Flagelo em toda a África e a crescer no Leste e na Ásia
ONU diz que a situação está a estabilizar, mas número de infectados aumenta de forma descontrolada no continente africano e no Leste europeu e na Ásia Central
Anualmente mais de 2,7 milhões de pessoas são infectadas com o vírus da sida, sobretudo na África subsariana. Mas a epidemia está a estabilizar à escala global. Esta é uma das conclusões do último relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde em conjunto com o programa de luta contra a sida das Nações Unidas. Quem combate o VIH em África acredita que uma maior abertura da Igreja quanto ao uso do preservativo pode fazer a diferença.
Segundo as Nações Unidas, políticas como o apoio a diferentes programas de sensibilização, o reforço de programas de tratamento, que aumentaram dez vezes nos últimos cinco anos, levaram a uma baixa da mortalidade em 18 por cento. Por outro lado, uma maior acessibilidade aos novos medicamentos prolonga a longevidade a cada vez mais infectados. Contudo, o impacto da crise económica está a prejudicar os programas de prevenção e de tratamento, pelo menos em 22 países de África, Caraíbas, Europa, Ásia e Pacífico.
Estima-se que na actualidade o número de pessoas com VIH esteja próximo dos 40 milhões. Uma em cada dez pessoas infectadas sabe que o está. Um de cada 100 adultos de idades entre os 15 e os 40 anos contraiu o vírus.
Desde o princípio da epidemia, 3,8 milhões de menores de 15 anos de idade terão ficado infectados pelo HIV e que 2,7 milhões já morreram com a doença. Mais de 90 por cento desses jovens contraíram o vírus através das mães seropositivas, antes ou durante o parto ou através do aleitamento materno. Mais de oito milhões de crianças perderam a sua mãe por causa da sida antes de cumprir os 15 anos, e muitos deles também perderam o pai. Este número quase se triplicará este ano.
A África do Sul é líder em portadores do vírus VIH no mundo, com 11,6% (5,7 milhões) da população (de 49 milhões) atingida. Em África a população atingida é de 22,4 milhões.
O padre Almiro Mendes esteve um ano na Guiné-Bissau e jamais esquecerá a tragédia que presenciou. "Em certas localidades 70 por cento da população está infectada", afirmou ao DN, acrescentando que as campanhas de sensibilização têm dado pouco resultado. Só no Hospital de Cumurra, de uma missão italiana, nesse ano, morreram 200 pessoas. "Agradado com a posição do Papa" acha no entanto que as campanhas têm poucos resultados devido a uma cultura que encara de forma diferente a sexualidade.
Para além de África, a preocupação das autoridades mundiais de saúde estão viradas para o Leste Europeu e para a Ásia Central, regiões do mundo onde o número de novas infecções com o vírus dispararam.
por Alfredo Teixeira in diário de notícias a 21 de Novembro de 2010
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