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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.

domingo, 31 de outubro de 2010

Um concerto gratuito em Santarém

I Ciclo de Órgão de Santarém
Missa do Ciclo - Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos
Requiem de Duarte Lobo (1565-1646)
Missa de exéquias colhida da melhor polifonia portuguesa maneirista e interpretada segundo os costumes da época, de dobragem e ou substituição de vozes por instrumentos.
Sé Episcopal de Santarém
Terça 2 de Novembro às 21h30
Ensemble Arabesco
Sérgio Silva, órgão
Entrada livre
http://www.quartetoarabesco.com/

domingo, 24 de outubro de 2010

De vento em popa

Serve esta mensagem para anunciar que o blogue já teve mais de 5000 visualizações. E para continuar aquilo que já começa a ser uma tradição, informo os nossos leitores de alguns números respeitantes ao moradas de deus.
  • O nosso blogue ontem teve 103 visitas, 1539 no último mês.
  • Desde o mês de Agosto tem havido uma contínua subida no número de visitantes: 796 em Agosto, 1100 em Setembro e 1322 em Outubro (e ainda falta uma semana).
Em relação ao último mês (30 dias), houve algumas alterações significantes nas estatísticas:
  • Pela primeira vez houve mais leitores de Portugal do que do Brasil
  • Pela primeira vez a mensagem Cristiano Ronaldo a favor do casamento gay saiu do Top 10 das mais lidas, apesar de continuar a ser a mais lida desde o início do blogue (DIB)
Agora uma análise do Top 10 da nacionalidade dos nossos visitantes do último mês, comparando com o Top 10 desde o início do blogue (DIB):
  • Portugal tomou o 1º lugar (tem o 2º DIB), Brasil ocupa o 2º (1º DIB), EUA e Alemanha o e , respectivamente (os mesmos que DIB), a Suíça ascendeu imenso na lista (do 10º lugar DIB para o do mês), a Holanda ocupa o (5º DIB) e a Espanha o (6º DIB). A França mantém a mesma posição de . Moçambique entrou directamente na lista para e o Reino Unido desceu do 9º DIB para o 10º do mês. Quem saiu do Top 10 foi o Canadá.
E finalmente, as seis mensagens mais clicadas no último mês:
  • Alegro-me em anunciar que a primeira tem a ver com voluntariado e solidariedade: Voluntariado com crianças na região de Lisboa (a 2ª mais lida DIB). No meio da ponta do iceberg da crise que estamos a viver, parece-me um sinal de esperança que procuremos voltarmo-nos para os outros e para as responsabilidades civis e sociais em que cada um pode e deve intervir.
  • A segunda é parte da entrevista com um bispo sul-africano e intitula-se A hierarquia quer meter-se na cama das pessoas: as pessoas vivem como podem “e não como quer o padre” (é a 4ª mais lida DIB)
  • A terceira foi Diplomata saudita pede asilo nos EUA por ser gay
  • A quarta é um artigo de opinião e uma reportagem que tem o nome Padres gays: qual é a surpresa? (6ª mais lida DIB)
  • A quinta, Direitos dos homossexuais na Arábia Saudita
  • E, finalmente, a sexta é o artigo de psicologia Identidade sexual... o que é, e o que não é!, que ocupa o 3º lugar no Top 10 DIB.
Por último, o documento em destaque Eles são católicos, homossexuais e praticam: testemunhos na Pública foi visionado 32 vezes no último mês. A 4ª alínea desta reportagem foi o que deu origem à criação do moradas de deus.

sábado, 23 de outubro de 2010

Poema de amor de um rei Mouro

De um poeta e rei que um dia passou por Silves:

Invisível a meus olhos,
trago-te sempre no coração
Te envio um adeus feito paixão
e lágrimas de pena com insónia.

Inventaste como possuir-me
e eu, o indomável , que submisso vou ficando!

Meu desejo é estar contigo sempre
oxalá se realize tal desejo!

Assegura-me que o juramento que nos une
nunca a distância o fará quebrar.

Doce é o nome que é o teu
                                                                                    e aqui fica escrito no poema
Al-Mu'tamid

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A homossexualidade de uma figura histórica não a desmerece

Historiador espanhol fez investigação sobre monarcas e nobres que esconderam parte da sua vida sexual. Os leitores portugueses têm direito a uma versão reforçada de surpreendentes e alegados exemplos nacionais, que não estão nos manuais de história.
 
Entrevista com o autor do livro Reis que amaram como rainhas, Fernando Bruquetas de Castro:
 
O seu livro Reis Que Amaram como Rainhas é uma investigação de história ou um manifesto gay?
As duas coisas. Tem uma parte de manifesto gay, mas o fundamental é a sua junção com um livro divulgador de história, muito bem documentado e numa linguagem bastante acessível. A minha intenção é contribuir para a normalização da homossexualidade na história, que sempre se ocultou no passado, apesar de ser uma parte importante daquilo que se deve conhecer.
 
Essa dupla intenção manifesto/divulgação mantém, mesmo assim, o rigor histórico?
Não desmerece o que se chama de rigor histórico, mas também não há nenhuma concessão, nem sequer literária, para que a parte que o livro possui de manifesto gay supere a do rigor histórico.
 
Ou seja, o cariz de manifesto gay não desvirtua a investigação?
Pelo contrário. Creio que é necessário incluir a visão homossexual na história e acabar com essa faceta sempre ocultada nos monarcas só porque poderia desvirtuar a política de Estado. Isso não é o que acontece e, por essa razão, é preciso tirar do armário os reis que amaram como rainhas.
 
O estudo sobre a homossexualidade vai alterar a visão da história?
Com certeza, porque até agora nunca se olhou para a história sob esse ângulo. Os tempos mudaram e a história tem de responder às perguntas actuais com documentos e biografias.
 
Há no livro uma frase sobre Júlio César: "Marido de todas as mulheres e mulher de todos os maridos." Não é um pouco exagerado?
Na sua época, a homossexualidade não era escandalosa ou mal-vista. A Júlio César critica-se assumir o papel passivo na relação porque não era bem-visto no tempo dos romanos. Ainda hoje, o homossexual que se critica é aquele que assume o papel feminino enquanto o que mantém o papel activo é equiparado ao macho.
 
O que pensa dessa visão?
O que é correcto é que se veja a relação homossexual como mais uma relação sexual e que não seja punida como delito ou, pelo menos, malvista como relação sexual.
 
O sentido da governação altera-se se em vez de ser activo for passivo?
Não tem nada que ver. O exercício do poder não tem qualquer relação com o que se faz na cama e, depois, num conselho de ministros. Tê-lo-ia antes quando era delito e necessário ocultar porque se poderia ser chantageado ou a relação surgia como um impedimento legal. A chantagem evitou-se legislando a igualdade de direitos.

A maioria destes reis que investiga no livro foram bissexuais ou homossexuais?
Creio que a maioria foram bissexuais, mas, porque servia de exemplo, o que documentei foi a relação homossexual.

Escreve para desmistificar ou para provar uma teoria?
Só para desmistificar a política de Estado que fez manter em segredo essa faceta de certos monarcas, aristocratas e nobres. E também para reivindicar que a homossexualidade de uma figura histórica não a desmerece como herói histórico.


Acredita que os leitores portugueses vão gostar de saber que o infante D. Henrique e D. Sebastião eram homossexuais?
Não escrevi para provocar o leitor português, mas para lhe dar a conhecer que os grandes mitos tinham uma faceta homossexual, que não os desmerecem no seu valor. Na tradução portuguesa, tive o cuidado de pôr mais exemplos de portugueses do que na espanhola, onde fiz uma outra escolha.

Houve alguma personagem portuguesa para quem não tivesse documentação?
Sim, um membro da família Bragança que vivia em Inglaterra e sobre quem só encontrei um comentário.

No capítulo sobre Pedro I, o Grande, não se encontram referências que suportem a sua tese mas, mesmo assim, publica-o. Porquê?
É verdade que é o que está menos documentado, apesar de na Rússia todas as pessoas comentarem a homossexualidade de Pedro I. O que aconteceu foi que enquanto o estava a investigar nunca consegui encontrar um só documento que apoiasse essa tese, a não ser a relação muito íntima entre ele, a mulher e o companheiro Menshikov.

Como foi a reacção em Espanha?
Teve uma boa recepção. Sou professor catedrático na Universidade de Las Palmas e nenhum professor de qualquer universidade me criticou. Até estiveram dois reitores na apresentação do livro. As críticas foram óptimas e já se venderam 30 mil livros.

Qual é o perfil do leitor deste livro?
Este livro não tem que ver com a sexualidade do leitor, está dirigido a quem lê e se interessa pelo romance histórico. Até fiz questão de escrever um pouco romanceado.

O seu livro anterior é ainda mais polémico?
Sim, muito mais polémico desde logo porque em Outing en España o prefácio era escrito por um ministro de Felipe González, estávamos em 2000 e tirava do armário 500 personalidades espanholas...

Porque decidiu escrever este livro?
Como professor especializado na Era Moderna, deparava-me sempre com esse vazio histórico e questionava-me como seria possível não haver um rei homossexual. Esse interesse não era só meu, pois, já nos anos 80, Michel Foucault, entre outros, tinha-se interrogado sobre a razão de só existirem pequenas alusões à homossexualidade.

in Diário de Notícias
http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1684391&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Artes+(DN+-+Artes)

no moradas de deus
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/reis-que-amaram-como-rainhas.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/espanhol-revela-sexualidade-dos-herois.html

Reis que amaram como rainhas

Reis Que Amaram Como Rainhas
de Fernando Bruquetas De Castro

2010, 360 páginas
Esfera dos Livros
ISBN: 9789896262426
 
Sinopse
António Conti, filho de um mercador italiano, conquistou o coração de D. Afonso VI que gostava da presença de rapazolas, lacaios, escravos negros e mouros que foram deixando no leito real o aroma de exotismo.
 
D. Pedro I ficou para a história como o amante viril de D. Inês de Castro, mas Fernão Lopes deixa clara a relação com o seu sensual escudeiro e a amizade com outros cavaleiros.
 
Fernando Bruquetas de Castro conta-nos a história de imperadores, reis, políticos, membros da Igreja e das universidades que, ao longo dos séculos viveram a sua sexualidade de forma livre, contudo presa a simulações e a jogos de poder. Através destas personagens da vida pública de todos os tempos, este historiador conta-nos a história da homossexualidade, tantas vezes ocultada ou contada com muita timidez pela historiografia tradicional.
 
Da amizade entre Gilgamés e Enkidu, ao desespero de Aquiles por Pátroclo, do apaixonado Alexandre que enlouqueceu com a morte do seu amado Hefestión, ao general Júlio César que procurava bonitos escravos em cada terra que conquistava, de Ricardo Coração de Leão que sucumbiu aos encantos de um trovador da corte, do delicado Maximiliano, imperador do México que viveu uma dolce vita e cuja morte em frente a um pelotão de fuzilamento continua envolta em mistério, ao famoso duque de Windsor que se deixou seduzir por Wallis Simpson e por um atractivo milionário norte-americano.
http://www.esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=%20214
no moradas de deus
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/espanhol-revela-sexualidade-dos-herois.html

A homossexualidade ao longo da História

Espanhol revela sexualidade dos heróis portugueses
por João Céu e Silva
 
A intimidade sexual dos protagonistas da história portuguesa surge em livro como até agora nunca acontecera. Boatos, referências e suspeitas preenchem 350 páginas


O título é sugestivo e, à primeira vista, nem a capa sugere o ângulo da investigação que Bruquetas de Castro optou ao fazer a sua versão da história - a homossexualidade dos reis, príncipes e nobres -, mesmo que a ilustração seja uma imagem de umas pernas reais bem torneadas, com lacinhos à altura do joelho, como mandavam então as regras da moda.

A obra chama-se Reis Que Amaram como Rainhas, foi publicada recentemente pela editora Esfera dos Livros, e logo no índice o nome de 45 heróis masculinos que privaram com outros homens é bastante abrangente a nível mundial. Para que os leitores nacionais não se queixassem, o historiador, que vive nas Canárias, acrescentou alguns capítulos feitos especialmente para os portugueses, de modo a que não estivessem em minoria quanto aos protagonistas de outros países que esconderam a alegada faceta homossexual durante a governação ou a exuberante vida social nas cortes.

O historiador assume-se homossexual e não esconde um interesse pessoal na vertente escolhida para os seus estudos históricos. "Se eu não fosse homossexual, não me teria colocado a questão. Realiza-me como historiador poder deixar um grão de areia na luta pelo esclarecimento da homossexualidade de um ponto de vista histórico." E é o que faz, ao levantar uma nuvem de poeira no que respeita à história de Portugal.

Entre os capítulos dedicados a heróis nacionais, há quatro que se destacam, sendo a personagem histórica que mais surpreende o infante D. Henrique, mesmo que para Bruquetas de Castro, "apesar das recentes tentativas para aprofundar a vida do príncipe", a biografia continue a ter lacunas. A principal, diz, é de âmbito sexual porque a apregoada castidade "parece mais fruto de uma lenda que realidade". Para além de poder ter sido pai de um filho bastardo, o infante não seria "uma virgem doentia como a história oficial o retrata, mas uma personagem sexualmente activa". Segundo Bruquetas, "encobria-se uma tendência sexual que no seu tempo não só era malvista, como era anátema, pecado e delito castigado com a pena máxima pela Inquisição".

No insuspeito D. Pedro I, conhecido pela paixão por Inês de Castro, o autor garante: "As tendências homossexuais de D. Pedro I estariam possivelmente relacionadas com episódios que alternavam com manifestações de heterossexualidade". Quanto a D. Sebastião, reúne referências que sugerem que "durante a juventude o rei poderia ter sido vítima de abusos sexuais no palácio" e exibe uma das provas da homossexualidade: "Ter sido encontrado abraçado a um rapaz negro" que "estava escondido no bosque" e sobre o qual o príncipe disse ter confundido "com um javali".

Também o conquistador de Ormuz, Goa e Malaca não escapa à investigação. Diz o historiador espanhol que Afonso de Albuquerque teria "mantido relações suspeitas com um clérigo". Serve-se de uma citação de outro historiador, Oliveira Martins, para suportar a tese: "O amor era o primeiro de todos os comércios de Ormuz e que as mulheres valiam tão pouco que até eram alvo de aversão."

A lista nacional de reis que amaram como rainhas ainda é longa. Aguarda-se pela resposta nacional a esta investigação espanhola.

in Diário de Notícias

Portugal no ranking da igualdade de género

Portugal sobe no ranking da igualdade de género
por Ana Cristina Pereira

Por força da participação das mulheres no mercado de trabalho e do aumento do seu peso no Governo, Portugal subiu 14 posições no ranking da igualdade de género. O país ocupa agora o 32.º lugar num índice criado pela World Economic Fórum, cujo relatório anual foi ontem divulgado.

O índice foi criado em 2006 com o propósito de captar a dimensão da desigualdade de género e de monitorizar os progressos feitos nesta área. Baseia-se em indicadores de política, de economia, de educação e de saúde. Para figurar na tabela, um país tem de, no mínimo, possuir dados sobre 12 dos 14 indicadores em análise. Este ano, a organização considerou 134 países.

O top 10 não surpreende. Como nos anos anteriores, quatro países da Europa do Norte mantêm-se firmes na dianteira. A Islândia encabeça a lista. Com uma primeira-ministra e um parlamento paritário a quase 100 por cento, é dona de uma das mais elevadas taxas de participação feminina no mercado de trabalho e, em Março, aprovou uma reforma que obriga as empresas públicas com mais de 50 funcionários a ter, no mínimo, 40 por cento de homens ou mulheres nos quadros.

A Noruega ultrapassou a Finlândia, que figura agora em segundo lugar. A Suécia completa o domínio nórdico. A Dinamarca está um pouco atrás - em sétimo. Talvez porque este índice de desigualdade de género está dissociado do nível de rendimento das famílias e do desenvolvimento nacional.
De acordo com o relatório, os nórdicos alcançaram igualdade na literacia há décadas. Há igualdade nos vários níveis de educação, excepto no superior, onde as mulheres já ultrapassaram os homens. A maior parte dos países desenvolvidos logrou este feito, mas poucos conseguem "maximizar o retorno desse investimento". Os cinco estados nórdicos foram os que chegaram mais longe. Tudo porque combinam elevadas taxas de participação feminina no mercado de trabalho com fossos salariais quase inexistentes e garantem às mulheres imensas oportunidades de ascender a cargos de chefia.

No ranking, seguem-se: a Nova Zelândia, a Irlanda, as Filipinas, a Suíça, a Alemanha, a Bélgica, o Reino Unido, a Holanda, a Letónia, a Espanha. Espanha subiu seis posições este ano, graças a "pequenas melhorias" em diversos indicadores. Os autores do relatório destacam um aumento na presença das mulheres no mercado trabalho e no Governo. E são precisamente esses indicadores que enfatizam, mais à frente, quando referem Portugal.

O Governo de Portugal está longe da paridade: tem um primeiro-ministro, 11 ministros e cinco ministras, o que mesmo assim o coloca em 21 lugar a este nível. A lei da paridade, que obriga os partidos a reservar um terço dos lugares das listas para as mulheres, provocou os seus efeitos no ano passado: nas eleições europeias de Junho, nas legislativas de Setembro e autárquicas de Outubro - na Assembleia da República, por exemplo, foram eleitas 62 deputadas, mais 14 do que em 2005.

in Público
http://jornal.publico.pt/noticia/13-10-2010/portugal-sobe-no-ranking-da-igualdade-de-genero-20392721.htm

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Descobrir as diferenças entre o Estigma e e a Liberdade

... Os actos homossexuais podem ser ordenados ou desordenados do ponto de vista moral, exactamente como os actos heterossexuais, ou seja, [...] a orientação sexual é em si mesma neutra do ponto de vista moral. Este pequeno matiz ou minúsculo pormenor faz toda a diferença: a incomensurável diferença que existe entre a prisão do estigma e o campo da liberdade.
...
Não escandalizar ninguém - antes, pelo contrário, dar vivo testemunho que suscite de novo o sentido magnífico daquelas palavras de Tertuliano acerca dos primeiros cristãos: "Vede como eles se amam."

In O casamento sempre foi gay e nunca triste, de José António Almeida


Mais textos do mesmo livro neste blogue:

http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/basta-de-suicidios.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/viver-de-cara-descoberta.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/luz-sem-ocaso.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/ser-bom-cristao.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/um-dia-paneleiro-sera-sinonimo-de.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/nao-ha-pronto-vestir-gay.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/o-homossexual-de-hoje-nasceu-do.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/grandeza-do-cristianismo.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/o-casamento-sempre-foi-gay-e-nunca.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/o-santo-vai-nu.html

Liberdade para amar ou Libertinagem?

Publico esta mensagem de um blogue brasileiro para cristãos homossexuais. Parece-me uma boa pista para reflexão e revisão de vida. Não o publico com fins moralistas, de exclusão ou simples julgamento. Faço-o porque sei que enquanto cristãos procuramos ir de encontro à Palavra e procuramos desbravar um caminho por poucos percorrido.

Liberdade para amar, não libertinagem
...
O Evangelho não mudou, não faz acepção de pessoas e é para todo aquele que em qualquer nação faz a Deus o que lhe é agradável. Mas uma coisa é importante termos em mente: não podemos confundir liberdade com libertinagem. “Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros.” (Gálatas 5, 13).

Falamos de relacionamento, de união e amor entre duas pessoas do mesmo sexo, não estamos a falar de oportunidade e acesso para a prática da libertinagem. A promiscuidade não é aceite por Deus, relações sexuais sem compromisso, múltiplas, puramente instintivas, animalescas... que desfiguram qualquer imagem e semelhança espiritual com Deus.
...
Não é pecado ser heterossexual ou homossexual. O pecado é como cada indivíduo direcciona a sua orientação sexual. Por exemplo, um rapaz casado que trai a sua esposa, está a cometer pecado, entretanto um homossexual que vive um relacionamento monogâmico de fidelidade absoluta ao seu parceiro, está nos planos de Deus.

Não pregamos a inclusão para levar para dentro da Igreja a perversão sexual como ocorria nos templos de prostituição sagrada (…). É preciso ter um cuidado enorme, porque a semente da libertinagem pode, como o cancro, corromper um povo inteiro, sem que se consiga sequer notar que a presença do Espírito Santo já se foi. O Rei Saul, quando o Espírito de Deus se retirou dele, não conseguiu sequer perceber, porque estava “cego” pela contaminação do pecado.

Por outras palavras, não adianta apresentar-se o acesso pelo novo e vivo caminho de Jesus com a libertinagem, pois será um cego a guiar outro cego, nas palavras de Jesus [Cf. Mateus 15, 14].

Ninguém bebe água por um copo sujo! Deus também não pode derramar aquilo que o mesmo tem de mais puro que é o seu próprio Espírito, num templo contaminado, sujo ou imundo. “Mas quem se une ao Senhor, forma com Ele um só espírito. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que o homem cometa é exterior ao seu corpo, mas quem se entrega à impureza peca contra o próprio corpo. Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis?” (1 Coríntios 6, 17-19).

Não estamos a falar em abrir as portas da Igreja aos homossexuais para trazerem consigo a libertinagem ao mesmo tempo. Continuamos a crer que Deus não se mistura com a imundície. “Sede santos, porque Eu sou santo.” (1 Pedro 1, 16).

Não é porque o amor de Deus é incondicional, que um relacionamento de amor entre duas pessoas não poderá ser por Ele reprovado. Não é porque Deus é amor e quem ama permanece em Deus, que o corpo, templo do Espírito Santo, pode ser usado de qualquer forma. O véu rasgou-se e o acesso a Deus, em Jesus Cristo, foi aberto a todas as pessoas, mas não queremos usar desta liberdade para permitir a libertinagem!

O acto sexual deve ser considerado como algo santo, momento em que dois seres se tornam uma só carne, um só corpo, uma só vida... A união entre duas pessoas deve ser em pureza, como no acto de união da Igreja com Cristo, e por isso em compromisso, em unidade, em amor... [...]
...
Quando falamos de relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo suas respectivas orientações sexuais, mencionamos um relacionamento de unidade, de amor, de fidelidade entre duas pessoas que se amam, que se completam.
...
Defendemos portanto no nosso seio, o companheirismo, apoio, sustento, amor, como já dissemos. Uma coisa importante a ser salientada é que não há menção neste texto [1], nem no original, nem nas suas traduções, de que uma relação santa aos olhos de Deus tenha necessariamente que ser entre um homem e uma mulher, mas sim entre duas pessoas.
Pe. Nilo
[1] Eclesiastes 4, 9-12 (ver: http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/deus-nao-quer-o-homem-so.html)

http://gayscatolicoscomfe.blogspot.com/2010/10/liberdade-para-amar-nao-para.html

Rir da homossexualidade?

Uma família Moderna

Vi este filme italiano que recomendo vivamente aos leitores do moradas de deus. É genial como Uma família Moderna usa o humor para tocar em assuntos delicados, tabus, tradições, família, status, preconceitos, clichés e emoções. É uma sátira em que de bom grado se ri da e com a homossexualidade. A acção situa-se em Lecce, no Sul da Itália, numa micro-sociedade baseada em como os outros nos vêem e no que pensam de nós. Não faltam bisbilhotices e figuras caricatas mas credíveis, reacções e consequências, passado e presente e, claro, muita PASTA! 

Cada vez mais os filmes italianos me interessam, pelo seu lado humano e vivencial, pela construção das personagens e pela sua ligação ao lado terreno das nossas vidas (terreno mas não banal!), pela forma como abordam os afectos e sentimentos e as relações entre os seres humanos (laços familiares, sociais e afectivos). E ainda que possa haver algumas semelhanças com factos verídicos (da nossa vida ou da de outros), não há nada mais saudável do que aprendermos a rir de nós próprios e das situações que de tão reais parecem absurdas. 

Aproveitem para o ver, antes que saia das salas!

Uma Família Moderna
Título original: Mine Vaganti
De: Ferzan Ozpetek
Com: Riccardo Scamarcio, Nicole Grimaudo, Alessandro Preziosi
Género: Comédia, Drama
Classificacao: M/12
ITA, 2010, Cores, 113 min.
 
Passo a transcrever a sinopse do CineCartaz do Público (quem não quiser saber nada da história, não leia!):
"A família Cantone é uma ilustre e excêntrica família italiana, ligada à tradição das massas. Tommaso (Riccardo Scamarcio), o filho mais novo, está decidido a aproveitar a grande reunião familiar para revelar a todos a sua homossexualidade e assim prosseguir a sua vida em Roma, sem dramas nem segredos. Mas, no exacto momento em que pede a palavra, o seu irmão António (Alessandro Preziosi), sem se conseguir conter, faz a mesmíssima revelação. Enquanto a família fica petrificada com a notícia, o pai (Ennio Fantastichini) tem um ataque de coração e é levado para o hospital. Assim, com o pai enfermo e o irmão mais velho caído em desgraça, cabe a Tommaso carregar, sobre os ombros, a honra e o negócio da família. Mas é então que alguns dos seus amigos mais íntimos chegam de visita..."
 
site do filme:
http://www.minevaganti.net/

Um monumento ao Amigo

"A GAIO ÁGRIO RUFO FILHO DE SIÃO ADOPTADO COMO CIDADÃO DE ITALIA (...) MARCO CASTRÍCIO LUCANIÃO E GAIO VALÉRIO PALZÃO AO ÓPTIMO AMIGO"

Foi nas ruínas romanas de Santiago do Cacém que descobri uma lápide que me pareceu singular: trata-se de um monumento dirigido a alguém, chamado Gaio Ágrio Rufo, cujo único atributo que parece deter para receber tamanha exaltação é o facto de ser AMIGO, ou melhor, ÓPTIMO AMIGO. Não sei que tipo de amigo seria, pois sabemos que no tempo da Roma Antiga havia umas amizades mais "coloridas" do que outras e a tipologia das relações afectivas socialmente aceites era bem diversificada. Independentemente disso, é extraordinário que a Amizade tenha sido assim talhada na pedra e perpetuada no tempo. Saibamos ir erigindo monumentos de amor ao Amigo, e que este amor perdure e seja sinal vivo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O que distingue a Cultura...

O que distingue a Cultura é a sua actualidade.
D. Manuel Clemente

Aprender a rezar com os Salmos

É já no final desta semana!

Monge de Bose em Portugal para falar da espiritualidade cristã e dos Salmos como escola de oração

«Para a Escritura, a oração é actividade de todo o corpo, não só de uma parte mais “espiritual” ou “interior” ou “racional”. Os Salmos mostram-no bem. Pode falar-se de “oração dos sentidos” – vista, audição, tacto, olfato e gosto – desde que esta expressão não se entenda num significado redutoramente emocional. Mas com esse enunciado quer afirmar-se que para a Bíblia existe uma santidade da carne que não é menor do que uma santidade do espírito

«Os sentidos são o caminho sensível da alteridade. Certamente que podem fechar-se e entorpecer-se: a Bíblia (e o próprio Jesus) fala dos olhos que olham mas não vêem, dos ouvidos que não escutam, do coração endurecido, etc. Para desenvolverem a sua função espiritual, os sentidos devem manter-se vivos através da atenção e da vigilância. Só então serão a memória do carácter espiritual do corpo e da santidade da carne.»

«Nenhuma faculdade espiritual do Homem se explica sem a mediação corpórea, fora do corpo. Escuta do Espírito e escuta do corpo, conhecimento de Deus e conhecimento de si seguem a par e passo

O autor destas palavras, Luciano Manicardi, nasceu em Itália em 1957, formou-se na Universidade de Bolonha e desde 1980 é monge do Mosteiro de Bose, onde continuou os Estudos Bíblicos e é responsável pela formação cultural.

A 22 de outubro, pelas 11h30, o religioso profere uma conferência na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, intitulada “O que pode ser hoje uma espiritualidade cristã?”. A intervenção, que decorre no anfiteatro 1 (edifício mais antigo), será pronunciada em italiano.

Também no dia 22, às 21h30, Luciano Manicardi fala (em francês) sobre “Os Salmos: oração e escola de oração”. A iniciativa, organizada pela Fundação Betânia no âmbito do seu 20.º aniversário, realiza-se na igreja de Santa Isabel, também em Lisboa. As duas sessões têm entrada livre.

A 23 e 24, entre as 9h30 e as 17h30, o monge da comunidade monástica italiana orienta o curso "Rezar os Salmos" no Convento de São Domingos (Rua João de Freitas Branco, 12, Lisboa).

A iniciativa, igualmente promovida pela Fundação Betânia, está sujeita ao pagamento de 10,00 € para a inscrição e 10,00 € para o almoço.

A arte e a morte

A arte da tumulária nas igrejas de Lisboa


O Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa realiza no sábado 23 de Outubro um itinerário pela arte da tumulária nas igrejas de Lisboa que será conduzido por António Filipe Pimentel e Paulo Dias.

A iniciativa inclui uma conferência no Mosteiro de S. Vicente de Fora e visitas guiadas a igrejas representativas da temática.

Programa:
10h15, receção dos participantes (Salão Nobre do Mosteiro de S. Vicente de Fora); 10h30, abertura; 10h45, “Tumularia de Lisboa: luzes, sombras e questões” (António Filipe Pimentel); 11h45, intervalo; 12h00, visitas guiadas em S. Vicente de Fora (Paulo Dias); 13h00, almoço (Mosteiro de S. Vicente de Fora); 14h30, saída; 15h00, visita guiada à Sé de Lisboa; 16h00, visita guiada à Igreja de Santa Maria de Belém; 17h00, visita guiada à Basílica da Estrela; 17h30, regresso ao Patriarcado de Lisboa.

As inscrições devem ser feitas até 21 de outubro. Os preços variam entre os 25 € e 45 €.

Mais informações:
http://globalsites.org/pipc-centrocultural/page40.php

Poesia de José Tolentino Mendonça

A obra “A noite abre meus olhos”, poesia reunida do padre José Tolentino Mendonça, vai ser apresentada pelo religioso dominicano José Augusto Mourão a 25 de Outubro, uma semana depois da data inicialmente prevista.

A sessão começa às 18h30 na loja da Assírio & Alvim do Chiado (Pátio do Siza, entrada pelo número 10 da rua Garrett ou 29 da rua do Carmo).






Travessia
Os nossos dedos são cândidos
com brilhos impressos
e um tempo absorvido dos dois lados
Nos sinos, nos guizos, nas harpas
procuramos sem nenhuma restrição
o fogo e o gelo
a iluminação de um ramo dourado

Há um instante em que as nossas vozes
se fundem e destacam
reluzentes sobre a vida perpétua

Atravessamos a noite com uma vontade irreprimível de cantar

Imprensa católica na Primeira república

Começa este sábado dia 23 de Outubro, no Centro Cultural de Vila das Aves a terceira edição do seminário “Cidadania, Religião e Comunidade”.
A iniciativa é organizada pelo Município de Santo Tirso, Universidade do Minho e Centro de Estudos de História Religiosa (Universidade Católica Portuguesa).

Investigadores analisam imprensa católica dos primeiros 60 anos da República


A primeira sessão, dedicada ao tema “Imprensa e espaço público no século XX em Portugal", vai refletir sobre “A Imprensa Católica e a Primeira República” (Paulo Bruno Alves), “O Poder da Imagem na ‘Illustração Catholica’” (Catarina Miranda), “Imprensa, fonte e expressão do catolicismo (anos 60)” (Sandra Duarte) e "O jornal ‘Encontro’ (1956-1968)" (David Soares).

Das cinco sessões seguintes, só a de 26 de fevereiro é dedicada explicitamente ao religioso: “Dinâmicas urbanas e sociabilidades religiosas contemporâneas”, apresentada por Paulo Fontes e Sérgio Pinto.

Os encontros, que decorrem entre as 10h00 e as 13h00, são abertos a todos os interessados.

Para saber mais (programa integral do seminário, acesso ao local):
http://www.ucp.pt/site/custom/template/ucptplfac.asp?SSPAGEID=4824&lang=1&artigoID=8096

Basta de Suicídios!

Não mais suicídios, nem suicídios light de tantas e tantas criaturas humanas que, em vez de viverem plenamente e com dignidade as suas existências, ficam nas margens da vida "à espera que a vida passe".

In O casamento sempre foi gay e nunca triste, de José António Almeida


Mais textos do mesmo livro neste blogue:
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/viver-de-cara-descoberta.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/luz-sem-ocaso.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/ser-bom-cristao.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/um-dia-paneleiro-sera-sinonimo-de.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/nao-ha-pronto-vestir-gay.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/o-homossexual-de-hoje-nasceu-do.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/grandeza-do-cristianismo.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/o-casamento-sempre-foi-gay-e-nunca.html
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/o-santo-vai-nu.html

O suicídio entre os jovens homossexuais europeus

Instituto holandês alerta para aumento de suicídios entre jovens gays na Europa

Resumo do estudo “Increasingly normal; never the norm. Acceptance of homosexuality in the Netherlands” por Saskia Keuzenkamp em 24 de Junho de 2010. (in Opera Mundi e ILGA-Portugal)
"Metade dos jovens gays e lésbicas ouvidos numa investigação realizado pelo governo da Holanda já pensaram em cometer suicídio. Quase um em cada dez rapazes e uma em cada oito raparigas afirma ter tentado matar-se, uma atitude que menos de metade dos homossexuais em geral disse já ter tentado. A tendência é maior entre os mais jovens. É a primeira vez que esses dados são divulgados na Holanda, considerado o país de maior aceitação da homossexualidade na Europa, e geraram um alerta para o tema noutros países do continente.

Em Portugal, tentar suicídio foi um dos sentimentos relatados por vítimas de agressão (verbal ou física) que se queixaram ao Observatório da Educação da Rede Ex Aequo – associação de jovens homossexuais, bissexuais e transgéneros e simpatizantes.

A situação é considerada “preocupante” pelo relatório Just Different, That’s All, divulgado no dia 13 de Junho pelo Instituto Holandês de Pesquisa Social (SCP), que pede a atenção do Sistema de Saúde do país para a situação psicológica dos jovens.

“Hoje, as políticas do governo estão voltadas para [a prevenção de] espancamentos de gays. Mas o risco de suicídio tornar-se-á definitivamente numa preocupação”, diz Saskia Keuzenkamp, coordenadora da pesquisa, em entrevista ao Opera Mundi. “São dados relativamente novos. Algumas ONG tinham notado e pedido ao governo para fazer alguma coisa”. No entanto, a coordenadora da pesquisa aponta que nenhuma medida foi tomada pelas autoridades.

O estudo foi feito com base em questionários destinados a cerca de 1,6 mil jovens entre os 16 e 25 anos e em 30 entrevistas. O SCP considera o universo da amostra representativo, apesar de não haver uma estatística formal que classifique os indivíduos de acordo com a orientação sexual. Os dados sobre o suicídio entre heterossexuais foram obtidos noutras pesquisas sobre o tema.

Identidade
De acordo com o relatório, o risco de suicídio cresce quando o homossexual vive em um ambiente hostil. Um em cada quatro jovens (ou 25%) que disseram ser alvo de reacções negativas semanalmente afirma ter tentado acabar com a própria vida. No geral, a taxa ronda uma em cada oito lésbicas e quase um em cada dez gays.

Os ataques dificultam a auto-aceitação num período que coincide justamente com a formação da identidade do indivíduo e levam também a uma maior ocorrência de depressão. Os gays que regularmente são alvo de rejeição têm três vezes mais surtos depressivos do que os que são aceites, segundo os entrevistados no estudo. As lésbicas mais masculinizadas tendem a ser mais deprimidas do que as demais e o mesmo fenómeno acontece entre os gays afeminados, embora a diferença não seja tão grande.

A Holanda tem uma tradição histórica de aceitação da homossexualidade. No país, desde o início do século passado, a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo não é proibida – algo que foi considerado crime em Portugal até a década de 1980, por exemplo. O país foi o primeiro do mundo a aprovar o casamento homossexual com direito a adopção, em Abril de 2001 – a lei portuguesa foi aprovada em Maio e retira expressamente esse direito dos casais.

Noutro estudo do SCP, divulgado em Março passado, à pergunta se seria inaceitável ter um filho gay ou lésbica, 87% dos entrevistados disseram que não. Entre os jovens ouvidos no relatório mais recente, 7% disseram ser rejeitados pelos pais – o que acontece principalmente em famílias religiosas.

Educação
Mesmo nesse contexto, o sentimento homofóbico ainda causa alarme, também porque o que se diz não é, necessariamente, o que se faz. O relatório holandês afirma haver sinais de um aumento da discriminação recentemente, citando registos de ataques físicos – como espancamentos ocorridos na rua. No caso dos jovens, a atenção é voltada para a escola. Quase um em cada cinco diz não ser totalmente aceite no ambiente de ensino.

“O ensino secundário não é um lugar seguro para jovens gays e bissexuais. Os jovens impõem normas sexuais e de género rígidas uns aos outros. O escárnio e o bullying são a norma”, aponta o documento. A mesma situação é relatada pelo Observatório da Educação da Rede Ex Aequo em Portugal. “É evidente que, para muitos alunos e alunas, a fase em que descobrem e assumem a sua homossexualidade é muito complicada, frequentemente feita no seio do preconceito e do insulto, num ambiente claramente hostil”, diz Isabel Advirta, da direcção da ONG ILGA-Portugal, de apoio à causa homossexual, ao Opera Mundi. “As escolas portuguesas não são, portanto, um território amigável para os e as jovens LGBT.”

Os dados do Observatório da Educação da Rede Ex Aequo, de Portugal, permitem ter um olhar de relance de como essa hostilidade se constitui. Entre 2006 e 2008, foram recebidas no órgão 92 queixas informais de pessoas que foram vítimas ou presenciaram agressões baseadas na orientação sexual. Desse total, 76 são alunos e a maioria dos agressores também são estudantes. Um dos relatos, do relatório de 2008, é da discussão entre professores sobre baixar a nota de um aluno após a descoberta de sua homossexualidade. Há situações em que a violência vem de outro homossexual, o que pode ser uma estratégia para reprimir a própria orientação.

Para Vera Bergkamp, presidente da COC Netherlands – ONG que se diz a mais antiga entidade de defesa dos direitos dos homossexuais no mundo e que tem a juventude como um de seus principais focos de atenção –, a questão da homossexualidade deve ser incluída no conteúdo ensinado em aula. Ela defende, por exemplo, que os professores indiquem a orientação sexual de figuras históricas.

“A escola é um dos locais onde há maiores problemas. Se não lemos sobre alguém que foi gay, se isso não é comentado, é fácil achar que um problema em nós”, diz a activista. A Rede Ex Aequo aponta a mesma falha: evita-se a menção à homossexualidade de figuras históricas importantes, o que não contribui para uma visão mais positiva da opção tanto por quem a fez como por quem não a fez, diz o relatório de 2008 do Observatório da associação.

Outros países
Além de serem alvo de rejeição fora de casa de forma mais comum do que os adultos, os jovens tendem a ser mais sensíveis a esses ataques, na opinião de Saskia. Por isso, a alta taxa de aceitação pelos pais, identificada na pesquisa, convive com também altos níveis de depressão e pensamento suicida.

“Para os jovens os pais são importantes, mas os amigos são igualmente importantes. Na adolescência é muito importante o que os seus colegas pensam de nós”, diz a investigadora.

Em 2008, foi perguntado aos europeus se concordavam com a frase “os gays e as lésbicas devem ser livres para viver como quiserem”. Aproximadamente 5% dos holandeses afirmaram discordar; em Portugal – a meio da tabela – o índice foi de 15%; já na Rússia – o maior dos 21 países estudados – o índice foi de quase 50%.

“Os índices de suicídio entre jovens em geral é muito alto na Rússia. Eu suspeito que a juventude LGBT não seja excepção”, diz Polina Savtchenko, coordenadora de projectos do Coming Out e do The Russian LGBT Network. “Nas escolas, não há ajuda disponível para a juventude homossexual. Os psicólogos não estão preparados ou educados para lidar com a orientação sexual adequadamente”, afirma.

Um dos principais lobbies da organização, afirma Polina, é classificar como crime de ódio o ataque contra homossexuais. “Não há protecção contra a discriminação baseada na orientação sexual. Pode-se ser discriminado na escola, no trabalho.” Sem uma política central nesse sentido, o tratamento nas escolas depende da posição dos profissionais da educação em relação à homossexualidade e à homofobia, diz ela.

“Se é claro que nalgumas escolas a orientação curricular e a formação pessoal dos educadores ajudam a um ambiente amigável e acolhedor das diferenças, sejam elas quais forem, também é verdade que noutras escolas acontece o contrário”, diz Isabel Advirta, da ILGA-Portugal.”

http://amplosbo.wordpress.com/2010/09/01/instituto-holandes-alerta-para-aumento-de-suicidios-entre-jovens-gays-na-europa/
resumo do estudo em inglês
http://www.scp.nl/english/dsresource?objectid=25608&type=org

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Bullying homofóbico nas escolas portuguesas

Destaco de seguida um trabalho de investigação que requer a participação de todos. Peço que o divulguem junto dos vossos contactos:

O presente questionário faz parte de um trabalho de investigação financiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e está a ser realizado por uma equipa de investigadoras(es) coordenada pela Prof. Doutora Conceição Nogueira da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Qualquer informação que pretenda obter ser-lhe-á disponibilizada através do e-mail cidadanialesbicas@gmail.com

Este questionário pretende conhecer a frequência e características do bullying homofóbico nas escolas portuguesas.

Toda a informação que nos for prestada será sempre confidencial e mantida em anonimato, impossibilitando qualquer identificação de quem nele participar. Agradecemos a sua participação, contributo essencial para este estudo bem como a sua confiança em nos fornecer esta informação.

Pode aceder ao questionário através do link:
https://sites.google.com/site/cidadaniasexual/inqueritos-online

Pode obter mais informações a partir do site oficial do Projecto:
https://sites.google.com/site/cidadaniasexual/

Prémios Média 2010

A rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes promove no próximo dia 30 de Outubro a sexta edição dos seus Prémios Média, no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, às 15 horas. A entrada é gratuita.
rede ex aequo organiza este evento, para homenagear as figuras da comunicação social, artes e espectáculo em Portugal que, através do seu trabalho, dão visibilidade a algumas das muitas dificuldades sentidas pelos jovens LGBT. O seu contributo é fundamental para a desconstrução de estereótipos, infelizmente ainda associados à orientação sexual ou à identidade de género.

Neste contexto, a rede ex aequo, na sua 6ª edição dos Prémios Média tem a honra de distinguir, em ex aequo, as seguintes personalidades:

Ana Leal
Reportagem "Por Vergonha de Amar", emitida pela TVI

Andrea Cunha Freitas
Reportagem "À Espera do Corpo Verdadeiro" no jornal Público

Cláudia Sampaio, Marta Coelho, Lígia Dias, Paulo Manuel, Irina Gomes, José Pinto Carneiro, Catarina Dias, Cláudia Marques
Argumento da série VII dos “Morangos com açúcar”, transmitida pela TVI

Dezanove
Portal de notícias da temática LGBT em Portugal e no estrangeiro

Diana Piedade
Participação e apoio público no Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia

Pedro Lopes, Inês Gomes, Ana Morgado, Miguel M. Matias, Ricardo Oliveira, Rita Roberto e Simone Pereira
Argumento da serie “Lua Vermelha”, transmitida pela SIC

São José Almeida
Autoria do livro "Homossexuais no Estado Novo" e reportagem “O Estado Novo dizia que não havia homossexuais, mas perseguia-os” no Público

Página oficial do evento: http://www.rea.pt/premiosmedia
Página do Fórum: http://www.rea.pt/forum/index.php?topic=23997.0

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mudança de contador de visitas e as páginas mais lidas da semana

Retirei o contador de visitas que tinha sido instalado no mês de Julho (4 meses após o nascimento do moradas de deus) e substitui-o por outro que mostra as visitas desde o início do blogue. Quando o apaguei, este marcava 2067 visitas, o que quer dizer que nos últimos 3 meses tivemos mais visitantes do que nos primeiros 4 meses de vida do blogue. O contador continua ao fundo da página.

Outra novidade é a lista com as dez mensagens mais lidas na última semana. Podem vê-la também ao fundo, abaixo das Categorias.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Viver de cara descoberta

A homossexualidade tem de ser vivida de cara descoberta e com dignidade, não com o preconceito da sociedade que certos homossexuais interiorizam, nem com a má-consciência que a ideologia das várias religiões instila nas mulheres e homens que têm outra orientação sexual. Dignidade capaz de erguer a cabeça e de fitar o touro da multidão preconceituosa, enraivecida e censória na arena de todas as horas do quotidiano.

In O casamento sempre foi gay e nunca triste, de José António Almeida


ver ainda:
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http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/ser-bom-cristao.html
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Homofobia em Belgrado

A polícia diz que cerca de 6000 pessoas tentaram impedir marcha
REUTERS/Marko Djurika
Violência em Belgrado contra parada de orgulho gay

Manifestantes homofóbicos vandalizaram a capital sérvia e as sedes dos partidos da coligação governamental


Belgrado tornou-se ontem um campo de batalha, quando a tentativa de realizar uma marcha de orgulho gay foi contrariada por cerca de 6000 pessoas, segundo a polícia, entre eles militantes de extrema-direita, que recorreram à violência para tentar impedi-la. Estiveram na rua cerca de 5000 polícias do corpo de intervenção e 124 ficaram feridos. Os manifestantes anti-homossexuais voltaram-se para outros alvos, como as sedes dos partidos da coligação governamental, que vandalizaram.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Começou a caça" e "Morte aos homossexuais" e investiram contra os agentes que formavam um cordão de segurança para isolar a área onde decorria o desfile. Os seus esforços para furar o bloqueio policial levaram-nos a arremessar tijolos, pedras, garrafas e explosivos de fabrico doméstico. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo.

Sem conseguir chegar ao local onde se concentravam os participantes na marcha do orgulho gay, os manifestantes - que a polícia disse estarem ligados a claques de futebol e a organizações ultranacionalistas e neonazis - provocaram a destruição pela cidade. Os prejuízos foram estimados em mais de um milhão de euros.

Partiram os vidros das montras de lojas, destruíram sinais de trânsito e deitaram fogo a caixotes do lixo. Entraram no edifício da televisão estatal, pegaram fogo à sede do Partido Democrático do Presidente Boris Tadic e atacaram também a do seu parceiro de coligação, o partido Socialista.

"Foi um dia muito triste para a Sérvia", disse o ministro da Defesa, Dragan Sutanovac. Tadic prometeu que os pessoas responsáveis por esta violência serão julgadas: "A Sérvia garantirá os direitos humanos a todos os cidadãos, independentemente da sua diversidade. Ninguém tolerará tentativas de os pôr em causa", assegurou o Presidente.

O secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjoern Jaglan, que manifestou preocupação com estes violentos incidentes, saudou "a determinação das autoridades sérvias em defender os direitos protegidos pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem". "Grupos minoritários como os gays ou lésbicas não devem viver no medo da violência, nem na Sérvia nem em parte nenhuma da Europa."

Esta marcha pelo orgulho gay era considerada como um teste à autoridade do Governo sérvio, envolvido numa série de reformas destinadas a garantir a adesão do país à União Europeia. Em 2001, um evento semelhante acabou em violência, e a iniciativa não voltou a ser repetida. No ano passado, tentaram fazer de novo uma Gay Pride Parade- mas acabou por ser desmarcada, devido a ameaças de violência como a que aconteceu este ano. Ficaram feridos 17 manifestantes.

E, como se percebe, hoje a homossexualidade continua a não ser aceite - de forma violenta - na Sérvia. No sábado, centenas de pessoas tinham encenado um protesto contra a realização da marcha, alegando que a homossexualidade é contrária aos valores familiares e religiosos da Sérvia. A Igreja ortodoxa sérvia condenara a iniciativa gay, mas apelara a uma oposição pacífica e sem violência.

A polícia fez 101 detenções, adiantava a agência Reuters ao fim do dia, e um responsável do Ministério da Justiça garantiu que pelo menos metade dos detidos seriam acusados por comportamento violento e poderiam enfrentar penas até oito anos de prisão.
C.B. e R.S.
in Público online

domingo, 10 de outubro de 2010

Deus não quer o Homem só!

Vida partilhada

É melhor dois do que um só: tirarão melhor proveito do seu esforço. Se caírem, um ergue o seu companheiro. Mas ai do solitário que cai: não tem outro para o levantar! E se dormirem dois juntos, dormem quentes; mas se alguém está só, como se há-de aquecer? Se um só é oprimido, dois já conseguem resistir a isso; o cordel dobrado em três não se parte facilmente.

Eclesiastes 4, 9-12

Quanta atenção damos?

A segunda sondagem do blogue não foi muito participada. A natureza da questão era de âmbito mais pessoal e um desafio a uma "revisão de vida".

A pergunta era: Dou tempo, afecto e atenção a quem me pede alguma coisa se eu não @ conheço bem?

As respostas foram todas afirmativas, com pequenas variantes. A mais votada (com 40%) foi Procuro fazê-lo, mas nem sempre consigo.

Em ex-aequo, com 20 % cada, ficaram as respostas: Sim, sempre; Sim, quando tenho tempo e Sim, quando me apercebo.

Congratulo-me pelo empenho na atenção ao próximo que os eleitores revelaram.

4000 visualizações

Como todas as razões são boas para festejar, aqui vão alguns números actuais relativos ao blogue:
  • No passado dia 27 de Setembro, fez 6 meses que a primeira mensagem do blogue foi escrita.
  • O blogue ultrapassou as 4000 visualizações, 1086 no último mês
  • O mês com mais visualizações foi o de Julho, seguido pelo de Setembro
  • Ao longo destes seis meses foram escritas 168 mensagens e feitos 46 comentários
  • A mensagem mais lida continua a ser Cristiano Ronaldo a favor do casamento gay, seguida pela mensagem do nosso psicólogo de serviço Identidade sexual... o que é, e o que não é!
  • Das 10 palavras-chave utilizadas pelos leitores para chegar ao blogue, quatro são bastante próximas do nome moradas de deus, o que parece revelar que muitos já chegam pela associação do nome ao conteúdo
  • No "Top 10" das nacionalidades com mais leitores houve algumas alterações. Os primeiros três conservam as posições: Brasil (1º), Portugal (2º) e Estados Unidos da América (3º). Segue-se a Holanda (subiu de 6º para o 4º lugar), Alemanha (desceu de 4º para 5º), Canadá (desceu de 5º para 6º), Espanha (mantem a 7ª posição), Reino Unido (subiu de 9º para 8º), França (entrou para 9º) e Suíça (entrou para 10º)
  • O número de países donde nos chegam leitores continua a aumentar, em todos os Continentes. Não me é possível referir todos, mas aqui vai uma lista que procura ser representativa:
    Oceânia: Nova Zelândia
    África: Angola e Moçambique
    Ásia: Japão, Singapura e Taiwan
    América: além dos já referidos no Top 10, Argentina, Bolívia, México e Panamá
    Europa: além dos referidos no Top 10, Áustria, Eslovénia, Itália, Letónia, Polónia, Rússia, Turquia e Ucrânia

sábado, 9 de outubro de 2010

Luz sem ocaso


Uma semente de profunda caridade pode florir séculos mais tarde - e a luz dos ossos desfeitos dos grandes poetas consegue ainda alumiar as trevas.

In O casamento sempre foi gay e nunca triste, de José António Almeida
ver ainda:
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A Diversidade promove a Unidade

A Igreja e o Vaticano II: Um retrocesso (5ª e última parte)

conclusão do discurso de Kevin Dowling, bispo de Rustenburg (África do Sul)

A meu ver, deveríamos ter uma Igreja onde a liderança reconhecesse e incentivasse o acto de tomar decisões ao nível apropriado das Igrejas locais; onde a liderança local escutasse e discernisse em conjunto com o povo de Deus desse local o que “o Espírito diz à Igreja”, e então articulasse o resultado como um consenso da comunidade de fé, de oração e que isso servisse. Precisamos ter fé em Deus e confiança no povo de Deus para, como pode parecer a alguns (ou a muitos), correr um risco. A Igreja poderia enriquecer com o resultado de uma diversidade que integrasse verdadeiramente os valores socioculturais e a percepção de uma fé viva e em evolução, juntamente com o reconhecimento de como tal diversidade poderia promover unidade dentro da Igreja – sem exigir, portanto, uniformidade com vista a ser verdadeiramente autêntica.

A diversidade na vida e na prática, como uma expressão do princípio de subsidiariedade, tem sido retirada das igrejas locais em todo o mundo através da centralização da tomada de decisões pela parte do Vaticano. Além disso, a ortodoxia está cada vez mais identificada com as opiniões e os pontos de vista conservadores sobre o mundo, com a consideração de que tudo o que é rotulado de “liberal” tanto é suspeito como não ortodoxo e por isso, deve ser rejeitado como um perigo à fé do povo.

Há algum caminho que nos conduza em frente? Isto é uma luta minha, especialmente vendo a divisão aparente do propósito e da visão na Igreja. Como reconciliar tais visões ou modelos de Igreja tão diferentes? Eu não tenho resposta, apenas defendo que temos de encontrar uma atitude de respeito e reverência pela diferença e diversidade enquanto procuramos uma unidade viva na Igreja. Que as pessoas sejam autorizadas, e que lhes sejam dadas condições para encontrarem ou criarem o tipo de comunidade que expresse a sua fé e aspirações em relação às suas vidas cristãs e católicas, e ao compromisso da Igreja no mundo, (…) que haja um esforço para manter a tensão legítima e construtiva dentro das incertezas e ambiguidades que vierem, confiando na presença do Espírito Santo.

No cerne disto está a questão da consciência. Como católicos, temos de ser suficiente “sérios” para tomarmos decisões conscientes na nossa vida, no nosso testemunho, e nas nossas expressões de fé, espiritualidade, oração e interacção com o mundo – tendo uma consciência madura como base.

E, como convite para uma avaliação de consciência e decisões conscientes sobre as nossas vidas e participação no que é uma Igreja muito humana, concluo com a formulação ou o parecer dado por alguém como o teólogo Josef Ratzinger, actual Papa, quando era perito ou expert no Concílio Vaticano II:

Acima do Papa, como expressão da reivindicação vinculativa da autoridade eclesiástica, encontra-se a própria consciência, que deve ser obedecida até mesmo, se necessário, contra a exigência da autoridade eclesiástica. Esta ênfase sobre o indivíduo, cuja consciência confronta um tribunal supremo e final, e aquele que, em última instância, está além da reivindicação de grupos sociais externos, mesmo a Igreja oficial, também estabelece um princípio em oposição ao crescente totalitarismo.” [1]

[1] Joseph Ratzinger in “Comentário sobre o Documento do Vaticano II”, Vol. V., pág. 134 (Ed) H. Vorgrimler, Nova Iorque, Herder and Herder, 1967).

Bispo Kevin Dowling C.Ss.R.
Cidade do Cabo, 1 de Junho de 2010

ver parte 1
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/o-vaticano-ii-em-aguas-de-bacalhau.html
ver parte 2
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/igreja-deveria-partir-do-principio-que.html
ver parte 3
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/seguir-os-principios-da-doutrina-social.html
ver parte 4
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/colegialidade-nas-decisoes-e.html
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=34406

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.

As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.

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