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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A essência do Voluntariado

Coração de voluntário

"O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá" (Madre Teresa de Calcutá)

Tenho para mim que, neste mundo, não há nenhum coração mais poderoso do que o coração de um voluntário. É que, nesse coração, o dom do amor e o da alegria que dele deriva são constantemente multiplicados pelo Autor da Vida, cujo Filho Unigénito fez, um dia, perante milhares de homens e mulheres famintos, o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.

O coração do voluntário fez uma opção clara: decidiu renunciar ao comodismo, ao conformismo, ao egoísmo. Decidiu abrir-se para ouvir (e sentir!) a voz dos que não costumam ser ouvidos. E, depois de tomada essa decisão essencial, esse coração não mais volta a ser o mesmo, porque se humanizou. Não mais consegue ficar indiferente às carências e aflições dos outros. Porque esses "outros" passam a fazer parte de si mesmo. E, então, dá-se um fenómeno extraordinário: ao expandir-se para abrigar os outros, o coração do voluntário começa a assemelhar-se ao de Cristo, que como sabemos, é "manso, humilde" e misericordioso.

Para o voluntário - qualquer que seja o país em que se encontre - há sempre situações "de crise" em que procura colaborar para melhorar a qualidade de vida de quem mais precisa. Hoje em dia, sabendo que o nosso país e grande parte do mundo estão mergulhados numa crise de que tantos falam e poucos entendem, verificamos que tem havido uma resposta muito positiva da parte de muitos para minorar as carências dos mais pobres, veja-se, por exemplo, o caso do Banco Alimentar Contra a Fome. É muito bom que todos os cidadãos partilhem um pouco do que têm, para que muitas instituições possam levar o pão de cada dia a quem não o tem nem pode ganhá-lo com o seu trabalho. No entanto, para o voluntário, todo o tempo é tempo de ajudar quem conta consigo, por isso, não fica à espera das campanhas de solidariedade (sem dúvida, importantes), para cumprir a missão que abraçou. Tornou-se um combatente de alma e coração. E o seu combate é contra a exclusão, a indiferença, a dor, o desespero

E o que espera aquele que conta com o coração de um voluntário? Muitas vezes, espera apenas ser ouvido; outras vezes, espera cuidados básicos de higiene; outras ainda espera a mão amiga que lhe estende a colher da sopa, porque já não consegue alimentar-se sozinho. Mas há também quem espera ouvir uma palavra de conforto - arma eficaz no combate à solidão e à angústia de quem viu a esperança desmoronar-se como um baralho de cartas.

Quanto ao voluntário, esse também espera algo: espera o milagre de fazer nascer um sorriso no rosto do idoso, do órfão, do recluso, do doente, da pessoa portadora de deficiência, do sem-abrigo que conta consigo. Espera e, geralmente, alcança este objectivo, o que o deixa imediatamente feliz. É que, como lemos na famosa Oração de S. Francisco de Assis, "é dando que se recebe". Assim, na vida de um voluntário, o acto de receber e o de dar são um e um só. Porque se fundem. Porque um não existe sem o outro.
Tenho o privilégio de fazer serviço de voluntariado numa casa de saúde que acolhe e cuida de pessoas portadoras de doença mental e deficiência profunda. Como qualquer outro voluntário, cedo descobri que recebo incomparavelmente mais do que aquilo que dou, porque os tais "sorrisos" que vou ajudando a nascer alimentam a minha alma de uma alegria muito especial que, de outro modo, não conheceria. Uma alegria que eu acredito vir directamente de Cristo, que nos ensinou que tudo o que fizermos por amor, a Ele o faremos. Por isso, o tal sorriso encantador (seja de alívio, conforto, de esperança ou de ternura) que ajudou a nascer está exactamente à altura do seu coração de voluntário. Qualquer outro prémio lhe seria inferior.

O mais importante não é, de facto, o que se dá, mas o amor que acompanha o gesto e que lhe deu origem. Ora todo o gesto de um voluntário nasce… no Coração de Deus! E para Ele regressa, tendo dado frutos.

Neste Ano Europeu do Voluntariado, que muitos sintam a coragem de saírem de si mesmos e avancem prontos a dar - e a receber! Será preciso um esforço, sem dúvida. Há horários a ajustar, aprendizagens (às vezes um pouco difíceis) a fazer. Compromissos a assumir… O que posso, desde já, dizer é que esse esforço vai, certamente, valer a pena!

Mª Teresa Maia Gonzalez, Escritora

Órgão na Invicta

O Ano do Órgão de Tubos na Cidade do Porto


O Secretariado de Liturgia da diocese de Porto realiza entre 17 de 22 de janeiro o ciclo de música “O Ano do Órgão de Tubos na Cidade do Porto”.

A iniciativa começa esta segunda-feira na igreja do Mosteiro de São Bento da Vitória, às 12h00, com um concerto de Filipe Veríssimo, enquanto que pelas 21h30 o organista Simon Preston atua na Sé.

Na terça-feira, dia 18, o programa apresenta Jürgen Geiger na igreja de Nossa Senhora da Conceição (12h00) e Bernhard Buttmann na igreja de Cedofeita (21h30).

O dia 19 abre às 12h00 com Roberto Bonetto, na igreja de Sao Lourenço (Grilos) e termina com Olivier Latry, às 21h30, na igreja da Lapa.

Para o quarto dia do festival, o Secretariado Diocesano de Liturgia convidou Winfried Bönig (12h00, igreja da Cedofeita) e Hansjörg Albrecht (21h30, Sé).

A 21 de janeiro, sexta-feira, Martin Baker toca às 12h00 na igreja de Nossa Senhora da Conceição, enquanto que às 21h30 se executa, na igreja da Lapa, o programa intitulado “A Revolta dos Órgãos”, com Jean Guillou, Hansjörg Albrecht, Martin Baker, Roberto Bonetto, Winfried Bönig, Bernhard Buttmann, Jürgen Geiger, Roman Perucki, Filipe Veríssimo, Hélène Colombotti (percussão) e Johannes Skudlik (órgão e direção).

O último dia do festival, sábado, conta com a presença de Roman Perucki no Mosteiro de Moreira da Maia, às 12h00, e novamente o programa “A Revolta dos Órgãos”, na igreja da Lapa, às 21h30.

A entrada nos concertos é gratuita, excetuando os de 21 e 22 de janeiro na igreja da Lapa, com a entrada fixada em 10 € (bilhetes disponíveis no Coro da Sé, Terreiro D. Afonso Henriques, das 14h00 às 18h00).

Por Rui Martins in © SNPC, a 15 de Janeiro de 2011
http://www.snpcultura.org/breves_o_ano_orgao_tubos_cidade_porto.html

Batata ou cebola? Viagem ao centro da alma e a atenção ao silêncio


A atenção

Comecemos talvez de um modo desajeitado, perguntando: o nosso mundo interior é uma cebola ou uma batata? A pergunta faz-nos sorrir, é um bocado cómica, mas, se quisermos, acaba por colocar-nos perante a nossa realidade de uma forma bastante profunda. A pergunta pode ser feita numa cozinha, por uma criança que está a descobrir o mundo, pode ser proferida por filósofos nos seus tratados ou pode ser formulada por um mestre espiritual.

O nosso mundo interior é uma cebola ou uma batata? Nietzsche, por exemplo, dizia que «tudo é interpretação», isto é, não há um núcleo de Ser a sustentar a nossa experiência de vida, tudo são cascas de cebola, modos de ver, perspetivas, interpretações. Para lá disso não há mais nada. Uma visão espiritual do mundo, por outro lado, está certamente do lado da batata, pois considera que mesmo escondida por uma crosta ou por um véu persiste uma realidade que é substanciosa e vital.

A verdade é que mesmo sabendo que a vida é uma batata, nós vivêmo-la muitas vezes como se fosse uma cebola. Vivemos de opiniões, de verdades parciais e provisórias, de paixões, vivemos aparências e modas como se a vida fosse isso. Esgotamo-nos a desfilar cascas e camadas, sem um centro que nos dê realmente acesso ao pleno sentido. Há uma escritora contemporânea, Susan Sontag, que diz que a nossa existência como que fica sequestrada neste sem fim de interpretações que nos distraem da viagem essencial. Não habitamos em nós próprios, levados por ideias, pontos de vistas, cascas e mais cascas. Segundo ela, o mais urgente seria apurar e aprofundar os nossos sentidos, aprendendo a ver melhor, a sentir melhor, a escutar melhor.

Na vida espiritual também é isso o mais importante. Simone Weil escrevia que ela é fundamentalmente feita de atenção: «é a orientação para Deus de toda a atenção de que a alma é capaz». Da qualidade da atenção depende em muito a qualidade da vida espiritual.

Possamos dizer a verdade do poema de Sophia de Mello Breyner Andresen:

«Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes
Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio

Os sentidos espirituais abrem-se e maturam no silêncio. Se mergulhamos neles, tornam-se trilhos para o nosso caminho. É esse o conselho que os mestres unanimemente fazem para passarmos da cebola à substanciosa e vital batata. O conselho de Arsénio, um dos Padres do Deserto (eremitas cristãs que fundaram a espiritualidade monacal) soava assim - «Foge. Cala-te. Permanece no recolhimento». Poemen garantia - «Se fores realmente silencioso, em qualquer lugar onde estiveres encontrarás repouso». João Clímaco, na primeira metade do século VII, escreveu: «o amigo do silêncio aproxima-se de Deus, e encontrando-se com Ele em segredo, recebe a sua luz». Isaac de Nínive prescrevia aos que o procuravam: «Ama o silêncio acima de todas as coisas; ele concede-te um fruto que à língua é impossível descrever… Dentro do nosso silêncio nasce alguma coisa que nos atrai ao silêncio. Que Deus te conceda perceber aquilo que nasce do teu silêncio

José Tolentino Mendonça

In Diário de Notícias - Madeira, a 16 de Janeiro de 2011
publicado por SNPC

A transexualidade vista por uma mãe

Carta de uma mãe de um homem transexual dirigida a outros pais

Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2010

Para os pais como eu…

O cérebro dos homens não é igual ao das mulheres.
Um Transexual é um ser que nasce com um cérebro de um sexo no corpo de outro sexo. Como não podemos modificar o cérebro, modifica-se o corpo.
(Dr. João Décio Ferreira – Cirurgião plástico)

O caminho é longo e doloroso. Os pais dos transexuais sofrem, zangam-se, têm dúvidas, sentem responsabilidade no que aconteceu e a maior parte das vezes nem sabem bem do que se trata.

Depois de perder um bébé com 3 anos de uma forma súbita e trágica, o mundo desabou. Ao fim de cinco anos fiquei grávida e sempre pensei que seria um rapaz.

Quando nasceu uma menina a alegria foi a mesma, a infância foi normal, a adolescência é que não. Hoje, olhando para trás, vejo os pequenos sinais de alarme que foram crescendo ao longo do tempo até ir a uma psicóloga, aos 19 anos, que me telefona a dizer do risco de suicídio.

E quando em conversa me diz que finalmente sabe que é um transexual, fiquei desorientada a perguntar:
- Mas o que é isso?

Fui ver documentários, ouvi palestras dos canais estrangeiros que me falavam em prostitut@s, vida nocturna e descriminação social e eu sabia que não era nada disso.

Então dirigimo-nos, o meu marido e eu, a um psiquiatra e falámos longamente com ele. Foi aí que percebi que não valia a pena lutar, mas sim apoiar, aceitar, ajudar.

A alma mais que os olhos chora de tristeza, de angústia, de aflição. E agora? A minha linda filha vai ser escortejada, amputada? E se não corre bem? Como vai a sociedade aceitar isto? E a família, o que vai dizer?

O caminho é duro, é longo, é difícil, mas se os pais apoiarem e aceitarem, lá chegaremos.
Primeiro veremos a mudança da parte exterior, a seguir as operações, mais tarde a luta pela mudança de nome, a busca de empregos que lhes são negados só porque são diferentes. Graças a Deus têm um médico extraordinário que os trata como família, que se preocupa, que os opera, que os ajuda. À medida que vão avançando no processo, mostram-se mais felizes, mais confiantes, com vontade de viver.

E nós pais? Vamos pô-los de parte como fazem os outros? Vamos obrigá-los a ser o que não são? Vamos chantageá-los com dinheiro, ameaças, etc.

Finalmente temos que pensar que se nós sofremos, eles sofrem o dobro. Sofrem mais que os homossexuais e as lésbicas que não têm que se sujeitar a operações difíceis e dolorosas, nem têm que mostrar o B.I. de mulher quando fisicamente são homens e vice-versa; que não têm que se sujeitar a um exame desumano no Instituto de Medicina Legal, que não têm que ir ao Tribunal e em frente de um Juiz justificar o pedido de mudança de nome e de sexo legal.

E isto dura anos e anos.

Eu perdi uma filha triste, fechada e revoltada, mas ganhei um filho feliz, forte e com garra de viver.
Deveríamos fundar uma associação de pais de transexuais?

Talvez ajudasse falarmos uns com os outros, mas de uma coisa tenho a certeza; é nossa obrigação de pais, pelo amor que lhes temos de os ajudar até a exaustão, de compreender mesmo não compreendendo bem e sobretudo de os amar e apoiar incondicionalmente.

De uma mãe (69 anos)

Publicado por blog-grit
http://grit-ilga.blogspot.com/2010/01/carta-de-uma-mae-de-um-homem-transexual.html

Sobre o GRID (Grupo de Reflexão e Intervenção sobre Transsexualidade)
http://grit-ilga.blogspot.com/2007/09/apresentao.html

Crimes transfóbicos na América Central

"Transcausto" nas Honduras

Sensivelmente no espaço de um mês foram seis as mulheres trans assassinadas neste pequeno país da América Central.

Desde o golpe de estado de 28 de Junho de 2009 já somam 34 as mortes na comunidade LGBTTI, sendo que a maior parte delas pertencem à comunidade trans.

Em Dezembro, Lorenza Hernández, jovem mulher transexual de 23 anos, é violada, apedrejada mortalmente e o seu corpo queimado por elementos de um gangue. No mesmo mês, Cheo, mulher trans trabalhadora sexual, é encontrada morta por esfaqueamento. Também em Dezembro, Lady Oscar Martínez Salgado, mulher transgénero de 45 anos é esfaqueada mortalmente inúmeras vezes em sua casa e o seu corpo queimado, supostamente por dois desconhecidos.

Já este mês, Cheo, jovem mulher transgénero é esfaqueada mortalmente numa rua de Tegucigalpa, Génesis, mulher trans entre 23 e 27 anos, é estrangulada por desconhecidos. E uma jovem mulher transexual não identificada é assassinada com múltiplos tiros.

A ministra da Justiça e Direitos Humanos, Ana Pineda, condenou estes crimes de ódio contra a comunidade LGBTTI hondurenha.

Os principais dirigentes da comunidade LGBTTI exigiram ao governo o esclarecimento destes crimes.

Por sua vez, a embaixada dos EUA nas Honduras mostrou-se preocupada com estes seis crimes contra a comunidade transexual/transgénero, recordando que as leis hondurenhas garantem protecção a todos os seus cidadãos, independentemente da sua orientação sexual, pedindo às forças policiais hondurenhas para investigarem vigorosamente estes crimes, levar os culpados à justiça e que tomem todas as medidas necessárias para garantirem a protecção desta comunidade.
 
In PortugalGay.pt
http://portugalgay.pt/news/Y210111A/honduras:_transcausto_nas_honduras

Ser homossexual é uma bênção, disse Ricky Martin

Com um voto sincero que um dia tod@s @s leitores/leitoras homossexuais deste blogue possam dar graças a Deus por serem quem são e como são:

Ricky Martin, numa entrevista, afirmou que não foi fácil dizer ao mundo a sua orientação sexual, quando o faziam crer que ser homossexual era pior que ser o diabo. O porto-riquenho (...) hoje afirma que ser homossexual não é uma maldição como lhe fizeram querer em tempos, é a maior bênção que teve na vida.

In PortugalGay.pt
http://portugalgay.pt/news/200111A/musica:_ricky_martin_acha_injusta_a_lei_do_casamento

Saber mais sobre o Sahara Ocidental

Já foi referido neste blogue o drama do povo Saharaui. Há um novo blog da AAPSO, um espaço de informação e divulgação da luta do Povo saharaui pela autodeterminação e o direito à realização de um Referendo livre, justo e regular.

Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental
http://aapsocidental.blogspot.com/

Encontrar a Trindade é escapar da solidão

ícone de Rublev
Conversando com Françoise Dolto


«Há cem anos nascia Françoise Dolto (1908 – 1988). A psicanalista tinha, além do apartamento parisiense, onde viveu e morreu, uma casa de férias em Antibes, a que chamou “La Soledad”. Podemos imaginar a razão desse nome dado a um espaço conquistado às rotinas e fadigas, abrigo de intimidade, criação e silêncio. Um dos seus últimos livros leva também esse nome. É um volume que recolhe dispersos e uma longa conversa acerca do lugar da solidão (e, logo, sobre o desejo de comunhão), e seus efeitos sobre construção inacabada e frágil da vida.

Aí, conversando sobre a solidão, Françoise Dolto irrompe, inesperadamente, a falar da Trindade. E modo como o faz, não a partir das categorias catequéticas tradicionais, mas com a linguagem que ela sempre usou para avaliar e cuidar da vida interior, pode ser muito iluminante. Na tradição cristã, há a consciência que o discurso sobre a Trindade nos obriga a trocar as palavras por balbucios. [...]

Ela escreve: “Acho maravilhoso encontrar em Deus a Trindade, essa relação de amor a três. É algo que encontramos justamente no desejo de viver de cada um de nós. Assumimos aí o nosso papel no interior de uma situação triangular: pai, mãe, filho. […] O facto de remontar à Trindade, ou seja, aos três desejos divinos circulantes, é extraordinário, pois foi assim que fomos concebidos”.

[...] [Em t]odos os “segundos nascimentos”, sempre que a vida nos impele a um recomeço, seja a partir de feridas e perdas, seja a partir de encontros e esperanças, o “esquema trinitário” é-nos imprescindível. “A nossa solidão só pode ser curada quando expressa criativamente e quando ajudada por alguma outra pessoa, que cria assim uma situação triangular. Somos dois, conversamos: o terceiro é a palavra. A palavra, que vem sempre de outro, prova que somos três”.»

José Tolentino Mendonça

In O hipopótamo de Deus e outros textos (2.ª ed.), Assírio & Alvim
http://www.snpcultura.org/vol_o_regresso_de_o_hipopotamo_de_Deus.html

Já podemos encontrar "o evangelho segundo os Simpson" nas livrarias

"O hipopótamo de Deus" voltou às livrarias


A Assírio & Alvim lançou recentemente a 2.ª edição, revista e ampliada, de “O hipopótamo de Deus e outros textos”, do director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre e poeta, José Tolentino Mendonça.

O volume apresenta cinco textos novos em relação à primeira edição: “Avança devagar”, “Para que serve a Economia?”, “O evangelho segundo ‘os Simpson’”, “De que falamos quando falamos de santidade” e “O turista e o peregrino”.

In SNPC
http://www.snpcultura.org/vol_o_regresso_de_o_hipopotamo_de_Deus.html

400 anos de história da arquitectura religiosa da Índia católica... e não só

Museu do Oriente propõe curso sobre arquitectura, religião e política na Índia católica


O Museu do Oriente, em Lisboa, inicia a 22 de janeiro o curso “Arquitetura, religião e política na Índia Católica (1500-1900).

As sessões, orientadas por Paulo Varela Gomes, realizam-se a 22 e 29 de janeiro, 12, 19 e 26 de fevereiro, e ainda 5 de março, entre as 10h00 e as 19h00.

«Entre igrejas, conventos e casas paroquiais, a arquitetura erguida em solo indiano pelos católicos europeus e, depois, pelos próprios católicos indianos, apresenta grande variedade de soluções dependendo da ordem religiosa ou do género de paróquia que encomendou cada obra, da região onde foi erguida e das circunstâncias políticas e sociais que rodearam o projeto e a construção.

À variedade que caracteriza a arquitetura religiosa, da qual sobressaem os focos de Goa e de Querala, soma-se a extraordinária inventividade da arquitetura doméstica católica, sobretudo em Goa a partir do final do século XVIII.

Este curso propõe-se apresentar um panorama abreviado da evolução da arquitetura dos católicos indianos entre o século XVI e o século XX e discutir algumas das muitas questões arquitetónicas, políticas e sociais que essa arquitetura levanta. Tem importância crucial nestas questões o confronto entre o Padroado Português do Oriente e a agência papal da Propaganda Fide.»

A inscrição para cada um dos 50 participantes (número mínimo) custa 75 €.

Programa

1. A conversão e as primeiras igrejas e outros edifícios religiosos em Cochim, em Goa, na Província do Norte: 1500-1550. A grande arquitetura religiosa: igrejas e conventos de Velha Goa e Baçaim, 1550-1630.

2. A arquitetura jesuíta na Índia católica: Goa, a Província do Norte, Querala.

3. A viragem de 1650 na arquitetura religiosa de Velha Goa e as suas consequências.

4. A decadência da velha cidade e o aparecimento de uma arquitetura religiosa especificamente goesa no início do século XVIII. A questão do Padroado e da Propaganda Fide no quadro da mudança do quadro politico e territorial no Decão. O fim da Província do Norte.

5. Arquitetura católica na Índia nos séculos XIX e XX: entre o Padroado e a Propaganda, entre a tradição e a renovação.

6. As casas católicas rurais e urbanas em Goa e na antiga Província do Norte no século XIX: questões arquitetónicas e sociais.

Para saber mais:
http://www.museudooriente.pt/1145/arquitectura--religiao-e-politica-na-india-catolica-1500-1900.htm

A história de um santo, no teatro de São Luiz

A Paixão de São Julião Hospitaleiro


Em 1877 foram publicados os "Três Contos", de Flaubert, que integram "A Lenda de São Julião o Hospitaleiro". Trata-se de obras de grande maturidade, o que não será com certeza estranho a algumas das características mais importantes de "A Lenda..." - a sua grande concisão, a brevidade, a velocidade narrativa e a grande intensidade, intensidade poética, emocional e, potencialmente, dramática. Para além de fontes escritas, um motivo expresso de inspiração terá sido um vitral da catedral de Rouen, que descreve a vida do santo. Este detalhe é importante do ponto de vista da interpretação, como é sugerido, aliás, no próprio texto ("E eis a história de São Julião o Hospitaleiro, tal como, mais ou menos, se encontra num vitral de igreja, na minha região").

Em 1912, na Bretanha, Amadeo de Sousa-Cardoso copiou a pincel o texto de Flaubert e acompanhou essa cópia de ilustrações. O resultado foi um sumptuoso livro, cuja edição fac-similada foi publicada pela Fundação Gulbenkian. Foi este livro que esteve na origem imediata do espetáculo concebido e encenado por António Pires.

A adaptação dramatúrgica do conto de Flaubert, feita por António Pires e por Maria João Cruz, segue a estrutura tripartida do texto original, com que se faz a narração da vida de Julião: o seu nascimento num ambiente de paz e de riqueza, a sua aprendizagem da escrita e das artes e, principalmente, da caça. É a partir desta especial relação com os animais que se revela o carácter desequilibrado do jovem invulgarmente dotado e que o vai levar ao assassínio dos pais. Na terceira e última parte da história, Julião renuncia ao mundo e conquista a santidade com uma voluntária atitude de autossacrifício.


Na comparação com a obra de Flaubert, o espetáculo perde alguma da miraculosa celeridade daquela. A adaptação introduz registos dialogais, comentários e reflexões que estão ausentes da obra original. Algumas destas alterações poderiam ter sido evitadas, mas são feitas com cuidado e legitimidade. Os figurinos não são particularmente felizes, no seu carácter entre o fantástico e o alusivo (ao texto de Flaubert?, aos desenhos de Amadeo de Sousa-Cardoso?), mas o cenário de João Mendes Ribeiro é totalmente eficaz na sua simplicidade, assim como os excelentes vídeos de João Botelho, falsamente mas eficazmente naturalistas. A música de Paulo Abelho e João Eleutério é eficaz, salvo quando articulada com palavras canta­das, com acidentes prosódicos infelizes. A coreografia e os bailarinos são equilibrados.


Uma das maiores virtudes do espetáculo reside, contudo, para além da ideia original, no excelente trabalho de actores, com destaque para Graciano Dias, Marcello Urgeghe - Julião e Pai, respetivamente - e, muito especialmente, Maria Rueff, que aqui mostra, uma vez mais, que o teatro dito 'sério' é o seu elemento natural; a sua belíssima voz, a sua praticamente impecável dicção e elocução, a sua sóbria presença são um trunfo maior desta realização. É um espetáculo bem sucedido, um caso de simbiose entre o corpo, a palavra, a música, o movimento e a imagem visual. Ou entre arte e moral.


"A paixão de São Julião Hospitaleiro" está em cena no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, até 23 de Janeiro.

Por João Carneiro, In Atual (Expresso), a 15 de Janeiro de 2011
 
publicado por SNPC a 16 de Janeiro de 2011
http://www.snpcultura.org/vol_a_paixao_de_sao_juliao_hospitaleiro.html
 
Ler mais em São Luiz
http://www.teatrosaoluiz.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=213
 
Ler a Lenda de São Julião Hospitaleiro e ver as ilustrações de Amadeo de Sousa-Cardoso
http://www.snpcultura.org/tvb_a_lenda_s_juliao_hospitaleiro.html

Coisas estranhas na capela: uma crítica de teatro

"Barioná" ou Sartre na capela


A peça “Barioná” é um dos assuntos mencionados na mais recente edição do Jornal de Letras pelo colunista Jorge Listopad.

«Há coisas estranhas que se passam em Lisboa. Uma peça do jovem Sartre – talvez o seu primeiro esboço dramático, em todo o caso, interessante, mas também irregular, então escrito no campo de concentração, para consolação de Natal dos outros prisioneiros, foi produzido, de seu nome Barioná; os corajosos que meteram mãos à obra, pertencem ao Grupo Teatro do Ourives, que é emanação da Associação Católica com fins sociais, Vale de Acor.

Há coisas estranhas. Onde? Na capela, como que clandestina, de Porto de Covo, na Lapa. A forma do primitivo Auto, acompanhado de luz e toda a atmosfera medieval e onde a Igreja desenha o seu próprio cenário. Durante os dias de Natal a empresa funcionou e superou-se. Também devido a dois os três atores com passado e futuro, e de outros, dos quais alguma inexperiência, nas mãos do encenador Júlio Martín da Fonseca, agiu como verdadeira delícia de autenticidade.

Natalício, só? Proposta actual, com certeza sem a vontade do autor.

Atenção: parece que Barioná do religiosos ateísta vai viajar pelo país

Jorge Listopad
In Jornal de Letras, 12 de Janeiro de 2011
In SNPC a 17 de Janeiro de 2011
http://www.snpcultura.org/vol_bariona_ou_sartre_na_capela.html

sábado, 22 de janeiro de 2011

Música sacra com Rão Kyao

Flauta de Rão Kyao interpreta liturgia católica


Rão Kyao associou-se aos 75 anos do Seminário de São Paulo de Almada (inaugurado em Outubro de 1935) e lançou o CD “Sopro de Vida – Ao ritmo da Liturgia”.


As 25 faixas são interpretados pela flauta de Rão Kyao, acompanhado ao órgão por Renato Silva Júnior.

No libreto que acompanha o CD, Rão Kyao explica a origem e os objetivos do projeto:

«Este CD é a concretização de um sonho: “Cantar”, numa gravação com a flauta, uma série de cânticos religiosos de grande profundidade melódica. O meu amigo Padre Rodrigo sugeriu-me para isso duas diretrizes:
Primeiro: coligir os temas escolhidos de acordo com a progressão do Ano Litúrgico: Advento, Natal, Epifania, Quaresma, Semana Santa, Paixão, Páscoa (Ressurreição, Ascensão e Pentecostes)... e, numa segunda parte, ordenar temas ao ritmo da celebração eucarística, com música para a entrada, aclamação da Palavra, ofertório, comunhão, ação de graças, cântico a Nossa Senhora e, no fim, um tema original, a parábola.

A segunda sugestão foi a de tocar temas exclusivamente de autores portugueses de várias épocas, para mais dar a conhecer a grande qualidade dos nossos compositores litúrgicos.


O ouvinte, se assim o desejar, tem ao seu alcance, no libreto, parte das letras dos respetivos temas para poder interiorizar melhor o ambiente e mensagem espirituais de cada um deles. (...).»

O CD, que conta com a produção musical de Rão Kyao e a produção executiva do padre José Rodrigo Mendes, foi gravado em novembro de 2010 na capela do Seminário de Almada.

Faixas do CD

I - Tempos litúrgicos: “Ó Adonai”; “Alegrem-se os céus e a terra” (popular); “Cantem, cantem os anjos (música de Manuel Faria); “Cristãos, alegria” (popular); “Eterno Pai”; “O Senhor salvou-me” (música de Carlos Silva); “Jesus tomou consigo” (música de Carlos Silva); “Dou-vos um mandamento novo (música de José Martins); “Toda a nossa Glória” (música de Manuel Luís); “Bendita e louvada seja a Paixão (popular); “Aleluia... Sou a Vida e a Verdade”; “O Senhor ressuscitou verdadeiramente” (música de António Cartageno); “Ressuscitou, Aleluia” (música de António Cartageno); “O Bom Pastor” (popular); “Aclamai Jesus Cristo (música de Fernando Silva); “Veneremos, adoremos” (Gregoriano)

II - Eucaristia: “Eu vi a Cidade Santa” (música de Ferreira dos Santos); “Aleluia Sou a Vida e a Verdade”; “Ó Deus de amor” (popular); “Pobres e fracos que somos (música de António Cartageno); “Fonte de água viva (música de António Aparício e António Cartageno); “Deus enviou ao mundo” (música de Manuel Luís); “Nem os olhos viram” (música de Carlos Silva); “Nesta hora sem igual” (música de Manuel Faria); "A parábola" (inspirado na parábola do Filho Pródigo).

In SNPC (no link abaixo pode-se escutar uma das faixas)
http://www.snpcultura.org/vol_flauta_rao_kyao_interpreta_musica_liturgica_catolica.html

Voluntariado uma hora por semana à hora de almoço

Encaminho um pedido de apoio: ajudar uma jovem à hora do almoço. Vai uma mãozinha?

A Associação Salvador vem por este meio solicitar o apoio de um(a) voluntári@ para prestar apoio a uma jovem de 21 anos, que se desloca em cadeira de rodas, e estuda no 1º ano de Gestão de Recursos Humanos, no ISCTE (Av. Das Forças Armadas), em Lisboa.


A jovem tem descoordenação motora ao nível dos membros superiores, necessitando de apoio no período de almoço (entre as 11h e as 12h), às segundas-feiras. Os restantes dias já estão garantidos por outros voluntários. Como o ensino superior não é obrigatório, o Estado não garante qualquer apoio a esta pessoa.

Se tiver disponibilidade entre as 11h00 e as 12h00 às segundas feiras, e residir na zona de Entre Campos, em Lisboa, ou tiver facilidade em deslocar-se para aquela zona, envie-nos por favor um e-mail para patrician@associacaosalvador.com

O voluntariado seria todas as segundas-feiras, de 31 de Janeiro até 27 de Maio (com excepção do período de férias da Páscoa).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Adopção homoparental

No Brasil a questão do casamento entre pessoas homossexuais está na ordem do dia. Aqui vai uma adaptação de uma partilha de um blogger:

Casamento e adopção

O site da agência Zenit publicou uma entrevista com Ingrid Tapia, advogada, especialista em direito constitucional e direitos humanos, professora decana de direito romano no Instituto Tecnológico Autónomo do México. O assunto: casamento de pessoas do mesmo sexo e adoção de crianças pelos mesmos casais.

Achei (...) o tom das declarações (...) suave embora, nalguns pontos, sarcástico. Ingrid parece até defender os homossexuais, reconhecendo o mal da discriminação, mas não deixa de sustentar alguns argumentos errados. Por exemplo: Todas as pessoas de um país devem ser reconhecidas pelo Estado, todos nós devemos fazer um esforço por incluir e não discriminar as pessoas por sua preferência sexual ou crença religiosa. Estar comprometidos com a não-discriminação não significa que as leis das maiorias devam ser criadas segundo o capricho das minorias.

Pergunto: por que é que, de repente, os direitos passam a ser considerados "caprichos"? Qual é fundamento para isso? Só porque são manifestados pela minoria?

Outro exemplo:
"O que dizer em relação às adopções por parte de homossexuais?
Isso é o cúmulo. Em França, Inglaterra e em 46 estados da União Americana, a adopção homoparental é proibida. O que a corte fez é um ultraje; as crianças são concebidas como objectos de satisfação, e não como sujeitos." (...)

Pergunto: qual é o fundamento para afirmar tal coisa? Os casais heterossexuais procuram ter filhos e sentem uma grande satisfação quando isso acontece. Mas a satisfação (ou a felicidade) de ser pai ou mãe não impede que eles reconheçam os filhos como "sujeitos". Por outro lado, há muito mais exemplos de abandono ou agressão em relação às crianças nas famílias basadas no casamento heterossexual (os pais imaturos entediados com o brinquedo chamado filho) e não somente pelo facto de serem estes casais uma evidente maioria. De facto, um casal homossexual que precisa enfrentar inúmeros obstáculos até conseguir realizar o seu desejo de ter filho(s), dá muito valor à presença de uma criança em sua casa. Não quero dizer que isso seja algo fácil ou que sempre dá certo. Mas, sem dúvida, há aqui muito amor (...)

Noutro momento da entrevista, Ingrid Tapia diz: A criança em adopção seria destinatária de desprezo devido às decisões de seus pais. Por outras palavras: há muita homofobia na nossa sociedade. O que, então, está certo? Reconhecer o preconceito como algo normal e, por isso, evitar (ou impedir) a adopção dos filhos pelos casais homossexuais? Ou investir numa educação da mesma sociedade, libertando-a da homofobia? O primeiro parece mais fácil. Mas o que está mais correto? Enfim, a polémica continua e não tem previsão de um final feliz próximo...
In Retorno (G - A - Y)
http://teleny-retorno.blogspot.com/2011/01/casamento-e-adocao.html

A entrevista de Ingrid Tapia na íntegra
http://www.zenit.org/article-27015?l=portuguese

Mais um apedrejamento a dois homossexuais no Irão. Eu também sou iraniano!

Adaptação de mensagem publicada no blogue Direitos fundamentais LGBT

A explícita condenação de apedrejamento de homossexuais no Irão e as nossas próprias pedras de cada dia


Ontem foi publicado no Jornal O Globo a notícia que na próxima sexta-feira, dia 21, Ayub, de 20 anos, e Mosleh, de 21, que vivem na cidade de Piranshahr, serão executados em decorrência de uma sentença da Justiça do Irão que os condenou à morte por apedrejamento, acusados de homossexualidade.


Isso mesmo, dois gays serão barbaramente apedrejados até à morte no Irão. (...)

A organização Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irão (ICHR) tentou mobilizar entidades internacionais para tentar reverter o apedrejamento.

A presidente Dilma Rousseff pronunciou-se oficialmente contra o apedrejamento de uma mulher iraniana, Sakineh Mohammadi Ashtiani, a qual foi poupada da pena de morte. O governo brasileiro agirá com a mesma sensibilidade e igualdade de tratamento em relação a estes dois homossexuais?

Não há sequer sinal que isto possa ocorrer.

Apesar da comparação figurativa, se pararmos para pensar, vamos constatar que aqui no Brasil os homossexuais e transgéneros não recebem tratamento tão diferente assim dos gays do Irão.

As pedras são outras

O Governo também não as atira, mas abstém-se e deixa que outro o faça.

As pedras que atingem aos LGBTs são desde a perda da vida, até agressões físicas e morais, com maltratos, humilhações e tratamento diferenciado dos demais cidadãos, sem reconhecimento de direitos civis iguais e da proteção legal contra a homofobia.

O Governo, por sua vez, faz moeda de troca com os nossos direitos na política, assiste o arquivamento de projectos de leis e não faz que a sua bancada actue pelo reconhecimento da igualdade.

As consequências são os números a cada ano maiores de assassinatos homofóbicos, lâmpadas na cara de homossexuais, discriminação crescente e a perda da dignidade do LGBT nacional. (...)

O Irão também é aqui!

É claro que fico perplexo com a barbárie praticada de forma descarada pelo governo iraniano e uno-me ao grito contra a total desumanidade.

A vida é o maior bem de um ser humano. Mas não se esqueçam que aqui também muitas se perdem.

Não se espantem se muitos que aqui ajudam a atirar “pedras” às bichas, sapatas, travestis e transexuais falem com indignação sobre as pedras de lá.

Sim, temos de exigir uma posição oficial do governo brasileiro contra essa barbaridade do Irão praticada contra os gays ou que tenha por alvo qualquer ser humano, mas não podemos deixar de cobrar dele que retire as inúmeras pedras das mãos dos que aqui nos atingem, a começar pela própria política do Estado.

Carlos Alexandre Neves Lima
http://carlosalexlima.blogspot.com/2011/01/explicita-condenacao-de-apedrejamento.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+DireitosFundamentaisLgbt+%28Direitos+Fundamentais+LGBT%29

Crescente número de visitas ao "Moradas de Deus"

O mês de Janeiro tem sido o mês mais visitado desde o início do moradasdedeus. Já contando com 10.824 visitas, é quase o dobro do segundo mês como mais visitantes, o de Dezembro que teve 5.675 - e ainda não chegámos ao fim do mês! Vem confirmar a crescente procura desde o mês de Agosto do ano passado.

Por tal aumento, já não actualizo números e informações referentes ao blogue a cada 1.000 visitantes mas sim a cada 5.000. Hoje o blogue conta com 26.188 visitas, já passámos por isso, há alguns dias, os 25.000. Hoje já o leram 251 pessoas, ontem 621 e no último mês (30 dias) 14.199.

Documento em destaque acima das mensagens (Documentos de destaque no blogue), e que foi o motor para a criação do blogue, foi lido 57 vezes no último mês e 129 vezes Desde o Início do Blogue (DIB). Chama-se Eles são católicos, homossexuais e praticam: testemunhos na Pública http://www.publico.pt/Sociedade/eles-sao-catolicos-homossexuais-e-praticam_1431894?all=1

No Top 10 DIB dos leitores mais assíduos constam os seguintes países:
  1. Brasil
  2. Portugal
  3. Estados Unidos da América (EUA)
  4. Alemanha (ultrapassou a Holanda desde a última contabilização)
  5. Holanda
  6. Espanha
  7. França
  8. Reino Unido
  9. Canadá
  10. Singapura
No Top 10 do último mês, vemos uma coincidência com o Top 10 DIB nas três primeiras posições (Brasil, Portugal e EUA), e há muitas alterações nas posições que se seguem:
  • Espanha ocupa o honroso 4º lugar
  • Em 5º temos o Reino Unido
  • A Itália está em 6º, seguida pela Alemanha em 7º e pela Eslovénia em 8º
  • Em 9º e 10º temos, respectivamente a França e a Suíça
Houve algumas alterações nas 5 mensagens mais lidas DIB:
  1. Ricky Martin quer casar quando todos os porto-riquenses puderem fazê-lo http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/12/ricky-martin-so-se-casara-quando-for.html
  2. Cristiano Ronaldo a favor do casamento gay http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/06/cristiano-ronaldo-favor-do-casamento.html
  3. Voluntariado com crianças na região de Lisboa http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/voluntariado-com-criancas-na-regiao-de.html
  4. Um atleta gay nos JO http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/um-atleta-assumido.html
  5. EUA: "a proibição de gays e lésbicas servirem abertamente nas forças armadas é inconstitucional" http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/eua-proibicao-de-gays-e-lesbicas.html (note-se que há mensagens sobre o fim do DADT mais recentes do que esta; para chegar a outras mensagens, fazer pesquisa no blogue com "dadt")
O Top 10 das mensagens mais lidas no último mês é:
  1. Ricky Martin quer casar quando todos os porto-riquenses puderem fazê-lo http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/12/ricky-martin-so-se-casara-quando-for.html
  2. EUA: "a proibição de gays e lésbicas servirem abertamente nas forças armadas é inconstitucional" http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/eua-proibicao-de-gays-e-lesbicas.html
  3. Um atleta gay nos JO http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/um-atleta-assumido.html
  4. Inédito: o calendário das garagens com nu masculino assinado por Lagerfeld http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/12/inedito-o-calendario-das-garagens-com.html
  5. Condenar a homossexualidade é como voltar a condenar Galileu http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/12/condenar-homossexualidade-e-como-voltar.html
  6. A hierarquia quer meter-se na cama das pessoas: as pessoas vivem como podem "e não como quer o padre" http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/09/hierarquia-quer-meter-se-na-cama-das.html
  7. Para te VER melhor http://moradasdedeus.blogspot.com/2011/01/para-te-ver-melhor.html
  8. Um deus bissexual? A história mitológica do deus Seth. http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/11/mitologia-quem-era-o-deus-seth.html
  9. Música ainda com cheiros de Natal http://moradasdedeus.blogspot.com/2011/01/musica-ainda-com-cheiros-de-natal.html
  10. Freddie Ljunberg e a Calvin Klein http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/11/freddie-ljungberg-e-calvin-klein.html

sábado, 15 de janeiro de 2011

A melhor coisa em mim és Tu

A alteridade é algo que ajuda profundamente a contruir a pessoa global. Saint-Éxupery dizia pela boca de um dos personagens dos seus livros, que a melhor coisa na sua vida eram as pessoas que por ela tinham passado. Eu encontro uma grande verdade nisso, partilho a gratidão pelas pessoas que Deus tem colocado no meu caminho. Muitas vezes são estas quem me ajuda a ler o sentido dos passos que vou dando, valorizam-me enquanto ser humano, enquanto pessoa (que se relaciona), são o meu olhar mais positivo e construtivo.

The Best Thing About Me Is You

O novíssimo video-clip de Ricky Martin

O novo tema "The Best Thing About Me Is You", com a colaboração com Joss Stone, já está no YouTube. O texto não traz grande novidade, parecem chavões. Mas, se calhar, nunca é demais que a música pop, a que chega às grandes massas, se dedique a estes valores que se pretendem universais.

Tanto o vídeo, como o próprio Ricky Martin, apresenta-se de forma descontraída e jovem. Pretende ser um manifesto pela igualdade, sendo ilustrado por frases, palavras e também grupos de pessoas, casais e crianças, representando toda uma diversidade racial, social, cultural e, inclusivamente, de condição sexual. De fora ficou, a meu ver, a diversidade etária (não aparece ninguém, julgo eu, que tenha mais de 40 anos).

É a primeira música divulgada do próximo álbum "Music+Soul+Sex" que será apresentado dia 1 de Fevereiro e marca o regresso do cantor depois de se ter revelado publicamente como homossexual, no mês de Março do ano passado. Nos tops das vendas nas livrarias encontra-se a sua autobiografia "Me", lançada em Novembro de 2010.

A vida semi-privada de Ricky Martin


Ricky Martin tem um companheiro estável que prefere resguardar dos media. Já os seus dois filhos gémeos de dois anos (gerados por barriga de aluguer), Mateo e Valentino, têm aparecido ocasionalmente nos meios de comunicação social. Recentemente Ricky Martin declarou que não põe de parte a possibilidade de adoptar no futuro.

Mensagem inspirada em
http://portugalgay.pt/news/110111A/eua:_ricky_martin_apresenta_novo_video-clip

Poesia Incompleta, um local de culto

Poesia incompleta é uma livraria. Mas não uma livraria qualquer... É um pequeno mundo de poesia que se esconde atrás de uma pequena porta de vidro, perto do Príncipe Real, em Lisboa. A crise bate a muitas portas, esta será uma delas.

Pela qualidade do seu serviço, pela oferta e atendimento familiar, recomendo-a neste blogue. Quem gosta de poesia, quem compra ou oferece poesia, não pode ignorar este espaço - é lá que costumo ir comprá-la, evitando as grandes superfícies ou as multinacionais. Saibam que aí encontram o que procuram e até o que nem supunham encontrar. Aqui fica uma sugestão: quando pensarem em poesia, em conhecê-la ou em descobri-la, dêem um passeio até esta parte da cidade. Há pequenos rituais que animam os nossos dias. Pensem nesta sugestão com carinho.

De seguida apresento uma mensagem que recebi de outra cliente desta casa.

Actualmente existe, em Lisboa, uma livraria absolutamente única no país: uma livraria integralmente dedicada à poesia. Sucede, contudo, que, apesar de fantástica, ela encontra-se com alguma dificuldade em sobreviver. O que não se compreende: tem à sua frente um jovem livreiro que, além de extremamente eficiente, como verão, possui um total conhecimento do que está a vender: conhece os autores, as edições, tudo!


A livraria de que vos falo chama-se Poesia Incompleta, fica na Rua Cecilio de Sousa nº 11 (Príncipe Real) e vai com certeza ser uma revelação para quem a visitar. Abrange todas as épocas e o que não tem, o Mário, o dito livreiro, arranja, normalmente - e com uma brevidade que, no mínimo, surpreende.


Peço-vos - a vós que sois leitores, presumo - que façam uma visitinha a este sitio, que não pode de maneira nenhuma fechar e que, pela sua qualidade, vai-se tornar, mais tarde ou mais cedo, como aliás disse Vasco Graça Moura, num local de culto. Isto, claro, se não fechar, coisa que, passando a palavra e recomendando a amigos este tão singular espaço, podemos evitar.

Agradecida pelo vosso tempo.
De um simples cliente.

Saber mais:
http://poesia-incompleta.blogspot.com/

Luz do Mundo

Como considero importante o conhecimento para evitar opiniões sem fundamento, aqui vai a capa deste livro do papa Bento XVI, que já tem feito correr muita tinta:

Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos
Uma conversa com Peter Seewald
Editora Lucerna
Novembro 2010
ISBN 9789728835750

O Papa também tem medos e revela fragilidades

O Papa Bento XVI a confessar-se em público. Pelos primeiros comentários de quem já leu "Luz do Mundo – o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos", esta obra em forma de entrevista revela as interrogações, por vezes os medos do Papa. E aparece longe da imagem inflexível que ficou colada a Ratzinger antes de ser eleito Papa.

Bento XVI sugere no novo livro-entrevista que pode renunciar ao cargo
Confissões e medos do Papa num livro que já é sensação
 
O livro desmantela completamente a imagem de Ratzinger obscurantista, retrógrado”, avalia o vaticanista Sandro Magister, após a apresentação do livro. Conceituado especialista do Vaticano, crítico de Ratzinger, Magister dizia à AFP que o Papa manifesta agora “vontade de compreender o mundo”.

A questão do preservativo marcou mediaticamente, desde sábado [estamos a falar do mês de Novembro; para ler artigos no blogue sobre esta questão ir ao mês de Novembro ou ver as etiquetas de preservativo e  bentoxvi], a pré-publicação do livro. Nesse dia, o "L’Osservatore Romano", jornal do Vaticano, divulgou excertos. Ali se lia que, “em casos pontuais, justificados”, se pode usar o preservativo.

A afirmação teve reacções positivas em todo o mundo, nomeadamente de organizações de luta contra a sida. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse, em entrevista ao PÚBLICO, que o Papa era “bastante pragmático e realista”. A directora da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, falou em “boas notícias”.

É uma maravilhosa vitória do senso comum e da razão”, reagiu Jon O’Brien, do grupo Católicos pela Escolha [Catholics for Choice], citado pela Reuters. E o director da Onusida, Michel Sidibe, falou num passo “positivo”.

O autor da entrevista, Peter Seewald, considerou ontem “penoso” e ridículo” que os media se concentrem apenas no preservativo. “O livro aborda a sobrevivência do planeta ameaçado, o Papa lança um apelo a toda a humanidade, o nosso mundo afunda-se e metade dos jornalistas só se interessa pela questão do preservativo”, afirmou na apresentação.

Muitos outros temas da Igreja e do mundo, bem como dos cinco anos de pontificado de Ratzinger, passam pelo livro, que não ignora polémicas provocadas por afirmações do Papa — o tema do preservativo surge nesse contexto, quando Bento XVI explica o que pretendeu dizer na viagem a África. E, confessa, algumas das polémicas foram para si inesperadas.

Ratzinger abriu uma importante brecha no tema da contracepção, mas mantém outras ideias da doutrina tradicional: a homossexualidade, por exemplo, “opõe-se à vontade de Deus”, mas os homossexuais “merecem respeito” e “não devem ser rejeitados por causa disso”.

Estas afirmações provocaram ontem a reacção da mais importante associação de defesa dos direitos de homossexuais italianos. A Arcigay afirmou: “As palavras do Papa humilham milhões de vidas que têm que suportar discriminações todos os dias.” E anunciou “contestação directa ao Papa” no futuro imediato.

A recusa de ordenação de mulheres é outro tema de conversa entre Bento XVI e Peter Seewald, jornalista alemão que já antes publicara outras duas entrevistas com o então cardeal Joseph Ratzinger ("O Sal da Terra" está editado na Tenacitas). A não-ordenação de mulheres “é uma vontade de Deus”, afirma, retomando afirmações suas segundo as quais o debate está dado por terminado pelo Vaticano.

Divorciados e renúncia

O Papa sugere, entretanto, ser necessária “uma reflexão” sobre a proibição de pessoas divorciadas que voltaram a casar não poderem comungar. E, pela primeira vez publicamente, assume também a possibilidade de resignação do cargo. “Não se pode fugir quando o perigo é grande. Em consequência, não é certamente o momento de me demitir”, diz no livro, citado pela AFP. Mas “se o Papa não estiver em forma fisicamente e espiritualmente”, a hipótese de abdicar do cargo deve ser colocada.

Polémica, no início de 2009, foi também a retirada da excomunhão (mas sem o ter reintegrado na Igreja Católica) do bispo integrista Richard Williamson, que nega o Holocausto. Bento XVI confessa “não ter tomado consciência de quem se tratava”. Na altura, comentou-se que alguém no Vaticano teria omitido informação ao Papa sobre Williamson, pois o negacionismo do bispo era conhecido.

A primeira grande polémica, após o discurso de Ratisbona sobre a violência, em que Bento XVI citou uma frase que se referia a Maomé, foi originada por um discurso “mais académico que político”, afirma agora Ratzinger. Ao contrário do que as manifestações dessa altura evidenciaram, católicos e muçulmanos estão “comprometidos hoje numa luta comum, a defesa dos valores religiosos”.Também a propósito do islão, acrescenta: “É importante que permaneçamos intensamente em contacto com todas as forças muçulmanas abertas ao diálogo, para que se possam produzir mudanças onde o islão liga verdade e violência.”
Outras afirmações do livro trazem novas polémicas no bico: as afirmações sobre Pio XII, o seu antecessor que governou a Igreja no tempo da II Guerra Mundial, provocaram a reacção de organizações judaicas. Pio XII foi “um dos grandes justos, que salvou os judeus mais do que ninguém”, afirma Bento XVI no livro. “Naturalmente, podemos perguntar sempre: ‘Por que é que ele não protestou com mais vigor?’ Creio que ele viu as consequências que poderia ter havido com um protesto público”.

Vários responsáveis judaicos protestaram. Entre eles, o rabino David Rosen, do Comité Judaico Americano, que respondeu à AFP: “Há certamente muitos argumentos para rejeitar as acusações de imobilismo de Pio XII enquanto a vida dos judeus e de outros estava em perigo. Mas não só Pio XII nunca interpelou directamente o regime nazi sobre a questão do extermínio dos judeus, como, mais grave, nunca exprimiu publicamente a condenação, nem mesmo o lamento, após o fim da II Guerra Mundial.”
 
In público, por António Marujo a 23 de Novembro de 2010
http://www.publico.pt/Sociedade/confissoes-e-medos-do-papa-num-livro-que-ja-e-sensacao_1467777

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Lugares do Belo

Se é verdade que Deus nos fala do Belo, o Belo também nos fala de Deus.

Lugares do Belo: ciclo de cinema documental


O ciclo de cinema documental Lugares do Belo tem como ponto de partida as palavras do Papa Bento XVI aquando da sua visita a Portugal, em maio último, num discurso ao Mundo da Cultura: «… tornai as vossas vidas lugares de beleza

Os três filmes programados falam da beleza que habita os lugares, que habita as vidas, ainda que muitas vezes fruto de histórias sofridas. A beleza, aqui, é resultado de um desejo grande de viver e de abraçar a vida. Isto muitas vezes precisa da capacidade de perdoar, da perseverança, do esforço e da simplicidade, que pode ser uma sombra.

O ciclo começa a 20 de janeiro com Timor Unfinished Journeys, de Rui Nunes, prossegue no dia 27 do mesmo mês com Ícaro, realizado por Pedro Sena Nunes, e termina a 10 de fevereiro com a exibição de Pelas Sombras, de Catarina Mourão.

As projeções, que decorrem no Centro Universitário Padre António Vieira (CUPAV), em Lisboa, às 19h30, contam com a presença dos realizadores.

Lugares do Belo é organizado pelo CUPAV, com a parceria da organização não governamental Leigos para o Desenvolvimento e a Fundação Gonçalo da Silveira.

In SNPC, por Fernando Riberiro sj
http://www.snpcultura.org/vol_lugares_do_belo.html

CUPAV: Estrada da Torre, 26

Voluntariado: responsabilidade cívica e social para um bem comum

O Projecto Limpar Portugal foi um movimento cívico altruísta que teve como objectivo promover a educação ambiental por intermédio da iniciativa de limpar a floresta portuguesa no dia 20 de Março de 2010.

Em concordância com a Coordenação Nacional do PLP, herdeira legal da organização de base do Projecto Limpar Portugal e intimamente ligada à metodologia de acção que culminou no Dia L, no dia treze de Julho de dois mil e dez foi fundada a AMO PORTUGAL - ASSOCIAÇÃO MÃOS À OBRA PORTUGAL.

Tendo por património a criatividade, a capacidade de realização e a mobilização dos Voluntários, a AMO PORTUGAL não possui qualquer património material, não aplica nenhuma quotização, não pode cobrar qualquer taxa pelos serviços prestados e não poderá adquirir quaisquer bens nem receber qualquer doação, deixa testamentária ou título oneroso. A AMO PORTUGAL apenas se pode envolver em eventos onde não haja necessidade de movimentação de bens pecuniários, com recurso à mobilização de Voluntários e ao envolvimento de Parcerias públicas e privadas gratuitas.

É por esta razão que se consideram Sócios da AMO PORTUGAL todos os Cidadãos voluntários que se inscrevam e participem nos eventos promovidos. Os Sócios da AMO PORTUGAL são pessoas individuais, designados VOLUNTÁRIOS, e Organizações públicas e privadas legalmente constituídas, designados PARCEIROS.

Tomando o voluntariado como o conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade.

A AMO PORTUGAL assume que o voluntariado obedece aos princípios da solidariedade, da participação, da cooperação, da complementaridade, da gratuitidade, da responsabilidade e da convergência.

Encarando o voluntário como o indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e no seu tempo livre, a realizar acções de voluntariado no âmbito de uma organização promotora.
 
AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal

mais informações:
http://www.amoportugal.org/

Um Museu diferente: a História LGBT norte-americana

Harvey Milk
Nasce o primeiro Museu de História LGBT dos Estados Unidos

Conhecido como um dos pontos de partida da libertação queer, o bairro de Castro em São Francisco torna-se o agora o local escolhido para o primeiro museu de história gay, lésbica, bissexual e transgénera dos Estados Unidos.

As nossas cartas foram queimadas, os nossos nomes discriminados, os nossos livros censurados, o nosso amor declarado impronunciável, a nossa existência negada”, pode ler-se num dos panfletos datados de 1979 que ornamenta as paredes do museu.

Desde os objectos pessoais de Harvey Milk - o primeiro político assumidamente gay a ser eleito na Califórnia - a manuscritos e brinquedos sexuais podem ser agora encontrados num único local. Duas exposições e centenas de artigos fazem deste museu o segundo do género no planeta. O outro fica em Berlim.

"Contar as nossas histórias pode transformar as nossas vidas e a sociedade e tira-nos das marginalização” afirmou Don Romesburg, curador da exposição.

O museu recorre a voluntários como Fred Baumer, de 57 anos, que viveu toda a sua vida no Castro e saiu do armário em 1970. “As pessoas vêm cá porque têm experiências emocionais muito fortes e eu quero falar com elas e dar o meu contributo pessoal.”

Stephen Adams, da associação de comércio local, acredita que o mesmo irá atrair mais turistas e ajudar à revitalização económica do bairro.

In dezanove
http://dezanove.pt/121663.html

O Alentejo e a diversidade

Novo centro de apoio a vítimas da homofobia vai abrir em Évora

O centro é a primeira parte visível do projecto "Alentejo de Diversidades" promovido pela Opus Gay pretende lutar contra a homofobia e violência doméstica.

Com o apoio do QREN (Quadro de Referência Estratégico nacional), CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género) e CME (Câmara Municipal de Évora) e em colaboração com a autarquia de Évora irá ser aberto um centro de apoio a vítima de homofobia e violência doméstica na cidade. Este centro terá um grupo de autoajuda e de aconselhamento, constituído entre outros por um psicólogo, um advogado e um assistente social. Além do trabalho no próprio centro é intenção do projecto realizar iniciativas de sensibilização para a população em geral.

Na apresentação do projecto a Secretária de Estado da Igualdade, Elsa Pais, afirmou que o projeto visa dar “apoio psicológico e acompanhamento às vítimas de homofobia e de violência doméstica” para que estas saibam “lidar socialmente e pessoalmente com o problema e para poderem construir a sua cidadania”.
 
In PortugalGay.PT
http://portugalgay.pt/news/130111A/portugal:_novo_centro_de_apoio_a_lgbts_vai_abrir_em_evora


Situado na Rua de Machede, 53 A, em Évora, este é o primeiro projecto da região que apoia vítimas de discriminação LGBT e conta com grupos de auto-ajuda e de aconselhamento constituídos por uma equipa multidisciplinar. Previstas estão igualmente acções de informação e sensibilização de técnicos e especialistas, bem como iniciativas de sensibilização para a população em geral

Em comunicado a associação de defesa dos direitos LGBT Opus Gay esclarece que o Alentejo de Diversidades procurará encetar o diálogo na região para obter “uma maior consciencialização dos direitos de cada um, e para lhes fazer sentir que a violência doméstica e a homofobia têm de ser paulatinamente erradicadas da sociedade portuguesa, como sinal de progresso, e de melhoria da democracia social”.

In dezanove
http://dezanove.pt/121364.html

João Paulo II é beatificado este ano

Madre Teresa de Calcutá e João Paulo II
Vaticano anuncia beatificação de João Paulo II


Bento XVI aprovou milagre atribuído ao seu predecessor. Cerimónia acontece a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia, no Vaticano


O Papa Bento XVI aprovou hoje a publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (1920-2005), concluindo assim o processo para a sua beatificação. A sala de imprensa da Santa Sé anunciou, entretanto, que a cerimónia de beatificação vai decorrer a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia, no Vaticano, sendo presidida por Bento XVI.

O milagre agora comprovado refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da Doença de Parkinson. A religiosa pertence à congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, tendo superado, em 2005, todos os sintomas da doença de que sofria há quatro anos.

A decisão abriu caminho, em definitivo, à beatificação do Papa polaco, que liderou a Igreja Católica entre 1978 e Abril de 2005, quando faleceu.

Bento XVI anunciou no dia 13 de Maio de 2005, quarenta e dois dias após a morte de João Paulo II, o início imediato do processo de canonização de Karol Wojtyla, dispensando o prazo canónico de cinco anos para a promoção da causa.

No dia 8 de Abril desse ano, por ocasião da Missa exequial de João Paulo II, a multidão exclamou por diversas vezes "santo subito" (santo depressa). Em Dezembro de 2009, o actual Papa assinou o decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de Karol Wojtyla, primeiro passo em direcção à beatificação. Recorde-se que, num caso semelhante, o de Madre Teresa de Calcutá, a beatificação aconteceu em 2003, também seis anos após a sua morte.

A data escolhida para a beatificação recorda a celebração litúrgica mais próxima da morte de João Paulo II, que faleceu na véspera da festa da Divina Misericórdia, por ele criada em 2000. Como o próprio Bento XVI recordou, em 2008, durante o Jubileu do ano 2000 "João Paulo II estabeleceu que na igreja inteira o Domingo a seguir à Páscoa passasse a ser denominado também Domingo da Divina Misericórdia". João Paulo II tornou pública a sua decisão no âmbito da cerimonia de canonização de Faustina Kowalska, religiosa polaca nascida em 1905 e falecida em 1938, "zelosa mensageira de Jesus Misericordioso".

Qual o processo da canonização?

Os trâmites processuais para o reconhecimento do milagre acontecem segundo as normas estabelecidas em 1983. A legislação estabelece a distinção de dois procedimentos: o diocesano e o da Congregação, dito romano. O primeiro realiza-se no âmbito da diocese na qual aconteceu o facto: O bispo abre a instrução sobre o pressuposto milagre na qual são reunidas tanto os depoimentos das testemunhas oculares interrogadas por um tribunal devidamente constituído, como a completa documentação clínica e instrumental inerente ao caso.

Num segundo momento, a Congregação para as Causas dos Santos examina os actos processuais recebidos e as eventuais documentações suplementares, pronunciando o juízo de mérito. O decreto é o acto que conclui o caminho jurídico para a constatação de um milagre. É um acto jurídico da Congregação para as Causas dos Santos, aprovado pelo Papa, com o qual um facto prodigioso é definido como verdadeiro milagre. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.

A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
 
In Agência Ecclesia, por OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=83777

Literatura judaica extrabíblica

História e Cultura Bíblica Módulo IX
Literatura Judaica Extrabíblica: dos textos à teologia

Organizado pelo Centro de Estudos de Religiões e Culturas (CERC) da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP). Este será o tema apresentado por João Lourenço nas quintas feiras às 18h15, de 10 de Fevereiro de 2011 a 26 de Maio de 2011, no Auditório 1 do Edifício Antigo.

Inscrições:
de 17 a 28 de Janeiro, das 16h às 17h, no Secretariado do CERC (5º piso do edifício BUJPII da UCP)

Informações:
21 721 41 35
sercretariado.cerc@ft.lisboa.ucp.pt
http://www.cerc.ft.lisboa.ucp.pt/

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os miúdos ficarão bem...

Nota: a fotografia não corresponde ao filme
Um leitor de uma outra mensagem do blogue, a propósito dessa, partilhou a sua nota crítica do filme "Os miúdos estão bem?" Passo a transcrevê-la. Obrigado pela participação e pela partilha.

Os miúdos estão bem? Aparentemente sim. Lisa Cholodenko (realizadora e argumentista) tenta normalizar neste filme uma família nada convencional: duas senhoras de meia-idade, casadas uma com a outra, com uma filha e com um filho adolescentes gerados por cada uma das mães com o esperma de um dador anónimo Confuso?


Os miúdos estão bem? Aparentemente os problemas são os de todos. Nic (Annette Bening) é uma médica de sucesso, um pouco controladora por ser o garante financeiro da casa o que lhe faz pensar que pode ser ela a ditar as regras. Jules (Julianne Moore) é a mãe que abdicou da carreira profissional para ficar em casa a tratar dos filhos e que, após estarem criados, tenta retomar um trabalho com o que isso implica de nova adaptações no seio familiar. Joni (Mia Wasikowska) vive a apreensão própria de uma adolescente prestes a soltar as asas do ninho familiar com a ida para a universidade; Laser (Josh Hutcherson) é um miúdo de 15 anos, que preocupa as mães por causa do amigo rufia. É dele a (natural??) curiosidade de conhecer o pai biológico, Paul, (Mark Ruffalo), dono de um restaurante e solteirão.

Os miúdos estão bem? Estão. OU não!! Percebe-se que houve verdade sobre a forma como foram gerados, que nada lhes foi escondido durante a sua educação. Mas o conhecimento do pai …há uma mãe perturbada com a complexidade da sua sexualidade, há uma empatia com o bio-pai (???) por causa desse laço biológico mas uma confusão sobre como gerir a entrada dele nas suas vidas e se há mesmo vontade de fazer crescer essa relação. E há um homem atrapalhado com a descoberta de uma suposta família que não sendo sua, tenta, sem sucesso, resgatar para si.

Os miúdos estão bem? Sim. Sente-se que foram criados com amor, esse amor que acaba por vencer mal-entendidos e traições. E como Laser dirá…vocês já são muito velhas para se divorciarem

Os miúdos estão bem? Sim. Cresceram numa família que tal como todas as outras não é perfeita nem normal porque a definição desses conceitos é muito flutuante….A questão que se poderá colocar é a de saber se temos o direito de experimentar novos tipos de relacionamento. Mas mesmo que alguns deles me causem alguns pruridos e bastantes interrogações, tenho de admitir que é isso que, enquanto sociedade, temos feito ao longo do tempo.

(Os Miúdos estão bem tem 4 nomeações para os Globos de Ouro – melhor filme musical ou comédia, melhor argumento, melhor actriz de comédia ou musical [Annette Bening e Julianne Moore]. A seguir o caminho que fará nos Óscares. O filme não deveria não ser considerado uma comédia …Annette Bening merece a nomeação para Actriz Principal).

Publicada por Rui Ivo Lopes em O espaço da tua ausência
http://ruiivo.blogspot.com/
 
Ler na íntegra
http://ruiivo.blogspot.com/2010/12/os-miudos-ficarao-bem.html

2011: Ano Internacional das Florestas

No próximo sábado dia 15 de Janeiro vai-se realizar uma sessão temática sobre o tema "2011 - Ano Internacional das Florestas - Porquê e para quê?".

Onde?
na Casa da Cultura de Santa Iria de Azóia, com início pelas 15h


Mais informações sobre a iniciativa
http://www.adaloures.org/

Nota:
A entrada é gratuita, a única condição de acesso é trazer uma chávena ou caneca para tomar um chá oferecido no final da sessão

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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São benvindos os comentários, as perguntas, a partilha de reflexões e conhecimento, as ideias.

Envia o link do blogue a quem achas que poderá gostar e/ou precisar.

Se não te revês neste blogue, se estás em desacordo com tudo o que nele encontras, não és obrigado a lê-lo e eu não sou obrigado a publicar os teus comentários. Haverá certamente muitos outros sítios onde poderás fazê-lo.

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Podes escrever-me directamente para

rioazur@gmail.com

ou para

laioecrisipo@gmail.com (psicologia)


Nota: por vezes pode demorar algum tempo a responder ao teu mail: peço-te compreensão e paciência. A resposta chegará.

Os textos e as imagens

Os textos das mensagens deste blogue têm várias fontes. Alguns são resultados de pesquisas em sites, blogues ou páginas de informação na Internet. Outros são artigos de opinião do autor do blogue ou de algum dos seus colaboradores. Há ainda textos que são publicados por terem sido indicados por amigos ou por leitores do blogue. Muitos dos textos que servem de base às mensagens foram traduzidos, tendo por vezes sofrido cortes. Outros textos são adaptados, e a indicação dessa adaptação fará parte do corpo da mensagem. A maioria dos textos não está escrita segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, pelo facto do autor do blogue não o conhecer de forma aprofundada.

As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.

As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.

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