Pesquisar neste blogue

A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
Mostrar mensagens com a etiqueta porto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta porto. Mostrar todas as mensagens

domingo, 18 de março de 2018

Entrevista ao novo bispo do Porto: uma lufada de ar fresco?

Bispo do Porto está convencido de que um casal em abstinência sexual não é bem família 

Por João Francisco Gomes, 17 de Março de 2018, no Observador

Em entrevista ao Observador no dia da nomeação, o novo bispo do Porto, D. Manuel Linda, diz-se fã do papa Francisco a "200%" e admite que dará o seu contributo para a discussão sobre os divorciados.


O novo bispo do Porto, D. Manuel Linda, ainda está a fazer as malas para se mudar da casa patriarcal de Lisboa — onde reside, como diz, por “amabilidade do senhor patriarca D. Manuel Clemente”, uma vez que a diocese das Forças Armadas, que liderava até hoje, não tem um território físico. Porém, diz-se decidido a dar, mesmo que não seja para já, o seu contributo para uma das discussões mais atuais da Igreja Católica: a situação dos divorciados que voltaram a casar.

A diocese do Porto está sem bispo desde a morte de D. António Francisco dos Santos, em setembro do ano passado, vítima de um ataque cardíaco fulminante, que deixou a Igreja Católica portuguesa em choque. Por isso, ainda não foram publicadas orientações locais para a aplicação da exortação apostólica Amoris Laetitia, do papa Francisco, sobre a família — como se fez, por exemplo na arquidiocese de Braga (num documento muito elogiado pela abertura que demonstrava) e no patriarcado de Lisboa (num documento que colocou o patriarca D. Manuel Clemente sob fogo por propor a abstinência sexual aos divorciados que casaram novamente).

Em entrevista ao Observador no dia em que foi tornada pública a sua nomeação como bispo do Porto, D. Manuel Linda, 61 anos, que se diz fã do papa Francisco a “200%”, garante que conhece vários casais de divorciados recasados que, “por motivos de fé e da sua convicção interior”, vivem em abstinência sexual. “Mas temos de nos perguntar: isso é mesmo família? Estou convencido de que não é bem família“, considera o novo bispo do Porto.

Na entrevista, D. Manuel Linda conta também como percebeu que o papa Francisco estava “interessado de forma pessoal” no seu nome para a diocese do Porto; garante que apesar de ser “absolutamente contra” o aborto e a eutanásia, não vai passar o seu tempo “na praça pública” a denunciar propostas que choquem com a doutrina da Igreja, preferindo propor a doutrina “a quem a queira ouvir”. E ainda critica a “verdadeira exploração” de muitas freiras ao serviço do clero.

Na mensagem que deixou aos membros das Forças Armadas diz que o pedido do Papa para ir para o Porto era “irrecusável”. Só porque não se pode recusar nada ao Papa, ou o pedido foi especial?
Fundamentalmente por esse motivo, mas depois porque há uma série de indícios em que noto que o Papa estava muito interessado, de forma pessoal, personalizada, no meu nome. Quando assim acontece, a um amigo não se pode dizer que não.

Que indícios eram esses?Uma série de circunstâncias desde outubro até agora (risos). Algumas coisas lidas retrospetivamente, telefonemas que me fizeram de Roma… Eu tinha pedido determinados trabalhos aqui na nossa peregrinação militar a Fátima e foram adiando. Eu não entendia porquê e agora entendo que era uma forma indireta de me dizer “nessa altura podes já estar comprometido com outro assunto”.

Como foi feito o convite?O convite foi feito de forma normal. O embaixador da Santa Sé, que é o núncio apostólico, telefonou-me. Eu estava no estrangeiro com uma peregrinação militar, curiosamente. Ele telefonou-me exatamente a dizer: “O Santo Padre escolheu-o, agora você tem de refletir se aceita ou não aceita”. Quando vim, fui à Nunciatura, depois de muito refletir, dizer que aceitava.

Quanto tempo refletiu?Quase uma semana, de segunda a sexta, creio.

Durante essa reflexão, que fatores pesaram a favor e contra?O grande fator é a vontade do Papa e é também o facto de eu estar habituado a dizer “sim”. Eu não sou militar, mas de alguma maneira a cultura militar passou para mim e quando nos apresentam uma guia de marcha nós não olhamos para trás. Temos de seguir para onde nos mandam.

Havia uma lista que saiu para a imprensa com três nomes. O senhor era um deles, havia o bispo de Coimbra…E também o auxiliar do Porto, D. António Augusto.

O que pesou nessa escolha final? A sua proximidade direta do Papa, de que falava?Aí não me posso pronunciar, só o Santo Padre e quem esteve mais diretamente ligado ao processo é que podia dizer. De qualquer maneira, todos os bispos de Portugal que estão no ativo, todos sem qualquer exceção, podiam ser bispos do Porto. Agora, por exemplo, para ser o meu colega de Coimbra, ao tapar o furo do Porto abria um em Coimbra. O meu colega que vai trabalhar comigo, que é o D. António Augusto, seria um ótimo bispo para o Porto. Mas ele é muito novo. É um jovem, próximo de 50 anos, só tinha um contra: como depois não iria passar de uma diocese importante para outra menos importante, teria de lá ficar 20 ou 25 anos, o que é muito. De resto, insisto nesta tónica: todos os bispos de Portugal, esses dois de que me falou e todos os outros, podiam ser ótimos bispos do Porto.

Passou pela arquidiocese de Braga como auxiliar e depois pelas Forças Armadas, ou seja, esta vai ser a sua primeira experiência à frente de uma diocese, digamos, tradicional. Com um território. Vai ser mais desafiante?A esse nível sim, é mais desafiante, na medida em que aquele âmbito que eu conhecia aqui no Ordinariato era mais de um contacto com as pessoas adultas. Por exemplo, nós praticamente não temos crianças, não temos catequese, não temos formação da juventude, não temos trabalho com adolescentes, não temos lares da terceira idade, não temos colégios. A realidade é outra. A diocese das Forças Armadas só por analogia se pode considerar uma diocese. O trabalho da realidade do dia a dia, de lidar com as mais diversas pessoas, desde o bebé até ao velhinho, entre aspas, aqui nas Forças Armadas não encontrava. Tentarei adaptar-me.

Porque é que as Forças Armadas têm um bispo?Têm em praticamente todas as nações da NATO. Curiosamente os Ordinariatos — chamam-se assim as dioceses militares — nem sequer surgiram na Europa, surgiram na América Latina. O primeiro do mundo foi o Peru. Porquê? Por todos os motivos e mais alguns. Há um conjunto de capelães que prestam assistência às Forças Armadas e às forças de segurança que têm necessidade de uma espécie de referência. Chamemos-lhe, em linguagem simples, um bispo que os coordene. Depois, há também muitos sacramentos que são típicos dos bispos, por exemplo o batismo dos adultos e os crismas. Na própria Inglaterra, que é um país maioritariamente Anglicano, há um Ordinariato Católico para acompanhar os católicos que estão nas Forças Armadas. Portanto, é uma estrutura habitual, que não existe a não ser para militares — em qualquer parte do mundo não há outros Ordinariatos –, e que a Igreja historicamente criou para acompanhar estes homens e mulheres que são portadores de muita mobilidade. Têm missões no exterior e é preciso que haja quem lhes proporcione os sacramentos e quem coordene os capelães.

Em Portugal há muitos militares a procurar esse apoio ou trabalhava com uma minoria dos militares?Trabalho com todos. Mesmo aqueles que porventura não se revejam nos valores católicos são portadores de imensa simpatia. Quando se fala em fé não é passar todo o dia com as mãos erguidas a rezar Pai-Nossos e Avé-Marias. Há dimensões prévias, como a simpatia, o convívio. Também o ouvir e o desabafar, um trabalho tão frequente, o maior trabalho dos capelães e da parte do bispo inclusivamente. Tudo isso, que são relações humanas, são de alguma maneira já enquadradas na assistência religiosa que nós prestamos. Portanto, quando me pergunta se é uma minoria… Se for aos sacramentos, pode ser só o grupo dos que precisam, dos que os procuram. Mas no trabalhar, trabalhamos com todos, incluindo com gente de outras confissões religiosas.

Já estudou os problemas e os desafios da diocese do Porto?Não (risos)! Se calhar lá não há problemas e é tudo muito simples!

Mas então que desafios acha que vai ter?Os grandes desafios são exatamente criar uma cultura de simplicidade, uma cultura do que nós chamamos a corresponsabilidade, todos nos entusiasmarmos pelo mesmo projeto. Enfim, não é na dimensão pastoral, uma técnica nova que vai movimentar todas as pessoas. Não é nada disso, isso não interessa absolutamente nada. O que nos interessa é que falemos todos a mesma linguagem, a linguagem da simplicidade, da abertura ao mundo, de estarmos voltados para os grandes problemas e darmos o nosso contributo para conseguirmos resolver alguns deles.

Já que fala de simplicidade, na primeira mensagem aos católicos do Porto fala muitas vezes em ideias que o papa Francisco repete frequentemente. A proximidade aos mais pobres, às periferias, aos doentes, esta ideia do regresso à simplicidade do Evangelho… É um fã assumido do estilo do papa Francisco?A 200%! Completamente, completamente.

Porquê?Por isso mesmo. A pastoral da Igreja, o anúncio que temos de fazer, não é uma técnica, não é uma sabedoria, não é uma capacidade como os televangelistas — sem desprimor para eles — que usam um discurso eloquente convencidos de que assim cativam muitas pessoas, e porventura cativarão. Não. A nossa pastoral é a presença, uma presença fermentadora. Não há outra chave para abrir o coração humano que não seja a simpatia, a cordialidade, a afetividade, o estarmos ao mesmo nível. Se nos colocamos num patamar diferente, a nossa voz não é ouvida nem os outros querem escutá-la.

É essa a novidade que o papa Francisco trouxe?Fundamentalmente passa por aí, por essa capacidade de nos voltarmos para aqueles a que ele chama os excluídos, os da periferia. Ao fim ao cabo, com um critério de misericórdia, e a misericórdia é um dado muito global e neste sentido muito concreto, que reflete precisamente esta proximidade afetiva, este coração que se aproxima de outro coração, como uma espécie de bluetooth, deixe-me usar uma expressão da tecnologia (risos).

Em 2015, num artigo de opinião da Ecclesia falava da questão do aborto. Na altura, criticou o Parlamento pela forma como discutiu uma petição relativamente à alteração da legislação do aborto e disse que os deputados simplesmente tinham reafirmado os pressupostos ideológicos por trás daquela legislação. Acha que agora, enquanto bispo do Porto, que tem uma visibilidade maior na sociedade, vai ter uma capacidade de intervenção maior nestes assuntos? Por exemplo, agora discute-se a questão da eutanásia.Porventura terei de o fazer, até porque a Igreja e a sociedade esperarão de quem tem uma maior visibilidade uma tomada de posição. Durante muitos anos, eu fui professor de ética social, de moral social, na Faculdade de Teologia, e dizia aos meus alunos uma expressão e permita-me que a repita. A denúncia do mal é uma espécie de carta de condução por pontos. Se nós passamos a vida a denunciar tudo, a dizer mal de tudo, vamos perdendo os pontos e já não temos credibilidade. Portanto, não se espere de mim que passe a vida a dizer mal da sociedade, das propostas que os partidos ou outros setores da cultura ou da sociedade façam e que, porventura, choquem contra os meus pressupostos doutrinais. Não se espere que venha para a praça pública com uma espada da mão e com um elmo noutra mão a desafiar todos. A nossa missão não é tanto de estar a fazer desafios, de denunciar, é propor. Claro que na proposta da doutrina serei irrecusável. Aquela doutrina que é a minha procurarei propô-la aos cristãos e a outras pessoas que a queiram ouvir. Mas uma coisa é propor, outra coisa é passar a vida a denunciar.

Ou seja, em questões como o aborto ou a eutanásia, é absolutamente contra.Absolutamente contra. Disse bem.

Há um assunto que tem estado na ordem do dia que é a forma como as dioceses têm aplicado a exortação Amoris Laetitia, do papa Francisco. O patriarca de Lisboa foi muito criticado pelo documento que fez por ter proposto a abstinência sexual, ao passo que, por exemplo, o arcebispo de Braga fez um documento que foi muito elogiado. O D. Manuel prevê fazer um documento para o Porto que toque neste ponto da abstinência sexual?É verdade que essa é uma problemática, que é mais um processo do que uma tomada de decisão pessoal. É das coisas que não se resolvem fazendo um decreto e pondo lá a minha assinatura. É um processo de consulta, de diálogo, das estruturas de participação da diocese, que tem vários conselhos — o conselho pastoral, o conselho presbiteral, o conselho de consultores. Tudo isso tem de ser implicado. O documento do senhor D. Jorge, de Braga, é exatamente o resultado disso tudo. Também o documento dos bispos do centro de Portugal é resultado disso tudo. Claro que, evidentemente, eu também não ficarei para trás, mas isso é com o tempo. Não se espere que seja daqui a oito dias que vá tomar uma posição. Aqui no Ordinariato nunca a tomei em função de outros âmbitos. Primeiro que tudo, nós não temos o casamento canónico nas nossas capelanias. Há a transcrição do registo civil e são as paróquias territoriais que se encarregam de mandar o processo e de o organizar na relação da Igreja com o Estado. Nós não temos isso, portanto essa problemática dos recasados — já que nós não temos também Tribunal Eclesiástico — diz mais respeito às dioceses territoriais do que propriamente a esta estrutura onde eu estava até este momento.

Vai passar a dizer-lhe mais agora.Agora no Porto vai ter de me dizer mais, evidentemente. Começa a haver caminho feito, caminho que é um processo, que aliás é muito típico deste Papa. Este Papa desencadeia processos e põe toda a Igreja a refletir. Claro que, quando é toda a Igreja na sua diversidade, uns podem seguir mais por uma linha direita, esquerda, de frente, de trás, de um lado e de outro. Mas é depois de tudo isto acalmar, daqui a alguns anos, que poderemos ter uma ideia mais perfeita, mais global. Também darei o meu contributo.

Diz que há várias linhas. A sua linha coincide com a de D. Manuel Clemente?A linha de D. Manuel Clemente é a linha oficial da Igreja, como todas as outras. A forma como ele se expressou a respeito da abstinência sexual é que pode ser mais mal interpretada. E também, se me permite, eu estou convencido de que quem divulgou o documento leu apenas esse bocadinho e não prestou atenção ao contexto. Portanto, não tenho nada contra o documento do senhor D. Manuel Clemente, nem de longe nem de perto. Mas, de facto, para ser sincero, sei que há alguns casais recasados, que já tinham vivido em matrimónio canónico e que depois refizeram a sua vida e estão noutro casamento já não canónico, que por motivos de fé e da sua convicção interior e de consciência, de facto vivem em abstinência sexual. Mas temos de nos perguntar: isso é mesmo família? Estou convencido de que não é bem família. Uma coisa é uma convivência como eu tenho aqui na casa com outras pessoas, mas não somos família. Outra coisa é ser família. Portanto, não insistiria muito neste tema da abstinência sexual, de facto.

Recentemente foi publicado na revista do Osservatore Romano uma reportagem sobre a exploração de freiras por parte de membros do clero. Vai procurar, na diocese do Porto, tentar perceber se isto existe e tentar combater esta realidade?É verdade. Os religiosos [n.d.r. membros consagrados de institutos religiosos, como freiras e frades, mas não padres do clero secular] têm o voto de pobreza. Não querem dinheiro por opção própria. Ninguém lhes impôs, são eles que assim desejam, querem viver à maneira de São Francisco, de São Bento ou de São Domingos, na pobreza, na obediência e na castidade. Como os religiosos, teoricamente, serão mais próximos do pessoal dirigente, dos bispos, dos cardeais de Roma, às vezes algum bispo diz assim: “Ó minha irmã, você não tem aí duas ou três irmãs que queiram, por exemplo, na minha casa, fazer o almoço?”. E depois aquelas pessoas acabam por receber, de facto, uma quantia muito pequenina. Em termos do que nós chamamos o mercado de trabalho, seria uma verdadeira exploração. Verdadeira exploração. Entretanto, não nos podemos esquecer que são pessoas que, por opção, querem viver na pobreza. Estou convencido de que nessas circunstâncias, quando as pessoas trabalham para alguma estrutura da Igreja, devem ganhar o justo. Depois, farão com aquele dinheiro o que muito bem entenderem. O grande entendimento será o de dá-lo aos pobres. Se as pessoas querem viver na pobreza, ótimo. Mas então, aquilo que ganham fruto legítimo do seu trabalho que seja reencaminhado para um fim bom, como serão as carências humanas.

Um problema que esta reportagem levanta é também a desigualdade entre homens e mulheres na Igreja. A maioria, para não dizer a totalidade, dos que faziam aqueles serviços domésticos eram religiosas e não religiosos. A Igreja discrimina as mulheres?Quer dizer, não discrimina as mulheres. O grande teor do âmbito mental de quem escreveu, aquilo a que se referia, era fundamentalmente aos trabalhos domésticos. Ora, por motivo da nossa cultura ocidental, quem faz habitualmente os trabalhos domésticos é a parte feminina, portanto referia-se mais à parte feminina do que aos religiosos masculinos.

Essa ideia de que quem faz os trabalhos domésticos são só as mulheres não está a mudar?Evidente que sim.

E a Igreja não tem de acompanhar essa mudança?Tem, evidentemente. Às vezes nesse campo até cometeu exageros. Por exemplo, antigamente nos seminários os funcionários eram praticamente só homens. Depois, passou exatamente para o contrário, só senhoras. Temos de perder os nossos complexos, se é que os temos, e viver uma naturalidade como ela é na vida e na cultura de hoje.

Suceder a um bispo como D. António Francisco dos Santos, considerado um grande bispo, aumenta a responsabilidade?É óbvio. Não tenhamos ilusão, qualquer pessoa reconhecerá. Só um cego é que é capaz de não o ver. O D. António Francisco não se impôs por um discurso eloquente, embora tivesse essa capacidade. Não foi por gestos mirabolantes. Era por aquela simpatia que cativa e isso deixa marcas. Um pensamento extingue-se facilmente. Uma técnica especial que uma pessoa possua também acaba por, direta ou indiretamente, se desfazer. Mas quando se cativam os corações, eles ficam lá com esta marca muito viva. O D. António Francisco está muito vivo no coração dos diocesanos do Porto. Logicamente, não tenho ilusão, vou ser confrontado com ele. Vai haver quem diga: “O D. António Francisco era assim e o senhor é desta maneira”. Não tenho ilusão, isso vai acontecer de certeza absoluta. Procurarei honrar a sua memória, que muito admiro, exatamente com um comportamento e uma ação muito semelhante à dele.

domingo, 23 de outubro de 2016

Centro de prevenção e detenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) para homens que têm sexo com homens (HSH) no Porto


Centro comunitário de prevenção e detecção de IST no Porto

Já está em funcionamento no Porto o Centro Comunitário +Abraço.

Financiado pela Direcção Geral de Saúde este centro tem como principal objectivo a promoção e o acesso à prevenção primária e secundária da infecção por VIH/sida, hepatites víricas e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), garantindo o acesso atempado à informação, meios de prevenção, diagnóstico e cuidados de saúde especializados junto da população de homens que têm sexo com homens (HSH), no distrito do Porto.

O serviço prestado é anónimo, confidencial e gratuito, para o rastreio do VIH/sida, sífilis, hepatite B e C, gonorreia e clamídia. Há aconselhamento pré e pós-teste personalizado com vista à capacitação preventiva do risco de transmissão do VIH/sida e outras IST. É igualmente disponibilizado de forma gratuita de material de prevenção sexual (preservativos e gel lubrificante), e de material com informação sobre VIH/sida e IST. Outra missão é contribuir para o conhecimento epidemiológico da infecção pelo VIH/sida, hepatites víricas e outras IST por parte da população em geral.

Em território europeu, mais precisamente nos países que compõem a União Europeia, o sexo entre homens (HSH) é a forma de transmissão de VIH/sida mais frequentemente indicada no total dos casos diagnosticados, traduzindo-se em 39% dos novos casos diagnosticados. Portugal faz parte desta tendência recente do aumento do número absoluto e relativo de casos notificados referentes a HSH, bem como o decréscimo da idade mediana destes casos, inversa à tendência para as outras categorias de transmissão.

O centro está aberto na Rua Damião de Góis, nº 96, Fracção E, Porto e pode ser contactado por telefone e e-mail: 912 444 300 e centrocomunitario@abraco.pt.

ver notícia em dezanove

sábado, 26 de abril de 2014

Mira Schendel, uma artista ainda desconhecida


Uma obra espiritual

Fui ver uma exposição a Serralves, no Porto, de uma artista brasileira do século passado - não nasceu no Brasil. Fiquei impressionado com a densidade - e em simultâneo a leveza - do seu trabalho, tão rico quanto subtil e sensível. Mira Schendel é efectivamente uma das grandes artistas sul-americanas do século XX e, pasme-se, o seu trabalho é muito pouco conhecido a nível internacional. Aconselho vivamente os leitores deste blog a irem conhecer o seu trabalho, na maior retrospectiva jamais feita da sua obra.

"Arte é nostalgia de Deus, não precisa pintar aquilo que se vê, nem aquilo que se sente, mas aquilo que vive em nós [...]. Tanta dor me levou a um meio de expressão. Não sei se minha pintura é grande, só sei que é arte."
Mira Schendel


Para saber mais:
mira schendel: o corpo e a alma
mira schendel em serralves

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lucian Freud

Morreu um grande homem das artes, foi um marco na pintura do século XX. Chama-se Lucian Freud. A ele presto a minha homenagem e fico-lhe grato pelo contributo que deu ao mundo.

Ler aqui e aqui um artigo sobre a sua vida, obra e morte.

Ver trabalho de Lucian Freud no Porto

Uma das mais famosas pinturas de Lucian Freud, que morreu quarta-feira em Londres, está patente no Espaço Fundação EDP Porto até 23 de outubro, integrada na exposição «My Choice - Obras Selecionadas por Paula Rego na Colecção British Council».

Para conhecer melhor o trabalho de Lucian Freud, pode visitar algumas das suas obras aqui.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um musical pontífice

O Musical Wojtyla

Para quem aprecia o género Musical, aqui vai uma sugestão bastante fora do comum:

Em Lisboa, no Teatro Tivoli, a 17, 18 e 19 de Fevereiro. No Porto, no Teatro Sá da Bandeira, a 24 e 25 de Fevereiro. Os bilhetes estão à venda em ticketline, lojas Fnac, Worten e nos locais do espectáculo.

"O musical WOTJYLA nasceu integrado num projecto de homenagem ao Papa João Paulo II, desenvolvido pela paróquia de Cascais, por ocasião do Ano Sacerdotal. Este grupo nasceu com o objectivo de produzir e realizar um espectáculo musical com fins beneméritos. Teve a sua estreia no dia 18 de Maio de 2010, no Estoril, e esteve em cena durante 7 dias, sendo que dois destes dias foram sessões extras a pedido do público.

Dado o enorme impacto que o musical causou, aliado ao facto de termos tido variados pedidos para repor o espectáculo, pouco hesitámos ao avançar para a reposição quando a ATT (Associação para Tratamento das Toxicodependências) nos lançou o desafio. Assim surgiu, de novo, o musical WOJTYLA.

O espectáculo é cantado e dançado ao vivo."

Sobre o Musical

"Trata-se de um musical multimédia sobre João Paulo II. A peça não é um relato histórico nem uma biografia. São testemunhos. Testemunhos de quem se cruzou com ele. Testemunhos de vidas que mudaram. Testemunhos acerca do lado mais divertido do Papa. Momentos decisivos e momentos divertidos.
O espectáculo não é um musical clássico, mas sim um review, construído a partir de testemunhos de vidas que mudaram ou foram tocadas por João Paulo II. Incide também na relação de João Paulo II com os jovens. O objectivo central e fundamental é lembrar João Paulo II, o homem, o Papa, o Santo, que poucos deixou indiferentes."

domingo, 23 de janeiro de 2011

Órgão na Invicta

O Ano do Órgão de Tubos na Cidade do Porto


O Secretariado de Liturgia da diocese de Porto realiza entre 17 de 22 de janeiro o ciclo de música “O Ano do Órgão de Tubos na Cidade do Porto”.

A iniciativa começa esta segunda-feira na igreja do Mosteiro de São Bento da Vitória, às 12h00, com um concerto de Filipe Veríssimo, enquanto que pelas 21h30 o organista Simon Preston atua na Sé.

Na terça-feira, dia 18, o programa apresenta Jürgen Geiger na igreja de Nossa Senhora da Conceição (12h00) e Bernhard Buttmann na igreja de Cedofeita (21h30).

O dia 19 abre às 12h00 com Roberto Bonetto, na igreja de Sao Lourenço (Grilos) e termina com Olivier Latry, às 21h30, na igreja da Lapa.

Para o quarto dia do festival, o Secretariado Diocesano de Liturgia convidou Winfried Bönig (12h00, igreja da Cedofeita) e Hansjörg Albrecht (21h30, Sé).

A 21 de janeiro, sexta-feira, Martin Baker toca às 12h00 na igreja de Nossa Senhora da Conceição, enquanto que às 21h30 se executa, na igreja da Lapa, o programa intitulado “A Revolta dos Órgãos”, com Jean Guillou, Hansjörg Albrecht, Martin Baker, Roberto Bonetto, Winfried Bönig, Bernhard Buttmann, Jürgen Geiger, Roman Perucki, Filipe Veríssimo, Hélène Colombotti (percussão) e Johannes Skudlik (órgão e direção).

O último dia do festival, sábado, conta com a presença de Roman Perucki no Mosteiro de Moreira da Maia, às 12h00, e novamente o programa “A Revolta dos Órgãos”, na igreja da Lapa, às 21h30.

A entrada nos concertos é gratuita, excetuando os de 21 e 22 de janeiro na igreja da Lapa, com a entrada fixada em 10 € (bilhetes disponíveis no Coro da Sé, Terreiro D. Afonso Henriques, das 14h00 às 18h00).

Por Rui Martins in © SNPC, a 15 de Janeiro de 2011
http://www.snpcultura.org/breves_o_ano_orgao_tubos_cidade_porto.html

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Advento do Teatro na Igreja? A Espera que alcança.

Bons ventos sopram do Porto. D. Manuel Clemente está a remexer a vida diocesana, social e cultural. Desta vez fez o convite a três autores para escreverem teatro sobre a Espera. A ideia é levar estas peças às paróquias, e serem os paroquianos a prepará-las e a apresentá-las. A ideia será também ligar a espiritualidade ao palco, trazer a alma á cultura e a cultura à religiosidade. Nada mal, hem?

Os três primeiros trabalhos serão: “A Subversão da Espera”, de D. Carlos Moreira Azevedo; “Esperança Godot”, de Castro Guedes, e “Para Onde vai a Luz Quando se Apaga?”, de José Tolentino Mendonça. O encenador José Castro Guedes preparou um DVD com uma proposta de encenação que poderá inspirar os diferentes grupos que levarão as peças aos palcos. Aqui fica um testemunho deste encenador do site da Pastoral da Cultura. A fotografia é retirada do filme do Desassossego.

«Há espera de esperar, não só estar à espera!»
Castro Guedes, encenador

«Com um certo atrevimento (que é coisa que se permite aos artistas) gostaria de esperar que este sinal, em boa hora chegado pela mão do Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura do Porto, com a colaboração da Universidade Católica (Pólo do Porto), seja a anunciação de um advento para que a arte reocupe um lugar profundamente religioso, de onde nunca saiu, mesmo em tempos de interpretações mais extremadas ou injustas entre o mundo laico e o mundo clerical.

Aliás em plena Idade Média o teatro renasce no seio da Igreja com a Confraria dos Sans-Soucis, realizando os actos da Paixão, em quadros ambulantes na rua, enquanto o antifonário litúrgico vai-se transformando em litúrgia dramática e esta em drama litúrgico até se desdobrar em mistérios, milagres e moralidades, tudo formas teatrais religiosas, que ainda hoje se podem perscrutar e encontrar indícios no teatro contemporâneo de natureza não religiosa especificamente.

De resto, como se diz no texto de Dom Carlos Azevedo, «o essencial não é saber se Deus existe»... «o essencial é saber quem é e como é. E é nesse Deus que Cristo trouxe em Filho do Homem que me revejo na concepção de todo este espetáculo, porque, creio – neste projeto de que não sou autor, mas tão só um técnico (teatral) ao serviço dele – o mais importante na mensagem do Advento que aqui se traz é uma espera com esperança e não o esperar sem crer, num Mundo em que se anuncia um apocalipse civilizacional justamente pela descrença, mas que é possível recuperar em esperança de Salvação.

Metida esta foice em seara alheia (mas é impossível falar da forma sem ter presente o conteúdo), o que me compete, como encenador, chamar mais a atenção é para esse outro lado do teatro tantas vezes esquecido: o teatro não é literatura. O texto dramático tem, deve ter, um valor literário intrínseco, mas a palavra escrita é apenas o ponto de partida para ela ser dita. E dizê-la não é só reproduzi-la melhor ou pior interpretada em termos de perceção auditiva. É colori-la com o sentimento através daquilo a que chamamos “inflexões”, sentido último do texto em situação e do subtexto, que é o que se quer dizer para lá do dito. Todavia este colorido não se obtém só no modo de dizer, mas também no gesto, no movimento dos actores (a que no léxico teatral se chama “marcações”), no significado que se pode ler nos próprios cenários, indumentárias, luzes, som... Mas tendo sempre por centro o actor e a sua inimitável capacidade de ser o outro, a personagem que vive.
...

E como o teatro é, por excelência, uma arte de conjunto, cada um e cada coisa que nestes espaço se move implica com a(s) outra(s) num conjunto de ações- reações a que importa estar atento (tarefa do encenador) no resultado de uma leitura globalizante e não só individual de cada personagem ou de cada gesto, movimento ou fala de per si. Por isso também – porque do corpo e da alma que nesse corpo se expressa em representação, a matéria-prima da obra é gente e não óleo, letras ou sequer imagens virtuais – o teatro é a mais humana de todas as artes, que só acontece, efemeramente, no momento em que se apresenta diante de terceiros, a público. E é (permitam-me outra vez a ousadia de um artista, ao finalizar este texto) uma sagração da vida. Vida que nos diz que “há espera de esperar”, esperar com esperança.

In A Espera, Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura (Porto), 18 de Novembro de 2010
http://www.snpcultura.org/pcm_pastoral_cultura_porto_apresenta_propostas_teatrais_sobre_a_espera.html

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Porto e Arouca: Música sacra portuguesa dos sécs. XVI e XVII

Obras sacras portuguesas dos sécs. XVI e XVII na Casa da Música
 Paul Hillier dirige harpa, baixão e órgão num programa ilustrativo da época de ouro da polifonia renascentista portuguesa, com o “Requiem a 4 vozes” de Manuel Cardoso, e “Salve Regina”, “Lamentação de Quinta-Feira Santa” e “Veni Sancte Spiritus” de Diogo Dias Melgás.

Manuel Cardoso é apontado pelos especialistas da música renascentista como um dos maiores representantes da música vocal deste período. Isolado em Portugal, numa altura em que no resto da Europa os compositores se moviam para novas correntes estéticas, Cardoso alcançou um expoente máximo de requinte e sofisticação na escrita para coro a cappella, deixando um legado de obras belíssimas, entre as quais o Requiem merece um lugar destacado.

Diogo Dias Melgás é apontado como o último grande representante da Escola de Polifonia da Sé Catedral de Évora.

O concerto, com entradas a 7,5 €, realiza-se ao meio-dia no dia 14 de Novembro. O programa é apresentado a 13 de novembro no Mosteiro de Arouca.

ver o programa na Casa da Música:

sábado, 6 de novembro de 2010

No Porto: esperança e morte na Poesia portuguesa

A pergunta na hora de partir - Leituras da morte e da esperança na poesia portuguesa
A Pastoral da Cultura da diocese do Porto realiza a 15 de novembro o seminário “A pergunta na hora de partir – Leituras da morte e da esperança na poesia portuguesa”.

A iniciativa enquadra-se na “Missão 2010”, conjunto de atividades realizadas durante este ano pela Igreja local com o objetivo de intensificar o anúncio e testemunho da mensagem cristã.

O tema da Esperança foi proposto num mês que começa pela romagem aos cemitérios, mesmo num tempo e numa sociedade em que um certo encobrimento da morte tornou-a uma espécie de 'tabu'.

O seminário procura refletir sobre o modo como morte e esperança afloram na poesia de quatro poetas notáveis: dois finisseculares, António Nobre (1867-1900) e Daniel Faria (1971-1999), e dois poetas com uma presença muito significativa no século XX: Teixeira de Pascoaes (1877-1952), na primeira metade, e Ruy Belo (1933-1978), na segunda.

Para esta reflexão foram convidados quatro intelectuais com sólida formação humanista e literária: José Carlos Seabra Pereira, António Cândido Franco, Manuel António Ribeiro e Carlos A. Moreira Azevedo.

As perspetivas sobre os temas em análise serão alargadas com a inauguração, no mesmo dia, de uma exposição de Karin Somers, escultora belga cujo trabalho, à luz de uma visão cristã, materializa as mais profundas formulações da protologia e da escatologia (origem e fim último do Homem).

O horizonte derradeiro da existência vai também ser acentuado com a música, através da interpretação do “Quatuor pour la fin du temps” de Olivier Messiaen – executado por Filipe Pinto-Ribeiro (piano), Pascal Moraguês (Clarinete), Tatiana Samouil (violino) e Justus Grimm (violoncelo).

O concerto é introduzido por um texto drámático de José Manuel Teixeira da Silva, inspirado na obra de Messiaen.

O encontro, que se realiza na Universidade Católica Portuguesa (Foz, Porto), tem o seguinte programa:
15h00 (Auditório 1)
Abertura (Joaquim Azevedo, diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura)
15h30
Conferência: António Nobre (José Carlos Seabra Pereira)
16h00
Conferência: Teixeira de Pascoaes (António Cândido Franco)
17h00
Pausa
17h30
Conferência: Ruy Belo (Manuel António Ribeiro)
18h00
Conferência: Daniel Faria (D. Carlos A. Moreira Azevedo) - [um jovem poeta (que já morreu) e que foi monge beneditino no Mosteiro de Singeverga]
19h00
Encerramento (D. Manuel Clemente)
21h30 (Auditório Ilídio Pinho)
Apresentação do texto “Penas Pesadas da Neve” (de José Manuel Teixeira)
Concerto: « Quatuor pour la fin du temps » (de Olivier Messiaen) - [um marco na música do século XX]

As inscrições devem ser feitas até 10 de novembro.
Inscrições: sdpcultura@gmail.com

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

Este blogue também é teu

São benvindos os comentários, as perguntas, a partilha de reflexões e conhecimento, as ideias.

Envia o link do blogue a quem achas que poderá gostar e/ou precisar.

Se não te revês neste blogue, se estás em desacordo com tudo o que nele encontras, não és obrigado a lê-lo e eu não sou obrigado a publicar os teus comentários. Haverá certamente muitos outros sítios onde poderás fazê-lo.

Queres falar?

Podes escrever-me directamente para

rioazur@gmail.com

ou para

laioecrisipo@gmail.com (psicologia)


Nota: por vezes pode demorar algum tempo a responder ao teu mail: peço-te compreensão e paciência. A resposta chegará.

Os textos e as imagens

Os textos das mensagens deste blogue têm várias fontes. Alguns são resultados de pesquisas em sites, blogues ou páginas de informação na Internet. Outros são artigos de opinião do autor do blogue ou de algum dos seus colaboradores. Há ainda textos que são publicados por terem sido indicados por amigos ou por leitores do blogue. Muitos dos textos que servem de base às mensagens foram traduzidos, tendo por vezes sofrido cortes. Outros textos são adaptados, e a indicação dessa adaptação fará parte do corpo da mensagem. A maioria dos textos não está escrita segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, pelo facto do autor do blogue não o conhecer de forma aprofundada.

As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.

As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.

Contribuidores

Amigos do blogue

Mensagens mais visitadas nesta semana

Categorias

11/9 (1) 2011 (1) 25 de Abril (1) 3ª idade (1) 5ª feira Santa (1) abandono (3) abdicar (1) abertura (4) aborto (3) abraão (1) abraço (1) abstinencia sexual (2) abusos (4) acção (4) aceitação (4) acolhimento (19) acompanhamento (3) açores (1) acreditar (1) acrobacia (1) activismo (2) activistas (2) actores (1) actos dos apostolos (1) actualidade (85) adão e eva (1) adesão (1) adeus (2) adilia lopes (2) administrativo (1) admiração (1) adolescentes (1) adopção (15) advento (15) afecto (3) africa (21) África (1) africa austral (1) africa do sul (8) ágape (1) agenda (2) agir (1) agressividade (1) água (2) alan gendreau (1) alegorias (1) alegria (11) aleluia (1) alemanha (15) alentejo (3) alerta (1) alexandra lucas coelho (1) Alexandre Quintanilha (1) alimento (1) alma (4) almada (1) alteridade (2) alternativo (9) amadeo de sousa cardoso (1) amantes (2) amargura (1) américa (5) américa central (1) américa latina (10) AMI (1) amigo (3) amizade (4) amnistia internacional (2) amor (54) amplos (2) androginia (1) andrógino (1) angelo rodrigues (1) angola (2) animal (3) anjos (8) anselmo borges (2) anti-semitismo (1) antigo testamento (15) antiguidade (1) antónio ramos rosa (3) antropologia (1) anunciação (2) anuncio (1) ao encontro (1) aparência (1) aparições (2) apatia (1) API (1) apocalipse (1) apócrifos (2) apoio psicologico (1) apolo (2) apóstola (1) apóstolos (1) apple (1) aprender (1) aproximar (1) aquiles (1) ar livre (1) arabes (1) arabia saudita (2) arbitro (1) arco-iris (4) argélia (4) argentina (9) arquétipo (1) arquitectura (9) arrependimento (1) arte contemporanea (18) arte e cultura (322) arte sacra (59) artes circences (1) artes plásticas e performativas (32) artista (2) arvo pärt (6) árvore de natal (1) ascensão (1) asia (9) asilo (2) assassinato (1) assembleia (2) assexuado (3) assexual (1) assexualidade (2) assintomático (1) associação do planeamento da família (1) associações (1) astronomia (1) ateliers (1) atenção (5) atender (1) ateu (2) atletas (2) australia (6) autoconhecimento (1) autodeterminação de género (2) autonomia (1) autoridade (2) avareza (1) ave-maria (2) avô (1) azul (1) bach (6) bairro de castro (1) baixa (1) banal (1) banco alimentar (3) bancos (2) bandeira (2) baptismo (1) baptizado (2) barcelona (5) barroco (3) basquetebol (1) beatificação (2) beatos (1) beckham (1) beijo (4) beja (1) bela e o monstro (1) beleza (18) bélgica (2) belgrado (1) belo (5) bem (5) bem estar (1) bem-aventuranças (3) ben sira (1) beneditinos (2) bento xvi (35) berlim (5) berlusconi (1) best-sellers (1) bethania (2) betos (1) bi (1) bíblia (45) bibliografia (1) bicha (1) bienal (1) bifobia (1) bigood (1) bill viola (1) binarismo (1) biografias (28) biologia (4) bispos (10) bissexualidade (9) bizantina (1) bjork (1) blogue informações (44) bloguer (1) blogues (2) blondel (1) boa nova (1) boa vontade (1) bom (1) bom pastor (1) bom samaritano (1) bombeiro (1) bondade (2) bonecas (1) bonhoeffer (2) bose (5) botswana (1) boxe (2) braga (2) brasil (15) brincadeira (1) brincar (1) brinquedos (2) britten (1) budismo (2) bullying (5) busca (1) buxtehude (1) cadaver (1) calcutá (1) calendário (3) calvin klein (1) caminhada (1) caminho (5) campanha de prevenção (1) campanha de solidariedade (6) campo de concentração (3) cancro (2) candidiase (1) candomblé (1) canonização (2) cantico dos canticos (3) canticos (2) canto (1) cantores (2) capela do rato (11) capelania (1) capitalismos (1) caraíbas (3) caravaggio (4) carcavelos (1) cardaes (1) carência (1) caridade (7) caritas (2) carlos de foucauld (1) carmelitas (2) carnaval (1) carne (1) carpinteiro (1) carta (15) carta pastoral (2) casa das cores (1) casais (17) casamento (61) casamento religioso (1) castidade (3) castigo (1) catacumbas (1) catalunha (3) catarina mourão (1) catástrofes (1) catecismo (3) catolica (1) catolicismo (26) causas (1) CD (1) cegueira (1) ceia (1) celebração (3) celibato (9) censos (3) censura (2) centralismo (1) cep (1) cepticismo (1) céu (1) chamamento (1) chapitô (1) charamsa (1) charles de foucauld (1) chatos (1) chechénia (1) chemin neuf (1) chicotada (1) chile (2) china (3) chirico (1) chorar (1) ciclone (1) cidade (2) ciência (2) cig (1) cimeira (3) cinema (41) cinemateca (1) cinzas (1) ciparisso (1) circo (1) cisgénero (1) civismo (1) clamidia (1) clarice lispector (1) clarissas (1) clausura (3) clericalismo (3) clero (5) cliché (1) co-adopção (3) coccopalmerio (1) cockinasock (2) cocteau (2) código penal (2) colaborador (1) colegialidade (1) colegio cardenalicio (2) colégio militar (1) colóquio (2) colossenses (1) combate (1) comemoração (2) comentário (1) coming out (1) comissão justiça e paz (1) comodismo (1) compaixão (3) companhia de jesus (11) comparação (1) complexidade (1) comportamento (2) composição (1) compromisso (1) comunhão (18) comunicação (2) comunidade (3) comunidade bahai (1) comunidades (3) conceitos (15) concertos (18) concílio (1) condenação (8) conferência (15) conferencia episcopal portuguesa (2) confessar (1) confiança (4) confissão (3) conformismo (1) conhecer (2) conjugal (1) consagrado (2) consciência (4) consumo (1) contabilidade (1) contemplação (5) contos (1) contracepção (1) convergencia (1) conversão (3) conversas (1) convivência (2) cópia (1) copta (1) coração (5) coragem (4) coreia do norte (1) cores (1) corintios (1) corita kent (1) coro (1) corpo (19) corpo de Deus (2) corporalidade (2) corrupção (1) corrymeela (1) cracóvia (1) crença (1) crente (1) creta (1) criação (5) crianças (8) criatividade (1) crime (8) criquete (1) crise (8) crisipo (2) cristãos lgbt (1) cristianismo (41) cristiano ronaldo (2) crítica (15) crossdresser (2) CRS (2) cruz (11) cuba (1) cuidado (1) cuidar (2) culpa (4) culto (2) cupav (2) cura (2) curia (1) curiosidade (6) cursos (4) CVX (1) dádiva (3) dador (2) dadt (8) daltonismo (1) dança (7) Daniel Faria (4) daniel radcliffe (2) daniel sampaio (1) danielou (1) dar (3) dar a vida (12) dar sangue (2) Dark Hourses (1) David (8) david lachapelle (3) deficiência (1) defuntos (1) delicadeza (1) democracia (1) dependências (1) deportação (1) deputados (1) desânimo (1) desassossego (3) descanso (1) descentralização (1) descobrir (1) desconfiança (1) descrentes (1) descriminalização (4) desejo (5) desemprego (1) desenho (12) deserto (3) desfile (1) desilusão (2) desordenado (1) despedida (1) desperdicio (1) despojar (1) desporto (34) detecção (1) Deus (50) deuses (1) dia (1) dia mundial dos pobres (1) diaconado (1) diácono (1) diálogo (9) diálogo interreligioso (7) diferenças (3) dificuldade (1) dignidade (2) dinamarca (1) dinamismo (1) dinheiro (1) direcção espiritual (1) direito (30) direito laboral (1) direitos humanos (51) direitos lgbt (9) discernimento (1) discípulas (1) discípulos (1) discriminação (29) discurso (2) discussão (5) disforia de género (1) disney (2) disparidade (1) disponibilidade (1) ditadura (1) diversidade (8) divindade (2) divisão (2) divorciados (4) divórcio (3) divulgação (1) doação (1) doadores (1) doclisboa (1) documentários (3) documentos (1) doença (2) dogma (1) dois (1) dom (10) dom helder câmara (1) dom manuel martins (2) dom pio alves (1) doma (1) dominicanas (3) dominicanos (6) donativos (1) dons (1) dor (4) dos homens e dos deuses (1) dostoievsky (1) doutores da igreja (2) doutrina da fé (2) doutrina social (5) drag (2) drag queens (2) dst (2) dureza (1) e-book (1) eckart (2) eclesiastes (3) eco (1) ecologia (6) economia (7) ecos (1) ecumenismo (14) edith stein (3) educação (7) efémero (1) efeminação (1) efeminado (2) egipto (2) ego (1) egoismo (1) elite (1) emas (1) embrião (1) emoção (1) empatia (1) emprego (10) enciclica (2) encontro (16) ensaios (11) ensino (1) entrevista (15) entrudo (1) enzo bianchi (2) equipa (1) equipamentos (1) erasmo de roterdão (1) erotismo (3) escandalo (2) escândalo (2) esclarecimento (1) escócia (1) escolas (5) escolha (2) escravatura (1) escultura (8) escuridão (1) escuta (7) esgotamento (1) esmola (1) espaço (3) espanha (10) espanto (1) esparta (1) espectáculos (1) espera (6) esperança (3) esperma (4) espermatezoide (1) espírito (4) Espírito Santo (4) espiritualidade (100) esquecer (1) estar apaixonado (1) estatística (13) estética (3) estoril (2) estrangeiro (2) estrelas (1) estudos (20) estupro (1) eternidade (1) ética (3) etty hillesum (4) eu (5) EUA (39) eucaristia (11) eugenio de andrade (4) eurico carrapatoso (8) europa (45) eutanásia (1) evangelho (19) evangelização (2) évora (1) ex-padre (1) exclusão social (2) exegese (1) exemplo (3) exercicios espirituais (2) exército (12) exibicionismo (2) exílio (1) exodus (1) exposição (1) exposições (13) ezequiel (1) f-m (1) f2m (1) facebook (4) fado (1) falar (1) falo (2) falocratismo (1) faloplastia (1) família (36) famílias de acolhimento (1) famosos (18) fardo (1) fariseismo (1) fátima (4) favela (1) (22) fé e cultura (5) fecundidade (2) feio (1) felicidade (1) feminino (4) feminismo (3) fernando pessoa (2) festa (2) festival (11) fiat (1) fidelidade (4) FIFA (4) figuras (11) filho pródigo (1) filhos (3) filiação (1) filipinas (1) filmes (27) filoctetes (1) filosofia (4) finlandia (1) firenze (2) flagelação (1) flaubert (1) flauta (2) floresta (1) fome (3) fontana (2) força (1) forças armadas (2) formação (3) fotografia (41) fr roger de taizé (3) fra angelico (1) fracasso (1) fragilidade (5) frança (9) franciscanos (1) francisco de sales (1) francisco I (78) francisco tropa (1) françoise dolto (2) fraqueza (1) fraternidade (4) frederico lourenço (5) freira (3) frescos (1) freud (2) frio (2) fronteira (2) ftm (1) fundacao evangelizacao culturas (3) fundamentalismos (1) funeral (1) futebol (16) futebol americano (1) futuro (3) galileu (1) galiza (1) ganancia (1) gandhi (2) ganimedes (2) gastronomia (2) gaudi (4) gaudium et spes (2) gay (112) gay lobby (3) gaydar (1) gayfriendly (2) género (25) generosidade (1) genes (1) genesis (3) genética (4) genital (1) geografia (1) gestos (1) gilbert baker (1) ginásio (1) global network of rainbow catholics (1) glossário (15) gnr (2) GNRC (1) goethe (1) gomorra (2) gonorreia (1) gozo (2) gratuidade (3) gravura (1) grécia (1) grécia antiga (9) grit (1) grün (1) grupos (1) gula (1) gulbenkian (3) habitação (1) haiti (1) harvey milk (1) hasbro (1) havai (1) heidegger (1) helbig (1) hellen keller (1) hemisfério sul (1) henri de lubac (1) héracles (1) herança (1) heresia (1) hermafrodita (2) hermafroditismo (2) herpes genital (1) heterofobia (1) heteronormatividade (1) heterosexuais (5) heterosexualidade (3) heterossexismo (2) hierarquia (34) hilas (1) hildegarda de binden (1) hildegarda de bingen (1) hinos (1) hipocrisia (3) história (42) história da igreja (1) Hitler (1) holanda (5) holocausto (2) homem (14) homenagem (2) homilia (6) homoafetividade (7) homoerotismo (14) homofobia (65) homoparentalidade (3) homossexualidade (150) honduras (1) hormonas (1) hospitais (1) hospitalidade (4) HPV (1) HSH (3) humanidade (5) humildade (6) humor (9) hysen (2) icone gay (9) icones (4) iconografia (1) idade (1) idade média (2) idealização (1) identidade (13) ideologia do género (2) idiota (1) idolatria (2) idolos (1) idosos (1) ignorância (2) igreja (156) igreja anglicana (7) igreja episcopal (2) igreja lusitana (1) igreja luterana (2) igreja presbiteriana (1) igualdade (9) II guerra mundial (7) ikea (2) ILGA (10) iluminismo (1) iluminuras (1) ilustração (1) imaculada conceição (1) imigração (2) imitação (1) impaciencia (1) impotência (1) imprensa (53) inácio de loyola (1) incarnação (4) incerteza (1) inclusão (5) incoerência (1) inconsciente (1) indemnização (1) india (2) indiferença (1) individuo (1) infalibilidade (1) infancia (1) infância (2) infecção (1) infertilidade (1) infinito (1) informática (1) ingenuidade (1) inglaterra (3) iniciativas (1) inimigos (3) injustiça (1) inocentes (1) inquérito (1) inserção social (1) instinto (1) instrumentos musicais (1) integração (2) inteligencia (1) inter-racial (1) intercessão (1) intercultural (2) interior (4) internacional (3) internet (1) interpretação (1) interrogação (1) intersexualidade (5) intolerância (2) inutilidade (1) inveja (1) investigação (4) invocação (1) invocar (1) iolau (1) irão (1) irlanda (6) irmão (2) irmão luc (1) irmãos de jesus (1) irmãs de jesus (1) irreverencia (1) isaias (2) islandia (1) islão (12) isolamento (1) israel (2) IST (3) italia (5) jacinto (1) jacob (3) jacopo cardillo (1) jacques berthier (1) james alison (4) james martin (4) jantar (1) japão (1) jardim (1) jasão (1) jean vanier (1) jejum (2) Jeová (1) jeremias (1) jerusalem (1) jesuitas (3) jesus cristo (49) JMJ (8) joana de chantal (1) João (8) joao climaco (1) joao paulo II (8) joão XXIII (2) job (2) jogos (2) jogos olimpicos (2) jonas (1) Jonatas (5) jorge sousa braga (1) jornadas (1) jornalismo (2) josé de arimateia (1) josé frazão correia (1) jovens (7) judaismo (9) judas (4) jung (2) justiça (21) juventude (5) kenose (1) kitsch (3) krzystof charamsa (1) l'arche (1) ladrão (1) lady Gaga (2) lagrimas (2) lágrimas (1) laicidade (2) laio (2) lançamento (1) lázaro (1) lazer (2) LD (1) lectio divina (1) lei (25) lei da blasfémia (1) leigos (3) leigos para o desenvolvimento (1) leiria (1) leituras (37) lenda (1) leonardo da vinci (1) lésbica (48) lev tolstoi (1) Levinas (1) levitico (2) levítico (2) lgbt (74) lgbti (20) liberdade (8) libertinagem (1) liderança (3) limpeza (1) linguagem (2) lisboa (83) literalidade (1) literatura (4) lituania (1) liturgia (6) livrarias (2) livros (36) ljungberg (2) londres (1) Lopes-Graça (1) loucura (1) lourdes castro (4) loures (1) louvor (2) lua (1) lubrificante (1) lucas (5) lucian freud (1) luiz cunha (1) luta (5) luto (3) luxemburgo (1) luz (2) m-f (1) M2F (1) macbeth (1) machismo (4) macho (2) madeleine delbrel (1) madre teresa de calcuta (9) madureira (1) mãe (1) mães (7) mafra (1) magdala (2) magia (1) magnificat (8) magrebe (1) mal (2) malasia (2) man (1) mandamentos (1) manifestação (1) manuel alegre (1) manuel cargaleiro (1) manuel clemente (4) manuel graça dias (1) manuel linda (1) manuel neuer (2) maori (1) mãos dadas (2) marcelo rebelo de sousa (1) marcha (5) marcos (1) Maria (18) maria de lourdes belchior (1) maria madalena (4) maria-rapaz (1) marinheiros (1) marketing (1) marrocos (2) martha medeiros (1) martin luther king (1) martini (2) mártir (5) martírio (3) masculinidade (10) masculino (1) mastectomia (1) masturbação (2) matéria (1) maternal (1) maternidade (1) mateus (7) matrimónio (1) mattel (1) mecenas (2) media (2) mediação (1) médicos (2) medio oriente (2) meditacao (8) medo (9) meia-idade (1) melancolia (1) membro (1) memória (1) memorial (1) mendigo (1) menino (4) menores (2) mensagem (2) menstruação (1) mentira (1) mercado (1) mesa (1) mestrado (1) metafora (1) metanoia (1) méxico (3) michael stipe (2) Michelangelo (2) Michele de Paolis (2) micronesia (1) migrante (1) miguel esteves cardoso (2) milão (1) mimesis (1) mineiros (2) minimalismo (1) ministerio publico (1) minorias (1) minorias étnicas (1) mira schendel (1) misericordia (3) misericórdia (3) misoginia (1) missa (7) missão (4) missionarias da caridade (1) missionário (3) mistério (3) mística (6) mitcham (2) mito (3) mitologia (8) mitos (2) moçambique (4) moda (5) modelos (8) modernidade (2) moina bulaj (1) moldavia (1) monge (4) monogamia (1) monoparentalidade (1) montenegro (1) montserrat (1) monumentos (1) morada (1) moral (6) moralismo (1) morte (25) mosteiro (1) movimento civico (1) movimento gay (1) MRAR (1) MSV (1) MTF (1) mudança (1) mudança de nome (1) mudança de sexo (6) mulheres (19) mundial (3) mundo (148) munique (1) murais (1) muro pequeno (2) musculos (1) museus (11) musica (2) música (87) musical (1) namoro (3) nan goldin (1) não crentes (2) não-violência (1) narciso (2) natação (1) natal (43) natividade (3) NATO (3) natureza (5) naufrago (1) nauru (1) nazis (5) newman (1) nigeria (1) nobel (2) noé (1) nómada (1) nome (5) nomeação (1) nós somos igreja (2) nossa senhora (1) nota imprensa (1) notícias (2) nova iorque (2) nova zelandia (2) novelas (1) novo testamento (5) nudez (20) numero (1) núncio apostólico (1) NY (1) o nome da rosa (1) obediência (1) objectivos milénio (1) obra (14) obstáculos (1) oceania (1) ocupação (1) ódio (5) ofensa (1) oferta (1) olhar (4) olho (1) olimpicos (2) olimpo (1) omnissexualidade (1) ONU (14) opinião (157) oportunidades (3) optimismo (2) opus gay (2) oração (59) oração comum (2) oração do nome (1) orar (3) ordem de cister (2) ordem dos advogados (1) ordem dos médicos (6) ordenação de gays (5) ordenação de mulheres (8) orgão (3) orgia gay (1) orgulho gay (7) orientação (12) oriente (1) origem (2) orlando cruz (1) ortodoxia (2) oscar romero (1) ousar (1) outro (2) ovideo (1) ovocitos (1) ovulo (1) paciencia (1) pacificador (1) pacífico (3) pacifista (2) padraig o tuama (1) padre (22) padre antónio vieira (1) padres (2) padres casados (1) padres da igreja (1) padres do deserto (2) paganismo (1) pai (7) pai natal (1) pai-nosso (2) pais (6) pais de gales (2) paixão (15) palácios (1) palavra (8) palestina (1) palestra (1) paneleiro (1) pansexualidade (1) papas (41) papel da mulher (11) papiloma (1) paquistão (1) paradas (3) parágrafo 175 (2) paraíso (3) parcialidade (1) parentalidade (4) paridade (2) paris (7) parlamento (3) paróquias lgbt (1) participação (2) partilha (8) pascal (3) páscoa (4) pasolini (2) pastoral da saúde (1) pastoral homossexual (27) pastoral trans (2) pastoral universitária (2) paternal (1) paternidade (3) patinagem (3) patio dos gentios (2) patriarca (1) património (5) pátroclo (1) paul claudel (4) paulo (5) paulo VI (1) pausanias (1) paz (12) pecado (7) pederasta (1) pederastia (1) pedir (1) pedofilia (10) pedra (1) pedro arroja (1) pélope (1) pena (4) pénis (1) penitência (5) pensamentos (3) pensão (1) pentecostes (2) perdão (6) peregrinação (1) peregrino russo (1) perfeição (2) pergunta (2) periferias (4) perigo (1) perplexidade (1) perseguição (1) perseverança (1) pessimismo (2) pessoa (8) petição (2) piano (1) piedade (1) pina bausch (3) pink narcisus (1) pintura (15) piolho-da-pubis (1) pirítoo (1) pistas (1) pluralidade (1) pobreza (14) poder (1) poesia (53) poitiers (1) polémica (4) poliamor (1) policia (3) polissexualidade (1) política (50) polo aquatico (1) polónia (1) pontes (1) pontificado (1) pontífices (1) POP art (1) população (1) pornodependencia (1) pornografia (2) portas (1) porto (9) porto rico (1) portugal (115) poseidon (1) povo de Deus (3) praia (1) prática (2) prazer (4) prece (3) preconceito (3) pregador (1) prémios (12) presença (2) presentes (1) presépios (5) preservativo (12) presidente (3) prevenção (1) pride (1) primavera (3) primeiros cristãos (1) principes (1) prisão (3) priscilla (1) procriacao (3) procura (4) professores (1) projecto (1) prostituição (4) prostituta (2) protagonista (1) provisório (1) próximo (5) psicanálise (1) psicologia (16) psicoterapia (1) psiquiatria (1) publicidade (4) pudor (1) qatar (4) quaintance (1) quakers (1) quaresma (35) queer (7) quenia (1) questionário (1) quotidiano (2) racial (1) racismo (4) radcliffe (2) rahner (1) rainhas (1) ranking (1) rapto (2) raul brandão (1) rauschenberg (1) razão (2) realidade (5) recasados (3) reciclar (5) reciprocidade (1) recolha de alimentos (1) recolhimento (1) reconciliação (5) rede ex aequo (8) redes sociais (5) refeição (1) reflexão (61) reforma (3) refugiados (3) registo civil (2) reino de Deus (2) reino unido (14) reis (9) relação (14) relatórios (2) religião (18) religion today (1) religiosidade (3) religioso (2) REM (2) Renascimento (1) renúncia (1) repetição (1) repouso (1) repressão (1) reproducao (2) república (1) republica checa (1) respeito (3) respiração (1) responsabilidade (2) ressurreição (2) restauro (1) retiro (10) retrato (4) reutilizar (5) rezar (2) Richard Zimler (1) ricky cohete (1) ricky martin (4) ricos (1) rigidez (1) rilke (4) rimbaud (2) riqueza (1) rival (1) rodin (1) roma (3) romance (1) romanos (1) romenia (1) rosa (6) rosa luxemburgo (1) rosto (1) rothko (1) rotina (1) roupa interior (1) rufus wainwright (5) rugby (4) rui chafes (2) rumos novos (4) russia (4) ryan james caruthers (1) s. bento (7) s. valentim (1) sábado santo (1) sabedoria (2) sacerdócio (2) sacerdotes (1) sacerdotisas (2) sacramentos (4) sacro (1) sagrada família (5) sagrado (7) sahara ocidental (3) sair (2) sair do armario (19) salmos (5) salvação (5) Samuel (1) sanção (1) sangue (1) santa catarina (1) santa cecilia (1) santa hildegarda (1) santa sé (2) santa teresa de avila (2) santarem (4) santas (2) santegidio (1) santidade (8) santo agostinho (3) santo ambrosio (1) santo antonio (1) santos (18) são cristóvão (1) sao francisco (7) sao joao (1) São José (2) sao juliao (1) sao tomas de aquino (1) sao tome e principe (1) sapatas (1) sapatos (1) saramago (1) sartre (1) saúde (26) Saul (1) schütz (1) seamus heaney (1) sebastião (9) séc XX (1) secura (1) sede (10) sedução (1) segurança (2) sem-abrigo (2) semana santa (7) semen (1) seminários (5) sensibilidade (1) sensibilização (1) sentença (1) sentidos (4) sentimentos (2) sepulcro (1) sepultura (1) ser (3) ser humano (3) ser solidário (44) sermões (5) serralves (1) servia (2) serviço (8) setúbal (3) sexismo (2) sexo (10) sexo biológico (2) sexo seguro (2) sexta feira santa (2) sexualidade (23) shakespeare (1) sic (1) sicilia (1) sida (20) sífilis (1) sightfirst (1) silêncio (12) sim (1) símbolos (2) simone weil (4) simplicidade (3) singapura (1) singularidade (1) sínodo (5) sintomas (1) sintomático (1) sobrevivente (1) sobreviver (1) sociedade (89) sociologia (1) sodoma (3) sodomia (2) sofrimento (13) solicitude (1) solidão (13) solidariedade (4) sondagem (10) sonhos (2) Sophia (8) st patrick (1) steven anderson (1) stockhausen (1) stölzel (1) stonewall (2) submissão (1) sudário (1) suécia (4) suicidio (5) sul (1) surrealismo (1) susan sontag (1) sustentabilidade (1) taborda (1) tabu (2) taizé (6) talentos (1) tapeçaria (1) tavener (6) TDOR (1) teatro (14) teatro do ourives (1) tebas (1) tecnologia (3) tel aviv (1) televisão (2) templo (2) tempo (4) temps d'images (1) tenebrismo (1) tentação (2) teologia (46) teologia da libertação (2) teólogo (2) teoria do género (1) terceiro género (1) teresa benedita da cruz (1) teresa forcades (1) terras sem sombra (1) terrorismo (1) teseu (1) teste (1) testemunhas de jeová (1) testemunhos (39) testículos (1) textos (2) the king's singers (1) Thibirine (2) thomas merton (2) tibães (1) timor (1) timoteo (1) tocar (1) tolentino (32) tolerância (5) torres vedlas (1) tortura (1) trabalho (6) trabalho doméstico (1) tradição (1) traição (1) transexualidade (22) transfobia (6) transformista (1) transgender (8) transgeneridade (1) transgéneros (3) trapistas (2) travesti (3) travestismo (3) trevor hero (1) triângulo (5) tribunal (4) tricomoniase (1) Trindade (3) trinidad e tobago (1) tristeza (2) troca (1) troilo (1) tu (2) turim (1) turismo (2) turquia (3) ucrania (2) uganda (6) últimos (1) umberto eco (1) umiliana (1) unção (1) UNESCO (1) união (15) único (1) unidade (7) unitaristas (1) universal (1) universidade (2) universo (1) utero (1) útil (1) vaidade (3) valores (2) vanitas (1) vaticano (48) vaticano II (12) vazio (1) velhice (3) veneza (3) vento (1) verdade (10) vergonha (1) via sacra (10) vício (1) vida (64) vida dupla (1) vidas consagradas (5) video (39) vieira da silva (1) vigarice (1) vigiar (2) vih/hiv (19) vingança (1) vintage (1) violação (4) violência (9) violência doméstica (1) VIP (1) virgindade (1) viril (2) virilidade (1) vírus (1) viseu (1) visibilidade (2) visitação (1) visitas (7) visões (1) vitimas (2) vítor melícias (1) vitorino nemésio (1) vitrais (1) viver junto (2) vocação (5) voluntariado (10) von balthasar (2) vontade (2) voyeur (1) warhol (1) whitman (1) wiley (1) wrestling (1) xenofobia (4) youtube (1) yves congar (1) zeus (1)

As nossas visitas