Daniel Faria foi um poeta que descobri pouco antes da sua morte. Ouso dizer que a sua escrita me pôs a caminho, e continua a lançar pontes, a abrir horizontes internos e a fazer-me vibrar como uma caixa de ressonância de um violoncelo. Serve a presente mensagem para anunciar a publicação das comunicações de um colóquio sobre a sua poesia. E, já agora, para quem não conhece, acrescento uma pequeníssima biografia e algumas páginas a ver.
Daniel Faria: comunicações do colóquio publicadas
Foram publicadas as comunicações do colóquio sobre Daniel Faria realizado em 2009, ano em que se assinalou o 10.º aniversário da morte do poeta.
As 273 páginas do livro, intitulado “E agora sei que oiço as coisas devagar – Evocação e Escuta de Daniel Faria”, foram organizadas por Marco de Oliveira Marques e Francisco Topa, que prefacia a edição.
Os 17 textos são assinados, entre outros, por D. Carlos Azevedo, valter hugo mãe, Ana Catarina Marques, Rosa Maria Martelo e Rui Laje. (Jornal de Letras/SNPC)
ISBN: 978-989-96206-4-3
Biografia:
Nasceu a 10 de Abril de 1971 em Baltar, Paredes.
Licenciou-se em Teologia na Universidade Católica Portuguesa e em Estudos Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Recebeu vários prémios literários relativos a inéditos de poesia e conto. Algumas publicações: Oxálida, A Casa dos Ceifeiros, Explicação das árvores e de outros animais, Homens que são como lugares mal situados, e o póstomo Dos líquidos. Colaborou em várias revistas.
Quando faleceu (na sequência de uma queda), em 9 de Junho de 1999, era noviço no Mosteiro de Singeverga.
A sua obra poética está reunida em Poesia, Quasi edições, 2003.
http://www.danielfaria.org/ (site oficial: muito bom)
http://www.germinaliteratura.com.br/dfaria.htm (por Vera Voga)
Sobre a obra:
"O Daniel Faria era um poeta muito, muito grande, tão grande na humildade quanto na poesia."
"Tocar os poemas de Daniel Faria é como amanhecer em braçadas de luz total."
"Viveu só 28 anos, mas "a respirar como um clarão"."
Vera Voga
"Gostava de pedras, de plantas de árvores povoadas; de linhas leves, muito ténues, e de formas concisas, muito simples, de cores fortes; de coisas pobres, que transmutava em esplendor matérico ou formal; de poesia, de pintura, de música e silêncio; do fulgor ígneo da inteligência e dos degraus pacientes da humildade."
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