reflexões do Papa Francisco
Referindo-se ao apóstolo Pedro, que não queria acreditar que Jesus fosse humilhado e morto, o papa afirmou que a mesma atitude ocorre entre os católicos quando estão dispostos apenas a seguir Cristo «até um certo ponto».
«É esta a tentação do bem-estar espiritual: Temos tudo: temos a igreja, temos Jesus Cristo, os sacramentos, a Virgem Maria, tudo, um belo trabalho para o Reino de Deus; somos bons, todos. (…) Mas não basta o bem-estar espiritual até certo ponto». (...) «Como aquele jovem que era rico: queria andar com Jesus, mas até um certo ponto. Falta esta última unção do cristão, para ser cristão verdadeiro: a unção da cruz, a unção da humilhação», apontou.
«Esta é a pedra angular, a verificação da nossa realidade cristã: sou um cristão de cultura e de bem-estar? Sou um cristão que acompanha o Senhor até à cruz? O sinal é a capacidade de suportar as humilhações».
Todos querem ressuscitar, mas «nem todos» tencionam alcançar esse objectivo pelo caminho da cruz, pelo que, ao lamentarem-se das afrontas que sofrem, comportam-se de maneira oposta ao que Cristo fez e pede para imitar, assinalou. «A verificação de se um cristão é um cristão verdadeiro é sua capacidade de suportar com alegria e com paciência as humilhações; e como isto é algo que não agrada…», disse.
Francisco sintetizou as suas palavras apontando para uma «escolha» pessoal: ou ser-se «cristão do bem-estar» ou «cristão próximo de Jesus, pela estrada de Jesus». "
por Rui Jorge Martins, in SNPC
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