foto de João Tuna |
Igreja Católica distingue compositor Eurico Carrapatoso com prémio "Árvore da Vida"
A Igreja Católica distinguiu o compositor Eurico Carrapatoso com a sétima edição do prémio “Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes”, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, em parceria com a Renascença.
A justificação do júri sublinha que a «pessoalíssima gramática sonora» do autor «mergulha profundamente na tradição musical portuguesa», tendo por diversas vezes «origem ou motivação religiosa».
O júri, presidido pelo bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Manuel Clemente, assinala igualmente o «diálogo» que o compositor mantém com autores do «cânone literário» português.
As referências à «paisagem, tanto a geográfica como aquela mental» do território nacional, fazem da obra de Eurico Carrapatoso «uma preciosa e inspirada meditação sobre Portugal» e o «destino comum» dos portugueses, acrescenta o júri.
«É uma distinção que prezo especialmente, pois consagra, de qualquer forma, a dimensão do insondável que eu sempre desejei, certamente, e seguramente, tentei, inocular naquilo que penso, que invento, que faço e que escrevo», realça Eurico Carrapatoso em entrevista publicada no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Entre as obras da sua autoria, o compositor elege como preferida o “Tríptico Mariano”, composto por “Horto sereníssimo” (2000), “Magnificat em talha dourada” (1998) e “Stabat Mater” (2008).
Além de D. Manuel Clemente, o júri teve a seguinte constituição: cónego João Aguiar, presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, patrocinadora do prémio; António Vaz Pinto, diretor da Revista “Brotéria”; Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura; Maria Teresa Dias Furtado, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Nas edições anteriores, o prémio “Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes” distinguiu o poeta Fernando Echevarria, o cientista Luís Archer, o cineasta Manoel de Oliveira, a professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira e o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura realizado pela diocese de Beja.
Entre as personalidades premiadas até esta edição, Eurico Carrapatoso é a mais nova, com 49 anos.
por Rui Martins in SNPC
O prémio será entregue na próxima sexta feira, em Fátima, por ocasião das Jornadas da Pastoral da Cultura
Justificação do Júri
O Júri do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes deliberou, por unanimidade, atribui-lo, nesta que é a sua sétima edição, ao compositor Eurico Carrapatoso.
Eurico Carrapatoso nasceu no distrito de Bragança, em 1962. Iniciou os seus estudos musicais na década de oitenta, tendo sido aluno de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima, Constança Capdeville e, finalmente, de Jorge Peixinho, com quem concluiu, em 1993, o Curso Superior de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem, desde então, desenvolvido ampla atividade no ensino e construído uma extraordinária obra no âmbito da criação musical, com trabalhos que vão da música orquestral, à música de câmara e coral, e que têm suscitado um justo reconhecimento, dentro e fora do país.
A sua pessoalíssima gramática sonora mergulha profundamente na tradição musical portuguesa, que tem, não raras vezes, uma origem ou motivação religiosa. Mas não apenas a tradição musical é revisitada por esta obra singular: o diálogo que tem sabido manter com autores do nosso cânone literário (de Bernardo Soares a Sophia de Mello Breyner Andresen, de Manuel Teixeira Gomes a Matilde Rosa Araújo, Alice Vieira, A.M. Pires Cabral, entre outros) e, curiosamente, com a própria paisagem, tanto a geográfica como aquela mental, do nosso território, fazem dela uma preciosa e inspirada meditação sobre Portugal e o nosso destino comum.
O Júri do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes teve a seguinte constituição: D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais; Cónego João Aguiar, Presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, patrocinadora deste Prémio; António Vaz Pinto S.J., Diretor da Revista “Brotéria”; Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Centro Nacional de Cultura; Maria Teresa Dias Furtado, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; José Tolentino Mendonça, Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Esta é a sétima atribuição do «Prémio de Cultura Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes», instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura em parceria com a Rádio Renascença, e que, nas edições anteriores, distinguiu já o poeta Fernando Echevarria, o cientista Luís Archer s.j., o cineasta Manoel de Oliveira, a professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira e o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura levado a cabo pela Diocese de Beja.
in SNPC
Sem comentários:
Enviar um comentário