Um filme de 2015 que aborda questões ligadas à aceitação da homossexualidade por parte dos pais
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A diversidade na Igreja
"A casa do meu Pai tem muitas moradas", diz-nos Jesus no evangelho.
A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.
A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.
Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?
A unidade na diversidade não é sempre aparente na Igreja enquanto povo de Deus, mas é uma realidade em Deus e uma presença na fé cristã desde a sua origem. A Palavra de Deus não é partidária, elitista e exclusiva. O Reino de Deus é como uma árvore que estende os ramos para dar abrigo a todos os pássaros do céu. Cristo não morreu na cruz para salvar uma mão cheia de cristãos. Até o Deus Uno encerra em si o mistério de uma Trindade.
A Palavra de Deus é inequívoca e só pode levar à desinstalação, à abertura ao outro, e a recebê-lo e amá-lo enquanto irmão ou irmã. Ninguém fica de fora, nem mesmo - se tivessemos - os inimigos.
Muitos cristãos crêem nesta Igreja, nesta casa do Pai, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo. Mas como esquecer que muitos se sentem "de fora" por se verem rejeitados, amputados e anulados, e afastam-se por ninguém lhes ter mostrado que há um lugar para cada um, com a totalidade do seu ser?
Um blogue para cristãos homossexuais que não desistiram de ser Igreja
Porquê este blogue?
Este blogue é a partilha de uma vida de fé e é uma porta aberta para quem nela quiser entrar. É um convite para que não desistas: há homossexuais cristãos que não querem recusar nem a sua fé nem a sua sexualidade. É uma confirmação, por experiência vivida, que há um lugar para ti na Igreja. Aceita o desafio de o encontrares!
Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.
Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
Este blogue também é teu, e de quem conheças que possa viver na carne sentimentos contraditórios de questões ligadas à fé e à orientação sexual. És benvindo se, mesmo não sendo o teu caso, conheces alguém que viva esta situação ou és um cristão que deseja uma Igreja mais acolhedora onde caiba a reflexão sobre esta e outras realidades.
Partilha, pergunta, propõe: este blogue existe para dar voz a quem normalmente está invisível ou mudo na Igreja, para quem se sente só, diferente e excluído. Este blogue não pretende mudar as mentalidades e as tradições com grande aparato, mas já não seria pouco se pudesse revelar um pouco do insondável Amor de Deus ou se ajudasse alguém a reconciliar-se consigo em Deus.
Documentos em destaque no blogue
- Eles são católicos, homossexuais e praticam: testemunhos na Pública
- Viver como cristãos a condição homossexual
- Carta sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais
- O Caminho das pedras: artigo do Expresso sobre hom...
- Deus bem-me-quer
- "Eu posso crer no amanhã" Discurso em Ética da Reciprocidade: Líderes Religiosos LGBTI em diálogo na ONU | "We can face tomorrow" Speech on Ethics of Reciprocity: UN Dialogue of LGBTI Religious Leaders
- Carta ao Sínodo da Organização Mundial das Associações Homossexuais Católicas
- Rumos da discussão eclesial sobre a questão gay, p...
- Considerações sobre os projectos de Reconhecimento Legal das Uniões entre pessoas homossexuais: um documento de 2003 (Congregação para a Doutrina da Fé, Vaticano)
- Entrevista Exclusiva do Papa Francisco às revistas dos Jesuítas por P. Antonio Spadaro S.J.
- Um estudo da realidade da Homossexualidade em Portugal
- Glossário LGBTI de A a Z
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segunda-feira, 9 de abril de 2018
terça-feira, 24 de outubro de 2017
A Igreja tem de conhecer os católicos LGBT e olhá-los como pessoas
(Parte II)
por James Martin, S.J
tradução de José Leote (Rumos Novos)
2) Compaixão. O que significaria para a igreja mostrar compaixão para com os homens e mulheres LGBT? A palavra compaixão significa «experimentar com, ou sofrer com.» Portanto, o que é que significa para a igreja institucional, para a hierarquia, não somente respeitar os/as católicos/as LGBT, mas estar com eles/as, experienciar a vida com eles/as e mesmo sofrer com eles/as?
A primeira coisa e o requesito mais essencial é o escutar. É praticamente impossível experimentar a vida de uma pessoa, ou ser compassivo, se não escutarmos essa pessoa, ou se não fazemos perguntas. As perguntas que os líderes católicos podem colocar aos seus irmãos e irmãs LGBT são: como é a vossa vida? Como foi crescer como rapaz gay ou rapariga lésbica ou pessoa transgénero? Como foi o sofrimento? Quais são as alegrias? E: qual é a sua experiência de Deus? Qual é a sua experiência da igreja? Quais são as suas esperanças, desejos e orações? Para a igreja exercer compaixão, precisamos de escutar.
Os líderes da igreja também precisam de defender os seus irmãos e irmãs LGBT sempre que estes/as são perseguidos/as. Em muitas partes do mundo, as pessoas LGBT sofrem, novamente nas palavras do Catecismo, incidentes terríveis de «discriminação injusta»: preconceito, violência e mesmo homicídio. Nalguns países, pode ser-se preso por ser-se gay ou ter relações com pessoas do mesmo sexo e ser-se assassinado por se ser um líder gay. Nesses países a igreja institucional tem o dever moral de se levantar publicamente em prol dos seus irmãos e irmãs. Lembremo-nos que o catecismo afirma: «qualquer sinal de discriminação injusta» deve ser evitado. Ajudar alguém, defender alguém quando este/a está a ser agredido/a é parte da compaixão. É parte do ser-se discípulo de Jesus Cristo. Se duvidarmos disso, devemos ler a parábola do bom Samaritano (Lc 10, 25-37).
Mais perto de nós, o que é que significaria para a nos Estados Unidos [N.T.: e também em Portugal] dizer, sempre que necessário: «É errado tratar a comunidade LGBT desta forma»? Os líderes católicos publicam regularmente declarações defendendo – como é seu dever – os refugiados e os migrantes, os pobres, os sem-abrigo, os nascituros. Esta é uma forma de estar ao lado das pessoas: colocarmo-nos a caminho, mesmo apanhar por elas.
Porém, onde estão as declarações de apoio aos nossos irmãos e irmãs LGBT? Quando faço esta pergunta, algumas pessoas dizem: «Não se pode comparar aquilo que os refugiados enfrentam com aquilo que as pessoas LGBT enfrentam.» E, enquanto pessoa que trabalhou com refugiados no leste de África, eu sei que isso é verdade. Contudo, é importante não ignorar as taxas altamente desproporcionais de suicídio entre os jovens LGBT e o facto de as pessoas LGBT são as vítimas de proporcionalmente mais crimes de ódio do que outros grupos minoritários no país. No rescaldo do massacre de Orlando, quando a comunidade LGBT por todo o país fazia luto, senti-me entristecido não sentir que mais bispos não tivessem imediatamente manifestado o seu apoio. Claro que alguns o fizeram. Agora, imaginem se os ataques fossem contra, Deus não o permita, uma paróquia metodista. Provavelmente os bispos teriam dito: «Estamos com os nossos irmãos e irmãs metodistas.» Por que isso não aconteceu em Orlando? Pareceu uma espécie de falta de compaixão, uma falha de estar ao lado de e uma falha de sofrer com. Orlando convida-nos todos e todas a refletir sobre isto.
Não precisamos de procurar muito longe um modelo de como fazer isto. Deus fez isto por todos e todas nós – em Jesus. As linhas de abertura do Evangelho de João dizem-nos que «E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). O original em grego é mais vívido: O Verbo fez-se carne e «colocou a sua tenda no meio de nós» (eskēnōsen en hēmin). Não é maravilhoso? Deus entrou no nosso mundo para viver entre nós. Foi isto que Jesus fez. Ele viveu connosco. Tomou o nosso partido. Morreu mesmo como nós. Isto é o que a igreja é chamada a fazer com todos os grupos marginalizados, conforme nos lembrou o Papa Francisco, incluindo com os/as católicos/as LGBT: experimentar as suas vidas e sofrer com eles/ elas.
E também alegrar-se com eles e elas! Porque Jesus veio para experimentar todas as nossas vidas, não somente as partes dolorosas. As pessoas LGBT, embora possam sofrer perseguição, partilham as alegrias da condição humana. Também nós poderemos alegrarmo-nos com os nossos irmãos e irmãs LGBT?
2) Compaixão. O que significaria para a igreja mostrar compaixão para com os homens e mulheres LGBT? A palavra compaixão significa «experimentar com, ou sofrer com.» Portanto, o que é que significa para a igreja institucional, para a hierarquia, não somente respeitar os/as católicos/as LGBT, mas estar com eles/as, experienciar a vida com eles/as e mesmo sofrer com eles/as?
A primeira coisa e o requesito mais essencial é o escutar. É praticamente impossível experimentar a vida de uma pessoa, ou ser compassivo, se não escutarmos essa pessoa, ou se não fazemos perguntas. As perguntas que os líderes católicos podem colocar aos seus irmãos e irmãs LGBT são: como é a vossa vida? Como foi crescer como rapaz gay ou rapariga lésbica ou pessoa transgénero? Como foi o sofrimento? Quais são as alegrias? E: qual é a sua experiência de Deus? Qual é a sua experiência da igreja? Quais são as suas esperanças, desejos e orações? Para a igreja exercer compaixão, precisamos de escutar.
Os líderes da igreja também precisam de defender os seus irmãos e irmãs LGBT sempre que estes/as são perseguidos/as. Em muitas partes do mundo, as pessoas LGBT sofrem, novamente nas palavras do Catecismo, incidentes terríveis de «discriminação injusta»: preconceito, violência e mesmo homicídio. Nalguns países, pode ser-se preso por ser-se gay ou ter relações com pessoas do mesmo sexo e ser-se assassinado por se ser um líder gay. Nesses países a igreja institucional tem o dever moral de se levantar publicamente em prol dos seus irmãos e irmãs. Lembremo-nos que o catecismo afirma: «qualquer sinal de discriminação injusta» deve ser evitado. Ajudar alguém, defender alguém quando este/a está a ser agredido/a é parte da compaixão. É parte do ser-se discípulo de Jesus Cristo. Se duvidarmos disso, devemos ler a parábola do bom Samaritano (Lc 10, 25-37).
Mais perto de nós, o que é que significaria para a nos Estados Unidos [N.T.: e também em Portugal] dizer, sempre que necessário: «É errado tratar a comunidade LGBT desta forma»? Os líderes católicos publicam regularmente declarações defendendo – como é seu dever – os refugiados e os migrantes, os pobres, os sem-abrigo, os nascituros. Esta é uma forma de estar ao lado das pessoas: colocarmo-nos a caminho, mesmo apanhar por elas.
Porém, onde estão as declarações de apoio aos nossos irmãos e irmãs LGBT? Quando faço esta pergunta, algumas pessoas dizem: «Não se pode comparar aquilo que os refugiados enfrentam com aquilo que as pessoas LGBT enfrentam.» E, enquanto pessoa que trabalhou com refugiados no leste de África, eu sei que isso é verdade. Contudo, é importante não ignorar as taxas altamente desproporcionais de suicídio entre os jovens LGBT e o facto de as pessoas LGBT são as vítimas de proporcionalmente mais crimes de ódio do que outros grupos minoritários no país. No rescaldo do massacre de Orlando, quando a comunidade LGBT por todo o país fazia luto, senti-me entristecido não sentir que mais bispos não tivessem imediatamente manifestado o seu apoio. Claro que alguns o fizeram. Agora, imaginem se os ataques fossem contra, Deus não o permita, uma paróquia metodista. Provavelmente os bispos teriam dito: «Estamos com os nossos irmãos e irmãs metodistas.» Por que isso não aconteceu em Orlando? Pareceu uma espécie de falta de compaixão, uma falha de estar ao lado de e uma falha de sofrer com. Orlando convida-nos todos e todas a refletir sobre isto.
Não precisamos de procurar muito longe um modelo de como fazer isto. Deus fez isto por todos e todas nós – em Jesus. As linhas de abertura do Evangelho de João dizem-nos que «E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). O original em grego é mais vívido: O Verbo fez-se carne e «colocou a sua tenda no meio de nós» (eskēnōsen en hēmin). Não é maravilhoso? Deus entrou no nosso mundo para viver entre nós. Foi isto que Jesus fez. Ele viveu connosco. Tomou o nosso partido. Morreu mesmo como nós. Isto é o que a igreja é chamada a fazer com todos os grupos marginalizados, conforme nos lembrou o Papa Francisco, incluindo com os/as católicos/as LGBT: experimentar as suas vidas e sofrer com eles/ elas.
E também alegrar-se com eles e elas! Porque Jesus veio para experimentar todas as nossas vidas, não somente as partes dolorosas. As pessoas LGBT, embora possam sofrer perseguição, partilham as alegrias da condição humana. Também nós poderemos alegrarmo-nos com os nossos irmãos e irmãs LGBT?
3) Delicadeza: Como é que a igreja institucional pode ser «delicada» para com as pessoas LGBT? Essa é uma palavra maravilhosa utilizada pelo catecismo. No dicionário ela é definida como «uma tomada de consciência ou compreensão dos sentimentos da outra pessoa.» Encontra-se relacionada com a interpelação do Papa Francisco de que a igreja seja uma igreja do «encontro» e do «acompanhamento».
Para começar, é quase impossível saber à distância os sentimentos de outra pessoa. Não podemos compreender os sentimentos de uma comunidade, se não conhecemos essa comunidade. Não se pode ser delicado com a comunidade LGBT se somente se publicam documentos sobre ela, se prega sobre ela, ou se tweeta sobre ela, sem a conhecer. Uma das razões pelas quais a igreja lutou com a delicadeza é, na minha opinião, porque muitos líderes da igreja ainda não conhecem muitas pessoas gays ou lésbicas. A tentação é sorrir e dizer que os líderes da igreja conhecem de facto pessoas que são gays: padres e bispos que não saíram do armário em relação à sua homossexualidade. Porém, o meu sublinhado é mais vasto. Muitos líderes da igreja conhecem pessoas LGBT cuja sexualidade é conhecida. Essa falta de familiaridade e amizade significa que é mais difícil ser delicado. Como é que podemos ser delicados com a situação de uma pessoa se não a conhecemos? Portanto, um convite é que a hierarquia os possa conhecer como amigos/as.
O cardeal Christof Schönborn, arcebispo de Viena, lembrou-nos do encontro do Sínodos dos Bispos sobre a família, quando ele falou sobre um casal gay que conhecia e que tinha transformado a sua compreensão em relação às pessoas LGBT. Ele louvou mesmo as uniões entre pessoas do mesmo sexo. O cardeal disse: «Partilham a vida um do outro; partilham as alegrias e os sofrimentos; ajudam-se mutuamente. Temos de reconhecer que estas pessoas fizeram uma caminhada importante para o seu próprio bem e para o bem de outros, ainda que, claro está, esta seja uma situação que a igreja não pode considerar regular.» Ele também anulou a determinação de um padre na sua diocese que proibiu um homem, que vivia numa união do mesmo sexo, de servir num conselho paroquial, ou seja, o cardeal Schönborn esteve ao seu lado. Muito disto veio da sua experiência, conhecimento e amizade em relação às pessoas LGBT. O cardeal Schönborn disse simplesmente: «Temos de acompanhar.»
Nisto, como em todas as coisas, Jesus é o nosso modelo. Sempre que Jesus encontrou pessoas nas margens, ele via não uma categoria, mas uma pessoa. Para que fique claro, não estou a dizer que a comunidade LGBT deva ser, ou deva sentir-se, marginalizada. Em vez disso, eutou a dizer que dentro da igreja muitos deles e delas se sentem marginalizados. São vistos como «outro». Porém, para Jesus não havia «outro».
Jesus via para além das categorias; ele ia de encontro às pessoas onde estas se encontravam e acompanhava-as. No Evangelho de Lucas, quando ele encontra o centurião romano que pede a cura do seu servo, Jesus não disse «Pagão!» Em vez disso, viu um homem em estado de necessidade (Lc 7, 1-10). Mais à frente no Evangelho de Lucas, quando Jesus encontra Zaqueu, o cobrador de impostos chefe de Jericó, que teria igualmente sido considerado o chefe pecador da zona, ele não disse «Pecador!» Em vez disso, ele viu uma pessoa que procurava encontrá-lo (Lc 19, 1-10). Jesus tinha vontade de estar com, estar ao lado de e ser amigo dessas pessoas.
Uma objeção comum neste assunto é dizer-se: «Não, Jesus sempre lhes disse, antes de tudo, para não pecarem!» Portanto, não podemos conhecer pessoas gays porque eles pecam e quando os conhecermos, a primeira coisa que devemos dizer é «Parem de pecar!»
Mas este não é o caminho de Jesus. Na história de Zaqueu, como se lembrarão, Jesus vê primeiramente o cobrador de impostos empoleirado num sicómoro, tentando ver Jesus. Jesus disse que jantaria na casa de Zaqueu, um sinal de acolhimento no séc. I, na Palestina, antes que Zaqueu tenha dito ou feito o que quer que fosse. Depois de Jesus lhe ter oferecido acolhimento é que Zaqueu começa a conversar, prometendo pagar as pessoas a quem tinha defraudado. Do mesmo modo, na história do centurião romano, Jesus não repreende o homem por ser um pagão. Em vez disso, louva a fé do homem e, depois, cura-lhe o servo. Para Jesus, frequentemente, é a comunidade em primeiro lugar e a conversão em segundo.
O Papa fez-se eco disto numa conferência de imprensa recente: «As pessoas devem ser acompanhadas,» disse. «Quando uma pessoa que vive esta situação chega em frente a Jesus, Jesus certamente não dirá: «Vai-te embora porque és homossexual.»
A delicadeza baseia-se no encontro, acompanhamento e amizade. E onde é que isso nos leva? Ao segundo significado da palavra, que é, em linguajar comum, uma maior consciencialização sobre o que pode ofender. Somos «delicados» para com as situações das pessoas e, logo, somos «delicados» em relação a tudo o que possa ofender.
Uma forma de sermos delicados é termos cuidado com a linguagem que utilizamos. Alguns bispos já pediram que se rejeite a frase «objetivamente desordenado» quando se trata de descrever a inclinação homossexual (tal como se encontra no catecismo, N.º 2358). A frase refere-se à orientação, não à pessoa, mas mesmo assim é danosa. Dizer que uma das partes mais profundas de uma pessoa – a parte que recebe e dá amor – é «desordenada» em si é desnecessariamente cruel. Colocar de parte tal linguagem foi discutido no recente Sínodo sobre a família, de acordo com várias notícias publicadas. Mais recentemente, um bispo australiano, Vicent Long Van Nguyen, afirmou: «Não podemos falar acerca da integridade da criação, do amor universal e inclusivo de Deus, enquanto ao mesmo tempo fazemos conluio com as forças de opressão no tratamento errado das minorias raciais, das mulheres e das pessoas homossexuais… Isso não resulta em relação aos jovens, particularmente quando sugerimos tratar as pessoas gays com amor e compaixão, mas definimos a sua sexualidade como «intrinsecamente desordenada.»
Parte da delicadeza é compreender isso.
Para começar, é quase impossível saber à distância os sentimentos de outra pessoa. Não podemos compreender os sentimentos de uma comunidade, se não conhecemos essa comunidade. Não se pode ser delicado com a comunidade LGBT se somente se publicam documentos sobre ela, se prega sobre ela, ou se tweeta sobre ela, sem a conhecer. Uma das razões pelas quais a igreja lutou com a delicadeza é, na minha opinião, porque muitos líderes da igreja ainda não conhecem muitas pessoas gays ou lésbicas. A tentação é sorrir e dizer que os líderes da igreja conhecem de facto pessoas que são gays: padres e bispos que não saíram do armário em relação à sua homossexualidade. Porém, o meu sublinhado é mais vasto. Muitos líderes da igreja conhecem pessoas LGBT cuja sexualidade é conhecida. Essa falta de familiaridade e amizade significa que é mais difícil ser delicado. Como é que podemos ser delicados com a situação de uma pessoa se não a conhecemos? Portanto, um convite é que a hierarquia os possa conhecer como amigos/as.
O cardeal Christof Schönborn, arcebispo de Viena, lembrou-nos do encontro do Sínodos dos Bispos sobre a família, quando ele falou sobre um casal gay que conhecia e que tinha transformado a sua compreensão em relação às pessoas LGBT. Ele louvou mesmo as uniões entre pessoas do mesmo sexo. O cardeal disse: «Partilham a vida um do outro; partilham as alegrias e os sofrimentos; ajudam-se mutuamente. Temos de reconhecer que estas pessoas fizeram uma caminhada importante para o seu próprio bem e para o bem de outros, ainda que, claro está, esta seja uma situação que a igreja não pode considerar regular.» Ele também anulou a determinação de um padre na sua diocese que proibiu um homem, que vivia numa união do mesmo sexo, de servir num conselho paroquial, ou seja, o cardeal Schönborn esteve ao seu lado. Muito disto veio da sua experiência, conhecimento e amizade em relação às pessoas LGBT. O cardeal Schönborn disse simplesmente: «Temos de acompanhar.»
Nisto, como em todas as coisas, Jesus é o nosso modelo. Sempre que Jesus encontrou pessoas nas margens, ele via não uma categoria, mas uma pessoa. Para que fique claro, não estou a dizer que a comunidade LGBT deva ser, ou deva sentir-se, marginalizada. Em vez disso, eutou a dizer que dentro da igreja muitos deles e delas se sentem marginalizados. São vistos como «outro». Porém, para Jesus não havia «outro».
Jesus via para além das categorias; ele ia de encontro às pessoas onde estas se encontravam e acompanhava-as. No Evangelho de Lucas, quando ele encontra o centurião romano que pede a cura do seu servo, Jesus não disse «Pagão!» Em vez disso, viu um homem em estado de necessidade (Lc 7, 1-10). Mais à frente no Evangelho de Lucas, quando Jesus encontra Zaqueu, o cobrador de impostos chefe de Jericó, que teria igualmente sido considerado o chefe pecador da zona, ele não disse «Pecador!» Em vez disso, ele viu uma pessoa que procurava encontrá-lo (Lc 19, 1-10). Jesus tinha vontade de estar com, estar ao lado de e ser amigo dessas pessoas.
Uma objeção comum neste assunto é dizer-se: «Não, Jesus sempre lhes disse, antes de tudo, para não pecarem!» Portanto, não podemos conhecer pessoas gays porque eles pecam e quando os conhecermos, a primeira coisa que devemos dizer é «Parem de pecar!»
Mas este não é o caminho de Jesus. Na história de Zaqueu, como se lembrarão, Jesus vê primeiramente o cobrador de impostos empoleirado num sicómoro, tentando ver Jesus. Jesus disse que jantaria na casa de Zaqueu, um sinal de acolhimento no séc. I, na Palestina, antes que Zaqueu tenha dito ou feito o que quer que fosse. Depois de Jesus lhe ter oferecido acolhimento é que Zaqueu começa a conversar, prometendo pagar as pessoas a quem tinha defraudado. Do mesmo modo, na história do centurião romano, Jesus não repreende o homem por ser um pagão. Em vez disso, louva a fé do homem e, depois, cura-lhe o servo. Para Jesus, frequentemente, é a comunidade em primeiro lugar e a conversão em segundo.
O Papa fez-se eco disto numa conferência de imprensa recente: «As pessoas devem ser acompanhadas,» disse. «Quando uma pessoa que vive esta situação chega em frente a Jesus, Jesus certamente não dirá: «Vai-te embora porque és homossexual.»
A delicadeza baseia-se no encontro, acompanhamento e amizade. E onde é que isso nos leva? Ao segundo significado da palavra, que é, em linguajar comum, uma maior consciencialização sobre o que pode ofender. Somos «delicados» para com as situações das pessoas e, logo, somos «delicados» em relação a tudo o que possa ofender.
Uma forma de sermos delicados é termos cuidado com a linguagem que utilizamos. Alguns bispos já pediram que se rejeite a frase «objetivamente desordenado» quando se trata de descrever a inclinação homossexual (tal como se encontra no catecismo, N.º 2358). A frase refere-se à orientação, não à pessoa, mas mesmo assim é danosa. Dizer que uma das partes mais profundas de uma pessoa – a parte que recebe e dá amor – é «desordenada» em si é desnecessariamente cruel. Colocar de parte tal linguagem foi discutido no recente Sínodo sobre a família, de acordo com várias notícias publicadas. Mais recentemente, um bispo australiano, Vicent Long Van Nguyen, afirmou: «Não podemos falar acerca da integridade da criação, do amor universal e inclusivo de Deus, enquanto ao mesmo tempo fazemos conluio com as forças de opressão no tratamento errado das minorias raciais, das mulheres e das pessoas homossexuais… Isso não resulta em relação aos jovens, particularmente quando sugerimos tratar as pessoas gays com amor e compaixão, mas definimos a sua sexualidade como «intrinsecamente desordenada.»
Parte da delicadeza é compreender isso.
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Publicado em português In Rumos Novos
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Para não ser demasiado tarde
partilho um testemunho que nos alerta para não perdermos tempo. Seria bom que os pais que não aceitam os seus filhos o lessem. A vida são dois dias...
Até hoje
por João André Costa
"Eu e o Paulo temos uma relação. Pronto, já o disse. Eu e o Paulo sempre tivemos uma relação logo desde o primeiro momento em que nos vimos na Secundária. Ainda retenho a imagem na mente: ele na esquina do Pavilhão A, de calças à anos 90, justas e magras, como as pernas, compridas do chão ao tronco, um tronco elegante, despreocupado, à vontade por debaixo de um rosto calmo, curioso, de olhos negros como o cabelo forte, daquele cabelo que dá vontade de agarrar e encher as mãos, quase animalesco de tão farto. Bastou-nos meio segundo, e depois ele desviou o olhar.
Nessa tarde encontrámo-nos por detrás do ginásio, ele calado e eu também, ele a querer saber, a saber, e eu com as mãos suadas atrás das costas, a tremer, com um pé atrás e outro à frente, ele mais alto que eu, assim ao pé de mim, e eu a percebê-lo mais velho, talvez no 10º ou 11º, e eu ainda no 9º e tantos nervos, nunca tinha beijado ninguém e não queria deixar de beijar, os lábios dele vermelhos de sangue, de dor, vontade, paixão?, amor?, um passo em frente e fechei os olhos.
Até hoje.
Não sei quem teve mais dificuldade em aceitar a nossa relação, se os pais dele se os meus. Quando finalmente arranjei coragem para contar a toda a gente à mesa de jantar, a minha irmã desatou a rir-se, a minha mãe desatou a chorar e o meu pai perdeu a fala.
Até hoje.
E eu a pensar, a ansiar, a desejar tirar este peso de cima dos ombros, eu a querer contar, partilhar este amor, este ardor no peito de coração aos saltos sempre que estivemos juntos e sós, desde o escuro do anfiteatro da Universidade à sala de cinema, passando pela casa quando mais ninguém lá estava até à sala de enfermagem ao fim do turno. Eu a querer dar-lhes tudo e em trinta segundos perder um pai e uma mãe, porque a minha irmã não conta e a minha irmã já sabia (sempre soube) entre amigos e amigas, conversas de rua e conversas de escola. A minha irmã também é enfermeira. Até hoje.
Mas ao menos os meus pais não me puseram na rua. Pura e simplesmente deixaram de o ser, pais, demitindo-se com justa causa e por escrito. Já com os pais do Paulo foi bem pior, e como, mal ou bem, já estávamos os dois a trabalhar, alugámos um T1 no bairro e, aos 21, começámos uma vida juntos.
Até hoje.
Entretanto casámos, pelo Civil, pois claro, o Paulo pediu-me em casamento no nosso 3º aniversário depois de um jantar de mãos dadas e uma vida de mãos dadas e eu disse que sim, para sempre, e para sempre fechei os olhos. Na cerimónia apenas os padrinhos do Paulo e os meus, os que não fugiram, os que não nos deixaram.
Até hoje.
Hoje caminhamos na marcha. De mãos dadas com as alianças bem à vista, para todos, para que todos saibam e todos vejam, o meu pai, a minha mãe (porque a minha irmã não conta, já o disse). E não, pai, eu não trago o rabo à mostra nem penas ou asas de todas as cores, sou apenas eu, eu e Paulo e uma bandeira em cada mão, essa sim com todas as cores, como sempre fomos, de todas as cores desde que o vi na esquina do Pavilhão A. Podia ter sido uma rapariga, foi o Paulo, e eu nunca deixei de ser quem sou, nunca deixei de lutar, estudar e trabalhar, e o que se passa na cama e lá em casa é só connosco e mais ninguém. Não é pai? Porque mais ninguém tem nada com isso e eu também nunca te perguntei o que fizeste com a mãe antes de me fazeres ou enquanto me fizeste.
Estou a caminho de casa e o Paulo vem comigo. Batemos à porta e a minha mãe, com dois poços fundos de lágrimas no lugar dos olhos, abraça-me. Já não vou poder dizer nada ao meu pai."
in Público P3 a 25 de junho de 2017
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Conceitos LGBTI: Coming Out, Cisgénero, Crossdresser
Glossário LGBTI: letra C
Reconhecendo as minhas próprias limitações relativas a alguns conceitos utilizados ao falar de questões ligadas à comunidade LGBTI, resolvi partilhar com os leitores do blogue um glossário dos termos mais recorrentes. Esta publicação será faseada e é baseada numa publicação do site da rede ex aequo
"Conscientes dos efeitos de estereotipização e da tentativa de normalização, não se pretende com este glossário contribuir ainda mais para o aumento dessa problemática. Pretendemos apenas clarificar alguns conceitos básicos para que possamos todos/as falar a mesma língua.
Coming Out – passagem voluntária de um estado de ocultação, perante terceiros, da orientação sexual e/ou identidade de género para um estado de autenticidade, identificando-se perante si e perante os outros como gay, lésbica, bissexual e/ou trans.
Cisgénero - pessoa cuja identidade de género corresponde àquela que lhe foi atribuída à nascença.
Crossdresser - pessoas que, regular ou ocasionalmente, usam roupas que socialmente são vistas como sendo usadas por pessoas do sexo oposto. Geralmente estas pessoas sentem-se bem com o seu sexo biológico e não querem mudá-lo."
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
O padre que saiu do armário
Polaco, teólogo, padre e gay
Um sacerdote polaco residente em Roma assumiu recentemente uma relação homossexual numa entrevista a um jornal italiano. O Padre Krzysztof Charamsa é um teólogo católico, até então professor na Pontifícia Universidade Gregoriana e no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum e oficial da Congregação para a Doutrina na Fé, na qual era secretário-adjunto da Comissão Teológica Internacional.
No passado dia 2 de Outubro, Krzysztof Charamsa deu uma entrevista ao Corriere della Sera, na qual afirmou “quero que a Igreja e a minha comunidade saibam quem sou: um sacerdote homossexual, feliz e orgulhoso da própria identidade. Estou pronto para pagar as consequências, mas é o momento da Igreja abrir os olhos em relação aos crentes gays e perceba que a solução que propõe, de abstinência total da vida de amor, é desumana.” Quando questionado sobre as suas intenções, respondeu que a Igreja não conhecia a homossexualidade porque não conhece os homossexuais, pelo que pretende que a sua história possa servir como exemplo e ajudar a mudar consciências no interior da Igreja. Acrescentou ainda que ‘revelaria’ pessoalmente o que é ao Papa Francisco e que o comunicaria às universidades onde é docente.
Esta entrevista foi publicada no dia seguinte, coincidindo com a abertura da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se debruça sobre o tema da Família. A notícia, agravada pela coincidência propositada, foi rapidamente repercutida na comunicação social internacional, já de olhos postos no Vaticano por causa do início do sínodo. O director de imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, emitiu um comunicado pouco depois, registando que a decisão tinha sido “muito séria e irresponsável”, pois pretendia “sujeitar a assembleia do Sínodo à pressão dos media”, e que o visado não estaria certamente capacitado para continuar o exercício das duas funções. De facto, o Padre Charamsa foi dispensado das suas funções actuais, mas a decisão sobre se continuará ou não a ser padre cabe à sua diocese.
A controvérsia causada por esta situação surge também na sequência de diversos actos do Papa Francisco e da Igreja de aparente abertura à realidade LGBT, ao mesmo tempo que se aguarda o resultado final do Sínodo dos Bispos, que reúne até ao próximo dia 25.
Tiago Silva in dezanove
domingo, 27 de outubro de 2013
Carta a um leitor anónimo e solitário
No ano passado recebi um e-mail de um leitor que terá criado uma conta com nome fictício para se sentir mais confortável e mais protegido. Demorei algumas semanas a responder e, quando o fiz, o mail nunca foi entregue - provavelmente a conta foi fechada. Mas como penso que a história contada (fictícia mas com muitos traços de realidade) e a resposta dada possa ser útil a algum leitor, tomo a liberdade de as transcrever para o corpo desta mensagem de moradasdedeus:
Mensagem recebida de um leitor gay católico não assumido
Confesso que não li muitos posts (até porque eram grandes) mas o que me me fez escrever este e-mail foi a vontade de ouvir e ter contacto com alguém que vai perceber o sofrimento enorme que tenho sentido!
Eu também sou gay (não assumido) e católico. Tenho 25 anos e sou formado em Direito.
Nasci numa família extremamente conservadora (de quem gosto muito) e a maior parte dos meus amigos - ou pelo menos aqueles com quem tenho amizades mais profundas - também são católicos activos e empenhados.
A minha experiência de fé está muito ligada à espiritualidade Inaciana (aos Jesuítas) que, dentro da Igreja, acabam por ser bastante abertos. Ainda assim, e apesar de me ter sentido sempre acolhido pelos padres com quem falei, estou numa tristeza enorme por ser gay. Sinto-me completamente inferiorizado, tenho pena de ser assim e, no fundo, adorava ter uma família e filhos.
Ultimamente, por sugestão do meu orientador espiritual, tenho procurado, em oração contemplar o olhar amoroso de Deus para mim, gay... E não consigo. Sinto que este é um ponto na minha vida que correu mal. Que deu para o torto. E Deus, que me ama no todo, não ama especificamente essa minha vertente. Eu sei que isto não faz muito sentido. O padre que me orienta até se esforça por me convencer que não existe qualquer fundamento para isso mas eu não consigo avançar na oração.
Também em casa e entre os amigos me sinto sempre inferior. Fico completamente destruído pelas piadas homofóbicas e fico de rastos com a possibilidade de haver suspeitas de que eu sou gay. Este ano especificamente, em que muitos dos meus amigos se vão casar, cada vez que os vejo juntos e felizes fico ainda mais triste com a minha solidão (embora fique feliz por eles).
Por outro lado, não me identifico nada com o mundo gay... as paradas e desfiles, as noites de engate, as bichas histéricas, etc. "A minha cena" é diferente. Acredito em compromisso, em relações profundas e difíceis. Acredito no verdadeiro amor, no que dá trabalho, no que pede investimento e entrega.
Ponto de situação - sinto-me completamente só! Parece que tenho um ácido que me vai destruindo. Tenho imensa pena de não ter uma doença grave, que me faça durar pouco. Ou então de não ter coragem (e pouco respeito pela vida) para me poder suicidar.
Enfim...
Não sei muito bem porque é que te estou a escrever. A verdade é que dificilmente me poderás ajudar, tanto mais que nem me conheces. De qualquer maneira, se tiveres tempo e vontade responde.
Um abraço.
P.S. - Desculpa mas toda a minha identificação é fictícia. Criei este e-mail para poder expressar livremente a minha condição.
Resposta ao leitor
Aproveito estes momentos mais tranquilos para responder calmamente ao teu mail.
Antes de mais quero dizer-te que fico muito feliz por teres chegado ao blogue e ainda mais feliz por teres encontrado a coragem de escrever a mensagem. Sinto-me muito privilegiado quando vejo que, de alguma forma, o blogue vai cumprindo a sua primeira vocação: o ser útil a alguém e fazer com que esse alguém compreenda que não está só e não é um caso isolado. E, por essa razão, quero reafirmar-te a minha disponibilidade para te escutar e, se quiseres, para partilhar contigo a minha experiência pessoal e a minha experiência enquanto pessoa que já conheceu muita gente que vive um conflito interior entre a sua condição (homossexual) e a sua fé ou educação, que é muito doloroso e até pode ser muito destrutivo.
O blogue já tem algum tempo, e comecei-o depois de aceitar plenamente a minha homossexualidade e de ter falado com os meus pais e algumas pessoas que me eram mais próximas. Tenho a sorte de ter uma fé bem alicerçada e de ter trabalhado com relativa facilidade o possível conflito entre a minha orientação sexual e a religião. Outras questões foram bem mais morosas e difíceis. Mas não me quero desviar do teu mail. Estava a falar-te do blogue. É verdade que alguns posts são grandes, e não te aconselho a ler o blogue de fio a pavio. Mas quando tiveres questões ou assuntos que te interessem de um modo particular, no fim da primeira página tens uma série de palavras-chave, que te podem conduzir mais directamente ao tema do teu interesse. Outra forma é ires ao historial do blogue e escolheres pelos títulos.
Adiante.
Falaste-me da tua família, dos teus amigos, da espiritualidade com que te identificas mais. Deixa-me dizer-te que tens sorte por teres uma família que amas, e nada disso vai mudar, independentemente do futuro. E tens sorte também por te identificares com a espiritualidade inaciana, que é uma lufada de ar fresco no mofo da Igreja em Portugal (ainda muito conservadora e hierarquizada). Os Jesuítas são homens muito abertos à sociedade onde vivem. São pessoas habituadas a escutar e a ir ao encontro das pessoas e são pessoas normalmente inteligentes e com espírito crítico, sem grandes preconceitos e sem medos (o conhecimento normalmente afasta o receio cego). Tens um director espiritual que te escuta, e isso é extraordinário. É frequente haver directores espirituais que são um pouco manipuladores, e o teu não parece ser. Escolheste ter um director espiritual: se estás contente com o "trabalho" que estão a fazer em conjunto, aconselho-te vivamente a confiares nele.
Quanto à tua tristeza, posso compreendê-la perfeitamente: quem não desejaria ser heterossexual, quem não desejaria ter uma vida mais fácil, uma relação mais socialmente integrada e aceite? Sobretudo quando se deseja ter uma família e filhos...
Também eu passei anos a negar, a querer construir algo que no meu íntimo sabia não ser capaz de construir... Mas sabes, agora já não me sinto tão triste. Não pelo facto de ser gay; às vezes sim pela dificuldade de encontrar alguém com quem possa construir uma relação duradoira. Ou até pela dificuldade de encontrar alguém de uma forma natural e de me apaixonar assim (apesar de não ter nada contra quem conheça pessoas pela net, continuo a acreditar que prefiro apaixonar-me por alguém que conheça na minha vida quotidiana).
Quanto ao descobrires o olhar amoroso de Deus, a mim também me parece fundamental. Achas que se Deus não te quisesse como és, tinha-te feito gay? Acreditas mesmo que Deus se anda a enganar ou a fazer experiências falhadas? Não, a tua vida não deu para o torto, nem vai dar! A vida é uma coisa maravilhosa e incompreensível, e também difícil e tortuosa, mas não teria piada nenhuma se não o fosse... Seria tépida e enjoativa e ninguém construiria nada com as suas vidas. Não haveria artistas, nem santos, nem ninguém lutaria por construir um mundo melhor - porque não acreditariam que fosse possível. Deus ama-te inteirinho. Deus até ama as coisas que nos parecem menos boas. Mas. acredita, ser gay não entra na categoria dos "defeitos" (até ao século passado achava-se que ser canhoto era defeito, assim como ser mulher). Se não fosses gay serias certamente menos sensível, menos atento ao sofrimento alheio. E daqui a uns tempos, quando te conseguires amar e aceitar inteiramente, verás que serás uma pessoa muito melhor e um ser humano mais completo - provavelmente, se não fosses gay, nunca terias de trabalhar isso.
Se em oração não consegues acreditar nesse olhar amoroso que Deus tem para ti, pede-lhe simplesmente perdão pela dificuldade de acolher esse Amor. Oferece-lhe a tua pobreza, o teu medo, a tua insegurança e a falta de amor (a ti mesmo). E podes oferecer-lhe mesmo isso, pois Deus está cheio de tudo de bom o que tens para dar. O que Ele quer mesmo é a tua fraqueza, pois isso Ele não tem, mas pode certamente transformar.
Quanto ao sentimento de seres inferior... Não és, e sabes disso! Ninguém é inferior a ninguém. Somos todos seres humanos. Jesus viveu com homens e mulheres pecadores, seres "inferiores". Não achas que Ele o fez por alguma razão? Achas que o facto de Ele ter morrido e ressuscitado por ti, não mudou nada na tua vida? Na minha mudou!
E os medos das suspeitas. É normal que os tenhas: tu ainda não trabalhaste em ti a aceitação. Como não ter receio que os outros não aceitem? Essa é uma fase seguinte: primeiro tens de acreditar (cabeça) e aceitar (coração) que o G (nome fictício do leitor) é homossexual, e que não há qualquer problema nisso. Depois, aos poucos, vais ficando menos tenso e menos na defensiva, e deixas de ter medo das "suspeitas".
Conheço um rapaz homossexual, que dizia saber desde sempre que era homossexual. Ele não queria nada parecê-lo, e tentava sempre manter uma postura impecável mas muito rígida e inflexível. Uma vez disse-lhe que sempre soube que ele era gay. Ele ficou espantado, perguntou-me se se notava (com receio que algum trejeito o tivesse revelado). Eu disse-lhe para ele não ter receio, pois não era disso que se tratava: era a sua rigidez e constante tensão. Como vês, às vezes o feitiço pode-se virar contra o feiticeiro. E outra coisa que te quero chamar a atenção - pois neste caso isso acontecia -, tens de prestar atenção se esse medo das suspeitas e a tua sensação quando contam piadas homofóbicas não tem a ver com a tua própria homofobia. Sim, podes crer que há muitos gays homofóbicos. E isso é um mecanismo natural de defesa (porque desejavas ser heterossexual, porque tens dificuldade em aceitares-te como és). Não te estou a acusar de nada - não te conheço -, nem te quero ofender, quero somente alertar-te para as "manhas" da nossa cabeça e para a complexidade de todo o processo da aceitação da nossa sexualidade.
A solidão é de facto um fardo pesado a carregar. Não se aplica somente aos homosexuais, mas a todo o ser humano. Mas não podemos confundir o estar sozinho com o estar só. Ao longo da minha vida tenho trabalhado essa questão. Gosto muito quando não estou sozinho, e desejo ter um companheiro de vida, mas acho que aprendi a nunca estar só. Há fases na minha vida em que estou sozinho - por exemplo agora - mas sinto que é importante aprender a estar bem sozinho. Só se está bem acompanhado se se sabe estar bem sozinho. Claro que isso parece um chavão mas, acredita, nos meus 35 anos de vida tem sido uma descoberta. Mas digo-te que também eu, por vezes, sinto a solidão.
O mundo gay com que não te identificas, também eu e a maioria dos gays que conheço não se identifica com ele. A tua "cena" é diferente da "cena cultural gay" mediatizada, mas é a mesma da maioria dos gays. Só que a sociedade faz com que andemos às escondidas, daí não ser fácil ter referências que consideres positivas, construtivas, com as quais te identifiques. Mas elas existem, e cabe-nos construí-las.
Ponto da situação: não estás só! Eu estou aqui, e há muita gente que não conheces que anda por aí. Não deixes que o teu coração escolha o caminho fácil (o do desespero, o de desejar morrer, o do suicidio). Também eu sonhei e pensei muitas vezes nisso. Mas amo demais a vida, e já "morri" uma vez. Aguento o sofrimento, sei disso. E tu também. O ser humano tem uma energia vital e uma capacidade de reconstrução espantosa. Tens uma vida para construir, do que estás à espera? Espero não te assustar com tantas palavras e - aparentemente - tantas certezas. Não o quero fazer, só te quero dar força e dizer-te que estou aqui. E dizer-te também que se quiseres falar de tudo isto estarei cá.
Abraço-te calorosamente, e estou mesmo aqui, para o que for preciso neste processo.
Rioazur
Antes de mais quero dizer-te que fico muito feliz por teres chegado ao blogue e ainda mais feliz por teres encontrado a coragem de escrever a mensagem. Sinto-me muito privilegiado quando vejo que, de alguma forma, o blogue vai cumprindo a sua primeira vocação: o ser útil a alguém e fazer com que esse alguém compreenda que não está só e não é um caso isolado. E, por essa razão, quero reafirmar-te a minha disponibilidade para te escutar e, se quiseres, para partilhar contigo a minha experiência pessoal e a minha experiência enquanto pessoa que já conheceu muita gente que vive um conflito interior entre a sua condição (homossexual) e a sua fé ou educação, que é muito doloroso e até pode ser muito destrutivo.
O blogue já tem algum tempo, e comecei-o depois de aceitar plenamente a minha homossexualidade e de ter falado com os meus pais e algumas pessoas que me eram mais próximas. Tenho a sorte de ter uma fé bem alicerçada e de ter trabalhado com relativa facilidade o possível conflito entre a minha orientação sexual e a religião. Outras questões foram bem mais morosas e difíceis. Mas não me quero desviar do teu mail. Estava a falar-te do blogue. É verdade que alguns posts são grandes, e não te aconselho a ler o blogue de fio a pavio. Mas quando tiveres questões ou assuntos que te interessem de um modo particular, no fim da primeira página tens uma série de palavras-chave, que te podem conduzir mais directamente ao tema do teu interesse. Outra forma é ires ao historial do blogue e escolheres pelos títulos.
Adiante.
Falaste-me da tua família, dos teus amigos, da espiritualidade com que te identificas mais. Deixa-me dizer-te que tens sorte por teres uma família que amas, e nada disso vai mudar, independentemente do futuro. E tens sorte também por te identificares com a espiritualidade inaciana, que é uma lufada de ar fresco no mofo da Igreja em Portugal (ainda muito conservadora e hierarquizada). Os Jesuítas são homens muito abertos à sociedade onde vivem. São pessoas habituadas a escutar e a ir ao encontro das pessoas e são pessoas normalmente inteligentes e com espírito crítico, sem grandes preconceitos e sem medos (o conhecimento normalmente afasta o receio cego). Tens um director espiritual que te escuta, e isso é extraordinário. É frequente haver directores espirituais que são um pouco manipuladores, e o teu não parece ser. Escolheste ter um director espiritual: se estás contente com o "trabalho" que estão a fazer em conjunto, aconselho-te vivamente a confiares nele.
Quanto à tua tristeza, posso compreendê-la perfeitamente: quem não desejaria ser heterossexual, quem não desejaria ter uma vida mais fácil, uma relação mais socialmente integrada e aceite? Sobretudo quando se deseja ter uma família e filhos...
Também eu passei anos a negar, a querer construir algo que no meu íntimo sabia não ser capaz de construir... Mas sabes, agora já não me sinto tão triste. Não pelo facto de ser gay; às vezes sim pela dificuldade de encontrar alguém com quem possa construir uma relação duradoira. Ou até pela dificuldade de encontrar alguém de uma forma natural e de me apaixonar assim (apesar de não ter nada contra quem conheça pessoas pela net, continuo a acreditar que prefiro apaixonar-me por alguém que conheça na minha vida quotidiana).
Quanto ao descobrires o olhar amoroso de Deus, a mim também me parece fundamental. Achas que se Deus não te quisesse como és, tinha-te feito gay? Acreditas mesmo que Deus se anda a enganar ou a fazer experiências falhadas? Não, a tua vida não deu para o torto, nem vai dar! A vida é uma coisa maravilhosa e incompreensível, e também difícil e tortuosa, mas não teria piada nenhuma se não o fosse... Seria tépida e enjoativa e ninguém construiria nada com as suas vidas. Não haveria artistas, nem santos, nem ninguém lutaria por construir um mundo melhor - porque não acreditariam que fosse possível. Deus ama-te inteirinho. Deus até ama as coisas que nos parecem menos boas. Mas. acredita, ser gay não entra na categoria dos "defeitos" (até ao século passado achava-se que ser canhoto era defeito, assim como ser mulher). Se não fosses gay serias certamente menos sensível, menos atento ao sofrimento alheio. E daqui a uns tempos, quando te conseguires amar e aceitar inteiramente, verás que serás uma pessoa muito melhor e um ser humano mais completo - provavelmente, se não fosses gay, nunca terias de trabalhar isso.
Se em oração não consegues acreditar nesse olhar amoroso que Deus tem para ti, pede-lhe simplesmente perdão pela dificuldade de acolher esse Amor. Oferece-lhe a tua pobreza, o teu medo, a tua insegurança e a falta de amor (a ti mesmo). E podes oferecer-lhe mesmo isso, pois Deus está cheio de tudo de bom o que tens para dar. O que Ele quer mesmo é a tua fraqueza, pois isso Ele não tem, mas pode certamente transformar.
Quanto ao sentimento de seres inferior... Não és, e sabes disso! Ninguém é inferior a ninguém. Somos todos seres humanos. Jesus viveu com homens e mulheres pecadores, seres "inferiores". Não achas que Ele o fez por alguma razão? Achas que o facto de Ele ter morrido e ressuscitado por ti, não mudou nada na tua vida? Na minha mudou!
E os medos das suspeitas. É normal que os tenhas: tu ainda não trabalhaste em ti a aceitação. Como não ter receio que os outros não aceitem? Essa é uma fase seguinte: primeiro tens de acreditar (cabeça) e aceitar (coração) que o G (nome fictício do leitor) é homossexual, e que não há qualquer problema nisso. Depois, aos poucos, vais ficando menos tenso e menos na defensiva, e deixas de ter medo das "suspeitas".
Conheço um rapaz homossexual, que dizia saber desde sempre que era homossexual. Ele não queria nada parecê-lo, e tentava sempre manter uma postura impecável mas muito rígida e inflexível. Uma vez disse-lhe que sempre soube que ele era gay. Ele ficou espantado, perguntou-me se se notava (com receio que algum trejeito o tivesse revelado). Eu disse-lhe para ele não ter receio, pois não era disso que se tratava: era a sua rigidez e constante tensão. Como vês, às vezes o feitiço pode-se virar contra o feiticeiro. E outra coisa que te quero chamar a atenção - pois neste caso isso acontecia -, tens de prestar atenção se esse medo das suspeitas e a tua sensação quando contam piadas homofóbicas não tem a ver com a tua própria homofobia. Sim, podes crer que há muitos gays homofóbicos. E isso é um mecanismo natural de defesa (porque desejavas ser heterossexual, porque tens dificuldade em aceitares-te como és). Não te estou a acusar de nada - não te conheço -, nem te quero ofender, quero somente alertar-te para as "manhas" da nossa cabeça e para a complexidade de todo o processo da aceitação da nossa sexualidade.
A solidão é de facto um fardo pesado a carregar. Não se aplica somente aos homosexuais, mas a todo o ser humano. Mas não podemos confundir o estar sozinho com o estar só. Ao longo da minha vida tenho trabalhado essa questão. Gosto muito quando não estou sozinho, e desejo ter um companheiro de vida, mas acho que aprendi a nunca estar só. Há fases na minha vida em que estou sozinho - por exemplo agora - mas sinto que é importante aprender a estar bem sozinho. Só se está bem acompanhado se se sabe estar bem sozinho. Claro que isso parece um chavão mas, acredita, nos meus 35 anos de vida tem sido uma descoberta. Mas digo-te que também eu, por vezes, sinto a solidão.
O mundo gay com que não te identificas, também eu e a maioria dos gays que conheço não se identifica com ele. A tua "cena" é diferente da "cena cultural gay" mediatizada, mas é a mesma da maioria dos gays. Só que a sociedade faz com que andemos às escondidas, daí não ser fácil ter referências que consideres positivas, construtivas, com as quais te identifiques. Mas elas existem, e cabe-nos construí-las.
Ponto da situação: não estás só! Eu estou aqui, e há muita gente que não conheces que anda por aí. Não deixes que o teu coração escolha o caminho fácil (o do desespero, o de desejar morrer, o do suicidio). Também eu sonhei e pensei muitas vezes nisso. Mas amo demais a vida, e já "morri" uma vez. Aguento o sofrimento, sei disso. E tu também. O ser humano tem uma energia vital e uma capacidade de reconstrução espantosa. Tens uma vida para construir, do que estás à espera? Espero não te assustar com tantas palavras e - aparentemente - tantas certezas. Não o quero fazer, só te quero dar força e dizer-te que estou aqui. E dizer-te também que se quiseres falar de tudo isto estarei cá.
Abraço-te calorosamente, e estou mesmo aqui, para o que for preciso neste processo.
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Gays no boxe
Pugilista sai do armário
O lutador Orlando Cruz, de Porto Rico, divulgou um comunicado oficial na quarta-feira assumindo publicamente ser homossexual. Dessa maneira, segundo informações do americano US Today, o boxeador de 31 anos se tornou o primeiro pugilista a confirmar ser gay.
Cruz fez questão de agradecer o apoio dado pela família e pelos amigos para conseguir assumir sua opção sexual. “Sempre tive e seguirei tendo orgulho de um homem gay. Não quero esconder minha identidade de mais ninguém. Quero que as pessoas me vejam por minhas habilidades no boxe, meu caráter e minha conduta esportiva”, disse no comunicado.
Na conta supostamente do pugilista no Twitter, ele recebeu apoio dos fãs, entre eles, do cantor e conterrâneo Ricky Martin. O artista escreveu para o atleta: “Parabéns pela sua coragem! Como estou feliz por você! Força! Muita paz para você e sua família! Abraços!”.
Logo depois, Cruz agradeceu as palavras de Ricky. “Obrigado irmão! Estou muito feliz e orgulhoso como você quando deu o mesmo passo que eu. Espero encontrá-lo em breve. Abraço!”, disse no perfil da rede social.
Cruz tem um grande histórico em sua carreira. São 21 lutas, 18 vitórias, duas derrotas e um empate. Das 18 vitórias, nove foram por nocaute. Atualmente, o pugilista é o campeão latino da OMB no peso pena, até 57 kg.
O lutador disputou tem sua próxima luta marcada para o dia 19 de outubro, quando irá defender seu título contra o mexicano Jorge Pazoz, em Kissimmee, nos EUA.
Fonte:Ag.LGBT Brasil
in http://www.folhadofora.com/outros-temas/celebridades?start=84
domingo, 12 de maio de 2013
ser gay no futebol americano
Alan Gendreau é um jovem atleta que joga futebol americano, numa pequena cidade do estado do Tennessee, nos Estados Unidos e que sonha com uma oportunidade na liga dos grandes (a NFL). A sua ambição acabou por ganhar mediatismo devido à orientação sexual de Gendreau – é gay assumido.
O jogador de 23 anos foi dado a conhecer ao grande publico, através de um vídeo biográfico colocado no site OutSports, que se dedica a divulgar desportistas que gostam de pessoas do mesmo sexo. O co-fundador do website sublinha que Gendreau nunca procurou um lugar privilegiado. “O objectivo dele não é ser o primeiro”, aponta Zeigler. “O objectivo dele é ser quem ele é”. Outros meios de comunicação social dos Estados Unidos também estão a dar visibilidade ao seu exemplo.
Gendreau assumiu-se como gay no liceu, que frequentou na pequena cidade de Apopka. Quando se mudou para o estado do Tennessee nunca escondeu a sua sexualidade, sendo o primeiro gay assumido a jogar numa liga universitária, o que suscitou no mínimo, bastante curiosidade e mediatismo, logo à partida.
O desportista refere que não pretende promover-se à custa da sua sexualidade, mas que por outro lado, também não a pretende esconder. “Sou um jogador de futebol-americano que é gay. Só isso”, refere com naturalidade. “É parte daquilo que sou, mas não é aquilo que me distingue. O meu objectivo é ajudar qualquer pessoa que está com dificuldades em assumir-se”.
Esta situação não é nova no panorama desportivo dos Estados Unidos. Jason Collins, atleta da NBA assumiu-se há poucas semanas, sendo o primeiro jogador da liga de basquetebol americano a sair do armário.
Luís Miguel
In Dezanove
Ver no Youtube uma entrevista com Gendreau
O jogador de 23 anos foi dado a conhecer ao grande publico, através de um vídeo biográfico colocado no site OutSports, que se dedica a divulgar desportistas que gostam de pessoas do mesmo sexo. O co-fundador do website sublinha que Gendreau nunca procurou um lugar privilegiado. “O objectivo dele não é ser o primeiro”, aponta Zeigler. “O objectivo dele é ser quem ele é”. Outros meios de comunicação social dos Estados Unidos também estão a dar visibilidade ao seu exemplo.
Gendreau assumiu-se como gay no liceu, que frequentou na pequena cidade de Apopka. Quando se mudou para o estado do Tennessee nunca escondeu a sua sexualidade, sendo o primeiro gay assumido a jogar numa liga universitária, o que suscitou no mínimo, bastante curiosidade e mediatismo, logo à partida.
O desportista refere que não pretende promover-se à custa da sua sexualidade, mas que por outro lado, também não a pretende esconder. “Sou um jogador de futebol-americano que é gay. Só isso”, refere com naturalidade. “É parte daquilo que sou, mas não é aquilo que me distingue. O meu objectivo é ajudar qualquer pessoa que está com dificuldades em assumir-se”.
Esta situação não é nova no panorama desportivo dos Estados Unidos. Jason Collins, atleta da NBA assumiu-se há poucas semanas, sendo o primeiro jogador da liga de basquetebol americano a sair do armário.
Luís Miguel
In Dezanove
Ver no Youtube uma entrevista com Gendreau
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quinta-feira, 17 de março de 2011
Críquete gay
Mais um desportista que dá o exemplo
O jogador inglês de críquete Steven Davies, de 24 anos, revelou ao jornal Daily Telegraph que é gay. Esta é a primeira vez que neste desporto, muito popular nos países que integram a Commonwealth, um atleta assume a sua homossexualidade. “Sinto-me bem por ser como sou e é um verdadeiro alívio expressá-lo publicamente”, referiu, acrescentando que acredita ser “salutar falar sem barreiras sobre a minha sexualidade.
Acho que, quanto mais pessoas o fizerem no futuro, mais aceite será para as pessoas que estão à volta”.
Antes de falar com a imprensa Steven Davies tinha já revelado aos colegas da equipa (Surrey) que era homossexual. Steven Davies disse ainda que neste processo foi decisivo o exemplo de Gareth Thomas, capitão da selecção galesa de rugby, que em Dezembro de 2009 saiu do armário.
In dezanove
Futebolista saíu do armário
Primeiro jogador futebol sueco de topo a afirmar-se homossexual
Hysén revelou questiona "onde é que andam os outros todos?", numa referência ao facto de não haver nenhum outro jogador sueco fora do armário. "Eu sou jogador de futebol. E sou gay. Se eu sou um bom jogador de futebol, então acho que não importa se eu gosto de mulheres ou de homens."
Até agora, nenhum jogador de topo de futebol tinha dado este passo, apesar das grandes estrelas de outros desportos já o terem feito.
Gareth Thomas, um dos jogadores favoritos de rugby do País de Gales e o jogador de críquete de Inglaterra, Steve Davies, estão entre os que declararam publicamente que são gays.
Hysen admitiu que seu anúncio pode afetar sua carreira, mas acrescentou: "As pessoas podem me chamar os nomes que quiserem, isso só me faz ser ainda mais dedicado."
Anton Hysén é filho de Glenn Hysén, estrela do futebol do Liverpool de 1989 até 1992.
In Portugalgay
«Eu sei que tudo será diferente depois desta entrevista. Há quem não consiga conviver com homossexuais, assim como existem xenófobos que não conseguem aceitar estrangeiros. Talvez um clube se interesse por mim e o treinador mude de ideias depois que saber que sou gay. Mas não me importo. Agora todos sabem e acho que será incrível. Podem chamar-me o que quiserem, isso apenas me dará mais motivação», defendeu.
In tvi 24
No futebol feminino sueco histórias de coming out não são novidade. Entre as jogadoras que assumiram sua homossexualidade está Victoria Svensson, ex-capitã da selecção de futebol feminino, que tornou pública a sua orientação sexual em 2008.
In dezanove
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Guarda-redes alemão contra os armários
Mais um futebolista heterossexual que incita à saída do armário
Para Manuel Neuer os fãs do futebol vão aceitar os jogadores que forem abertamente homossexuais.
O guarda-redes alemão Manuel Neuer apelou aos jogadores de futebol homossexuais a serem abertos sobre a sua homossexualidade e ignorarem a reacção inicial dos fãs. Neuer fez este comentário pouco depois de afirmações homofóbicas de Joseph Blatter, presidente da FIFA sobre o Campeonato do Mundo no Qatar.
Com 24 anos, o jogador do Schalke 04, que está na mira de uma milionária transferência para o Manchester United no Verão, emitiu a sua opinião numa entrevista à revista alemã Bunte. As suas palavras foram: "Sim, aqueles que são gays devem dizê-lo. Alivia um fardo ... E os fãs vão ultrapassar a questão rapidamente. O que importa é o desempenho do jogador, não a sua orientação sexual..."
Neuer não é o único jogador a partilhar esta opinião na Alemanha. Em declarações à mesma revista em Novembro passado, o atacante do Bayern de Munique, Mario Gomez referiu que muitos políticos de topo na Alemanha são abertamente homossexuais e que um jogador gay "iria jogar mais livre". Acrescentando: "Ser gay não devia mais ser uma questão tabu."
Nem Neuer, nem Gomez são homossexuais, eles são simplesmente anti-homofobia. Fizeram parte da jovem equipa multi-racial alemã que impressionou no Campeonato do Mundo na África do Sul no ano passado e chegaram até ao 3º lugar na competição.
In Portugalgay
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Johnny Weir, o atleta da moda
Johnny Weir anda nas bocas do mundo. Além de ter publicamente saído do armário, Weir pousa para revistas de moda como a famosa Vogue, e os seus gostos de vestuário saem do estilo prático e desportivo, e são até arrojados ou algo excêntricos. Aqui vai um painel de imagens do patinador e modelo que revelam as várias facetas de Johnny Weir. Quem disse que ser atleta olímpico é coisa séria?
sábado, 8 de janeiro de 2011
Novas modalidades homossexuais
Mais um desportista a revelar a sua homossexualidade, desta vez vem da patinagem. Amante da moda e Católico Romano.
O patinador olímpico norte americano sai do armário
O patinador no gelo Johnny Weir, cuja orientação sexual tem sido alvo de especulações, afirma-se homossexual no seu novo livro que é lançado na próxima semana.
Weir, que foi três vezes Campeão Nacional dos EUA, faz a revelação numa secção do livro que foi publicada pela revista People. Segundo o patinador de 26 anos, a decisão de vir a público deveu-se a uma recente série de suicídios de jovens homossexuais.
"Com as pessoas a matarem-se e a viverem apavoradas dentro do armário, espero que, nem que seja uma pessoa, possa ganhar forças com a minha história", refere o excêntrico patinador à revista.
Conclui ainda: "O que há de errado em ser único? Estou orgulhoso de tudo o que eu sou e no que me tornarei."
Weir não deverá participar em competições na temporada 2010-2011, mas não descarta a possibilidade de tentar concorrer aos Jogos Olímpicos de 2014.
A autobiografia será lançada terça-feira.
In PortugalGay.PT
http://portugalgay.pt/news/070111A/eua:_patinador_olimpico_johnny_weir_sai_do_armario
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Relatório LGBT na Ásia que salvaguarda a diferença nas realidades culturais e sociais
Relatório inovador analisa realidade de LGBTs no Camboja
O Centro Cambojano de Direitos Humanos divulgou um relatório inovador no dia 9 de dezembro intitulado "Sair do armário no Reino: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no Camboja".
O relatório conclui que os cambojanos LGBT enfrentam desafios únicos, incluindo o ostracismo das suas famílias e comunidades, que muitas vezes leva a dificuldades económicas, bem como à discriminação por parte dos empregadores e autoridades.
O relatório argumenta que o conceito de homossexualidade do "Ocidente" não pode ser transferido directamente para o Camboja.
"A compreensão da sexualidade do Camboja vem do conceito de género, de caráter e de personalidade", diz. "O enfoque nesses traços de carácter e características visíveis exteriormente, em vez da orientação sexual, leva a que muitos cambojanos que são homossexuais não se identifiquem como tal."
Segundo o relatório o Budismo geralmente tolera a homossexualidade
"A homossexualidade, mesmo se vista como uma excentricidade, não atrai o tipo de reação agressiva como pode ser visto nas culturas cristã ou muçulmana", afirma. "O budismo em si não realça o valor do casamento ou da procriação. O casamento e a procriação são considerados positivos, se são baseados no amor e no respeito, mas podem ser considerados negativos se causam dor ou conflitos. Contudo, no Camboja, as pressões culturais, sociais e económicas ultrapassam os ensinamentos budistas sobre o casamento - os valores familiares são muito importantes e a pressão é enorme sobre os filhos e filhas para casarem e terem filhos".
"O comportamento sexual entre os jovens do sexo masculino é visto como experimentação inofensiva, desde que as mulheres permaneçam 'puras' até o casamento", afirma o relatório. "Uma indiscrição na juventude pode ser esquecida ou pode passar despercebida. É esperado que, eventualmente, os homens se casem e tenham filhos. Dado os papéis tradicionais de género, as mulheres têm menos capacidade de procurar relacionamentos com o mesmo género, comparadas aos homens homossexuais, seja em privado ou publicamente".
"O risco do ostracismo por uma rede de familiares próximos e as dificuldades económicas decorrentes da vida fora da rede familiar pode fazer com que as pessoas LGBT não vivam a vida que desejariam ou tenham de gerir as suas relações homossexuais em segredo", concluem os investigadores.
Um sentido de comunidade LGBT
No entanto, uma comunidade LGBT está a surgir no país. A celebração do "orgulho", que inclui workshops, filmes, exposições de arte e encontros sociais, começou em 2003. Quatrocentas pessoas participaram nos eventos em 2009.
Os organizadores do Orgulho formaram uma organização chamada RoCK para apoiar as pessoas LGBT e sensibilizar os cambojanos não-gay. A "cena" gay tem-se desenvolvido em Phnom Penh e Siem Reap.
E a "Internet tem permitido à população gay cambojana contacto com outros gays, aumentando assim sensibilização de uma comunidade LGBT mais abrangente, global e a possibilidade de interacção", pode ler-se no relatório.
A investigação, financiada pela Associação Sueca para Educação Sexual, pode ser descarregada em Inglês e em Khmer em http://www.cchrcambodia.org/.
por Rex Wockner, publicado em PortugalGay.PT, adaptação de rioazur
http://portugalgay.pt/news/211210A/cambodja:_relatorio_inovador_analisa_realidade_de_lgbts
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Em país muçulmano: polémica com saída do armário no Youtube
John Dugdale |
Homem assume-se gay no YouTube e gera controvérsia na Malásia
Um homem de 32 anos de idade gerou polémica ao ter a ousadia de se afirmar como homossexual no YouTube.
O vídeo teve mais de 100.000 visualizações e quase 3.000 comentários desde quarta-feira, a votação vai em mais de 500 que "não gostam" e 150 que "gostam".
São pouco mais de dois minutos onde Azwan Ismail, afima "tenho 32 anos de idade. Levei muito tempo para me conhecer, reconhecer em mim um gay e, finalmente, ousar afirmar que sou um gay para outras pessoas", e onde fala dos muitos problemas que encontrou até poder chegar a este ponto, focando-se especificamente sobre as questões religiosas e culturais do país. Mas a mensagem final é de esperança: as coisas podem melhorar e vão melhorar, no espírito da campanha "It Gets Better" lançada em inglês no YouTube há uns meses atrás.
Quem não achou piada foram as autoridades religiosas do país (6 em cada 10 malaios são Islâmicos), como o Mufti (estudioso da lei islâmica) do estado de Perak, Datuk Seri Harussani Zakaria, que afirmou "Dado que ele se identificou como sendo Muçulmano e Malaio, ele não deveria ter feito tal declaração. Na realidade ele envergonhou-se a si próprio e ao Islão em geral".
Veja o vídeo (com legendagem em inglês)
http://www.youtube.com/watch?v=SJLSteQIcms&feature=player_embedded
in PortugalGay.PT
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Se o futebol não serve para mudar a sociedade, não é mais do que homens crescidos a correr atrás de uma bola
Ex-estrela da NBA desanca no presidente da FIFA
John Amaechi, que foi estrela no basquetebol nos EUA e se afirmou publicamente como homossexual, arrasou com as declarações do presidente da FIFA sobre os gays e o Qatar 2022.
O presidente da FIFA disse, meio a sério, meio a brincar, numa conferência de imprensa em África do Sul que os gays "deveriam abster-se de actividade sexual" caso se desloquem ao Mundial de Futebol de 2022 no país de maioria muçulmana.
Amaechi, que foi estrela da NBA, e se afirmou como homossexual em 2007, diz que Blatter mostrou "a ignorância de um Neanderthal arcaico" relativamente à comunidade de gays, lésbicas, bissexuais, transgéneros e transexuais do mundo inteiro.
"As declarações e a posição adoptada pela FIFA e por Joseph Blatter relativamente aos apoiantes LGBT, que irão pagar preços de viagens e bilhetes caríssimos para assistir ao Campeonato do Mundo de Futebol de 2022, deveria ter sido totalmente inaceitável uma década atrás", escreveu no seu site.
"Em vez disso, sem pensar muito no assunto, a FIFA aprovou a marginalização das pessoas LGBT em todo o mundo. Se o desporto não pode servir para mudar a sociedade, ainda que temporariamente, durante a duração de um evento como o Campeonato do Mundo, então é pouco mais do que homens crescidos a correr atrás de uma bola, e deve ser tratado como tal."
Amaechi disse que os comentários de Blatter foram bem mais prejudiciais do que podem ter parecido à primeira vista.
"As palavras de Blatter não são realmente sobre o sexo, visto que não posso imaginar os fãs gays de futebol a terem a ousadia suficiente para fazê-lo em público, no Qatar. Pelo contrário, o que ele está realmente a dizer é 'Não dêem nas vistas, não dêem as mãos, não olhem nos olhos uns dos outros, não reservem um quarto com apenas uma cama de casal, não tenham jantares à luz de velas no restaurante...' e assim por diante", afirmou Amaechi.
"O que ele está realmente a dizer é: nem sequer 'pareçam' gays, voltem ao armário e finjam que os laços de amor e carinho que vocês têm com o vosso parceiro ou até mesmo alguma pessoa que tenham encontrado nas vossas viagens têm de desaparecer durante todo o tempo em que estão no Qatar".
in PortugalGay.PT
http://portugalgay.pt/news/151210A/eua:_ex-estrela_da_nba_amaechi_arrasa_com_presidente_da_fifa
ler no blogue
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/12/mundial-2022-para-sem-sexo-os.html
domingo, 12 de dezembro de 2010
Toca a sair do armário!
Uma conclusão do estudo é que nos países em que mais homens vivem abertamente a sua homossexualidade ou bissexualidade há, por norma, um maior nível de felicidade dos mesmos. Portugal foge a esta regra ao ter um número de gays e bis fora do armário (38%) ligeiramente abaixo da mediana (40%) mas mesmo assim vivendo muito acima da média em termos de felicidade (66%).
Ricky Martin |
Gays portugueses vivem felizes, mas no armário
São as primeiras conclusões do estudo EMIS (The European MSM Internet survey) que estão agora disponíveis ao público em geral: os gays portugueses sentem-se mais felizes que a média europeia mas vivem menos abertamente a sua sexualdiade.
O questionário EMIS foi realizado on-line entre 4 de Junho e 31 de Agosto de 2010. Foi promovido online e offline em revistas e jornais dirigidos a homens que têm sexo com homens. Mais de 180.000 responderam ao apelo.
Este é o maior estudo internacional de sempre realizado sobre gays sexualmente activos. O nível de resposta ao inquérito de 20 minutos só foi possível com a participação e apoio de organizações LGBT locais, nacionais e internacionais. E Portugal foi precisamente um dos países com maior número de respostas tendo em conta a população, só ultrapassado pela Alemanha, Irlanda, Suiça e Luxemburgo dos 38 países envolvidos.
Teste VIH
Um dos primeiros resultados refere-se ao teste do VIH/SIDA, com uma média de 35% dos inquiridos a referirem que fizeram um teste nos últimos 12 meses. Nesta área Portugal, Bélgica, Espanha e França destacam-se por terem respostas na ordem dos 45%, já no sentido oposto temos Lituânia, Finlândia, Eslovénia, Croácia e Turquia com respostas que não ultrapassam os 25%. Os pesquisadores irão agora analisar se estes dados são influenciados pela facilidade de acesso aos testes, e como são tratados os homens gays e bissexuais quanto ao aconselhamento sobre o VIH/SIDA.
Em termos de resultados dos testes do VIH, mais de 9% dos inquiridos de França, Países Baixos, Reino Unido e Suiça disseram ser VIH+, Portugal ficou-se pelos 7,8%, e países como Chipre, Bulgária, Bósnia, Eslováquia, Turquia e Malta tiveram respostas inferiores a 2% (incluindo quem nunca fez o teste).
Uma conclusão do estudo é que nos países em que mais homens vivem abertamente a sua homossexualidade ou bissexualidade há, por norma, um maior nível de felicidade dos mesmos. Portugal foge a esta regra ao ter um número de gays e bis fora do armário (38%) ligeiramente abaixo da mediana (40%) mas mesmo assim vivendo muito acima da média em termos de felicidade (66%).
Aliás acima de Portugal na lista dos que vivem bem com a sua vida sexual temos apenas a Bélgica, Espanha, França, Países Baixos e Suiça. Já do lado contrário temos a Bósnia no fundo da tabela com apenas 40% felizes com a sua vida sexual...
Em termos de viver abertamente a sua sexualidade temos a Bélgica (75%) e os Países Baixos (73%) no topo, e no fundo da tabela a Sérvia com apenas 17% e a Bósnia com uns inacreditáveis (7%).
O amante mais sexy do planeta? O meu namorado!
Quando questionados sobre qual o homem mais sexy do planeta o maior número de respostas foi: "o meu namorado", seguido de "mim". Em terceiro lugar Brad Pitt e em quarto Cristiano Ronaldo seguido de David Beckham, Ricky Martin, George Clooney, Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Zac Efron, Jude Law e, para completar a lista do top 12, Johnny Deep.
Mais informações em: http://www.emis-project.eu/
in PortugalGay.Pt
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Sair do armário para jogar melhor: os futebolistas homossexuais perdem energia a esconder a sua orientação sexual
O jogador da Selecção alemã, Mario Gómez, a favor que os futebolistas gays saiam do armário
Nem todas as notícias que vêm do mundo do futebol são negativas. Como contraponto à homofobia do presidente da Federação croata de futebol, chegam-nos declarações de Mario Gómez, avançado do Bayem de Munique e membro da Selecção alemã de futebol. Gómez aconselhou aos futebolistas gays de expressarem abertamente a sua orientação sexual para que possam jogar livres.
Gómez, de origem espanhola (os seus avós paternos foram emigrantes espanhóis, e por isso tem dupla nacionalidade hispano-alemã), é aos seus 25 anos um dos futebolistas mais destacados da liga alemã.
De acordo com as suas declarações à revista alemã Bunte, Gómez tem a opinião que “a homossexualidade já não é um tema tabu”. “Temos um vice-chanceler gay, o Presidente da Câmara de Berlim também é gay (…) os futebolistas deveriam também tornar públicas as suas preferências”, declarou o jogador.
Para Gómez, que tem 25 anos e é internacional desde os 23, se os futebolistas saíssem do armário poderiam jogar livres de pressão.
Uma Federação preparada
Há uns meses, Theo Zwanziger, presidente da DFB (Federação alemã de futebol), manifestava que tanto ele como a organização que preside estavam preparados para dar apoio àqueles futebolistas que se atrevessem a sair do armário e a expressar abertamente a sua orientação sexual. Zwanziger, na mesma linha de pensamento de Gómez, dizia que é uma lástima que os futebolistas homossexuais não pudessem pôr a render 100% das suas capacidades por “perderem energias” no seu esforço para manter oculta a sua verdadeira personalidade.
publicado a 12 de Novembro de 2010 em
http://www.cristianosgays.com/
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A saída do armário de Mitcham
Matthew Mitcham revelou numa entrevista da revista gay australiana SX que se assumiu enquanto gay com a idade de 14 anos. Aos 20 anos representou a Austrália nos Jogos Olímpicos de Pequim. Mas só pouco antes deste evento é que a imprensa australiana (Sydney Morning Herald) e internacional se aperceberam e fizeram notar que o desportista tinha saído do armário.
Reagindo a este facto, Mitcham diz: “Eu não me tornei numa pessoa diferente. Eu não era straight antes. Por isso nada mudou na realidade… Eu assumi-me há muitos anos. O que aconteceu recentemente foi eu estar a dar uma entrevista au Herald e surgir a pergunta ‘Com quem vives?’ ao que eu respondi simplesmente: ‘com o meu companheiro Lachlan’. E a jornalista ficou toda excitada porque achou que isso era extraordinário!”
Mitcham disserta sobre o Primeiro ministro Kevin Rudd: "Durante a campanha eleitoral ele tentou sempre mostrar-se jovem e porreiro, mas as suas opiniões acerca do casamento homossexual revelaram-no bastante antiquado".
E fala de quem critica os gays por falarem da sua sexualidade: “Os heterossexuais andam sempre a falar da sua sexualidade. Falam do sexo oposto, das suas mulheres, dos seus maridos, do seu casamento. Isso são discursos heterossexuais e eles andam sempre a falar disso.
http://www.towleroad.com/2008/07/australias-gay.html
Reagindo a este facto, Mitcham diz: “Eu não me tornei numa pessoa diferente. Eu não era straight antes. Por isso nada mudou na realidade… Eu assumi-me há muitos anos. O que aconteceu recentemente foi eu estar a dar uma entrevista au Herald e surgir a pergunta ‘Com quem vives?’ ao que eu respondi simplesmente: ‘com o meu companheiro Lachlan’. E a jornalista ficou toda excitada porque achou que isso era extraordinário!”
Mitcham disserta sobre o Primeiro ministro Kevin Rudd: "Durante a campanha eleitoral ele tentou sempre mostrar-se jovem e porreiro, mas as suas opiniões acerca do casamento homossexual revelaram-no bastante antiquado".
E fala de quem critica os gays por falarem da sua sexualidade: “Os heterossexuais andam sempre a falar da sua sexualidade. Falam do sexo oposto, das suas mulheres, dos seus maridos, do seu casamento. Isso são discursos heterossexuais e eles andam sempre a falar disso.
http://www.towleroad.com/2008/07/australias-gay.html
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Porque estou aqui
Sinto-me privilegiado por ter encontrado na Igreja um lugar vazio, feito à minha medida. É certo que tê-lo encontrado (ou encontrá-lo renovadamente, pois não é dado adquirido) foi também mérito da minha sede, do meu empenho, de não baixar os braços e achar, passivamente, que não seria possível. Passo a contextualizar: a comunidade onde vou à missa é pequena e acolhedora, e podia bem não o ser. Ao mesmo tempo, sentia um desejo grande de reflexão de vida cristã e encontrei um casal (heterosexual) que tinha a mesma vontade. Começámo-nos a reunir semanalmente numa pequena comunidade de oração e reflexão que, apesar de crítica, nos tem ajudado a sermos Igreja e a nela nos revermos. Paralelamente, face ao contínuo desencanto em relação a algumas posturas e pontos de vista de uma Igreja mais institucional e hierárquica, tive a graça de encontrar um grupo de cristãos homossexuais, que se reuniam com um padre regularmente, sem terem de se esconder ou de ocultar parte de si.
Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.
Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.
Sei que muitos cristãos homossexuais nunca pensaram sequer na eventualidade de existirem grupos cristãos em que se pudessem apresentar inteiros, quanto mais pensarem poder tomar parte e pôr em comum fé, questões, procuras, afectos e vidas.
Por tudo isto me sinto grato a Deus e me sinto responsável para tentar chegar a quem não teve, até agora, uma experiência tão feliz como a minha.
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Os textos e as imagens
Os textos das mensagens deste blogue têm várias fontes. Alguns são resultados de pesquisas em sites, blogues ou páginas de informação na Internet. Outros são artigos de opinião do autor do blogue ou de algum dos seus colaboradores. Há ainda textos que são publicados por terem sido indicados por amigos ou por leitores do blogue. Muitos dos textos que servem de base às mensagens foram traduzidos, tendo por vezes sofrido cortes. Outros textos são adaptados, e a indicação dessa adaptação fará parte do corpo da mensagem. A maioria dos textos não está escrita segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, pelo facto do autor do blogue não o conhecer de forma aprofundada.
As imagens que ilustram as mensagens são retiradas da Internet. Quando se conhece a sua autoria, esta é referida. Quando não se conhece não aparece nenhuma referência. Caso detectem alguma fotografia não identificada e conheçam a sua autoria, pedimos que nos informem da mesma.
As imagens são ilustrativas e não são sempre directamente associáveis ao conteúdo da mensagem. É uma escolha pessoal do autor do blogue. Há um critério de estética e de temática ligado ao teor do blogue. Espero, por isso, que nenhum leitor se sinta ofendido com as associações livres entre imagem e conteúdo.
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