A maior doença é não ser amado
Deus continua hoje a amar tanto o mundo que entrega cada um de nós para amarmos o mundo, para sermos o amor Dele, a compaixão Dele. É um pensamento tão belo para nós - e é uma convicção - de que nós podemos ser esse amor e essa compaixão.
Sabemos quem são os nossos pobres? Conhecemos os nossos vizinhos, os pobres da nossa área de residência? É fácil falarmos sem cessar sobre os pobres de outros locais. Muitas vezes, temos os que sofrem, temos os que estão sozinhos, temos as pessoas velhas, indesejadas, sentindo-se profundamente infelizes - que estão perto de nós e nós nem sequer as conhecemos. Nem sequer temos tempo para lhes sorrir.
A tuberculose e o cancro não [são] grandes doenças. A meu ver, doença muito maior é não ser querido, não ser amado. A dor que estas pessoas sofrem é muito difícil de compreender, de penetrar. Parece-me que é por essa dor que a nossa gente está a passar em todo o mundo, em todas as famílias, em todas as casas.
Este sofrimento repete-se em cada homem, em cada mulher e criança. Parece-me que Cristo está novamente a sofrer a Sua Paixão. E temos de ser nós a ajudar essas pessoas - temos de ser Verónica, temos de ser Simão para eles.
Madre Teresa de Calcutá
In Vem, sê a minha luz, ed. Aletheia
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