Gays [e não só] portugueses dão prémio a Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo foi a personalidade portuguesa de 2009 escolhida pela ILGA Portugal para receber o prémio Arco-Íris, galardão com que aquela associação LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros) distingue anualmente os que mais contribuíram para luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género. "Todos os cidadãos devem ter direitos e deveres exactamente iguais". Segundo a ILGA, esta foi a frase do jogador do Real Madrid que percorreu o mundo, logo após aprovação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo em Portugal.
"No meio desportivo há muito homofobia. É importante que, nesse mesmo meio, se levantem vozes contra a desigualdade e discriminação com base na orientação sexual. E Cristiano Ronaldo, tendo em conta o símbolo nacional que é, contribuiu para essa luta, daí o nosso reconhecimento", disse, ao JN, Paulo Corte-Real, presidente da associação.
A entrega do galardão ocorrerá na segunda-feira, às 18.30 horas, no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Ao lado de Cristiano Ronaldo estarão ainda Filipa Gonçalves, que em 2010 falou abertamente da sua transexualidade no livro "Obviamente Mulher", o comediante Bruno Nogueira, o encenador Filipe La Feria e representantes do PS, PCP, PEV e Bloco de Esquerda, partidos que asseguraram a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a lei da identidade de género (que permite a mudança de sexo e nome no Registo Civil, vetada pela Presidência da República).
por NMR, in Jornal de Notícias
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Gente/Interior.aspx?content_id=1751674
Ler no blogue as declarações de Cristiano Ronaldo
http://moradasdedeus.blogspot.com/2010/06/cristiano-ronaldo-favor-do-casamento.html
A associação ILGA Portugal já divulgou a lista de premiados da edição 2010 dos Prémios Arco Íris, os galardões que visam distinguir pessoas ou instituições que contribuíram de forma significativa para a luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género.
Este ano a distinção coube a Cristiano Ronaldo, ao humorista Bruno Nogueira, a Filipa Gonçalves autora do livro “Obviamente Mulher”, a Filipe La Féria pela encenação peça “A Gaiola das Loucas” e aos partidos cujas representações parlamentares asseguraram a aprovação da igualdade no acesso ao casamento e da Lei da Identidade de Género: PS, BE, PCP e PEV.
Cristiano Ronaldo foi notícia em todo o mundo quando, questionado pelo jornal Público sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, proferiu: "Sei que a lei foi aprovada e o que devo dizer é que temos de respeitar as opções de cada um porque, afinal de contas, todos os cidadãos devem ter direitos e deveres exactamente iguais".
Desde 2003 já foram premiados personalidades como Fernanda Câncio, Francisco Pinto Balsemão, Gabriela Moita, Júlia Pinheiro, Júlio Machado Vaz, São José Almeida e Ricardo Araújo Pereira, entre outros.
in dezanove
http://dezanove.pt/117158.html#cutid1
Realçando que 2010 foi "um ano histórico, um marco" que revelou "a importância de unir em torno da luta contra a discriminação", Paulo Corte-Real, dirigente da ILGA Portugal, explicou à Lusa que o actor/humorista Bruno Nogueira foi premiado por usar "o humor para desconstruir o preconceito".
Já o futebolista Cristiano Ronaldo, que fez uma "afirmação clara de apoio à igualdade no acesso ao casamento", com "um impacto mundial", mostrou que há exceções no desporto, "um meio em que ainda existe muita homofobia", acrescentou o activista da organização de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT).
Já o encenador Filipe La Féria foi galardoado por "A Gaiola das Loucas", espectáculo que "correu todo o país", revelando "representações da parentalidade em casais de pessoas do mesmo sexo", com uma "mensagem simples: a família é amor", descreveu Paulo Corte-Real.
Também premiados foram Filipa Gonçalves, autora do livro "Obviamente Mulher", sobre o que é ser transexual em Portugal, e os partidos parlamentares PS, BE, PCP e PEV, que "asseguraram a aprovação da igualdade no acesso ao casamento e a aprovação na generalidade da Lei da Identidade de Género", entretanto vetada pelo Presidente da República.
A ILGA atribui os Prémios Arco-Íris desde 2003, em reconhecimento pelos contributos de pessoas e/ou instituições "para uma democracia mais aberta, inclusiva e verdadeira, baseada na valorização da diversidade e na igualdade de direitos".
In Lusa
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