Procuras a alegria? Dá tudo o que tens!
(...) É a todos nós que experimentamos este desejo persistente [de algo mais - a esperança de que aquilo que ansiamos está ao alcance da mão, seguida do desapontamento e do regresso ao desejo inicial nunca satisfeito-] que Jesus estende o convite: “Vem comigo! Segue o meu caminho”. Muitos de nós estão prontos a dizer-lhe “sim”, mas subsistem algumas perguntas: Como é que eu O sigo? Qual é o seu caminho? Conhecemos a resposta genérica: “Ama a Deus de todo o teu coração e o próximo como a ti mesmo”. Mas como é que este preceito se torna concreto? Como é que podemos construir uma vida orientada em torno deste mandamento?
Começaremos por lembrar que o amor nunca é abstrato – os bons sentimentos são simpáticos mas não são amor. O amor é sempre concreto. Damos o nosso amor e cuidado a uma pessoa específica, num determinado momento. Mais: amamos e cuidamos com o que temos e com o que somos, e não com o que outra pessoa tem ou é.
A concretização do amor a que somos individualmente chamados é definida pelos dons que Deus nos confiou. Por um lado, isto quer dizer que, provavelmente, os meus leitores não vão ser chamados a ser a Madre Teresa de Calcutá, e eu, definitivamente, não sou chamado a ser o organista da paróquia. Mas também significa que temos de nos esforçar arduamente para ver, nomear e desenvolver os nossos dons, a fim de os podermos partilhar com quem precisa do que temos para oferecer.
A intensa e ansiosa procura pela alegria, que todos nós tão bem conhecemos, nunca será plenamente satisfeita nesta vida. Mas se olharmos, identificarmos e desenvolvermos os nossos melhores dons e os dividirmos de coração aberto com todos os que deles necessitam, principiaremos a experimentar a alegria que sempre desejámos. Começaremos então a conhecer a paz para a qual fomos criados.
Mons. Dennis Clark
In Catholic Exchange
Trad. / adapt: Rui Martins, In SNPC
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