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A diversidade na Igreja

"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.

A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.

A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.

Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?

Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja

Porquê este blogue?

Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!

Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.

Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.

Construir uma relação Igual e Diversa

Construir uma Relação Igual e Diversa 

Agradecemos o convite das Monjas Dominicanas para participar neste ciclo de conferências sobre “A relação - um modo quotidiano e profético de viver o Evangelho”. À conferência de hoje chamámos “Construir uma relação igual e diversa” e, tal como o nome indica, estamos aqui, a Sara e eu, para dar testemunho de uma relação, que é a nossa [somos casadas], e que é expressão de um amor que a Igreja tem ainda dificuldade em aceitar e compreender.

É muito bom que vão surgindo oportunidades assim para conversar sobre diferentes vivências do Evangelho no mundo de hoje. Apesar de estes testemunhos obrigarem a uma exposição que pessoalmente não me é fácil nem agradável, entendo que devemos ser capazes de quebrar o silêncio que sempre envolve esta questão. A repressão tem contribuído muito para uma perceção e uma vivência perturbadas da homossexualidade, quer em sociedade, quer em Igreja. Por isso, acredito que este movimento de desocultação constitui já, em si, vivência de Evangelho - porque liberta do medo. Aquilo de que não nos atrevemos a falar assusta-nos mais. Eu este texto escrevi, reescrevi e voltei a escrever, às voltas para encontrar as palavras certas. É sempre uma procura, como expressou a mística sufi Rabi’a al-Basri: “Quem experimentou, sabe; quem explica, mente.”

Eu penso que qualquer relação entre duas pessoas adultas que se amam e assumem um compromisso de cuidado e respeito mútuo abre um espaço de vivência do Evangelho. É em relação que desenvolvemos a capacidade de amar, e Deus está nesse amor. Outras conferências deste ciclo terão abordado isso na sua complexidade - e espero que também na sua simplicidade! O que se diz pode aplicar-se a qualquer relação, seja heterossexual ou homossexual. No entanto, para esta conferência, eu quis trazer aquilo que uma relação homossexual pode ter de específico enquanto vivência do Evangelho - que não é alguma característica intrínseca destas relações, mas sim o momento histórico e o contexto em que são vividas. Vou então começar por falar sobre este contexto.

Há uma ideia que espero que fique clara desde já: não dou testemunho da minha experiência por provocação à Igreja, faço-o por amor à Igreja. Eu sou católica, homossexual e casada. Talvez a combinação das palavras “católica” e “homossexual” cause estranheza a quem está longe destas andanças, mas, na realidade, o elemento crítico nesta tríade é mesmo a palavra “casada”. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, eu “posso” ser católica e homossexual, e como tal devo ser “acolhida com compreensão e apoiada na esperança de ultrapassar as minhas dificuldades pessoais e a minha inadaptação social”. Mas não posso ser casada. Nós, pessoas homossexuais, não podemos entrar em relação conjugal - isso é considerado imoral pela doutrina católica. E, segundo orientações mais recentes, também não podemos seguir uma vocação religiosa, na medida em que não podemos ser admitidas nos seminários ou ordens religiosas. Ou seja, atualmente a única proposta da Igreja para os gays e lésbicas é o celibato. Eu não considero que esta proposta seja séria, ou pelo menos que o seja para todas as pessoas homossexuais - algumas sentir-se-ão chamadas ao celibato, outras não, como é óbvio. E tenho sentido muita necessidade de procurar caminhos que permitam conciliar estas vivências. Por um lado, porque a atual posição do Magistério em relação à homossexualidade não constitui um dogma, e, portanto, não requer adesão total - deve ser entendida como orientação ou recomendação. Por outro lado porque, para respeitar a minha consciência, preciso de dar testemunho de que não vivo esta forma de amar como “intrinsecamente desordenada” ou “fechada ao dom da vida”. Dou o meu testemunho por amor à Verdade e à Igreja de Cristo, para que através dele a Igreja possa continuar o seu trabalho de construção do Reino e aprenda a caminhar com tantas mulheres e tantos homens que se sentem e crêem com vocação cristã mas que, pela sua orientação sexual, vêem limitado o acesso eclesialmente reconhecido ao seguimento de Cristo.

Construir pontes 

Eu descobri que sou lésbica depois de ter “descoberto” que sou cristã… Aos 15 anos fui seduzida por uma ideia, que foi o que me pôs em busca de Deus: aquela frase muito repetida de Santo Agostinho, “Não Me procurarias se não Me tivesses já encontrado”. Achei graça àquilo. Depois, aos 18, apaixonei-me pelo Cristo na Cruz. Foi um relâmpago. Lembro-me de estar na igreja da minha paróquia, nada de especial, nem era um sítio onde costumasse ir, e de me ajoelhar aos pés da Cruz e saber: “Sou Tua, sou Tua”. Foi o princípio.

Mais tarde, aos 22 anos, num retiro em Taizé, nova descoberta… admitir para mim mesma que me tinha apaixonado por uma mulher. Foi outro relâmpago. Era uma coisa que tinha acontecido há uns meses, mas à qual eu nem tinha dado nome, nem sabia que nome dar.

Em oração, procurando pôr perante Deus o que em mim era mais verdadeiro, tomei consciência e verbalizei esta experiência de enamoramento. Ao fazê-lo, pude olhar para trás e perceber que esse novo dado (uma possível orientação homossexual) era uma chave de interpretação para muitas coisas que até aí tinha vivido - a forma como se organizavam os meus afetos, as relações, as procuras... O que fazia sentido, o que me projetava para os outros e para Deus, quem escolhia como modelo, por que caminhos interiores crescia... E também, na relação com os outros, o que era verdade e o que não era tão verdade. Ao princípio, vivi bem esta tomada de consciência, como uma clarificação de quem era. As coisas estavam finalmente nos sítios certos. Mas depois faltou-me o chão.

Antes de tentar falar com pessoas sobre esta questão, pus-me a ler documentos que a Igreja tinha publicado sobre homossexualidade. E o que se encontra é muito pesado. Lêem-se coisas como: “(...) as relações homossexuais são atos desprovidos da sua regra essencial e indispensável. São condenadas na Sagrada Escritura como graves depravações e mesmo apresentadas como a triste consequência de uma recusa de Deus.” Ao ler isto, fiquei esmagada, apavorada. Não podia acreditar que aquilo me estava a acontecer.

Mantive segredo sobre o que então descobri durante bastante tempo. A vergonha era muito grande, não tinha modelos positivos, não encontrava com quem falar. Parecia que o que tinha de melhor para oferecer aos outros estava contaminado, tornara-se nocivo, achava que ia fazer-lhes mal. Se, numa primeira fase, a descoberta da homossexualidade foi uma clarificação sobre mim própria, rapidamente se tornou num pesado manto de ocultação perante os outros. Foi terrível. Foi terrível o sentimento de inadaptação, de vergonha, de culpa, de solidão, foi terrível a vontade de desaparecer.

Vivi anos a tentar esconder quem era de todas as pessoas - família, amigos, comunidade alargada - todos. Não sei que pessoa seria se não tivesse gasto tanta energia a esconder quem sou. Criei defesas que ficaram muito marcadas. E perdi muitas pessoas queridas. A maior parte dos meus amigos “católicos” deixou de dar-se comigo. Uns porque não acham “natural”, outros porque não querem expor os filhos a “isto”. “Isto” sou eu.

A certa altura, falei com um padre negro, que me disse: “Ser gay não é pecado, é quem tu és. Talvez chegue o tempo de vermos o primeiro santo gay.” Foi um choque ver as palavras “santo” e “gay” na mesma frase. Isso abriu um caminho, e deixei de estar tão desesperada.

No entanto, as experiências em Igreja que se seguiram voltaram a ser violentas. O meu orientador espiritual, em quem confiava, quando me forçou a terminar uma relação, disse: “Eu estou só a fazer o que qualquer pai que gostasse de ti faria.” Este padre estava a fazer o que lhe parecia certo, achava que era para meu bem. Mas eu fiquei muito mal. (Hoje acho que esta interpretação da doutrina foi uma armadilha para nós dois. Para mim, por violentar aquilo que é a minha identidade e a minha consciência. Para ele, por torná-lo a pessoa que exerceu essa violência, apesar de ser muito mais do que isso. É, aliás, isso que me move hoje a falar: acredito que a Igreja é muito mais do que a sua posição oficial.)

Voltando então atrás, a minha comunidade de fé, que até aí tinha sido um elemento estruturante, tornou-se o pior dos buracos, sem saída possível - a não ser o silêncio e aquela espécie de quarentena afetiva que impõe, e que eu não considero uma proposta séria. Acabei por me afastar.

Depois, passados alguns anos de deserto, tive imensa sorte, fui resgatada. Começou por um cântico, com letra de São João da Cruz, que já cantara muitas vezes e voltei a ouvir numa situação inesperada: “De noche, iremos de noche, que para encontrar la fuente, solo la sed nos alumbra.” Pus-me novamente a caminho. Vivi uma experiência forte de acolhimento no Amor de Deus, que me devolveu a confiança e a consciência da dignidade de ser Sua filha. Fui encontrando pessoas que souberam mediar a doutrina oficial, sem fechar portas, com respeito pelo que eu estava a viver e pelo primado da minha consciência na relação com Deus. Percebi que aquilo que me tenta é o medo, a vergonha, a mágoa. Ganhei uma nova chave de leitura do Evangelho e um outro caminho começou a adivinhar-se, depois a consolidar-se. Deixei de encarar a Igreja como um buraco e passei a encará-la como um campo minado - tenho de tomar muito cuidado onde piso, mas é possível fazer progresso.

Apesar de já não estar no meu ponto de partida, a relação com a Igreja continua a ser dolorosa. No seu discurso oficial, a Igreja trata os gays e lésbicas como se fossemos inimigos da família. Ao contrário do que pretende, isso não é defesa da família - é defesa de um modelo de família. É muito diferente. Na forma como a Igreja acusa os homossexuais de provocarem o colapso da família e da sociedade, identifico um movimento muito característico do pensamento religioso - a circunscrição do mal em volta de um grupo de pessoas, que permite construir uma falsa bondade à sua custa. Parece-me falso, cobarde e pouco católico. Não acredito que a “defesa” da família possa ser feita por oposição à estabilidade psíquica e espiritual de gays e lésbicas - e das suas famílias. Quando a minha mãe me ouviu falar-lhe pela primeira vez sobre a minha orientação sexual, respondeu-me: “Eu piso o chão que as minhas filhas pisarem.” As pessoas que gostam de nós alegram-se com a nossa alegria.

[A este respeito, não deixa de ser irónico pensar que a família apresentada pela Igreja como modelo é também uma família sui generis. Há meses circulava nas redes sociais uma ilustração de Jesus com a seguinte legenda: “Eu tive dois pais e dei-me bem com isso”... E claro que a Sara respondeu logo que Jesus também pode ter tido duas mães, porque Deus não tem sexo…]

A doutrina 

Atualmente, a doutrina da Igreja considera que “Embora a inclinação particular da pessoa homossexual não seja um pecado, é uma tendência mais ou menos forte para um mal moral intrínseco; como tal, a inclinação em si deve ser encarada como uma perturbação objetiva”. O Catecismo reforça, nas orientações pastorais para o acompanhamento espiritual de pessoas homossexuais, que “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta” [CIC 2358].

Os atos homossexuais são considerados “intrinsecamente desordenados”, com base em três argumentos: “são contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual” [CIC 2357]. Apesar de acreditar que este debate não se faz discutindo a letra da lei, procurei contrapor aos argumentos acima enunciados a experiência e reflexão de muitos cristãos homossexuais, nos quais me incluo.

Em primeiro lugar, a Igreja considera que os atos homossexuais “são contrários à lei natural”. “A lei natural exprime o sentido moral original que permite [...] discernir, pela razão, o bem e o mal, a verdade e a mentira” [CIC 1954]. Penso que a lei natural é efetivamente central para o acolhimento dos gays e lésbicas na Igreja, pois é de discernimento que se trata: de um discernimento sério dos entendimentos sobre a homossexualidade alcançados à luz do conhecimento moderno. E esse entendimento é que nós não somos pessoas heterossexuais defeituosas, com uma grave depravação, um defeito moral ou uma tendência para o mal; somos pessoas homossexuais normais, desafiadas pelas mesmas possibilidades de saúde ou doença, de pecado ou santidade, que qualquer outra pessoa. Não deixa de ser irónico que a lei natural seja utilizada pela Igreja como argumento contra a plena expressão da afetividade que nos é natural… A lei natural não é um código minucioso e fechado, promulgado pela autoridade eclesiástica. É “a luz da inteligência posta em nós por Deus”. Aliás, voltando ao Catecismo da Igreja Católica [1957], lemos que “A aplicação da lei natural varia muito; pode requerer uma reflexão adaptada à multiplicidade das condições de vida, segundo os lugares, as épocas e as circunstâncias.” Eu pergunto: não será mais digno da Igreja de Cristo procurar uma aplicação da lei natural adequada a todos os fiéis, com princípios comuns que transcendam as diferenças inevitáveis? Acredito que só assim a Igreja poderá ajudar todos a caminhar segundo a vontade de Deus.

Em segundo lugar, a Igreja considera que os atos homossexuais “fecham o ato sexual ao dom da vida”. A interpretação desta afirmação depende do que entendermos por dom da vida, que não se limita à procriação. Mas podemos fazer uma interpretação literal, e, nesse caso, ao terem uma vida sexual ativa, as pessoas em relação homossexual estarão a pecar contra a castidade - tal como as pessoas divorciadas, as pessoas recasadas, as pessoas que têm relações sexuais antes do casamento... E as pessoas com problemas de fertilidade, as pessoas que já não estão em idade fértil, as pessoas que tomam a pílula ou usam preservativos... Ou seja, tal como qualquer pessoa que tenha relações sexuais sem ter a procriação em vista.

Finalmente, a Igreja considera que os atos homossexuais “não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual”. Mas uma pessoa homossexual provavelmente encontrará a sua complementaridade afetiva e sexual numa pessoa do mesmo sexo. Caso contrário, não seria homossexual. O facto de a doutrina insistir numa “verdadeira complementaridade afetiva sexual” alheia à verdadeira orientação afetiva e sexual de cada pessoa demonstra a profundidade do desencontro que prevalece relativamente a esta questão.

Em Igreja ou em família? 

Entretanto, um pouco por todo o mundo, o movimento lgbt [lésbicas, gays, bissexuais e transgénero] vai ganhando visibilidade e conseguindo proteção legal e apoio social para direitos civis considerados fundamentais - nomeadamente o direito à não-discriminação e à proteção da família. A narrativa deste movimento inscreve-o num movimento civilizacional mais amplo, de garantia de direitos e liberdades fundamentais, no qual também se inscrevem a abolição de discriminações com base no estatuto, na “raça” e no género.

A Igreja Católica rejeita que a união entre duas pessoas do mesmo sexo possa ser considerada uma família, por não se verificar o elemento que considera indispensável - a alteridade sexual; opõe-se ao reconhecimento legal destas uniões por entender que isso significaria “aprovar um comportamento errado e ofuscar valores fundamentais que fazem parte do património comum da humanidade”; e não qualifica esta posição como discriminação, mas apenas como distinção entre realidades diferentes.

Os ativistas lgbt denunciam a interferência do lobby católico na sua luta por direitos civis, e acusam a Igreja de não respeitar a separação entre Estado e Igreja; de viver obcecada pela proibição do sexo; de historicamente ter tomado partido pelas narrativas hegemónicas (tendo pactuado com a escravatura, o racismo, o sexismo e agora a homofobia); de ser responsável pelo sofrimento inútil de milhões de mulheres e homens homossexuais, muitos dos quais religiosas e religiosos; de manipular os medos das pessoas para incitá-las a uma nova Cruzada contra os promotores da chamada “ideologia de género”... Por outro lado, os ativistas católicos denunciam um suposto lobby gay; afirmam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo provocará o colapso do casamento, da família e da sociedade; que não se pode tratar do mesmo modo aquilo que é distinto; que depois da homossexualidade virão a poligamia e o incesto; que as crianças não devem ser sujeitas a experimentalismos e a engenharias sociais; que, jogando a cartada da vitimização, os homossexuais pretendem criar leis de exceção à sua medida...

Os setores extremistas são os que ganham mais visibilidade neste conflito. Os católicos fundamentalistas atacam os homossexuais que abominam - não as pessoas reais, mas as que habitam o seu imaginário estereotipado: os devassos, os pervertidos, os impuros. Os ativistas radicais atacam a Igreja que odeiam - a Igreja repressora, castigadora, homófoba. E, se não passarmos da leitura imediata, corremos o risco de ficar com o pior de uns e de outros.

Por exemplo, em 2009, em Lisboa, vimos marcharem pela Avenida da Liberdade famílias católicas completas (lado a lado com skinheads), contra o casamento de pessoas do mesmo sexo. E, no entanto, os primeiros resultados do recente inquérito sobre a família lançado pelo Papa Francisco a todos os católicos revelam que estes querem uma Igreja mais inclusiva, e que as famílias homossexuais são dos grupos que mais apoio recebem das bases.

Outro exemplo: em França, assistimos a manifestações de intensidade surpreendente, propagadas pelo discurso incendiário de alguns bispos, contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por casais homossexuais e a chamada “ideologia do género”. E, no entanto, os bispos franceses emitiram em 2012 um comunicado, cuidadosamente redigido, no qual se afirmavam favoráveis à possibilidade de encontrar um enquadramento jurídico para as uniões homossexuais. E reforçavam que “a Igreja Católica chama os fiéis a viverem essa relação em castidade, mas reconhece, para além do mero aspeto sexual, o valor da solidariedade, da atenção e do cuidado do outro que podem manifestar-se numa relação afetiva duradoura.” Já em 2008, o presidente da Conferência dos Bispos da Alemanha também se declarara a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, afirmando que se trata de uma questão da própria realidade social: se há pessoas com esta orientação, o Estado deve adotar uma legislação correspondente.

Mesmo entre os católicos coexistem pois diferentes entendimentos sobre a homossexualidade. A proposta oficial é clara: acolha-se o pecador, condenando-se o pecado. Depois, alguns consideram que qualquer equiparação das uniões homossexuais à “verdadeira” família é uma cedência inaceitável a uma modernidade dominada pelo relativismo. Outros, que os gays e lésbicas devem aprender a lidar com a culpa e com as consequências do seu afastamento da Igreja, sem exigir que esta se adapte a eles. Mas, outros, consideram que a recomendação oficial de abstinência sexual é desumana e impraticável, e que as uniões homossexuais estáveis devem ser protegidas pela lei civil. E outros, ainda, propõem uma reflexão sobre a “Igreja nas margens”, e a construção de uma eclesiologia que proteja e celebre a identidade das pessoas homossexuais, acolhendo a sua contribuição específica para a Igreja de Deus. Como interpretar estas diferenças no seio da própria Igreja?

A questão da verdade 

Há alguns anos, li um texto maravilhoso de Timothy Radcliffe, intitulado “Overcoming Discord in the Church”, que me ajudou a perceber as diferentes formas de encarar a homossexualidade na Igreja. Radcliffe distingue duas correntes de católicos - e defende que precisamos de todos. Os chamados “católicos do Reino” são aqueles que têm um sentido profundo de Igreja enquanto povo peregrino de Deus, a caminho do Reino; enfatizam a abertura ao mundo, a liberdade, a procura da justiça e a descoberta da presença do Espírito Santo atuante fora da Igreja. Os chamados “católicos da Comunhão” são aqueles que sentiram, após o Concílio, a necessidade urgente de reconstruir a vida interior da Igreja; enfatizam a Cruz, a identidade católica e a prudência face a uma aceitação demasiado impulsiva da modernidade. Quando li este texto, identifiquei-me muito claramente com os “católicos do Reino”. Mais importante do que isso, compreendi a dificuldade que os “católicos da Comunhão” podem ter com a questão da homossexualidade. Estes católicos valorizam o ensinamento de que a homossexualidade é uma desordem objetiva, e consideram que seria desonesto negá-lo. Acreditam que a verdade deve ser defendida, mesmo que isso ofenda ou magoe algumas pessoas - pois enganá-las seria pior.

Estamos então perante a questão da verdade. Uns entendem que é verdade que a homossexualidade é uma desordem, outros que é uma forma de ser. Não vale sequer a pena começar este debate pelos seus elementos mais visíveis – direitos, família, casamento – sem nos entendermos primeiro quanto à caracterização da homossexualidade. A partir daí, tudo o resto flui. E a questão de base é a seguinte: ou a homossexualidade é uma desordem objetiva, ou não é. Ou é uma desordem, como ensina a Igreja, ou é uma variante regular, minoritária e não-patológica da condição humana, como tem vindo a ser demonstrado pela ciência, socialmente confirmado por tantas comunidades, legalmente reconhecido por tantos países, e vivamente testemunhado por tantas mulheres e tantos homens cuja plena realização se dá a partir dessa característica, e não apesar dela. A este propósito, recordo o que foi escrito na Declaração Dignitatis Humanae, do Concílio Vaticano II: "A verdade não se impõe de outro modo senão pela força da própria verdade."

Talvez ainda exista entre as autoridades eclesiais alguma falta de conhecimento sobre a realidade de pessoas homossexuais bem integradas - sobre a sua vida interior, a sua vida afetiva, relacional e espiritual. As tomadas de posição oficiais parecem ter por base fantasias estereotipadas, e não a realidade vivida pelos gays e lésbicas. Esta situação pode ter tendência a agravar-se. Por um lado, porque as pessoas homossexuais se afastam da Igreja quando encontram pela frente uma série de preconceitos que não as puxam para a vida, mas para a morte. Por outro lado, porque apesar de existir um grande número de religiosas e religiosos homossexuais (as estatísticas apontam para uma proporção superior à da sociedade em geral), a pressão para ocultar é enorme. E que difícil, o desenvolvimento psíquico em ambientes de medo, mentira, repressão, clandestinidade, relações ambíguas, ameaças de expulsão e de chantagem… As exceções são raras e corajosas. Assim, as vivências a que uma certa Igreja tem acesso mais próximo são quase sempre de uma homossexualidade escondida, envergonhada, mal vivida. Eu sei o inferno que foi o meu ponto de partida.

E, no entanto, muitos elementos da hierarquia da Igreja reconhecem que existe uma questão de verdade que deve ser encarada - reconhecem-no em si, naqueles que orientam, naqueles que acompanham ou naqueles com quem vivem em comunidade. Mas pensam, muitas vezes, que remeter-se ao silêncio é o melhor que podem fazer - para evitar condenações frontais ou reações de oposição violenta dos setores mais reacionários.

Se insistir na caracterização da homossexualidade como desordem objetiva, a Igreja continuará a ter para propor-nos a total abstinência sexual; continuará a opor-se a qualquer forma de reconhecimento (civil ou religioso) da nossa vida familiar; continuará, de forma mais ou menos frontal, a promover a nossa autorrejeição e exclusão social; continuará a incentivar o desenvolvimento de novas abordagens para nos “curar” desta desordem.

Se aceitar a homossexualidade como variante da condição humana, a Igreja terá como missão ajudar-nos a crescer para Deus, enquanto pessoas homossexuais; defenderá a formação e a estabilidade da nossa vida conjugal e familiar; ajudar-nos-á a transmitir a fé aos nossos filhos; fortalecerá o nosso compromisso com os mais vulneráveis através de projetos sociais; e terá finalmente uma palavra de consolo e esperança para tantas pessoas, especialmente das camadas mais marginalizadas da sociedade, que sofrem todo o tipo de discriminação pela sua condição de homossexuais.

Não sou uma pessoa contestatária, não tenho problemas com a autoridade, não sou de nadar contra a corrente. Sou mesmo demasiado cumpridora! Mas parece-me um manifesto abuso de poder que a Igreja Católica pretenda excluir Deus de determinado espaço relacional. Não posso calar-me diante de uma Igreja que considera mais determinante numa pessoa a sua orientação sexual do que o seu potencial de santidade e de graça; mais determinante numa família a alteridade sexual dos cônjuges do que o afeto, o compromisso, o cuidado e o laço espiritual que os une.

E entretanto? 

Talvez não seja de esperar que a Igreja se atualize integrando a última versão da teoria do género... Mas talvez também não seja isso o mais necessário. Talvez o mais necessário seja simplesmente escutar a experiência dos gays e lésbicas, procurar a verdade naquilo que vivemos, sem fazer julgamentos à partida.

Se nos disserem que somos pecadores e egoístas, que estamos fechados a Deus, temos sempre maneira de encontrar verdade nisso. Conhecemos bem a nossa miséria, e por isso tendemos a aceitar o que nos coube, a relativizar. Mas quando vemos o mesmo juízo ser lançado sobre outros, deixamos de relativizar, e percebemos que é injusto e inaceitável infligir aquele sofrimento. E quando acolhemos o outro, no mesmo movimento acolhemo-nos a nós.

Por outro lado, ser homossexual, como viver outros tipos de exclusão, pode dar-nos uma espécie de radar para a bondade dos outros. Ficamos à mercê dessa bondade. Não é uma situação desejável, não é uma situação justa - mas, em vez de deixarmos que nos destrua, podemos deixar que nos faça mais pessoas.

Hoje, penso que ser homossexual e casada me torna mais católica. É muito interessante, porque quando somos atirados para a margem percebemos finalmente que o Evangelho é todo dirigido aos marginalizados. Eu antes disse que não sei que pessoa seria se não tivesse gasto tanta energia a esconder quem sou. Mas agora também digo que não sei que pessoa seria se não tivesse conhecido esta derrocada e esta revelação. Antes havia uma pertença social, uma identificação com determinados modelos e valores, uma filiação a um grupo de pessoas… Quando isso é destruído, parece que não fica pedra sobre pedra. Mas, se permanecermos o tempo suficiente, percebemos que até as ruínas são habitadas pela Sua Presença - perene, densa, incompreensível, ilógica. E através da nova relação que estabelecemos com a Igreja - em que somos muito chamados a perdoar - a pertença passa a inscrever-se em Cristo.

Rita

Fontes:
Diversidade CatólicaJames Alison
Homosexuality and Catholicism Bibliography: Section IX: Lesbian and Gay Clergy and Religious
civil same sex marriage

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Porque estou aqui

Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.

Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.

Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.

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