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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Bispo sai do armário

Bispo da igreja anglicana assume homossexualidade

Nicholas Chamberlain, bispo de Grantham, admitiu publicamente estar numa relação com outro homem depois de uma publicação britânica ter ameaçado revelar detalhes da sua vida privada
Um bispo britânico tornou-se (...) no primeiro clérigo da Igreja Anglicana em Inglaterra a anunciar publicamente a sua homossexualidade, em entrevista publicada no diário inglês The Guardian, adiantou a Agência France Presse.

Nicholas Chamberlain, bispo de Grantham, no centro de Inglaterra, disse ao jornal inglês que mantinha uma relação de vários anos com um homem, depois de outra publicação ter dito que iria divulgar um artigo sobre a sua vida privada.

"Não foi uma decisão minha fazer alarido deste anúncio", disse, acrescentando que obedece às regras da igreja anglicana que estipulam que os clérigos homossexuais devem ser celibatários.

O bispo disse que a igreja sabia da sua homossexualidade quando assumiu este título e funções, no ano passado.

Afirmou ainda que as pessoas sabem que é gay, mas que esse facto não costuma ser a primeira coisa que diz a alguém.

"A sexualidade é parte de quem sou, mas é no meu sacerdócio que me quero concentrar", afirmou.

O arcebispo da Cantuária - líder da igreja anglicana -, Justin Welby, disse que a homossexualidade do bispo de Grantham era "completamente irrelevante". "A sua escolha teve por base as suas competência e vocação para servir a igreja na diocese de Lincoln", afirmou Welby. Um porta-voz da Igreja de Inglaterra -- a casa mãe da igreja anglicana a nível mundial -- disse que teria sido injusto não nomear Chamberlain bispo com base na sua sexualidade.

A Igreja de Inglaterra abandonou em 2013 a sua oposição a que clérigos homossexuais em uniões de facto pudessem tornar-se bispos, ainda que muitos fiéis da igreja anglicana em todo o mundo -- cerca de 80 milhões -- fossem contra.

A Igreja Anglicana do Uganda declarou em 2014 que considerava separar-se da casa mãe inglesa, se este pressionasse o país em relação à sua opressiva legislação anti-homossexualidade.

In DN, a partir de Lusa, a 3 de Setembro de 2016

segunda-feira, 19 de março de 2018

Padre anglicano português fala sobre activismo LGBT cristão

É possível ser activista LGBT e cristão?

"É possível ser activista LGBT e cristão? Foi esse o ponto de partida da intervenção do padre anglicano Fernando Santos, no encontro “dezanove ao vivo”, que decorreu no Centro LGBT, em Lisboa.

“Não há utopia nisto, há várias realidades. No caso português há timidamente situações de gays cristãos a afirmarem e a envolverem-se no activismo. Temos o caso concreto da Rumos Novos, que é uma associação de católicos homossexuais, com quem de vez em quando colaboro”, referiu Fernando Santos, pároco em vários locais na zona da Grande Lisboa e que destacou que este activismo cristão, apesar de não ser conhecido do grande público, tem um percurso de décadas. “Um ano antes da manifestação de Stonewall, nos Estados Unidos, tinha sido fundada a primeira igreja exclusivamente para homossexuais, em que houve um primeiro culto onde 11 pessoas LGBT. Podemos achar que é um trabalho ineficaz e sem sentido. Mas há vários países onde várias igrejas aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como a igreja anglicana ou a luterana no Norte da Europa. Mas isto não caiu do ar. Houve um activismo LGBT cristão no seio dessas igrejas que foi trabalhando e está a trabalhar para que isso possa acontecer”.

No caso da igreja anglicana em Portugal, designada por Igreja Lusitana, ainda não se realizou qualquer debate sobre a questão do casamento religioso entre pessoas do mesmo sexo. Cada país onde a igreja anglicana está presente tem autonomia para decidir sobre esta matéria. “Temos um modelo democrático em que o governo da igreja é feito com o clero e o povo. Temos algo que chamaríamos, de forma mais civil, assembleia geral, mas que nós chamamos de sínodo, onde as decisões da igreja são votadas”. É este modelo que permitiu que o casamento religioso entre pessoas do mesmo sexo tenha sido aprovados nos Estados Unidos ou na Escócia ou que em Maio vá a votação no Brasil. Mesmo assim, admitiu Fernando Santos existem algumas “tensões internas” na comunhão anglicana, já que existem igrejas nacionais contra o casamento ou defesa dos direitos civis das pessoas LGBT.

Num encontro marcado por várias questões do público, Fernando Santos relatou ainda que testemunhou, tanto na vigília em memória das vítimas de Orlando como na última Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, “uma série de cartazes que me incomodam e me agridem naquilo em que acredito. Quando vejo cartazes a ofender directamente uma entidade em que acredito e que é fundamental na minha vida, desculpem os termos, é pior que chamar prostituta à minha mãe. Alguns dqueles que não acreditam e que têm o direito em não acreditar, às vezes não têm a noção de quem quem tem fé, esta dimensão da fé é importante e até pode ser vital”, apontou, a propósito de cartazes ou slogans anti-religião presentes em manifestações LGBT."

13 de dezembro de 2017 no dezanove

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Igreja Episcopal Escocesa celebra casamentos entre pessoas do mesmo sexo

Mark Runnacles/Getty Images
Depois de em 2014 ser possível casar pelo registo civil na Escócia, este ano também a Igreja Episcopal Escocesa, a Igreja Anglicana da Escócia, votou pela realização de casamentos gay pela Igreja. O primeiro casamento tem lugar no Outono de 2017. Passo a citar o artigo de Harriet Sherwood, do The Guardian, publicado a 8 de Junho de 2017. O texto será o original, em inglês:

Scottish Episcopal church votes to allow same-sex weddings

"Scottish Anglicans have voted overwhelmingly in favour of allowing same-sex couples to marry in church. The historic move sets the church on a potential collision course with the global Anglican communion and risks fracture within its own ranks.

The vote at the Scottish Episcopal church general synod makes it the first Anglican church in the UK to allow same-sex weddings, with the first ceremony likely to take place this autumn.

The move, which raises the prospect of gay Christians from England, Wales and Northern Ireland heading to Scotland for a church wedding, was hailed by gay rights campaigners.

Canon law was changed to remove a doctrinal clause stating that marriage is between a man and a woman. A new conscience clause allows clergy to opt out of performing same-sex weddings.

The decision invites the possibility of sanctions by the 80 million-strong Anglican communion. Last year, the US Episcopal church was subjected to punitive measures at the end of a four-day meeting of church leaders in Canterbury. They said the US church’s acceptance of same-sex marriage represented “a fundamental departure from the faith and teaching held by the majority of our provinces on the doctrine of marriage”.

Traditionalists insist that a literal reading of the Bible means marriage must be a lifelong union of a man and a woman and that the church must resist changes in social attitudes or cultural pressure.

Minutes after the vote, Gafcon, which represents conservative Anglicans worldwide, named Andy Lines as a new “missionary bishop” for Scotland. The post is intended to offer alternative leadership for traditionalist Anglicans opposed to the synod’s decision.

Lines told a press conference that the church was “not at liberty to tamper with [God’s] words” and that he would offer help and support to those “who wish to maintain the authority of the Bible”.

Jayne Ozanne, a leading campaigner for LGBT rights within the Church of England, said: “I’m thrilled that the Scottish Episcopal church has chosen to take this brave and momentous step in enabling same-sex marriage. This has been done in a graceful and sensitive way, recognising the differing views on how we interpret scripture, and is a model for others to follow.”

Vicky Beeching, another gay rights campaigner, tweeted: “Come on Church of England, we need you to watch & learn from Scotland’s bold step today. Hoping for that change someday soon.”

Archbishop Josiah Idowu-Fearon, secretary general of the Anglican communion, said he expected the decision to be discussed by Anglican primates who are meeting in Canterbury in October. He said: “There are differing views about same-sex marriage within the Anglican communion, but this puts the Scottish Episcopal church at odds with the majority stance that marriage is the lifelong union of a man and a woman. This is a departure from the faith and teaching upheld by the overwhelming majority of Anglican provinces on the doctrine of marriage.”

A spokesperson for the Church of England said the decision was a matter for the Scottish Episcopal church: “The Church of England is unable by law to marry couples of the same sex and the teaching of the Church of England remains unchanged. However, this is a matter on which there is real and profound disagreement in the Church of England.”

The change to canon 31 on the solemnisation of holy matrimony that was agreed by the Scottish Episcopal church required a two-thirds majority in each section of the synod, the bishops, clergy and laity. The bishops and laity voted 80% in favour, the clergy at 67%.

It removed a clause saying marriage was “a physical, spiritual and mystical union of one man and one woman … and is a holy and lifelong estate instituted by God”.

The new clause says: “In the light of the fact that there are differing understandings of the nature of marriage in this church, no cleric of this church shall be obliged to conduct any marriage against their conscience.”

Draft guidelines on the new canon produced by bishops before the vote acknowledged that the issue of same-sex marriage was “one of deep distress”.

The new position “does not alter the fact that within the church there remains a range of views on marriage”. The revised canon “permits those clergy who, on the grounds of conscience, wish to conduct the marriages of same-sex couples, to seek nomination to do so; it also allows that there will be those who, on the grounds of conscience, will not seek such nomination.”

Church employees and volunteers, such as vergers, organists, choristers and flower arrangers, should be allowed to exercise their conscience and decline to participate in same-sex weddings.

Proposing the change, John Armes, the bishop of Edinburgh, told the synod: “No one is being asked to change their theology of marriage.” The new canon was an official recognition of a diversity of viewpoints, he said. “It is permissive, not directive.”

Ian Ferguson, of Aberdeen and Orkney, the only Scottish diocese to oppose the change during consultations over the past year, said: “This is one of the saddest and most painful days for us … We are broken. This schismatic move … will cause serious harm to our unity.” Members of the church “may seek alternative episcopal oversight”, he said.

Same-sex marriage was legalised in Scotland in 2014."


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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Igreja anglicana, mecenas de um dos grandes artistas contemporâneos

Bill Viola ocupa catedral de S. Paulo em Londres

Se a Igreja não tem sido mecenas exemplar nos últimos dois séculos, e se muita da arte sacra tem sofrido de mediocridade por essa razão, há sempre excepções à regra. O Igreja anglicana dá uma lição com mais uma instalação de vídeo na catedral de S. Paulo em Londres. Chama-se Maria:

"O projeto permanente, localizado na parte norte da igreja-mãe da diocese anglicana da capital inglesa, foi idealizado para fazer companhia a outra instalação vídeo do autor norte-americano, "Mártires (Terra, Ar, Fogo, Água)", inaugurada em 2014 na secção sul da catedral (cf. Artigos relacionados).
Os dois temas de Maria e dos Mártires, ambos concebidos com a mulher de Bill Viola, Kira Perov, «simbolizam alguns dos mistérios profundos da existência humana», declarou o autor, lê-se na página eletrónica da catedral de S. Paulo.

«Um diz respeito ao nascimento e outro à morte; um com conforto e criação, o outro com sofrimento e sacrifício. Se eu tiver sucesso, as peças finais funcionarão como objetos estéticos de arte contemporânea e como objetos práticos de contemplação e devoção tradicionais», acrescentou.

O cónego chanceler da catedral considera que a arte de Bill Viola (n. 1951) «desacelera» as «perceções, de modo a aprofundá-las. Ele usa o mesmo meio que controla atualmente a cultura de massas, o filme, e subverte esse controle para abrir novas possibilidades e perfis de compreensão».

«Através da vida de Maria e da sua relação com o seu filho, Viola convida-nos a mergulhar na força do mistério do amor no nascimento, relacionamento, perda e fidelidade. Não tenho dúvidas de que esta nova instalação vai guiar os nossos muitos peregrinos para uma reflexão significativa e uma oração esperançosa», realçou Mark Oakley.

A iconografia religiosa é um tema recorrente nas obras de Bill Viola, como aconteceu na exposição "The passions", exibida em Londres em 2003, e na obra "The messenger", para a catedral de Durham, em 1996. O seu trabalho "Ocean without a shore", na Bienal de Veneza de 2007, foi apresentado na igreja de San Gallo.

Bill Viola está a preparar uma retrospetiva da sua obra, que de março a julho de 2017 ocupará a totalidade do palácio Strozzi, em Florença, cidade italiana onde trabalhou quando era mais novo.
A mostra incluirá pinturas renascentistas, cujo empréstimo está a ser negociado com igrejas e museus, a par de trabalhos em vídeo, incluindo "Eclipse", umas das suas primeiras obras (1974) realizadas em Florença.

«Hoje considera-se que está na moda justapor os grandes mestres à arte contemporânea, mas as ligações são muitas vezes pouco nítidas e os resultados desapontantes. Não é o caso do trabalho de Bill (...). [A sua] cultura e conhecimento são profundamente influenciadas pela tradição artística», afirmou o diretor do palácio Strozzi.

«Por esta razão, mesmo que a exposição seja, antes de tudo, uma retrospetiva de Bill Viola, estamos a tentar ter algumas poucas, mas significativas, obras de grandes mestres», explicou Arturo Galansino, citado pela página "The Art Newspaper".

Paolo Uccello e os seus frescos sobre a narrativa do dilúvio no livro bíblico do Génesis, a "Pietà" de Masolino da Panicale, as pinturas de Giotto na "Galleria degli Uffizi" e a "Anunciação" de Fra Angelico são algumas das pinturas que influenciaram Bill Viola, que, também em Florença, gravou sons no interior das igrejas, como passos e vozes, recolhendo-os num vasto arquivo a que recorre em algumas nas suas instalações."

Texto de Rui Jorge Martins in SNPC















domingo, 2 de dezembro de 2012

Hierarquia da Igreja Anglicana: a homossexualidade não põe em causa o celibato

in DN, 20 de Junho 2011
Igreja anglicana autoriza ordenação de bispos homossexuais


O documento intitulado "ordenar bispos, a lei sobre a igualdade de 2010" defende que a orientação sexual não deverá ser tida em consideração na promoção de um padre a bispo e recomenda que a hierarquia da Igreja possa bloquear uma nomeação se ela "causar divisão e desunião na diocese" em causa.
A Igreja Anglicana foi pressionada a esclarecer a sua posição sobre a ordenação de bispos homossexuais depois de Jeffrey John, padre celibatário e homossexual que vive com outro religioso, ter sido forçado a renunciar ao cargo de arcebispo de Reading em 2003. A Igreja Anglicana de Inglaterra voltou a rejeitar em Julho de 2010 a candidatura de Jeffrey John a bispo da diocese londrina de Southwark. Em setembro, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, líder da Igreja Anglicana, disse "não ter problemas" com o facto de os bispos serem homossexuais desde que sejam celibatários.
  A Igreja Anglicana de Inglaterra autoriza a ordenação de bispos homossexuais desde o Sínodo da igreja em Julho do ano passado (2011).   Quando chegará o momento em que a Igreja Católica vai compreender que uma coisa é orientação sexual, e outra é vocação para o celibato?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Bispos gays SIM, se forem celibatários!

A mesma notícia do que a da mensagem anterior, um ponto de vista diferente.
 A Igreja católica terá algo a aprender com a sua irmã anglicana. Enquanto o celibato for a norma vigente na Igreja católica, deveria haver a erradicação da discriminação dos candidatos ao sacerdócio pelo simples facto de serem homossexuais. Se estes querem viver em celibato, o que os distingue dos heterosexuais?

Mas sublinho a curiosidade de o Arcebispo de Cantuária, que agora "defende" os bispos gays, ter sido o mesmo que em 2003 barrou a nomeação de um bispo homossexual. As voltas que o mundo dá...

Bispos anglicanos gays só se forem celibatários

O arcebispo de Cantuária disse ontem que não se opõe a que homossexuais sejam nomeados bispos da Igreja de Inglaterra, desde que se mantenham celibatários - uma afirmação que ameaça dividir ainda mais a comunhão anglicana sobre a ordenação de gays.

"Para ser muito claro, não tenho qualquer problema que um gay seja bispo. Tem apenas a ver com o facto de que, tradicional e historicamente, há padrões que se espera que o clero respeite", disse Rowan Williams ao jornal Times.

Na entrevista, onde abordou mais explicitamente do que nunca o tema, o arcebispo admitiu que um dos períodos mais difíceis do seu mandato ocorreu em 2003 quando, após intensa polémica, bloqueou a nomeação de Jeffrey John, um reverendo que mantinha uma relação homossexual.

Williams admitiu que as divergências sobre o tema têm sido "uma ferida" no seu mandato, mas explicou que se sentiu sempre obrigado a alinhar com o sector mais conservador porque a aceitação incondicional da ordenação de homossexuais "tem ainda um custo demasiado grande para o conjunto da Igreja anglicana".

As declarações do arcebispo foram de imediato condenadas pelos defensores dos direitos dos homossexuais, que o acusam de discriminação, por exigir aos gays o celibato que não é obrigatório para os heterossexuais. "Para ele, a unidade da Igreja é mais importante do que o respeito pelos direitos humanos de gays e lésbicas." Mas a entrevista promete também indignar os mais conservadores, que acusam Williams de ignorar a doutrina da Igreja ao aceitar a ordenação de homossexuais.

Este é um dos temas que mais dividem os anglicanos em todo o mundo - uma comunhão que integra mais de 80 milhões de pessoas em 160 países. Desde 2003, várias congregações mais conservadoras anunciaram a sua cisão, depois de a Igreja Episcopal, o ramo da comunhão nos EUA, ter nomeado dois bispos homossexuais.

No ano passado, o Vaticano contribuiu para a polémica ao pôr em prática medidas destinadas a acolher na Igreja Católica os anglicanos mais tradicionalistas, descontentes com a ordenação de mulheres ou de homossexuais.

in público por Ana Fonseca Pereira a 26 de Setembro de 2010
http://www.publico.pt/Sociedade/bispos-anglicanos-gays-so-se-forem-celibatarios_1457967

Bispos anglicanos gays: há algum problema?

São notícias do mês de Setembro, mas parece-me importante que figurem no blogue, por serem questões pertinentes na Igreja anglicana e, quem sabe um dia, também na católica.

Arcebispo de Cantuária não vê problema em bispos homossexuais


Perguntas incómodas levam arcebispo a abrir feridas na Igreja Anglicana, em torno do difícil tema da sexualidade dos religiosos


O arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, líder espiritual dos anglicanos em todo o mundo, está sob intensas críticas públicas após ter admitido numa entrevista ao jornal The Times que bispos homossexuais não serão um problema, desde que não tenham relações sexuais. Esta questão poderá abrir novas divisões no interior da comunidade anglicana, de 70 milhões de pessoas, e dificultar o diálogo ecuménico com Roma.

Na semana passada, o arcebispo Rowan Williams recebeu o Papa Bento XVI em Londres, em mais um passo na aproximação entre católicos e anglicanos.

Na polémica entrevista, o arcebispo sofre uma barragem de perguntas incómodas sobre a sexualidade. Embora tente evitar as questões, entra progressivamente em terrenos de controvérsia. Questionado sobre um texto seu em que considera não haver problema no sexo de casais homossexuais, o líder dos anglicanos responde com uma evasiva.

Sobre os bispos homossexuais, admite não haver problema, desde que não haja sexo. A pergunta seguinte refere-se a um bispo homossexual [Jeffrey John] celibatário, e Rowan Williams tem grande dificuldade em explicar a forma como recusou apoiar este religioso em 2003, quando John foi forçado a não aceitar uma nomeação. A pergunta final é a mais dramática. O jornalista pergunta se o arcebispo espera que a Igreja Anglicana tenha no futuro bispos homossexuais com parceiros. Williams responde apenas: "passo".

Recentemente, a propósito do escândalo de pedofilia, o arcebispo de Cantuária tinha feito afirmações polémicas sobre a igreja católica irlandesa, acabando depois por suavizar as declarações.

No recente encontro com o Papa Bento XVI, o diálogo entre os dois líderes da igreja correu de forma considerada pelos observadores como cordial. O arcebispo lembrou que as duas igrejas não procuram "controlo político ou o domínio da fé cristã na esfera pública; mas a oportunidade para testemunhar, para argumentar, por vezes para protestar, por vezes para afirmar, para participarmos nos debates públicos das nossas sociedades". A igreja de Inglaterra viveu nos últimos anos um conflito interno em torno do celibato dos religiosos, ordenação de mulheres e homossexualidade. E as divisões têm aumentado.

in dn por L.N. a 26 de Setembro de 2010
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1671369&seccao=Europa

Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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