O amor cristão é concreto
«Vede que o amor de que fala João não é amor das telenovelas! Não, é outra coisa. O amor cristão tem sempre uma qualidade: a concretude. O amor cristão é concreto. O próprio Jesus, quando fala do amor, fala-nos de coisas concretas: dar de comer aos famintos, visitar os doentes e muitas coisas concretas», apontou na missa a que presidiu, revela a Rádio Vaticano.
O excerto bíblico lido nas celebrações eucarísticas desta quinta-feira começa assim: «Nós devemos amar, porque Deus nos amou primeiro. Se alguém disser: “Amo a Deus” e odiar o seu irmão, é mentiroso. Quem não ama o seu irmão, que vê, não pode amar a Deus, que não vê».
Quando não há factos concretos que sustentem o amor, «pode viver-se um cristianismo de ilusões, porque não se compreende bem onde está o centro da mensagem de Jesus. Este amor não chega a ser concreto: é um amor de ilusões», sublinhou.
«Nós em Deus e Deus em nós: esta é a vida cristã. Não permanecer no espírito do mundo, não permanecer na superficialidade, não permanecer na idolatria, não permanecer na vaidade», acentuou Francisco.
Segundo o papa, o «primeiro critério» dos cristãos é «amar com as obras, não com as palavras. Palavras leva-as o vento. Hoje existem, amanhã não. O segundo critério de concretização é: no amor é mais importante dar do que receber. Quem ama, dá, dá… Dá coisas, dá vida, dá-se a si próprio a Deus e aos outros».
Pelo contrário, «quem não ama, quem é egoísta, procura sempre receber, procura sempre ter coisas, ter vantagens. Permanecer com o coração aberto, não como o dos discípulos, que estava fechado, que não compreendia nada».
Com estas palavras, o papa referia-se à leitura do Evangelho de hoje (cf. "Artigos relacionados"), quando os apóstolos se assustam ao ver Jesus a caminhar sobre o mar: «O seu espanto nasce de uma dureza de coração».
Rui Jorge Martins
in SNPC | 09.01.14
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