Natalie Portman em O Cisne Negro |
Apesar de muitas vezes não me rever nas escolhas dos Óscares, e de muitos dos melhores filmes passarem ao lado desta cerimónia, não posso deixar passar em branco um evento cultural como este, em que o cinema sobe ao palco...
E os Óscares foram...
Entregues em mais uma cerimónia em direto para o mundo, entre faustosos décors e toilettes! Mais uma noite de emoção para os inúmeros candidatos ao mais prestigiado prémio da portentosa indústria cinematográfica americana.
Uma vez mais, as expectativas aumentaram em torno dos resultados, com apostas a correr nos quatro cantos do mundo ou não fosse a comunicação a levar este evento ao seu expoente máximo – distribuindo propostas de votação nos intervalos da agenda noticiosa, multiplicando entrevistas aos concorrentes e sondagens a convidados elegíveis para partilhar as suas previsões.
Uma das grandes novidades do ano foi a seleção de dez filmes a constar na lista dos Melhores do ano, o que de alguma forma tornou mais difícil a escolha do grande vencedor: “O discurso do rei”.
Com efeito, a equipa encarregue de recriar a história por de trás do mais famoso discurso da história do Reino Unido, subiu ao palco para levantar nada menos de quatro Óscares nas categorias Melhor Filme, Melhor Realizador (Tom Hooper), Melhor Ator (Colin Firth) e Melhor Argumento Orignal (David Seidler). Sendo Firth um dos favoritos pelo seu fantástico desempenho, preferência esta que já vinha ganhando forma desde o seu excelente desempenho em “Um homem singular”, a escolha veio efetivamente confirmar as expectativas gerais do público e da crítica. [ler a crítica deste filme no blogue]
Outra das expectativas cumpridas foi a de Natalie Portman, pela dualidade encarnada no papel da bailarina Nina Sayers, em “Cisne negro”. A atriz, de provas consistentes já dadas em “Closer – Perto demais” e “V-de vingança”, vê-se assim consagrada aos 30 anos de idade.
Há muito se diz que os Golden Globes servem de barómetro à noite dos Óscares, mas se os últimos anos não o tivessem já feito, este ano encarregar-se-ia de o tornar um acaso: a prová-lo, os resultados obtidos pelo mais celebrado filme na última edição do certame, “A rede social” que, das quatro grande categorias aí premiadas, viu agora metade confirmadas: Argumento Adaptado e Banda Sonora Original. Além destas, subiu ontem ao palco para agradecer o reconhecimento na qualidade da Montagem.
Na qualidade da Direção Fotográfica, Sonora (montagem e mistura) e de Efeitos Visuais, “A origem” (Christopher Nolan), potente filme de ficção foi justamente escolhido pela excelência técnica.
Numa distribuição bastante equitativa de prémios, a cerimónia dos Óscares de 2011 será ainda lembrada pela premiação dos atores secundários Melisa Leo e Christian Bale por “The Fighter – O último round” e dos já estreados “Inside job – A verdade da crise” (Documentário), “Toy story 3” (Animação) e ”Num mundo melhor” cuja estreia se aguarda ansiosamente para 7 de abril.
Margarida Ataíde
In SNPC
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