"Igreja, torna-te naquilo que és, no mais profundo de ti mesma: terra dos vivos, terra de reconciliação, terra de simplicidade.
Igreja, "terra dos vivos", responde à nossa espera.
Abre as portas da esperança: ela brilhará como um sol de verão. Abre bem as portas da confiança: ela vencerá a dúvida, a desconfiança e a vergonha de existir. Escancara as portas da alegria e a oração comunitária será celebração de uma festa sem fim. (...)
Igreja, sê terra de reconciliação.
Não deixarás mais, nunca mais, Cristo dilacerado, jazendo à beira da estrada. Então a divisão dos cristãos, em diferentes confissões, já não será tolerável. (...) A reconciliação visível entre os cristãos não admite mais adiamento. Reconciliar-se, não para ser mais fortes contra quem quer que seja, mas essencialmente para ser fermento de paz e de confiança entre todas as nações do mundo. (...)
Igreja, sê terra de simplicidade.
É preciso tão pouco para acolher. Os meios muito simples revigoram uma comunhão. Os meios fortes assustam e dilaceram a universalidade do apelo de Cristo... Se, mais do que nunca, organismos e administrações da Igreja deixassem o seu ministério ser transfigurado pelo fogo irreprimível de um coração pastoral… Longe de acumular, ousa partilhar. A Fé, a confiança em Deus, pressupõe correr riscos. (...)
Igreja, sê terra de partilha para seres também terra de paz."
Irmão Roger de Taizé
in Les sources de Taizé - Dieu nous veut heureux
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