Infância e Adolescência
Rufus Wainwright nasceu em Rhinebeck, Nova Iorque, e é filho dos cantores e músicos folk Loudon Wainwright III e Kate McGarrigle, que se divorciaram quando ele era criança. Rufus começou a tocar piano aos seis anos de idade, e aos 13 já fazia tournés com a sua irmã Martha Wainwright (também cantora e compositora). (...). Rufuz viveu em Montreal com a sua mãe a maior parte da infância, e frequentou a McGill University, onde estudou piano clássico e moderno. Algumas de suas canções foram escritas em Francês. Wainwright ainda mantém residência no Canadá.
Assumiu a sua homossexualidade ainda adolescente. No dia 11 de Novembro de 1999 na revista Rolling Stone, Rufus afirmou que o seu pai sabia da sua homossexualidade. "Nós estávamos no carro, e começou a tocar 'Heart of Glass', e balbuciei a letra da música, fingindo ser a Blondie. Isso foi só um sinal para outras coisas que estavam por vir".[1] Ruz afirmou mais tarde: "A minha mãe e meu pai nunca souberam lidar com o facto de eu ser gay. Nunca falámos abertamente sobre isso".[2]
Ruz começou a interessar-se por ópera durante a sua adolescência. Várias das suas músicas são inspiradas na música erudita, por exemplo, a canção Barcelona tem partes da composição de Giuseppe Verdi. Também se tormou um fã de intérpretes como Edith Piaf, Al Jolson e Judy Garland.
Aos 14 anos, Rufus foi violado no Hyde Park, em Londres depois de ser levado de um bar por um homem.[2] O cantor ficou celibatário durante os sete anos que se seguiram ao incidente. Mais tarde falou sobre essa noite numa entrevista: "Eu disse que gostaria de ir ao parque e ver como estava a correr o grande espectáculo que estava a acontecer naquele momento. Achei que seria uma caminhada romântica num parque, mas ele violou-me e roubou-me e, depois, ainda me tentou estrangular".[3] Rufus afirmou que só sobreviveu porque fingiu ser epilético simulando um ataque.[4]
Ascensão à fama
Após tornar-se numa atracção regular em Montreal - tocando no Cafe Sarajevo todas as semanas - Rufus gravou uma série de demos, que foram produzidas por Pierre Marchand (que também produziu "Poses"). As fitas acabaram nas mãos do executivo da DreamWorks, Lenny Waronker, e a marca assinou contrato com ele. Rufus mudou-se para Nova Iorque na primavera de 1996 e começou a tocar no clube Fez para conquistar público. Depois mudou-se para Los Angeles no outono de 1996 para gravar o seu primeiro álbum com o produtor Jon Brion. Lançou então o álbum auto-intitulado Rufus Wainwright na primavera de 1998; a editora recebeu uma série de críticas aclamando-o, e foi reconhecido pela Rolling Stone magazine como um dos melhores álbuns do ano.
Foi igualmente nomeado pela Rolling Stone magazine como “melhor novo artista" do ano. Wainwright saiu em tournée com Sean Lennon no verão de 1998, e no mesmo ano saiu na sua própria digressão. Em dezembro de 1998, apareceu num anúncio da Gap tocando piano e cantando "What Are You Doing New Year's Eve?". A promoção trouxe mais atenção para sua carreira, e aumentou drasticamente as vendas do seu álbum. No dia 1º de Março de 1999 em Hoboken, Nova Jersey, no Maxwell's, Rufus começou uma digressão até meados de Maio. No verão de 1999 fez uma pausa para descansar e compor. Viveu no Chelsea Hotel em Nova Iorque durante seis meses, e nesse tempo escreveu a maioria das canções do seu próximo álbum. A 5 de Junho de 2001, Poses, o segundo álbum de Rufus, foi lançado trazendo uma quantidade de aclamações comparável ao seu primeiro álbum, apesar de Rufus não tenha ficado satisfeito com as vendas.
De 2001 a 2004, ele fez uma tournée com Tori Amos, Sting, Ben Folds, e Guster, e fez uma digressão a solo entre 2001 e 2002 para lançar o "Poses". Rufus também toca com sua irmã, Martha Wainwright.
Apesar de um crescente grupo de fãs e da grande aclamação da crítica, Ruz alcançou somente um pequeno sucesso comercial.
Vício
No início de 2000, Rufus viciou-se em metanfetamina. Durante algum tempo ficou temporariamente cego pelo uso da droga. Em 2002, o seu vício alcançou o ponto máximo. Aí decidiu que "ou ia para uma clínica de reabilitação ou ia viver com meu pai. Eu sabia que precisava de um idiota para gritar comigo, e senti que esse papel era dele".[5]
Nesse período, Rufus percebeu que precisava de algum tipo de orientação na sua vida, então ligou para o seu amigo Elton John, que o convenceu a entrar no centro de reabilitação Hazelden Foundation em Minnesota. Fez a desintoxicação e terapia. Não há confirmação acerca da sua sobriedade.
Discografia
Rufus Wainwright
Data de lançamento: 19 de Maio de 1998
Poses
Data de lançamento: 5 de Junho de 2001
Want One
Data de lançamento: 23 de Setembro de 2003
Want Two
Data de lançamento: 16 de Novembro de 2004
Release the Stars
Data de lançamento: 15 de Maio de 2007
Rufus Does Judy at Carnegie Hall
Data de lançamento: 4 de Dezembro de 2007
Milwaukee at Last!!!
Data de lançamento: 22 de Setembro de 2009
All Days Are Nights: Songs For Lulu!!!
Data de lançamento: 5 de Abril de 2010
Outras gravações
Waiting for a Want (EP; 2004, DreamWorks)
Alright, Already: Live in Montréal (EP; 2005, DreamWorks/Geffen)
All I Want (DVD; 2005)
Want (2005, DreamWorks/Geffen) — relançamento de Want One e Want Two como um só álbum, com duas faixas extras.
Singles
"I Don't Know What It Is" (2004, UK)
"Crumb by Crumb" (2005, UK)
"Hallelujah" (2007, UK)
"Going to a Town" (2007, UK)
Curiosidades
Escreveu a música "Tulsa" do seu quinto álbum Release the Stars sobre Brandon Flowers, vocalista da banda The Killers, que conheceu num bar em 2005. Rufus encontrou-o novamente em 2007 no Glastonbury e disse que Brandon ficou muito lisonjeado e um pouco tímido com a homenagem.
A canção "Tudo Se Perdeu" do álbum SóNós de Paula Toller é uma versão em português de "Vicious World" do álbum Want One (2004). De acordo com o jornal O Globo, Wainwright "aprovou a letra em português e partilhou os direitos com Paula". [6]
Rufus participou no dvd Strangers, da banda britânica Keane, cujo vocalista é Tom Chaplin.
[1] "rants & raves - Brief Article", in Advocate, a 7 de Dezembro de 1999.
[2] WAINWRIGHT FEARED BEING HIV POSITIVE AFTER RAPE In www.contactmusic.com
[3] "Rufus Wainwrights Rape Tragedy", in Female First, a 1 de Março de 2005
[4] Goldstein, Richard. "A Torch Song Named Desire", in Village Voice LLC, a 25 de Agosto de 1999 - artigo interessante
[5] "Crystal clear", in Guardian - Observer Music Monthly, a 20 de Fevereiro de 2005, uma entrevista com Tim Adams
[6] Globo.com
Adaptado a partir de Wikipedia
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