Hoje, sinto vergonha da minha igreja: uma resposta à Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
No meio dum inquérito do Vaticano sobre a família, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou hoje uma Carta Pastoral a propósito da ideologia de género. Esta Carta Pastoral demonstra uma profunda ausência de visão profética, já para não falar de amor. Apelando novamente à marginalização das pessoas católicas homossexuais, a CEP perpetua o mal, a injustiça e a opressão, violando assim a sua própria aliança batismal e originando um dano profundo nas pessoas homossexuais católicas em toda a igreja.
Hoje sinto vergonha da minha igreja.
A Igreja deveria estar na linha da frente na defesa da inclusão, da justiça e do amor e não na participação no abuso sistemático e da violência verbal em relação às pessoas homossexuais. Em vez de se arrepender deste pecado histórico e continuado, a igreja e os seus bispos publicam uma Carta Pastoral que não somente falha em estar de acordo com o Evangelho, mas de facto continua a minar o testemunho e o ministério de todos os que esperam por um sinal da presença de Deus no mundo.
Referindo-se aos casais de pessoas do mesmo sexo, a Carta Pastoral fala de “pares”. Os homossexuais católicos não são uma abstração teológica. Eu próprio sou um homossexual católico chamado ao ministério, que vive com o seu companheiro. Não somos um “par”. Rotular os casais de pessoas do mesmo sexo como “pares” provoca mágoa. Há pessoas na nossa igreja (jovens, catequistas, acólitos, escuteiros, elementos dos coros e das diversas comunidades paroquiais, sacerdotes e bispos) que Deus criou homossexuais. Todos somos pessoas!
A Carta Pastoral de hoje representa uma falta de coragem e de visão profética, bem como o reafirmar de princípios que provocam imensa dor às pessoas homossexuais católicas e a toda a igreja do Vaticano II. Em vez de escutarem os sinais dos tempos, os Bispos portugueses escolheram esconder-se atrás de ideias retrógradas, em vez de contemplarem imago dei nos membros homossexuais católicos do corpo de Cristo.
Apesar do imenso desapontamento que esta Carta Pastoral hoje nos provocou, sentimo-nos compelidos pelo Evangelho a prosseguir a nossa caminhada de fiéis homossexuais católicos, seguindo o exemplo de Jesus no amor a todas as pessoas. Iremos continuar o nosso trabalho de construir pontes de reconciliação ainda com maior intensidade, com a certeza de que Deus já resolveu este assunto.
Deixemos que a nossa voz continue a ser ouvida no cada vez maior número de pessoas na nossa igreja que praticam o mandamento do amor que Cristo nos legou.
Porque será que os Santos todos optaram e continuam a optar pela castidade?...O que quererá São Paulo dizer-nos, ao falar nos frutos do ESPÍRITO SANTO, e nos FRUTOS DA CARNE? Será que é a mesma coisa, ou há diferença? Ou será que o grande S. Paulo não sabia o que dizia? Ou será que Jesus Cristo está ultrapassado? Ou será que o diabo está na última trincheira e luta desenfreadamente contra a Igreja de Jesus Cristo, acusando-a de tudo para tentar corrompê-la? A ideologia de género é o meio pelo qual os donos do capital mundial querem contaminar o mundo, segundo a UNESCO, ( basta ler "O Controle da População") para entender isso. Ou será que quando eles tiverem metade da população mundial, transformada em homossexuais, vão vos proteger?!... Não conteis com isso, meus amigos! Eles vão-vos descartar, e formar o governo Único, com a ditadura deles, para eles. vós estais a ser usados!...Abri os olhos enquanto é tempo
ResponderEliminarMila, obrigado pelo seu comentário.
ResponderEliminarNem todos os santos optaram pela castidade, está a apontar uma pequeníssima parte da totalidade do corpo místico da Igreja. Também nem todos os santos foram canonizados, felizmente há muitos mais.
São Paulo é um filho do seu tempo, é um convertido que abraçou a fé com bastante austeridade e até mesmo (como se diria hoje de um muçulmano) algum fanatismo. No seu contexto histórico tal empenho terá tido uma boa justificação e parece encaixar-se no perfil do próprio S. Paulo que, anteriormente, perseguia os cristãos com o mesmo rigor.
Não é o diabo quem corrompe a Igreja, os homens e mulheres não precisam da sua ajuda. Todo aquele que não age de acordo com o mandamento do amor está a corrompê-la. Foi este o mandamento que Jesus Cristo nos deixou. Mas o diabo tem as costas largas para nele se delegar muito pecado e erro humano, e até crimes, que, infelizmente, também habitam a Igreja.
Não me venha dizer que os corruptos, políticos, detentores de fábricas de armas, contrabandistas, organizadores de tráficos humanos, mafiosos e os que detém grandes riquezas e são em grande parte responsáveis por desigualdades e injustiça social se interessam por aquilo que a Mila chama "ideologia de género"? Parece-me divertida esta tese. Estou mesmo a ver que a preocupação deles é essa. E olhe que essa tese não é da UNESCO, deve estar a faltar-lhe alguma peça do puzzle.
E acha que é por magia que a população se transforma em homossexual? Tipo cogumelo? Tenha cuidado então para não se transformar num.
E alguém lhe disse que Jesus Cristo está ultrapassado? Acredita por acaso que o Papa Francisco não é seu fiel servidor? Se é este o caso então procure debaixo da cama, acho que o diabo está bem mais perto de si do que poderia supor.