A saída do armário dos filhos é recebida com choque, apreensão e, muitas vezes, com revolta por parte dos pais. O terapeuta familiar Pedro Frazão, 33 anos, é autor de um estudo sobre este tema. Saiba quais são as principais recomendações deste especialista.
por Clara Soares, in visão, 9 de Dezembro de 2009
Transmitir ao adolescente/jovem adulto de que se trata apenas de uma fase e que com o tempo vai voltar a ser heterossexual, desvalorizando todo o trabalho de preparação que o jovem fez para partilhar com os pais o que sentia
Criar um pacto de silêncio sobre as questões relacionadas com os afectos e sexualidade dos jovens
Criar um clima de confrontação e hostilidade que faça o adolescente/jovem adulto sentir-se ainda mais isolado do que já se sentia antes do coming out ("sair do armário")
Fazer ameaças de que ou o adolescente muda a sua orientação sexual ou é afastado da família ou expulso de casa
Proibir o adolescente ou jovem adulto de se encontrar com os seus amigos ou namorados(as) que muitas vezes são apontados pelos pais mais intolerantes como responsáveis pela situação
Fazer formulações culpabilizantes de que os filhos são gays ou lésbicas porque os pais falharam ou porque a orientação sexual dos filhos resulta de experiências infantis (ex: a mãe estava demasiado próxima e o pai era distante)
Fazer comentários homofóbicos e que ridicularizam pessoas gays ou lésbicas
Procurar psiquiatras e psicólogos com o objectivo de mudar a orientação sexual dos filhos
O que deve fazer:
Criar um contexto seguro para que o adolescente ou o jovem adulto fale abertamente sobre os seus sentimentos
Assumir que, à semelhança do que foi vivido pelos filhos, os pais também necessitam de tempo para se adaptar à nova realidade
Procurar informação especializada sobre questões relacionadas com a orientação sexual
Se necessário, procurar um profissional de saúde mental especializado em questões de sexualidade
Conhecer gays e lésbicas que lhe possam assegurar que uma orientação sexual minoritária não é um problema e que lhe mostrem que essas pessoas podem ter vidas completas como homens e mulheres a todos os níveis
Procurar outros pais que têm filhos gays e lésbicas e que viveram situações semelhantes
Uma boa iniciativa : AMPLOS - Associação de Mães e Pais Pela Liberdade de Orientação Sexual.
ResponderEliminarTêm um blogue, que recomendo.
Como se dizia no antigamente :
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