Ensino a Distância / Síntese Catequética Avançada)

Ser peregrino é...

Para quem faz caminho

música jazz sobre o Tejo

Uma proposta cultural para os meses de julho e agosto. Jazz às quintas é sempre às 22h, na Cafetaria Quadrante do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e a entrada é gratuita.

http://us1.campaign-archive.com/?u=605760f48c90eedc9dde1faa5&id=c54e05ae95&e=efa8f0146d

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Óp'ra de arte

O soprano de coloratura francês Nathalie Dessay (conhecida pelos seus sobre-agudos) interpreta "O Zittre Nicht", famosa ária da ópera Flauta Mágica de Mozart.
A ópera é um espectáculo que por excelência concilia várias artes. Gosto particularmente desta encenação.

http://www.youtube.com/watch?v=d1ODbDKmSEc

Quem disse que a morte tem de ser a preto e branco?

"Na aldeia de Săpânţa, na Roménia, há uma bizarra atração turística.

O cemitério local, conhecido como o Cemitério Alegre, difere da esmagadora maioria de locais semelhantes no mundo.

As centenas de lápides são um mar de cores vivas, onde predomina o azul. Esculpidas em madeira, as lápides contêm poemas que sintetizam a forma como viveu, ou como morreu, a pessoa que lá se encontra sepultada."

ler mais em

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

Este blogue também é teu

São benvindos os comentários, as perguntas, a partilha de reflexões e conhecimento, as ideias.

Envia o link do blogue a quem achas que poderá gostar e/ou precisar.

Se não te revês neste blogue, se estás em desacordo com tudo o que nele encontras, não és obrigado a lê-lo e eu não sou obrigado a publicar os teus comentários. Haverá certamente muitos outros sítios onde poderás fazê-lo.

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Nota: por vezes pode demorar algum tempo a responder ao teu mail: peço-te compreensão e paciência. A resposta chegará.

Os textos e as imagens

Os textos das mensagens deste blogue têm várias fontes. Alguns são resultados de pesquisas em sites, blogues ou páginas de informação na Internet. Outros são artigos de opinião do autor do blogue ou de algum dos seus colaboradores. Há ainda textos que são publicados por terem sido indicados por amigos ou por leitores do blogue. Muitos dos textos que servem de base às mensagens foram traduzidos, tendo por vezes sofrido cortes. Outros textos são adaptados, e a indicação dessa adaptação fará parte do corpo da mensagem. A maioria dos textos não está escrita segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, pelo facto do autor do blogue não o conhecer de forma aprofundada.

As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.

As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.

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