6 (de 6)
A 18 de Julho de 2010, a partir da reportagem publicada no site Religión Digital, traduzida por Moisés Sbardelotto:Padre argentino a favor do casamento gay
celebra missa à porta da sua paróquia
celebra missa à porta da sua paróquia
O padre Nicolás Alessio, que foi proibido de exercer o sacerdócio por se mostrar a favor do casamento gay na Argentina, voltou a desafiar a Igreja e concelebrou uma missa à porta da sua paróquia no bairro Altamira. Alessio, sancionado pelo arcebispo de Córdoba, Carlos Ñañez com a proibição de exercer o sacerdócio, contornava assim as ordens do seu bispo.
Rodeado por um grupo de religiosos aos quais apresentou como "padres casados" e com a participação de numerosos fiéis, Alessio iniciou o ofício à porta da paróquia San Cayetano após indicar que se tratava de "celebrar a diversidade da vida", ao mesmo tempo em que questionou a sanção que lhe foi aplicada pela diocese.
Antes de começar a missa, um dos membros do grupo, Adrián Vitale, que se apresentou como "padre casado", também criticou a atitude de "negar aquilo que, com toda liberdade e responsabilidade, assinamos a favor do casamento homossexual".
"Além do tema pontual em questão, que pode e deve continuar a ser debatido, de nenhuma maneira se pode aceitar a tentativa de silenciar ou censurar a liberdade de expressão, a liberdade de opinião, a liberdade de pensar de acordo com as próprias convicções", acrescentou.
Disse ainda: "parece-nos um exagero a proibição ao padre Alessio em exercer o ministério sacerdotal por pensar diferente à hierarquia eclesial", pois "nem sequer o padre Grassi, nem Dom Storni, condenados por abuso sexual, foram proibidos de celebrar os sacramentos".
Mais adiante disse que "a estrutura canónica, eclesóloga, monárquica e verticalista que a Igreja sustenta, anula toda a possibilidade de compreensão e aceitação da diversidade".
"A Igreja, mais do que nunca, deve caminhar para o diálogo, a colegialidade, para assumir com respeito, seriamente, os desafios da sociedade de hoje", acrescentou, indicando que "a Igreja deve deixar o medo de perder o poder. A autoridade está na humildade, para buscar a verdade com os homens e no serviço".
A celebração religiosa esteve a cargo do padre Adrián Vitali e foi concelebrada por Alessio.
Entre as mensagens de apoio recebidas, foram mencionadas as que foram enviadas pelas deputadas nacionais Carmen Nebreda e Cecilia Merchán, pela legisladora provincial Liliana Olivero, pelo secretário de Direitos Humanos do município local, Vitín Baronetto, da Frente Cívica e Social e pelos agrupamentos Libres del Sur e Barrios de Pie, entre outras.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=34463
Sem comentários:
Enviar um comentário