Quando leio tenho o hábito de ter um lápis enfiado entre os dedos e vou marcando frases, parágrafos ou simplesmente palavras que me falam de um modo particular. Gosto de descobrir, em contextos diversificados, descrições, pensamentos, diálogos ou até orações que poderiam ser minhas - ou que eu gostaria que fossem.
Foi assim que, ao ler o poema Dona do Dom (cantado pela Maria Bethânia), descobri este pedido:
Mesmo que às vezes eu não queira
Me faz sempre ser o que sou e fui
E eu sei que é Ele que me liberta,que me traz à contemplação das coisas realmente importantes, que merecem a minha atenção e respeito, pois sem essa clareza dos pensamentos, nada se pode compreender.Não se consegue atingir o real valor dos sentimentos, que são essenciais para o nosso crescimento espiritual.A canção "Dona do Dom" foi a primeira faixa de um disco muito importante na carreira da Bethânia, quando ela começou para valer a cantar os novos compositores da MPB, junto aos já consagrados em sua voz.Ela já tinha começado esse ensaio com o disco "Âmbar". Realmente foi uma mudança muito corajosa, mas em se tratando da Maria, isso não foi nenhum espanto, pelo contrário, veio mais uma vez confirmar a sua personalidade independente, sempre em busca do presente.Sem deixar o passado de lado, mas com uma diferença: não olhar para ele com nostalgia.Essa canção é muito poderosa, pois diz tudo com relação ao Deus Eterno que habita dentro de todos os seres, dentro de tudo o que existe. E isso é maravilhoso! Poder chegar a esse entendimento é fantástico e definitivamente um grande avanço mental e espiritual.A Bethânia tem com certeza esse dom, o de visualizar dentro de si o que a maior parte da humanidade imagina fora, e realmente quem pensa assim é que está por fora.De todas as moradas.Bravos à "Senhora do Vento Norte" com seu manto de sal e espuma!!!
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