Liberdade para amar, não libertinagem
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O Evangelho não mudou, não faz acepção de pessoas e é para todo aquele que em qualquer nação faz a Deus o que lhe é agradável. Mas uma coisa é importante termos em mente: não podemos confundir liberdade com libertinagem. “Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros.” (Gálatas 5, 13).Falamos de relacionamento, de união e amor entre duas pessoas do mesmo sexo, não estamos a falar de oportunidade e acesso para a prática da libertinagem. A promiscuidade não é aceite por Deus, relações sexuais sem compromisso, múltiplas, puramente instintivas, animalescas... que desfiguram qualquer imagem e semelhança espiritual com Deus.
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Não é pecado ser heterossexual ou homossexual. O pecado é como cada indivíduo direcciona a sua orientação sexual. Por exemplo, um rapaz casado que trai a sua esposa, está a cometer pecado, entretanto um homossexual que vive um relacionamento monogâmico de fidelidade absoluta ao seu parceiro, está nos planos de Deus.
Não pregamos a inclusão para levar para dentro da Igreja a perversão sexual como ocorria nos templos de prostituição sagrada (…). É preciso ter um cuidado enorme, porque a semente da libertinagem pode, como o cancro, corromper um povo inteiro, sem que se consiga sequer notar que a presença do Espírito Santo já se foi. O Rei Saul, quando o Espírito de Deus se retirou dele, não conseguiu sequer perceber, porque estava “cego” pela contaminação do pecado.
Por outras palavras, não adianta apresentar-se o acesso pelo novo e vivo caminho de Jesus com a libertinagem, pois será um cego a guiar outro cego, nas palavras de Jesus [Cf. Mateus 15, 14].
Ninguém bebe água por um copo sujo! Deus também não pode derramar aquilo que o mesmo tem de mais puro que é o seu próprio Espírito, num templo contaminado, sujo ou imundo. “Mas quem se une ao Senhor, forma com Ele um só espírito. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que o homem cometa é exterior ao seu corpo, mas quem se entrega à impureza peca contra o próprio corpo. Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis?” (1 Coríntios 6, 17-19).
Não estamos a falar em abrir as portas da Igreja aos homossexuais para trazerem consigo a libertinagem ao mesmo tempo. Continuamos a crer que Deus não se mistura com a imundície. “Sede santos, porque Eu sou santo.” (1 Pedro 1, 16).
Não é porque o amor de Deus é incondicional, que um relacionamento de amor entre duas pessoas não poderá ser por Ele reprovado. Não é porque Deus é amor e quem ama permanece em Deus, que o corpo, templo do Espírito Santo, pode ser usado de qualquer forma. O véu rasgou-se e o acesso a Deus, em Jesus Cristo, foi aberto a todas as pessoas, mas não queremos usar desta liberdade para permitir a libertinagem!
O acto sexual deve ser considerado como algo santo, momento em que dois seres se tornam uma só carne, um só corpo, uma só vida... A união entre duas pessoas deve ser em pureza, como no acto de união da Igreja com Cristo, e por isso em compromisso, em unidade, em amor... [...]
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Quando falamos de relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo suas respectivas orientações sexuais, mencionamos um relacionamento de unidade, de amor, de fidelidade entre duas pessoas que se amam, que se completam.
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Defendemos portanto no nosso seio, o companheirismo, apoio, sustento, amor, como já dissemos. Uma coisa importante a ser salientada é que não há menção neste texto [1], nem no original, nem nas suas traduções, de que uma relação santa aos olhos de Deus tenha necessariamente que ser entre um homem e uma mulher, mas sim entre duas pessoas.
Pe. Nilo
[1] Eclesiastes 4, 9-12 (ver: http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/10/deus-nao-quer-o-homem-so.html)http://gayscatolicoscomfe.blogspot.com/2010/10/liberdade-para-amar-nao-para.html