A Apple removeu a aplicação que apontava aos homossexuais uma organização que os "tratava" da homossexualidade. Para compreender melhor o fenómeno, lê os seguintes textos:
100 mil assinam petição contra aplicação anti-gay para iPhone
"A Apple está a ser alvo de críticas por ter aprovado uma aplicação que permite o acesso a conteúdos de uma organização americana que defende a "libertação" da homossexualidade por via da religião.
À data de publicação deste artigo, 100 mil pessoas tinham assinado uma petição online, dirigida a responsáveis da Apple, entre os quais Steve Jobs, onde é pedida a remoção da aplicação. Ao longo da última hora, o texto conseguiu duas mil novas suibscrições. A empresa tem também sido fortemente criticada na Web e ainda nos comentários à aplicação, na própria loja do iTunes.
A aplicação em causa, que é gratuita, permite, no iPhone, iPod Touch e iPad, o acesso a notícias, calendário de eventos e outra informação da Exodus International. "Com mais de 35 anos de experiência, a Exodus está empenhada em encorajar, educar e equipar o Corpo de Cristo para lidar com a questão da homossexualidade com graça e verdade", lê-se na página da aplicação.
A petição acusa a Exodus de ser uma organização "fanática", aponta para as possíveis consequências negativas das tentativas de "cura" da homossexualidade (particularmente em jovens) e critica a Apple - que é conhecida por ser muito criteriosa nas aplicações que disponibiliza na sua loja - por ter aceite a aplicação, classificando-a como apropriada para maiores de quatro anos, o que significa, de acordo com a classificação da empresa, que não tem conteúdos problemáticos.
"A Apple não permite aplicações racistas ou anti-semitas na sua loja", lê-se na petição. "Mas está a dar luz verde a uma aplicação que dirige a LGBT jovens e vulneráveis a mensagen de que a sua orientação sexual é 'um pecado que tornará o teu coração doente'".
"É preciso dizer à Apple, alto e bom som, que isto é inaceitável", defende o texto.
A Apple já tinha tido um problema semelhante, com uma aplicação contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, que acabou por ser retirada, por, segundo a empresa, ser "ofensiva" para um grande número de pessoas.
Ainda não houve um comentário da empresa às críticas."
A aplicação em causa, que é gratuita, permite, no iPhone, iPod Touch e iPad, o acesso a notícias, calendário de eventos e outra informação da Exodus International. "Com mais de 35 anos de experiência, a Exodus está empenhada em encorajar, educar e equipar o Corpo de Cristo para lidar com a questão da homossexualidade com graça e verdade", lê-se na página da aplicação.
A petição acusa a Exodus de ser uma organização "fanática", aponta para as possíveis consequências negativas das tentativas de "cura" da homossexualidade (particularmente em jovens) e critica a Apple - que é conhecida por ser muito criteriosa nas aplicações que disponibiliza na sua loja - por ter aceite a aplicação, classificando-a como apropriada para maiores de quatro anos, o que significa, de acordo com a classificação da empresa, que não tem conteúdos problemáticos.
"A Apple não permite aplicações racistas ou anti-semitas na sua loja", lê-se na petição. "Mas está a dar luz verde a uma aplicação que dirige a LGBT jovens e vulneráveis a mensagen de que a sua orientação sexual é 'um pecado que tornará o teu coração doente'".
"É preciso dizer à Apple, alto e bom som, que isto é inaceitável", defende o texto.
A Apple já tinha tido um problema semelhante, com uma aplicação contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, que acabou por ser retirada, por, segundo a empresa, ser "ofensiva" para um grande número de pessoas.
Ainda não houve um comentário da empresa às críticas."
por N in PÚBLICO
Apple finalmente remove aplicação que "cura" homossexualidade
"A aplicação que, supostamente, permite acabar com a homossexualidade de alguém foi, depois de muita polémica, removida pela Apple sem mais esclarecimentos.
A aplicação foi criada pelo grupo cristão Exodus conhecido por promover a mudança de homossexualidade para heterossexualidade auto-classificando-se como "o maior ministério a nível mundial para aqueles que lutam com a atração pelo mesmo sexo não desejada."
A aplicação foi criada pelo grupo cristão Exodus conhecido por promover a mudança de homossexualidade para heterossexualidade auto-classificando-se como "o maior ministério a nível mundial para aqueles que lutam com a atração pelo mesmo sexo não desejada."
Segundo o grupo a aplicação foi "concebida para ser um recurso útil para os homens, mulheres, pais, estudantes e líderes de ministério". A aplicação oferecia a "libertação da homossexualidade através do poder de Jesus".
A situação da Apple ficou mais complicada tendo em conta que todas as aplicações disponíveis na loja iTunes são pré-aprovadas pela empresa. Aplicações com conteúdo racista ou anti-semita não são permitidas por exemplo.
Uma petição foi colocada no site change.org para denunciar a aprovação de uma aplicação que é direccionada a uma juventude LGBT vulnerável à mensagem que a sua orientação sexual seria "imoral", "satânica" e que precisaria de ser curada.
Factores que, segundo a petição, "contribuem para o suicídio". A petição recorda que a "terapia" oferecida pela Exodus foi rejeitada pelas principais organizações médicas incluindo a American Psychological Association, a American Medical Association, e ainda a American Counseling Association.
No momento em que escrevemos estas linhas a petição já ia em mais de 148000 assinaturas.
Ben Summerskill, diretor executivo do grupo de direitos LGBT britânico Stonewall, fez os seguintes comentários sobre a aplicação: "No grupo Stonewall, todos nós temos vindo a utilizar esta aplicação desde as 08:00 e podemos assegurar todos os interessados que não está a ter nenhum efeito" sob a nossa orientação sexual.
Neste momento a aplicação não está disponível na loja de aplicações da Apple."
A situação da Apple ficou mais complicada tendo em conta que todas as aplicações disponíveis na loja iTunes são pré-aprovadas pela empresa. Aplicações com conteúdo racista ou anti-semita não são permitidas por exemplo.
Uma petição foi colocada no site change.org para denunciar a aprovação de uma aplicação que é direccionada a uma juventude LGBT vulnerável à mensagem que a sua orientação sexual seria "imoral", "satânica" e que precisaria de ser curada.
Factores que, segundo a petição, "contribuem para o suicídio". A petição recorda que a "terapia" oferecida pela Exodus foi rejeitada pelas principais organizações médicas incluindo a American Psychological Association, a American Medical Association, e ainda a American Counseling Association.
No momento em que escrevemos estas linhas a petição já ia em mais de 148000 assinaturas.
Ben Summerskill, diretor executivo do grupo de direitos LGBT britânico Stonewall, fez os seguintes comentários sobre a aplicação: "No grupo Stonewall, todos nós temos vindo a utilizar esta aplicação desde as 08:00 e podemos assegurar todos os interessados que não está a ter nenhum efeito" sob a nossa orientação sexual.
Neste momento a aplicação não está disponível na loja de aplicações da Apple."
in Portugalgay a 23 de Março de 2011