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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Na oração quem fala é o amor

Oração em Teresa de Ávila
A oração de S. Teresa enquanto amizade é comunicação gratuita, excluindo a lógica do «custo-benefício». Tem a marca da amizade e da graça. De facto, «para aproveitar muito neste caminho [da oração]…, não se trata de pensar muito, mas de amar muito» (4M 1,7). (...)

A oração é vida diante de Deus. (...)

Na oração «quem fala é o amor» (Livro da Vida 34,8). (...)

A linguagem da oração, realizando uma ligação com Deus, desvelava a verdade da pessoa a si própria; por ela (...) «sabemos quem somos» (1M 1,2). Rezar a Deus é uma forma de ser humano, de se experimentar profundamente, de se perceber genuinamente e de se exprimir superiormente. (...)

excertos de texto de Armindo dos Santos Vaz publicado em SNPC

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Falando de família...

Excerto da homilia do Pe Tolentino no dia de abertura do Sínodo dos Bispos

(...)
Nós sabemos como este Sínodo é uma segunda etapa deste acontecimento que o Papa Francisco quis promover para aprofundar a teologia da família, o significado da família no mundo contemporâneo, e para pensar no interior da Igreja o que é a beleza da missão da própria família, ao mesmo tempo meditando sobre o modo como a Igreja há de exercer o seu ministério da misericórdia sobre as feridas, as vulnerabilidades, as fragilidades da própria família.

Ainda ontem o Santo Padre, na vigília na Praça de S. Pedro, dizia precisamente isso: “Este Sínodo é, por um lado, para todos termos mais claro a beleza da família. O que significa a família, a sua importância na história de cada um de nós, no futuro da Humanidade. A família é um laboratório do nosso futuro. Por isso a família tem de ser redescoberta, a família tem de ser celebrada na sua vocação e na sua missão. E ao mesmo tempo, termos uma atenção misericordiosa para com as fragilidades da família, as vulnerabilidades da família.”


(...) É preciso ir ao encontro das vidas feridas, é preciso ir ao encontro com misericórdia. Nós sabemos que hoje a realidade, o fenómeno, a experiência, a condição da homossexualidade feminina e masculina ganhou nas nossas sociedades uma visibilidade que nós não podemos ignorar. As pessoas têm de viver e temos de escutar a voz das pessoas, temos de escutar o que elas vivem e temos de aprender, temos de acolher e temos de aprender, fazer um caminho com as pessoas. Porque, no fundo, nós muitas vezes pomos o dedo: “Este é este, aquela é aquela.” E nós ignoramos tanto da vida dos outros, do sofrimento dos outros… A verdade é que muitas vezes impomos cargas aos ombros dos outros que nós nem com um dedo as levamos.

Nesse sentido, temos de fazer silêncio e escutar. A Igreja também precisa de escutar, também precisa de ouvir a voz daqueles que muitas vezes não têm voz no meio de nós, e encontrar formas de diálogo, de acompanhamento. Isso é tão importante.

Aqui, na nossa comunidade, há uma experiência de cristãos homossexuais que se reúnem para rezar uma vez por mês na nossa capela. É tão importante dar esse espaço para que as pessoas rezem as suas vidas, para que as pessoas se confrontem com a palavra de Deus de uma forma que não seja para as julgar, para as condenar à partida. Mas, pelo contrário, para dizer que os homossexuais são nossos filhos, são nossos irmãos, são nossos amigos, são nossos companheiros de trabalho, são cristãos como nós, estão na nossa comunidade. Nós temos de encontrar um modelo pastoral, porque também é disso que se trata. Temos de encontrar um modelo pastoral onde a integração seja uma realidade mais vivida, e este ministério da compaixão que Jesus Cristo confia à Igreja seja um ministério praticado por todos nós.

Vamos por isso rezar ao Senhor, é uma hora muito importante da vida da Igreja este mês de outubro, não é um mês qualquer, é um mês importante, jogam-se coisas decisivas. O Santo Padre pediu aos bispos para falarem com liberdade. A palavra grega é uma palavra que vem muito no Cristianismo, que é “parrésia”. “Falem com parrésia”, isto é, falem com desassombro, falem com abertura, falem com verdade, digam o que pensam. Foi isso que o Santo Padre pediu aos bispos, aqueles 270 que estão ali, e pede à Igreja. Falemos com esta abertura, com esta simplicidade, com esta verdade para encontrarmos um caminho comum que tem de ser o caminho da comunhão.

Pe José Tolentino Mendonça

Excerto da homilia do papa Francisco, missa de abertura do sínodo dos bispos 2015

Igreja: chamada a não apontar o dedo para julgar

O papa afirmou hoje, no Vaticano, que a Igreja é chamada a viver a sua missão na caridade que não aponta o dedo para julgar os outros, mas, fiel à sua natureza de mãe, sente-se no dever de procurar e cuidar dos casais feridos com o óleo da aceitação e da misericórdia».

Na missa de inauguração do Sínodo dos Bispos, dedicado à família, que decorre no Vaticano até 25 de outubro, Francisco vincou que a Igreja deve ser «capaz de tirar da solidão, sem esquecer a sua missão de bom samaritano da humanidade ferida», e tendo sempre presente que «o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado».

Na homilia, perante os cardeais, bispos, padres e leigos que participarão no Sínodo, Francisco citou o papa S. João Paulo II, para quem «o erro e o mal devem sempre ser condenados e combatidos, mas o homem que cai ou que erra deve ser compreendido e amado».

«Uma Igreja com as portas fechadas atraiçoa-se a si mesma e à sua missão e, em vez de ser ponte, torna-se uma barreira», assinalou Francisco.


por Rui Jorge Martins a 4 de Outubro de 2015 in SNPC

Tolerância: qualidade ou defeito?

Da tolerância ao respeito

«A tolerância deve ser uma fase transitória. Deve conduzir ao respeito. Tolerância é ofender.» (Johann W. Goethe). As "Máximas e reflexões" do grande poeta alemão Goethe são uma fonte rica e fecunda de inspiração para a reflexão, como é o caso deste dito, que introduz uma distinção significativa.

De um lado está a tolerância, atitude muito cara à cultura iluminista (famoso é o elogio que dela compôs Voltaire). É verdade que diante do racismo, da xenofobia, das reações hostis perante tudo o que é diferente, que venha a tolerância, que é indulgência e aceitação de quaisquer opções distintas, desde que se insiram no quadro de um comportamento humano, ético e social aceitável.

Todavia, tem razão o célebre autor do "Fausto" (1749-1832) quando exprime uma reserva sobre a tolerância pura e simples, convidando à passagem para uma outra atitude, a do respeito.

É certo que deve haver sempre uma fronteira a observar, definida pelas leis do Estado e de uma moral de base partilhada pela generalidade das pessoas. Dentro deste perímetro é positivo passar do mero suportar ao esforço de compreender, ao diálogo paciente com o outro, à longanimidade no julgar, precisamente ao respeito.

Usos e costumes, visões do mundo, experiências culturais e religiosas podem ser semelhantes a um espectro de cores: cada um de nós deve ter bem firme a conceção que escolheu conscientemente, deve praticá-la e testemunhá-la com coerência.

Mas, ao mesmo tempo, é necessário conhecer e respeitar as perspetivas que não fazem explodir esse arco-íris, mas que são capazes de coexistir e exprimir-se juntamente com as outras.

P. (Card.) Gianfranco Ravasi
Trad. / edição: SNPC

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Projecto Educação LGBT

Para partilhar e divulgar

A Rede Ex Aequo desenvolve um projecto Educação nas Escolas Portuguesas
Aceda AQUI ao vídeo




O padre que saiu do armário

Polaco, teólogo, padre e gay

Transcrevo uma notícia que não será novidade para alguns.

Um sacerdote polaco residente em Roma assumiu recentemente uma relação homossexual numa entrevista a um jornal italiano. O Padre Krzysztof Charamsa é um teólogo católico, até então professor na Pontifícia Universidade Gregoriana e no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum e oficial da Congregação para a Doutrina na Fé, na qual era secretário-adjunto da Comissão Teológica Internacional.

No passado dia 2 de Outubro, Krzysztof Charamsa deu uma entrevista ao Corriere della Sera, na qual afirmou “quero que a Igreja e a minha comunidade saibam quem sou: um sacerdote homossexual, feliz e orgulhoso da própria identidade. Estou pronto para pagar as consequências, mas é o momento da Igreja abrir os olhos em relação aos crentes gays e perceba que a solução que propõe, de abstinência total da vida de amor, é desumana.” Quando questionado sobre as suas intenções, respondeu que a Igreja não conhecia a homossexualidade porque não conhece os homossexuais, pelo que pretende que a sua história possa servir como exemplo e ajudar a mudar consciências no interior da Igreja. Acrescentou ainda que ‘revelaria’ pessoalmente o que é ao Papa Francisco e que o comunicaria às universidades onde é docente.

Esta entrevista foi publicada no dia seguinte, coincidindo com a abertura da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se debruça sobre o tema da Família. A notícia, agravada pela coincidência propositada, foi rapidamente repercutida na comunicação social internacional, já de olhos postos no Vaticano por causa do início do sínodo. O director de imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, emitiu um comunicado pouco depois, registando que a decisão tinha sido “muito séria e irresponsável”, pois pretendia “sujeitar a assembleia do Sínodo à pressão dos media”, e que o visado não estaria certamente capacitado para continuar o exercício das duas funções. De facto, o Padre Charamsa foi dispensado das suas funções actuais, mas a decisão sobre se continuará ou não a ser padre cabe à sua diocese.

A controvérsia causada por esta situação surge também na sequência de diversos actos do Papa Francisco e da Igreja de aparente abertura à realidade LGBT, ao mesmo tempo que se aguarda o resultado final do Sínodo dos Bispos, que reúne até ao próximo dia 25.

Tiago Silva in dezanove

Austrália contra a Lgbtfobia

Um sinal de esperança: há Estados que se preocupam com a educação contra as "fobias"

Em 2012 o Ministro da Saúde lançou na televisão australiana dois vídeos para combater a homofobia.

Até aqui, apesar do reconhecimento da devida intervenção do estado, nada demais. A excepcional diferença, digna de registo, fica por conta do conteúdo:

Os vídeos denunciam a existência da prática velada de homofobia presente nas escolas, clubes desportivos, locais de trabalho e outros lugares públicos. A campanha centra-se na necessidade de haver uma resposta não só de quem sofre a homofobia como também daqueles que a testemunham.

Segundo o Ministro da Saúde, Maria Wooldridge, o desafio é que todos possam entender que têm responsabilidade de agir contra a discriminação motivada pela homofobia.

A página em http://www.notohomophobia.com.au informa o comum cidadão, ajuda-o a encontrar apoio e a agir, contendo toda a informação relevante, recursos e contactos num mesmo lugar.

A Porta-voz, Anna Brown, afirma: "Toda a gente concorda que não há lugar para o racismo ou para o sexismo na Austrália moderna. A homofobia, bifobia e a transfobia não são diferentes. O assédio homofóbico não é aceitável e é muitas vezes ilegal. Precisamos parar o assédio e os danos que causam aos nossos amigos, membros da nossa família e vizinhos."

Veja aqui o vídeo

adaptado por rioazur de carlosalexlima

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Uma via-sacra em fotografias




Novas igrejas de todos os tempos: Iconografia pascal na igreja de Herz Jesu - Via-sacra

A via-sacra da igreja de Herz Jesu (Sagrado Coração de Jesus), em Munique, distribui-se pelo deambulatório que envolve o seu corpo central.

É uma obra particularmente interpeladora, da autoria de Matthias Wähner, que apresenta no lugar das 14 estações outras tantas fotografias recentes da Via Dolorosa, em Jerusalém.

A primeira surpresa resulta da utilização de uma expressão artística ainda pouco acolhida pela Igreja, apesar das inúmeras imagens verdadeiramente litúrgicas que esta arte já produziu na sua curta, mas riquíssima história.

A segunda admiração surge quando constatamos a ausência, nestas estações, do rosto sofredor de Cristo, encontrando no seu lugar outros rostos, os dos homens e das mulheres pelos quais morreu. É o nosso rosto ali também?

O terceiro espanto surge, finalmente, quando nos percebemos transportados para este caminho histórico, que agora percorremos lado a lado com os que lá estão - lá em Jerusalém, como ali em Munique, em Espírito e Verdade.

Arq.º João Alves da Cunha
Grupo de Arquitetura do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Publicado em SNPC

O elogio da Diferença

O espírito da diferença

A beleza da vida social depende principalmente do jogo e do entrelaçar das diferenças. A beleza da terra não se deve apenas à grande variedade de borboletas e flores. É muita a beleza que vem das diferenças, modos e formas de fazer economia, empresa, banca. Maior ainda é a beleza que nasce das diferenças entre pessoas, do encontro de talentos diversos, do diálogo entre motivações.

Muitas “obras de arte” civis que continuam a embelezar a nossa terra comum nasceram de motivações mais fortes que os incentivos económicos, de “porquês” mais profundos que os monetários. Se os fundadores tivessem obedecido à lei férrea dos "business plans", não teríamos hoje os tantos "Cottolengo" [designação de obras de assistência para pobres e deficientes profundos, extraída do nome do seu fundador, católico] que amaram os nossos filhos especiais, nem as milhares de cooperativas nascidas do desejo de vida e futuro dos nossos pais, mães e avós.

Estas obras que brotaram de ideais maiores resistiram ao tempo e às ideologias, atravessaram séculos e continuam a atravessá-los. Nascidas de motivações grandes souberam gerar grandes coisas, duradoiras e fecundas. A vida económica e civil, que é vida humana, tem necessidade extrema de todos os recursos de humanidade, incluindo as suas motivações mais profundas. Uma economia reduzida a pura economia perde-se e deixa de ser capaz de gerar vida; não gera sequer boa economia.

Uma das tendências mais radicais do "humanismo imunitário" do capitalismo contemporâneo é a necessidade de controlar, limitar, normalizar as motivações mais profundas dos seres humanos, sobretudo as motivações intrínsecas de onde nascem gratuidade e liberdade. Na verdade, quando ativamos as paixões, os ideais, o espírito, sucede que o nosso comportamento foge ao controle das organizações. As nossas ações tornam-se imprevisíveis, porque livres; por isso põem em crise os protocolos e a normalização dos procedimentos de trabalho. E principalmente põem em crise a gestão, cuja função e natureza é tornar controláveis e previsíveis os comportamentos na organização. Para poder gerir muitas pessoas diversas e orientá-las todas para os objetivos simples da empresa é preciso proceder a uma forte homologação e normalização dos comportamentos, que assim ficam incapazes de criatividade (que todos, nas palavras, afirmam desejar).

As motivações intrínsecas são as mais poderosas, e por isso as mais desestabilizadoras. Libertam-nos do cálculo de custo-benefício, o que nos dá capacidade de fazer coisas apenas pela felicidade intrínseca da ação. Sem motivações intrínsecas não teríamos investigação científica, poesia, grande parte das expressões artísticas, espiritualidade verdadeira; como não teríamos muitas empresas, comunidades e organizações que nascem das paixões e dos ideais dos fundadores e se mantêm vivas porque e enquanto houver alguém que continue a trabalhar não apenas por dinheiro. Em toda a verdadeira criatividade são essenciais as motivações intrínsecas.

Como tragicamente todos os dias podemos constatar, porém, as motivações intrínsecas estão também na raiz dos piores comportamentos dos seres humanos. Por isso, o espírito moderno – o económico, de modo especial – receando os efeitos potencialmente desestabilizadores das grandes motivações humanas, optou por limitar-se às motivações instrumentais ou extrínsecas. A gestão do jogo público de diferenças e identidades foi deixada à democracia e expulsa das empresas. Deste modo, a cultura das organizações procura transformar em incentivos todas as várias motivações humanas, reduzir os muitos “porquês” a um único, simplicíssimo, “porquê”. Assim se reduziram as feridas (a vulnerabilidade) dentro das empresas; mas reduziram-se também as bênçãos (o bem-estar).

O incentivo tornou-se o grande instrumento para controlar e gerir pessoas “reduzidas” e despotencializadas nas suas múltiplas motivações, para assim ficarem alinhadas com os objetivos das organizações (o "incentivus" era o instrumento de sopro que servia para afinar os instrumentos da orquestra, a trompa que incitava a tropa para a batalha, a flauta do encantador de serpentes). A economia e as ciências de gestão acabaram por contentar-se com as motivações menos poderosas dos seres humanos – mesmo quando procuram instrumentalizá-las, prometendo aos recém-admitidos um paraíso que não podem nem querem dar. Também isto está no preço da modernidade.

A operação de nivelamento motivacional é sempre perigosa, porque “o homem a uma só dimensão” não funciona bem em lado nenhum; sobretudo não é feliz. Onde, porém, a expulsão de motivações mais profundas, criativas e livres é fatal, é nas organizações nascidas e alimentadas por ideais, carismas ou paixões – designadas OMI (Organizações de Motivação Ideal). São organizações “diferentes” que têm necessidade fundamental de uma parcela, ainda que pequena, de trabalhadores, dirigentes, fundadores com motivações intrínsecas, isto é, dotados de um “código genético” diferente do que foi concebido e implementado pela teoria de gestão dominante. Essas pessoas operam nas empresas sociais e civis, nas comunidades religiosas, em muitas ONG, em movimentos espirituais e culturais, nos mundos do ambientalismo, do consumo crítico, dos direitos humanos; mas também acontece, e com bastante frequência, encontrá-las fundando empresas familiares e em muita da economia “normal” realizada por artesãos, pequenos empresários, cooperativas, finança ética e territorial.

Essas organizações e comunidades não existiriam sem a presença de tais pessoas “fermento”, criativas, geradoras e muitas vezes desestabilizadoras da ordem constituída; são “movidas por dentro”, têm em si um “carisma” que as impele a agir obedecendo ao seu "daimon". Estes trabalhadores com motivações intrínsecas apresentam duas notas motivacionais dominantes. Por um lado são pouco motivados pelos incentivos económicos da teoria de gestão, respondem pouco ou nada ao som exterior da flauta encantatória; do que gostam mesmo é de ouvir outras melodias internas. Paralelamente, são muitíssimo sensíveis às dimensões ideais da organização que fundaram ou em que trabalham por motivos não apenas económicos: motivos ideais com os quais se identificam, ou para os quais se sentem vocacionados.

A gestão de pessoas com motivações intrínsecas é crucial quando estas organizações atravessam momentos de crise e conflito que podem surgir, por exemplo, quando há uma nova geração ou liderança, por morte e sucessão do fundador. Esses momentos – que em todas as organizações são delicados – são decisivos para as OMI; o erro mais típico e muito frequente é não se entender as instâncias e protestos provenientes precisamente dos membros mais motivados. Se quem gere ou, como consultor, acompanha essas OMI não reconhecer o valor das motivações mais profundas – e não se trata de incentivos – não só não alcança o objetivo esperado, mas ainda agrava mais a crise destas pessoas e da organização.

Durante as crises de qualidade ideal, os primeiros a protestar são os mais interessados na qualidade que se está a perder. Mas se dirigentes e responsáveis interpretam esse tipo de protesto simplesmente como um custo e o rejeitam, os primeiros a sair são precisamente os melhores (como tentei mostrar em alguns estudos realizados juntamente com Alessandra Smerilli). Sendo estas pessoas pouco sensíveis a incentivos e muitíssimo sensíveis às dimensões ideais e de valor, estão dispostas a dar tudo, muito para além do contrato, enquanto “valer a pena”, enquanto são vivos e reconhecidos os valores em que investiram muito. Mesmo nas empresas, há pessoas que atribuem um valor tão alto aos valores simbólicos e éticos inspiradores do seu trabalho, que por eles estão dispostas a fazer (quase) tudo. Mas logo que se dão conta de que a organização se está a tornar (ou se tornou) outra coisa, toda a recompensa intrínseca que extraíam do seu trabalho ou atividade reduz-se drasticamente; a ponto de, em certos casos, se anular (ou mesmo passar a ser negativa). Também isto exprime a antiga intuição (que remonta a pelo menos S. Francisco) segundo a qual a verdadeira gratuidade não tem preço zero (não é gratuita); tem um preço infinito.

A gestão de crises nas OMI é uma verdadeira arte; requer sobretudo nos responsáveis a capacidade de distinguir os tipos de mal-estar e de protesto, o saber identificar e valorizar o protesto que provém daqueles que protegem e são portadores dos valores ideais da organização. A nova ideologia de gestão, pelo contrário, cada vez mais aplanada num único registo motivacional, não possui categorias para compreender os diversos tipos de protesto; por isso não consegue reconhecer, por detrás de uma ameaça de abandono, um possível grito de amor.

As pessoas com motivações intrínsecas possuem também, de modo geral, uma grande resiliência, uma grande fortaleza nas adversidades. Conseguem aguentar longo tempo numa condição de protesto, preferindo ficar, embora protestando (Albert Hirschman define como leal quem protesta e não sai). A pessoa com forte motivação intrínseca sai e abandona apenas quando perde a esperança de que a organização poderá recuperar os ideais perdidos; por vezes a própria saída é a última mensagem, extrema, para suscitar uma mudança de rumo nos dirigentes. Compreende-se, portanto, que uma OMI é sábia quando consegue manter as pessoas leais, dando direitos de cidadania ao seu protesto, valorizando-o e não o considerando um custo ou empecilho.

A biodiversidade dentro das organizações está a diminuir drasticamente; o nivelamento motivacional produz desconforto e mal-estar crescente, mesmo no coração do capitalismo. Mas quem ama e vive em comunidades e organizações com motivação ideal precisa de defender e salvaguardar as motivações intrínsecas, hoje ameaçadas de extinção. Talvez seja possível resistir anos e anos dentro de uma multinacional sem dar espaço a motivações ideais; mas as OMI depressa morrem se reduzirmos todas as paixões ao triste incentivo.

Nas pessoas, em todas as pessoas, as motivações são muitas, ambivalentes e entrelaçadas umas nas outras. A cultura e os instrumentos da gestão podem favorecer o seu aparecimento e a sustentabilidade das motivações mais profundas e ideais; podem também aumentar o cinismo da organização, na qual cada um se contenta com os incentivos e deixa de pretender demasiado da organização. E assim cedo acaba por nada esperar dela.

Seremos melhores, passada esta grande transição, se criarmos organizações mais bio-diversificadas, menos niveladas nas motivações e onde haja espaço para a pessoa inteira; organizações habitadas por trabalhadores um pouco mais difíceis de controlar e de gerir, mas mais criativos, mais felizes, mais humanos.

Luigino Bruni
In "Avvenire"
Trad.: José Alberto Bacelar Ferreira, P. António Bacelar
Publicado em SNPC

Oração ecuménica pelo nosso planeta

Oração pela nossa terra

Deus Omnipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais connosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.

Papa Francisco

Sobre o cuidado da Casa Comum

A Encíclica Verde

Para ler o texto integrar da encíclica do Papa Francisco, clique AQUI

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Uma mãe que sabe sorrir: assim deve ser a Igreja

Mãe Igreja

O Papa vincou que «a Igreja é mãe», e não «uma associação rígida», durante a missa a que presidiu no Vaticano, celebração em que participou o grupo de nove cardeais instituído por Francisco para o ajudar no governo na Igreja e para estudar uma reforma da Cúria Romana.

A «maternidade» da Igreja, à imagem de uma mãe, cultiva a atitude de humildade, bondade e perdão e ternura, assinalou o papa, segundo a Rádio Vaticano, acrescentando que Francisco baseou a homilia no trecho do Evangelho em que Jesus, na cruz, se dirige ao apóstolo amado e a Maria dizendo: «Filho, eis a tua mãe».

Com estas palavras, frisou o papa, a maternidade de Maria «alarga-se na figura daquele novo filho, alarga-se a toda a Igreja e a toda a humanidade»: «Este é também o nosso orgulho: temos uma mãe, uma mãe que está connosco, que nos protege, que nos acompanha, que nos ajuda, mesmo nos tempos difíceis».

Os monges russos, prosseguiu Francisco, têm uma imagem de Maria que remete para o aconchego: «[Dizem que] nos momentos de turbulência espiritual, devemos andar debaixo do manto da Santa Mãe de Deus [e assim ela] nos acolhe e nos protege e toma conta de nós».

Da maternidade de Maria, nasce a «maternidade da Igreja»: «A Mãe Maria e a mãe Igreja sabem acariciar os seus filhos, dão ternura. Pensar a Igreja sem esta maternidade é pensar numa associação rígida, uma associação sem calor humano, órfã».

«A Igreja é mãe e recebe-nos a todos nós como mãe; Maria mãe, a Igreja mãe», maternidade que se «exprime nas atitudes de humildade, de acolhimento, de compreensão, de bondade, de perdão e de ternura», assinalou.

Para Francisco, «onde há maternidade e vida, há vida, há alegria, há paz, cresce-se em paz»; pelo contrário, quando falta a maternidade «apenas permanece a rigidez, a disciplina, e não se sabe sorrir. Uma das coisas mais belas e humanas é sorrir a uma criança e fazê-la sorrir».

por Rui Jorge Martins in SNPC

Carta de Pe Michele a um grupo LGBT

Deus quer que frutifiquemos com os dons que nos deu

Aqueles que desejam transformá-los em 'heterossexuais', por assim dizer, estarão forçando-os a agir contra a sua natureza e tornando-os psicopatas infelizes. Precisamos colocar em nossas cabeças que Deus, nosso Pai, quer que nós, suas crianças, sejamos felizes e frutifiquemos com os dons que Ele colocou em nossa natureza! (...) 

Vocês têm o direito de procurar um parceiro. E não se preocupem: onde existe o ágape, existe Deus. Vivam a sua vida com alegria. E com a nossa mãe Igreja precisamos ter paciência. A atitude da Igreja com os homossexuais mudará. Neste sentido, inúmeras iniciativas já foram empenhadas.

Ler mais AQUI

Deus não julga ninguém pelos seus impulsos sexuais

Pe Michele De Paolis fala sobre homossexualidade

Estou espantado com o facto de que muitos homens da Igreja (...) ignoram completamente o fenómeno da homossexualidade, que a ciência já esclareceu de modo inequívoco: a orientação homossexual não é escolhida livremente pela pessoa. O rapaz e a moça se descobrem dessa maneira: trata-se de uma abordagem profundamente enraizada na personalidade, que constitui um aspecto essencial da própria identidade: não é uma doença, não é uma perversão. O rapaz ou a moça homossexual podem dizer a Deus: "Você nos fez assim!".

Algumas pessoas de Igreja dizem: "Tudo bem ser homossexual, mas não deve ter relações sexuais, não podem amar uns aos outros!" Isso é a máxima hipocrisia. É como dizer a uma planta que cresce: "Você não deve florescer, não deve dar frutos!". Isso sim é contra a natureza.

Confesso que no começo eu também tinha meus preconceitos. Então, estudei e consegui. Sucessivamente tentei entrar na lógica do Evangelho; eu queria olhar para as coisas da parte de Deus. Entendo que o Pai não exclui do seu amor nenhum de seus filhos e não julga a pessoa com base em seus impulsos sexuais, que são atribuições da natureza e não de uma escolha voluntária.

Padre Michele De Paolis 

Nota biográfica

O Pe Michele De Paolis é salesiano, nascido a 9 de março de 1921 em Itália, um dos fundadores da Comunidade "Emmaus" (1978) e, segundo algumas fontes, co-fundador do grupo italiano AGEDO (associação de amigos, parentes e pais de pessoas homossexuais e transexuais, fundada em 1992 na cidade de Milão)

Ler mais em: retorno

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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Os textos e as imagens

Os textos das mensagens deste blogue têm várias fontes. Alguns são resultados de pesquisas em sites, blogues ou páginas de informação na Internet. Outros são artigos de opinião do autor do blogue ou de algum dos seus colaboradores. Há ainda textos que são publicados por terem sido indicados por amigos ou por leitores do blogue. Muitos dos textos que servem de base às mensagens foram traduzidos, tendo por vezes sofrido cortes. Outros textos são adaptados, e a indicação dessa adaptação fará parte do corpo da mensagem. A maioria dos textos não está escrita segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, pelo facto do autor do blogue não o conhecer de forma aprofundada.

As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.

As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.

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