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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Gandhi bissexual?

Não sei o grau de certezas e de verdade sobre esta esta questão, não conheço o livro e não sei se é apenas uma afirmação para o promover mas, aparentemente, é possível que esta grande figura da humanidade e do século XX tenha sido bissexual. Eu sei que o rótulo - qualquer que seja - não ilustra as realidades complexas nem faz justiça ao ser humano, será, por isso, redutor e simplista: a condição e a orientação sexual é apenas uma parte da totalidade da pessoa e tem peso e importância variável entre cada homem e cada mulher. 
Contudo, publico esta informação por julgar que este tipo de notícias possa ajudar a quebrar alguns preconceitos, questionar algumas idealizações e abrir alguns espíritos:

Mahatma Gandhi era bissexual e deixou a mulher por um homem

Pelo menos são essas as revelações de um novo livro sobre o ícone da Índia, segundo o jornal britânico Daily Mail.

O livro que será lançado amanhã afirma que Gandhi teve um romance com Kallenbach, um arquitecto e culturista alemão entre 1908 e 1914 por quem esteve profundamente apaixonado. O casal viveu junto numa casa construída por Kallenbach em África do Sul.

O autor Joseph Lelyveld faz estas e mais revelações sobre a vida íntima de Gandhi no livro ‘Great Soul: Mahatma Gandhi And His Struggle With India’. Segundo Lelyveld, Gandhi casou-se aos 13 anos com a jovem de 14 anos Kasturbai Makhanji e depois de quatro filhos separaram-se e Gandhi passou a viver com Kallebach.

No entanto o casal foi separado em 1914 quando Gandhi voltou à Índia. Kallenbach não o podia acompanhar por ser alemão num clima pós Primeira Guerra Mundial.

Mas desengane-se quem pensa que a vida sexual de Gandhi parou quando foi para a Índia. O livro afirma que Gandhi teve múltiplas amantes e mesmo com 70 anos passava a noite regularmente com a sua sobrinha de 17 e com outras mulheres [nota: já li noutro local que o fazia para se pôr à prova e para lutar contra as tentações da carne]. No entanto ele auto-classificava a concretização das relações sexuais com estas mulheres como uma "vergonha".

A autor Joseph Lelyveld recebeu um Pulitzer em 1986 pelo seu trabalho documental em 'Move Your Shadow' e é um dos editores da revista New York.

In Portugalgay

ROM: ricochete do artigo homofóbico

Em Janeiro foi noticiado o artigo homofóbico publicado pela Revista da Ordem dos Médicos (lê-lo inteiro aqui). Parece que este gerou respostas na própria ROM. Para ler mais reacções no blogue, ler a opinião do bastonário da ordem dos médicos, reacção de cristãos homossexuais, comentário de um leitor e a primeira reacção do autor do moradasdedeus.

Artigo homofóbico na Revista da Ordem dos Médicos gera reacções na própria revista

A edição de Fevereiro da Revista da Ordem dos Médicos contém dois artigos particularmente críticos de um texto homofóbico publicado na edição anterior da revista.

Na edição de Janeiro da Ordem dos Médicos foi publicado um artigo que classificava as pessoas homossexuais de forma errónea tendo em conta os critérios científicos actualmente aceites. A revista de Fevereiro vem corrigir a situação com dois artigos em sentido contrário que criticam não só o artigo propriamente dito como a sua publicação na revista da Ordem dos Médicos.

O primeiro artigo é de João Ribeiro que manifesta a sua "profunda indignação" com a publicação do artigo de Janeiro. E esclarece que o artigo anterior "não se trata de um artigo de opinião mas de um artigo de discriminação dirigido a gays e lésbicas e cujos únicos conteúdos são comentários bárbaros, ignorantes, arbitrários e sem qualquer fundamento científico ou sequer argumentação racional".

O médico João Ribeiro refere também que tal artigo é "impublicável" na referida revista, justificando que é preciso distinguir entre a "liberdade de opinião" e a "ofensa insultuosa".

O artigo continua com exemplos de secções do artigo de Janeiro e esclarecendo a posição sobre os mesmos e termina com um lamento que "tantos leitores tenham sido expostos a estas páginas na vossa edição de Janeiro".

Por outro lado Ana Matos Pires enviou um artigo à direcção da revista com o título "A ignorância também ofende". Em primeiro lugar manifesta a sua perplexidade por alguém levar a sério em termos científicos um artigo que começa por referir o "sexto sentido feminino".

Depois Ana Matos Pires questiona a Ordem dos Médicos sobre a razão da publicação do artigo que é supostamente de opinião, o que, na opinião da autora, não pode ser feito sem ser com base em factos.

E Ana Matos Pires indica que "não há ao longo do referido 'artigo', um único facto sustentado no que à homossexualidade diz respeito".

A autora também refere que há no texto ofensas a terceiros contrariando assim as declarações do assessor de imprensa da Ordem dos Médicos ao jornal Público de 22 de Fevereiro. E continua com exemplos de práticas que não faria sentido colocar na revista por serem, objectivamente, contra toda as "responsabilidades clínicas e científicas" da Ordem dos Médicos.

In portugalgay

terça-feira, 29 de março de 2011

Passeio com um p(r)o(f)eta

Uma bela entrevista, que me dá razões para continuar a crer e a esperar na Igreja

Entrevista com Tolentino Mendonça

Se caminhar já é rezar, como dizia São Francisco de Assis, esta não foi uma entrevista. Foi uma oração pelo Príncipe Real


A poesia é um sacerdócio que se ensina e que se aprende. Uma outra maneira de somar palavras para descrever o poeta, o sacerdote, o professor. Tolentino Mendonça, em suma, que afinal o nome que cada um carrega na bagagem é sempre mais forte que a bengala de um título. "O Tesouro Escondido", que entrou esta semana na terceira edição, segue caminho para Itália e Brasil. Pequeno pretexto para uma conversa maior com passagem pelo Teatro da Cornucópia, onde assistiu ao ensaio geral da "Morte de Judas". O dia foi de outra estreia: o interlocutor esqueceu-se da carteira em casa. Na da jornalista, não muito mais precavida, apenas um euro. A providencial moeda chegou para o café. Por sorte, ou por graça de Deus, nenhum dos dois ficou a lavar a loiça.

Comecemos por um esquecimento, que me diz ser obra rara. O da carteira.
Se pensarmos que os nossos esquecimentos são sempre significativos, que querem sempre sinalizar alguma coisa, tem graça nos tempos que correm o desejo de andar sem carteira. Lembra-me uma provocação que vi o Manoel de Oliveira fazer numa entrevista na televisão. Ele dizia estar interessado em pensar o que seria uma sociedade sem dinheiro. Se em vez da compra e da venda, vivêssemos unicamente da troca de bens, de serviços. No fundo, eu penso que em mim há uma nostalgia do dom, uma certa utopia de uma sociedade do dom. Mas de facto para tomar uns cafés, dá jeito trazer a carteira.

Que objectos costuma trazer consigo?
Sabe, eu gosto muito de olhar para os caracóis. Se tivesse que escolher um ser vivo na natureza para falar de mim, era o caracol. Por causa de uma frase que está associada: "Tudo o que tenho, trago comigo". Mesmo quando ando de bolsos vazios, como é o caso deste dia inesperado, penso que trago sempre tudo comigo.

Que essencial é esse?
A verdade do que sou, do que penso. Não há nada mais importante para cada pessoa do que ser inteiro a cada instante e poder sê-lo nas várias situações.

Parte dessa verdade passa pelo nome. Trazia uma grande dúvida antes de aqui chegar. Tratá-lo por padre ou apenas por Tolentino, o autor. Como prefere?
Isso é muito interessante. A maioria das pessoas trata-me pelo nome do meio, Tolentino. Talvez por ser o menos comum, foi adoptado desde criança. Algumas pessoas do universo mais familiar tratam-me por José. E penso que é assim que devemos ser tratados. Nós, portugueses, inflacionamos muito os títulos, somos muito cerimoniosos, o que não quer dizer que tenhamos o sentido da cerimónia. Por exemplo, em Dezembro tive oportunidade de ir com o Centro Nacional de Cultura ao Japão e ali sim, há um sentimento profundo da cerimónia, da atenção ao gesto. Não temos isso. É mais por timidez e defesa que nos colocamos tantos nomes. É curioso. Até nas campainhas das portas colocamos doutor e engenheiro, que é uma forma muito estranha de relação.

Cria uma relação de proximidade tal, talvez pela sua obra, que quase nos esquecemos que também é sacerdote.
Gosto muito de um verso do Ruy Belo que diz "Mesmo quando eu me esqueço de Deus, lembro-me de Deus". Penso que hoje, numa sociedade que reconfigura o lugar do religioso, a pessoa do padre não resiste a uma imagem que o coloque como um ser acima das circunstâncias e da realidade do quotidiano, mas aquilo que se vê é que o padre é cada vez mais chamado a ser um companheiro dos percursos da vida, finalizando, é verdade, uma outra dimensão, mas de uma forma muito simples. O estilo evangélico de Jesus impele-nos a uma atitude de grande simplicidade na relação com os outros.

Uma dimensão espiritual que se cruza com a do conhecimento, como costuma mencionar?
A palavra conhecer quer dizer "nascer com" e o acto de nascer é sempre espiritual. Porque nascemos em vários sentidos, sempre. Esta hora para nós pode ser uma hora de nascimento, a hora em que o leitor está a ler estas palavras. Penso que a espiritualidade liga-se de facto a uma procura de conhecimento, que não é unívoco, ou simplesmente empírico. É uma espécie de abertura, de colocar-se perante o aberto do mundo.

Como tem tempo para sorver este mundo todo? Tem uma quantidade relevante de trabalhos publicados.
É engraçado, eu acabo por achar sempre que faço pouco, que podia fazer muito mais, mas depois olho para trás e vejo que há um caminho percorrido. Mas não tenho essa ideia de estar envolvido num activismo, ou muito preocupado com a produtividade. Talvez porque em cada dia reservo um espaço significativo para a contemplação, para a escuta, para o silêncio. Isso gera de facto uma fecundidade na acção, mas que não é activismo.

Vai tirando notas?
A atenção é a atitude espiritual mais importante. E muitas das coisas que aprendemos em si mesmas, não têm um valor por aí e além, mas servem para nos treinar para a atenção. Lembro-me de um texto de Simone Weil, sobre o estudo escolar. Há muita coisa na nossa formação que se revela sem grande utilidade, mas naquele momento ajudou-nos a construir uma atenção. E isso é o grande valor que cada um de nós transporta. Acredito muito naquilo que os padres do deserto diziam, que o grande pecado é a distracção.

Peca muito?
O povo diz que um santo peca sete vezes ao dia. E eu que não sou um santo...

Socorre-se de auxiliares, para fintar a distracção?
[Tira o bloco azul do bolso] Tenho um bloco comigo. E procuro sempre escrever, porque são muitas coisas, e também me esqueço. Há que organizar também as sensações, e anotá-las. Mas penso que caminho no mundo como uma testemunha, e que essa é a função de cada um de nós. Caminhamos não apenas como espectadores, mas como testemunhas, do sofrimento e do esplendor do mundo.

Acontece-lhe sentir que há leitores que se aproximam mais de Deus pela via dos seus livros que pela Bíblia?
É verdade que algumas pessoas que lêem os meus poemas, e têm um distanciamento em relação à tradição cristã, me dizem algumas vezes que gostam de me ouvir e de me ler como poeta, unicamente. Eu respeito. Respeito porque os tempos de compreensão são coisas muito misteriosas e pessoais. Gosto de fazer coisas diferentes. Por exemplo, antes de vir para cá estava a ler a primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses, que vou dar numa aula amanhã [na quinta-feira], e antes mesmo de sair de casa li um poema do Ruy Belo que tem a ver com o ensaio geral desta peça que a Cornucópia vai mostrar sobre a morte de Judas. Acho que os textos sagrados não se esgotam na Bíblia. A Bíblia é um território sagrado, mas há novos textos sagrados. O poema que li do Ruy Belo é um texto sagrado.

Há quase a ideia de uma estética do espiritual. Sagrado porque belo?
Pela experiencia humana. É sagrado tudo aquilo que dá a ver o ser humano no seu estremecimento. Nesta coisa que é quase original de cada um de nós nascer a cada momento. A aflição, o tumulto, a convulsão, que mesmo quando estamos quietos parece que se adivinha, e que um poema tem obrigação de mostrar nitidamente, e os poemas do Ruy Belo mostram-no.

Como um imperativo de sobressalto que serve de modelo de conduta.
Gosto muito dessa palavra sobressalto. Os cristãos estão agora a viver uma espécie de Primavera interior, que é a quaresma, em vista da Páscoa, e tenho pensado no sentido da palavra ressurreição. O verbo grego quer dizer "levantar-se", mas penso que mais do que levantar-se é um levantamento. Há uma espécie de insurreição naquele acontecimento de Jesus, que de certa forma marca o momento histórico e inaugura uma esperança, que é a possibilidade dos nossos pequenos sobressaltos, do sobressalto de cada dia, que Deus nos dá, de se transformar num grande levantamento, numa espécie de transfiguração.

Se eu preferir ficar aqui no jardim a ler um livro, em vez de ir à igreja, conseguirei esse mesmo levantamento?
Não tenho dúvidas disso. Uma das grandes questões que se põem às comunidades cristãs é justamente viverem com fé. Estes dias dei comigo a pensar nisso, o que é ter fé? É ter fé em Deus, mas é também ter fé na palavra. É acreditar que uma palavra nova, uma palavra comum, pode estar inesperadamente investida de uma força maior. Quem diz uma palavra, diz um gesto. Um cumprimento entre duas pessoas...

[Suprema ironia. Somos abordados por um pedinte. "Viemos sem carteira hoje", responde Tolentino. Quem diz a verdade não merece castigo. Continuemos.]

... pode ser muito mais do que uma rotina. Pode ser um encontro flagrante, fulgurante.

Até no silêncio há fulgor.
Até no silêncio. Os padres do deserto tinham por hábito acolherem numa hospitalidade silenciosa, quando acolhiam um amigo que não viam há muitos anos, não lhe diziam nada. Explicavam: se o meu silêncio não te acolher, a minha palavra ainda menos. Isto para dizer que há novas ritualidades. As comunidades cristãs têm que ter fé nos caminhos humanos, até para vencerem a letargia das suas próprias gramáticas. Queiramos ou não as imagens e palavras gastam-se. Os discursos envelhecem.

Falta imaginação ao quotidiano?
A vida simples, a vida pobre, é o grande módulo da invenção do mundo, da invenção verbal, da oração. Há belas orações nos tratados, que já estão codificadas. Mas há novas orações que estão a ser segredadas, construídas, talvez ainda em fragmentos, de modo inconsciente. Há um potencial de procura de Deus em cada uma das nossas buscas.

Pegando nessa ideia da busca, D. Manuel Clemente dizia que o cristianismo não é um caminho fácil, que se faça a dormir. Como é que acorda para o seu caminho, ainda na Madeira?
Inicio de uma forma muito comum, entre os grupos de amigos, na minha infância, normalíssima, tal como a adolescência. A amizade teve um papel muito importante. A experiência da fé acompanhou-me sempre, a procura do conhecimento, a escuta, marcaram sempre os meus passos.

Nasceu no seio de uma família religiosa?
Sim. A prática religiosa vem do testemunho da minha própria família. Uma das lembranças mais fortes que tenho é ver o meu pai a rezar. Isso marcou-me muito. Começamos a rezar por imitação. Os corpos rezam, são os primeiros a rezar. Pomos as mãos, colocamos o corpo numa determinada posição. Aprendi esta gestualidade num ambiente muito livre. Os meus pais são pessoas de fé, mas de uma forma não impositiva. Sobre a Madeira, há dias revi o filme da Catarina Mourão sobre a Lourdes de Castro, o "Pelas Sombras". Ela dizia que sente muita sorte por ter nascido na Madeira. Também sinto isso.
(...)

Continua a ser um bom caminhante na cidade?
São Francisco de Assis dizia que caminhar a pé é já rezar. Se for assim, já tenho rezado muito. Há itinerários de que gosto muito. O jardim das Amoreiras, Campo de Ourique. Lisboa é tão bonita e diversificada. Sempre um espanto que nos é oferecido. Nunca regressamos pelo mesmo caminho por onde partimos.

Pelo meio, tem uma agenda cultural bastante rica.
Sim. Vi duas vezes o filme "Poesia". Agora vou ao teatro. Procuro acompanhar o que me é possível.

E traz essas referências para o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que dirige. No site somos recebidos pela poesia da Adília Lopes.
É verdade. Acho que a Adília é uma das grandes escritoras espirituais do Portugal contemporâneo. Interessa-me muito o que ela escreve e pensa. A sua amizade é muito importante para mim.

Alguma vez recebeu feedback negativo de autores, que não se revêem na associação ao seu trabalho?
Não. Os retornos que tenho tido são sempre muito positivos, até pela surpresa. Há a ideia de que a Igreja não lê poesia, está desligada das artes contemporâneas, que os padres são incultos, não acompanham o mundo. De repente, não é assim. Neste processo de transformação cultural e de modelos religiosos há lugares de rarefacção da prática religiosa e novas vitalidades. O mundo actual é um laboratório fascinante.

Tal como as pessoas hoje se casam menos, mas ao fazê-lo manifestam uma fé superior a qualquer obrigação histórica, o ritual religioso, se por um lado vem decaindo, por outro não será hoje mais genuíno, para quem o segue? Ou seja, teremos menos, mas talvez melhores cristãos?
Hoje não existe a pressão social que existia há décadas. Nascia-se católico. Hoje voltamos a compreender aquilo que Tertuliano dizia. Não nascemos cristãos, tornamo-nos cristãos. A prática religiosa é uma escolha, entre outras. Isso aproxima a religião mais do desejo, do amor, da criatividade, da individualidade.

É isto que é ser hoje bom cristão?
Precisamos de duas coisas. De voltar a escutar Jesus de Nazaré, a sua palavra, a originalidade do seu discurso. Jesus não é só uma mensagem, Ele próprio é a palavra. Depois, é importante sermos crentes originais. Cada cristão sentir que não tem de repetir. A fé não é um puro movimento mimético. Hoje o espaço católico precisa de um católico que seja um bailarino, outro que pela caridade apresente um testemunho interpelador, outro porque vive no silêncio, outro porque pensa a vida.

Mesmo que nunca tenha folheado a Bíblia?
Penso que mesmo antes de folhearmos a Bíblia já a folheámos. A Bíblia ensopa a experiência de todas as nossas histórias e a experiência espiritual que o cristianismo é.

Segue daqui para o ensaio geral da peça "Morte de Judas", no Teatro da Cornucópia. Já está atrasado, aliás.
É um texto extraordinário do Paul Claudel. Um momento importante de pensamento da relação entre razão e fé, entre a profecia e a instituição, entre a liberdade de ser e o medo de ser.

Segue-se-lhe uma conversa, moderada pelo Luís Miguel Cintra. Convidam-no muito para estas discussões em volta da fé, do mundo?
Sim, a Bíblia acaba por ser um texto do mundo, um parceiro na sua construção. Nesse âmbito convidam-me muitas vezes para conversas. É sempre muito estimulante. A Bíblia é um texto muito aberto e às vezes toca-nos de modo surpreendente. Acredito no que dizia a Maria Gabriela Llansol, no encontro inesperado do universo.

Já tem planos para o resto do dia? O que vai fazer quando sair do teatro?
Vou continuar a estudar, a escrever, até à meia-noite.

Tem material para publicar em breve?
Tenho uma peça escrita, uma encomenda de Guimarães Capital Europeia da Cultura, que espero que seja apresentada. Agora estou a preparar um tema de estudo que me vai ocupar o próximo ano, sobre o comentário que o pensador italiano Giorgio Agamben faz à Carta de São Paulo aos Romanos. É um texto identitário. Ele diz que hoje a Carta atingiu um grau máximo de legibilidade, mais que em outra época, pela natureza messiânica e política.

Costuma acompanhar os desenvolvimentos políticos, pela televisão, por exemplo?
Vejo muito pouca televisão. Hoje possivelmente verei [é quarta-feira, dia em que José Sócrates, horas mais tarde, viria a apresentara sua demissão], porque a situação política é tão forte que é impossível não ter uma atenção.

Como tem seguido estes tempos de incerteza?
Sigo como todos os portugueses, com preocupação.

Quando dispensa a televisão, acompanha os seus serões de escrita com o silêncio?
Às vezes, quando estou muito cansado, o truque para continuar é colocar música de fundo, e por vezes retirar essa música e fazer silêncio.
(...)

Passando para o lado académico, e porque já falamos com o Tolentino poeta e o Tolentino sacerdote, os seus alunos na Universidade Católica também têm o dom do sobressalto? Fazem-lhe perguntas curiosas?
Faço muito o exercício de pedir às pessoas que me falem de um texto. Chama-me muito a atenção o que cada um vê. Fiz o doutoramento sobre um texto de São Lucas e pedia a amigos e desconhecidos para me darem opinião sobre o texto. Fui colhendo coisas que não via. Por isso a hermenêutica bíblica tem que ser aberta.

É habitual citar uma série de referências, de autores e das respectivas obras. Nesta entrevista não foi excepção. É uma muleta consciente?
É um sentido de comunidade. Se for uma muleta, não gosto, porque gosto de ser original. Cada um deve ter um pensamento com consciência própria, mas ao mesmo tempo é importante o testemunho do que se vive em companhia. A Adília Lopes diz: "Eu sou uma obra dos outros". Também sinto isso, por isso não me custa nada lembrar o que os outros disseram, porque também eu sou uma obra deles.
por Maria Ramos Silva, Publicado em 26 de Março de 2011
in I

Um ícone numa bienal de arte contemporânea e a representação portuguesa

Look into Eternity”: trabalho da artista ucraniana Oksana Mas, composto por 15 mil ovos pintados por 70 pessoas.

A artista vai participar na Bienal de Veneza 2011 (4 de julho a 27 de novembro) com “Post vs Proto-Renessans”, inspirado numa obra de Van Eyck realizada em 1432. Oksana Mas vai recriar o altar de Ghent, para o qual necessita de 3,4 milhões de ovos, que serão pintados unicamente com motivos de pecados e de medos. A concretização do trabalho conta com a colaboração de pessoas de 50 nacionalidades, de diferentes religiões.



in SNPC


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O artista que representará Portugal na Bienal de Veneza será Francisco Tropa:

"Francisco Tropa foi escolhido por indicação do comissário da representação portuguesa em Veneza, Sérgio Mah, que será responsável pela organização e produção da participação nacional na mais importante e antiga bienal internacional de arte. Mah foi nomeado curador pelo despacho conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério da Cultura através da sugestão da Direcção-Geral das Artes.

Criada em 1895, a Bienal de Veneza apresenta uma grande exposição colectiva e dezenas de pavilhões nacionais que reúnem na cidade italiana centenas de artistas do mundo inteiro. A exposição da 54ª edição da Bienal de Veneza decorrerá de 4 de Junho a 27 de Novembro de 2011, sob o título Iluminações, uma proposta da curadora-geral Bice Curiger.

Segundo a comissária suíça: “A Bienal é um dos mais importantes foros para o conhecimento e a “iluminação” de novos desenvolvimentos da arte internacional. O título da 54ª Bienal de Veneza, Iluminações, "aponta os focos” sobre a importância destes desenvolvimentos num mundo globalizado.”

Ainda segundo as palavras de Bice Curiger, nesta edição da Bienal interessa-lhe “particularmente a ansiedade dos artistas contemporâneos em estabelecer um diálogo intenso com quem olha a obra e contrariar as convenções com as quais se olha para a obra de arte contemporânea.

Francisco Tropa começou a expor individualmente em 1991 na Galeria Monumental, Lisboa. O seu trabalho suscitou, desde cedo, o interesse e o apoio activo de diferentes agentes do contexto artístico, tendo sido seleccionado para o Prémio União Latina na Fundação Gulbenkian e na Culturgest (1996 e 1998). Ganhou o Prémio da 7ª Bienal das Caldas da Rainha (1997), realizou uma exposição individual na Fundação de Serralves (1998), representou Portugal (em conjunto com Lourdes Castro) na Bienal de São Paulo (1998), participou na Bienal de Melbourne, na Austrália (1999), e na Manifesta em Liubliana (2000).
"

Ler mais sobre Francisco Tropa

Judas fala-nos...

Fui ver a primeira de sete récitas de Morte de Judas, que já tinha aconselhado no blogue. É uma peça muito adequada ao tempo litúrgico que vivemos e fala-nos da humanidade de Judas, do seu epírito racional, prático e "desenrascado", das suas razões e opiniões, dos sentimentos e sensações, das decisões e tomadas de posição, das ideias... enfim, de tantas realidades que nos são tão familiares enquanto seres humanos e que nos levam a pôr em causa o julgamento fácil e a condenação  proferida pela boca de tantos cristãos que esquecem que a Moral é súbdita da humildade e inimiga do orgulho. Aqui cito uma crítica da peça:
"Morte de Judas": entre a liberdade e o medo de ser
É um Judas que fala depois da morte, ciente da sua posição, a começar pela posição vertical, de enforcado, segundo um eixo que une simbolicamente a terra ao céu - se bem que, no seu caso, apontando fortemente para a terra, de acordo com os mais elementares preceitos da gravidade. É o discurso de um homem que pretendeu levar a cabo uma missão simultaneamente humana e transcendente, a de entregar Cristo para que se cumprisse o desígnio de Deus.

«Este Judas quis resgatar a sua vida pelo espírito, embora um espírito contrário ao espírito religioso, como um pequenino Fausto, numa competição com Deus, e a competição com Deus é uma vontade de absoluto, e a vontade de ser absoluto corresponde a uma vontade de a Humanidade se ultrapassar a si própria», diz Luís Miguel Cintra deste monólogo, encenado com a colaboração essencial de Cristina Reis, que imaginou o espaço vertical e fechado de onde sai a cabeça de Dinarte Branco, para falar como o homem que trai.

É um Judas irónico, que usa mesmo o humor: «Perguntais-me se vi milagres. Claro que vi. Não fazíamos mais nada. Era a nossa especialidade. As pessoas não teriam vindo ter connosco se não fizéssemos milagres. A primeira vez, devo confessar, causa mesmo sensação, mas é espantoso como a gente se habitua.»
A este Judas não falta espírito racional, prático, e antes da grande justificação do seu ato de traição procede à elaboração de um magnífico autorretrato, falsamente simplório: «Eu era o que se chama um bom administrador, era a minha especialidade... Não se pode viver eternamente a encher os bolsos com as espigas à mão de semear. Os proprietários acabam por olhar de esguelha para a gente.»

Para Luís Miguel Cintra, e como no anterior “Miserere”, concebido a partir do “Auto da Alma”, de Gil Vicente, trata-se de mais uma peça que coloca questões ligadas com a religião, com «o que é isto de ser pessoa, com o que são os seres humanos, para uma religião que diz que Deus se tornou homem, se tornou carne». É também uma proposta de continuar a ler, de maneira crítica, os evangelhos, que «lidos por uma pessoa que não acredite que Cristo era Deus são livros extraordinários».

Morte de Judas” nasceu de um contratempo, a reorganização da programação em função dos cortes orçamentais sofridos pelas companhias de teatro. Uma das peças previstas foi remetida para mais tarde, uma outra, de grandes exigências de produção, foi substituída por uma de menores dimensões. Assim nasceu esta espécie de extra, feito com poucos meios e com uma carreira curta, dados os compromissos já assumidos por Dinarte Branco.

«É um texto extraordinário do Paul Claudel. Um momento importante de pensamento da relação entre razão e fé, entre a profecia e a instituição, entre a liberdade de ser e o medo de ser», afirmou ao jornal “i”, o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça.

"Morte de Judas" está em cena no Teatro da Cornucópia, em Lisboa, até 3 de abril.

João Carneiro (excepto último parágrafo)
In Expresso (Atual), 26.3.2011
Fotografia de Luís Santos 

publicado in SNPC



Ler mais em Teatro da Cornucópia
Ler no blogue http://moradasdedeus.blogspot.com/2011/03/judas-ou-o-outro-morto.html

domingo, 27 de março de 2011

Moradas de Deus cumpre o primeiro aniversário

Queridos amigos, há precisamente um ano, na noite do primeiro dia de entrevista com Alexandra Lucas Coelho para a sua reportagem sobre homossexuais cristãos (ver aqui), tomei a decisão de começar este blogue.

Senti uma espécie de comichão, uma urgência em contribuir de alguma forma para a luta contra o isolamento, o silêncio, a incompreensão e o abandono que tantos homossexuais cristãos experimentam na sua vida: creio que a isto se pode também chamar Vocação. Uma vontade de deixar aberta a porta atrás de mim, para quem quiser entrar.

Considero que o meu trabalho neste blogue tem sido muito enriquecedor, e sinto-me feliz e grato por poder realizá-lo. Muito obrigado a ti, leitor e leitora, quer me acompanhes com regularidade, quer tenhas chegado por mera casualidade, quer leias o blogue de forma mais exporádica. Espero que este blogue te traga algo e que encontres nele algum alimento. E desejo profundamente que encontres um caminho de realização pessoal e social, de densidade espiritual e afectiva e de liberdade e de fé amadurecida. Que te deixes guiar pelo amor evangélico e que te integres por inteiro na tua vida.

Um excelente ano para tod@s

sexta-feira, 25 de março de 2011

Uganda contra todos os maus presságios

Turner
Lei que agravaria penas por homossexualidade é abandonada pelo Governo ugandês

Segundo declarações do Ministro da Informação o governo decidiu acabar com o projecto de forma definitiva. O site Box Turtle Bulletin revela que embora o presidente dos Assuntos Jurídicos e Comissão Parlamentar tenha agendado a lei anti-homossexualidade para debate na comissão o governo interveio e decidiu acabar com o projecto.

O projeto de lei anti-homossexual, se aprovado, iria aplicar a pena de morte aos gays e lésbicas, em determinadas circunstâncias, nomeadamente para "reincidentes" - que seriam aplicáveis ​​a qualquer pessoa que teve mais de um relacionamento. A actual lei de Uganda já prevê 20 anos ou prisão perpétua. A nova lei também teria tornado simples actos como um toque entre pessoas do mesmo sexo uma ofensa criminal. A lei ameaçava professores, médicos, amigos e familiares com prisão de três anos, se não relatassem qualquer suspeito de ser gay à polícia num prazo de 24 horas. Até os próprios advogados de acusados de homossexualidade poderiam ser implicados pela proposta.



Embora o governo tenha tomado a decisão, isto não significa que seja a favor de direitos para gays e lésbicas. E o Ministro Kabakumba foi claro: "Claro que estamos preocupados e não toleramos a homossexualidade em nosso país. Isso deve ser muito, muito, muito claro. Está na Constituição, que não a toleramos."

O governo tem consciência que isto não é apenas uma questão interna, mas com ramificações em todo o mundo, sobretudo na ameaça que representam para a ajuda externa ao país. A ajuda externa representa cerca de um terço do orçamento do Uganda e da economia local.

in portugalgay

Reportagem sobre toda esta recente história no youtube

Homofobia na Moldávia

Lei anti-discriminação sob ataque na Moldávia

Um projeto de lei apoiado pelo governo para proibir a discriminação contra gays e lésbicas, entre outras, está sob ataque no Parlamento da Moldávia, onde está a ser debatida.

De acordo com a ILGA-Europa, um número de deputados pediram a supressão da expressão "orientação sexual" do projeto de lei depois de terem sido encorajados a fazê-lo por "evangélicos americanos de direita."



Em 17 de março, cerca de 150 activistas anti-LGBT organizaram um protesto em frente do Parlamento pedido aos "Homossexuais fiquem em casa."

A ILGA-Europa disse: "retórica agressiva homofóbica por parte de organizações religiosas e parlamentares já resultou em ameaças feitas aos membros do GenderDoc-M, a principal organização de direitos LGBT na Moldávia. Alexei Marcicov, presidente da organização, foi agredido verbalmente e pedras foram atiradas contra ele perto de sua casa. Outros defensores dos direitos humanos que apoiam a lei anti-discriminação foram ameaçados nas ruas e perto de suas casas. "

O co-presidente da ILGA-Europa, Martin K.I. Christensen, afirmou (...) "A Moldávia comprometeu-se a aprovar uma lei anti-discriminação para proteger todas as minorias no âmbito do seu acordo de liberalização de vistos com a União Europeia", disse. "Pedimos à União Europeia que reafirmasse a sua posição perante as autoridades moldavas e responsabilize-as dos seus compromissos."

A ILGA-Europa é a região europeia da ILGA, Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais Transsexuais, Transgéngeros e Intersexo.

Por Rex Wockner in portugalgay

Ricky Martin distinguido: os prémios GLAAD

Ricky Martin é o grande vencedor dos prémios GLAAD

A Gay & Lesbian Alliance Against Defamation apresentou os seus primeiros premiados na 22ª gala dedicada aos media, Ricky Martin é um dos principais destaques. Ricky Martin recebeu um prémio especial e também é referido no melhor episódio de talk-show com a sua aparição no Oprah Winfrey Show.


Ao receber o prémio Ricky Martin disse "Eu apenas quero ser livre. E hoje posso dizer que sou livre". O cantor porto-riquenho também agradeceu aos pais e ao seu namorado e motivou a audiência a "espalhar o amor" na América Latina.

Além de Ricky Martin também foi também prestada homenagem a Russell Simmons pelo seu trabalho de quebrar barreiras no mundo do hip-hop. A série True Blood foi galardoada com o prémio de melhor série dramática. Em termos de media digitais o prémio foi entregue a "Bridal Bliss: Aisha and Danielle" por Bobbi Misick para o site Essence.comNa categoria música os vencedores foram os Scissor Sisters com Night Work. Outros prémios incluem banda desenhada / comics com X-Factor de Peter David (Marvel Comics), o musical The Pride por Alexi Kaye Campbell em Nova Iorque. Diversos prémios foram também apresentados para media em espanhol desde a televisão, revistas e jornais.

Os Media Awards 2010 da GLAAD são apresentados em 3 galas diferentes, esta foi a primeira que aconteceu em Nova Iorque, a segunda será em Los Angeles e a última em São Francisco, num total de 32 categorias.

in portugalgay

Defense of Marriage Act (DOMA): o novo combate nos EUA

Proposta de revogação da DOMA apresentada no Congresso norte-americano

Foram apresentadas propostas nas duas câmaras do Congresso com vista à revogação da lei que proíbe o reconhecimento federal de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

As propostas de revogação da Defense of Marriage Act (DOMA) foram apresentadas na passada quarta-feira 16 de março quer na Câmara dos Representantes quer no Senado.

Actualmente a DOMA proíbe o governo federal de reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo e dá cobertura aos estados que se recusam a reconhecer os casamentos realizados noutros locais dos EUA.

A proibição de reconhecimento federal foi recentemente considerada inconstitucional pelo presidente Barack Obama e pelo Departamento de Justiça, que parou de a defender numa série de ações judiciais federais em curso.

Na mesma ocasião, o departamento declarou que toda e qualquer discriminação baseada na orientação sexual, tal como acontece com a discriminação baseada em raça ou religião, é inconstitucional automaticamente na ausência de alguma necessidade governamental especial que justifique tratamento diferente de gays e lésbicas.



O projeto de revogação da DOMA, chamada Respect for Marriage Act (algo como "Carta de Respeito pelo Casamento"), poderá não chegar a ser votada em qualquer das câmaras ainda este ano, embora seja provável que avance no Senado, que é controlado pelos democratas.

O projecto foi apresentado na Câmara dos Representantes por Jerry Nadler, John Conyers, Barney Frank, Tammy Baldwin, Jared Polis e David Cicilline, sendo que estes últimos quatro são abertamente homossexuais. Por outro lado foi apresentada no Senado por Dianne Feinstein, Patrick Leahy e Kirsten Gillibrand. Na Câmara, Nancy Pelosi, líder da minoria e Steny Hoyer fiscalizadora da minoria estão entre os mais de 100 patrocinadores da medida. Recorde-se que a Câmara tem 435 votantes, 242 do partido republicano e 193 do partido democrata.

"O debate sobre DOMA não é sobre se é a favor da igualdade do casamento, é sobre se o governo pode selecionar quais os casamentos que gosta, e quais os que não gosta", disse Joe Solmonese, presidente da Human Rights Campaign. "É hora de o governo federal deixa de favoritismos e cria um campo de jogo igual para todas as famílias."

"Em 1996, a DOMA era apenas uma discriminação hipotética porque todos os estados excluíam casais do mesmo sexo no casamento", acrescentou Solmonese. "Hoje temos uma visão muito mais concreta - como discriminação tangível, de cortar o coração, na vida real."

A DOMA priva os ​​casais do mesmo sexo legalmente casados de cerca de 1100 direitos e benefícios federais do casamento - incluindo os benefícios de Segurança Social de sobrevivência, cobertura de sáude do cônjuge de funcionário federal, proteções contra a perda de casas por cônjuges durante emergências médicas, o direito de patrocinar um parceiro estrangeiro para efeitos de imigração, e a capacidade de apresentar uma declaração fiscal conjunta.

Kate Kendell, directora executiva do National Center for Lesbian Rights, disse que a revogação "irá corrigir um ponto vergonhosamente baixo na história da nossa nação."

"A DOMA foi aprovada num momento muito feito de intolerância anti-gay", disse ela. "Cada dia que se mantém em efeito, a DOMA prejudica famílias, estigmatiza os nossos relacionamentos e perpetua um clima de hostilidade para todas as pessoas LGBT".

A diretora do Projeto Casamento da Lambda Legal, Jennifer Pizer, disse que o seu grupo "teve relatos de inúmeros casais do mesmo sexo que, por causa da DOMA, tiveram de pagar mais impostos federal relativos a seguro de saúde, viram negadas prestações familiares essenciais através da Segurança Social, suportaram a separação dolorosa se um dos cônjuges não é um cidadão americano, e enfrentaram uma série de outras injustiças desde as mais insignificantes a situações dramáticas. "

Pizer afirma que "a DOMA fez algo que nunca tinha acontecido antes na história dos EUA". Concluindo que a DOMA "definiu que o governo federal iria fingir que toda uma classe de pessoas legalmente casadas ​​não são realmente casadas devido a opiniões religiosas ou morais de outras pessoas sobre estes casais, ou porque não se encaixam na forma como um número de pessoas cada vez menor imagina a família".

A Diretora Executiva da National Gay e Lésbica Task Force, Rea Carey disse: "É chocante que, na América do século 21, casais do mesmo sexo legamente casados sejam apontados e vejam ser seletivamente negados direitos fundamentais pelo seu próprio governo federal."

Uma recente pesquisa nacional pela Greenberg Quinlan Rosner Research, paga pelo HRC, constatou que 51 por cento dos eleitores se opõem à DOMA e apenas 34 por cento a apoiam.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal no Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Vermont e Washington, DC. Além disso, os casamentos de gays e lésbicas em qualquer parte do mundo são reconhecidos legalmente, em Maryland, México, Nova Iorque, Rhode Island e Califórnia (se o casamento ocorreu antes da aprovação da Proposition 8), apesar de estes estados não permitirem a realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. 

Por Rex Wockner par portugalgay

Wrestling menos homofóbico

Fuseki
GLAAD faz parceria para acabar com bocas homofóbicas no wrestling

A Gay and Lesbian Anti-Defamation Defense League irá trabalhar com a WWE em iniciativas anti-bullying e na formação de apresentadores e escritores.

A questão surgiu depois de John Cena ter feito diversos comentários homofóbicos relativamente a The Rock e The Miz no programa Raw da WWE (World Wrestling Entertainment, Inc), algo que não deixou a GLAAD nada contente.



"Entrámos em contato com a WWE, que respondeu prontamente e de forma positiva", diz a GLAAD em comunicado. Segundo a GLAAD os incidentes foram particularmente preocupantes porque a WWE começou a promover-se como entretenimento para todos comercializado principalmente para adolescentes do sexo masculino. Em particular a GLADD refere que a superestrela John Cena protagonizou o que classifica como "bullying homofóbico" sobre outros lutadores num programa de televisão transmitido nacionalmente para crianças. (...) São múltiplas as referências negativas à homossexualidade feitas por John Cena num longo discurso contra os seus oponentes.

A WWE assegurou à GLAAD que tais incidentes não irão acontecer novamente e emitiu um pedido de desculpas. A WWE refere que leva esta questão "muito seriamente", e que já falou com as suas estrelas sobre estes incidentes. Refere também que estão "a tomar medidas e a trabalhar com a GLAAD para garantir que os nossos fãs saibam que a WWE é contra o assédio moral ou discriminação com base na orientação sexual". Concluindo que dão "especial valor aos nossos fãs na comunidade lésbica, gay, bissexual e transgénera," pedindo desculpas a eles por estes incidentes.

in portugalgay

Um antigo cine-teatro em Lisboa mostra seis trabalhos experimentais

De Dezembro de 2010 a Março de 2011, o Teatro Maria Matos organizou um laboratório de criação para seis projectos de criadores emergentes, culminando na criação de seis peças (auto)biográficas, com duração máxima de 30 minutos


Os participantes foram acompanhados pelo criador Rui Catalão ao longo dos seus processos de criação, assim como encontros de trabalho e oficinas com os Nature Theater of Oklahoma, Nelson Guerreiro, Maria Antónia Oliveira, Xavier Le Roy e Mark Deputter. 


As seis criações resultantes deste processo partilhado são apresentadas em cinco noites consecutivas no Teatro Turim (em Benfica).



SEIS PEÇAS BIOGRÁFICAS
MARIA GIL / RAQUEL CASTRO / MESA / RITA NATÁLIO / SOFIA DINGER / HÁ.QUE.DIZÊ-LO

SEXTA 25 A TERÇA 29 MARÇO | SEXTA A SÁBADO 21H30 DOMINGO 16H00
TEATRO TURIM - Estrada de Benfica, n.º 723 A (em frente à Igreja de Benfica)

25 e 28 Março 21h30
Procura Por Mim Neste Diário O Resto Não Vale Nada de Maria Gil
sobre quatro pés, um plano horizontal de MESA
Os Dias são Connosco de Raquel Castro

26 e 29 Março 21h30
Não entendo e tenho medo de entender, o mundo assusta-me com os seus planetas e baratas de Rita Natálio
Nothing's ever yours to keep de Sofia Dinger
340. Super-homem e dois kryptonites wannabe. de HÁ.QUE.DIZÊ-LO

27 Março 16h00
Sessão Especial Dia Mundial do Teatro Maratona apresentação das seis peças biográficas
Há biografias literárias, autobiografias políticas, biopics sobre celebridades, biografias históricas e até um canal televisivo exclusivamente dedicado à biografia, mas raramente se fala sobre a biografia nas artes do espectáculo. No entanto, a utilização de materiais (auto)biográficos é corrente no teatro e muitos são os criadores que se apropriam do género e o adaptam para o palco.

Ler mais sobre cada um dos projectos em Maria Matos

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ser árbitro e ser gay

Primeiro árbitro abertamente gay continua batalha jurídica na Turquia

O ex-árbitro de futebol, Halil Ibrahim Dinçdağ tornou-se conhecido do público em 2008, quando foi revelado que a Federação Turca de Futebol, ou a TFF o retirou de funções por ser homossexual.
Dinçdağ foi forçado a deixar o emprego de árbito porque tinha sido dispensado do serviço militar obrigatório devido à sua homossexualidade, que foi documentada num relatório médico. De acordo com a regulamentação do desporto do país, quem não completar o seu serviço militar por "razões de saúde" não está apto para ser árbitro.



O árbitro apresentou uma denúncia penal contra a Federação Turca de Futebol e pediu compensações até 110.000 mil liras turcas (cerca de 50.000 euros) por perdas e danos. O caso começou este mês em Istambul e a segunda audiência será em Maio.

Dinçdağ revelou aos media que a sua vida mudou "drasticamente" depois da sua orientação sexual ter sido apresentada na imprensa. Além de perder o emprego como árbitro, também foi despedido de uma estação de rádio onde trabalhava há 16 anos.

Em último recurso pondera colocar a questão ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

A associação de árbitros da Turquia já mostrou o seu total apoio a Dinçdağ e espera que a federação de futebol reconsidere a sua posição inicial. 

in Portugalgay

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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