Como vai ser a eternidade? A escolha começa hoje
«Como alguns falassem do templo, dizendo que estava adornado de belas pedras e de ofertas votivas, Jesus respondeu: ‘Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.’» (Lucas 21, 5-6)
Há algumas coisas nas vidas de todos nós que parecem absolutamente permanentes e indestrutíveis. É desta forma que a maior parte das crianças vê os seus pais e, para muitas, acontece o mesmo em relação à sua casa, à sua escola, à sua igreja.
A maioria dos adultos também tem uma percepção semelhante de intemporalidade e perenidade quando olha para construções como a Torre de Belém ou o Palácio de São Bento, ainda que esteja zangada com o Governo e os deputados.
O mesmo sentimento de permanência era ainda mais intenso nos pensamentos e emoções que os judeus experimentavam quando visitavam o grande Templo de Jerusalém. Se alguma coisa haveria de ficar para sempre, seria o Templo, pensavam eles. Mas Jesus veio dizer-lhes que estavam enganados. Tudo haveria de desaparecer, e mais cedo do que imaginavam. E assim foi, de facto.
Todos nós temos a tendência de depositar a nossa fé em coisas que podemos ver e tocar. É um grande erro, como Jesus nos lembra. Afinal, tudo o que nós podemos ver e tocar, incluindo os nossos próprios corpos, acabará por desaparecer. Nada ficará a não ser os corações que, ao longo da nossa vida, formámos e modelámos através dos nossos pensamentos, escolhas e acções – para o bem ou para o mal. Nada ficará a não ser os nossos corações e o bom Deus que espera para nos saudar olhos nos olhos.
Quando esse grande momento chegar, só uma resposta interessa: Teremos nós crescido à semelhança de Deus e teremos nós aprendido a ver como Ele vê, a pensar como Ele pensa e a amar como Ele ama? Se sim, teremos diante de nós uma eternidade arrebatadora no seio de Deus e da sua grande família. Se não, o nosso destino é viver para sempre sozinhos, diante da maravilhosa família que nunca poderá ser a nossa.
O que vai ser, depende das escolhas que fizer hoje mesmo.
Mons. Dennis Clark
In Catholic Exchange
Tradução e adaptação de Rui Martins para © SNPC
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